quinta-feira, 19 de maio de 2011

MEDIDAS DOUTRINAIS - 5

Depois de escrever sobre a MENSAGEM SUPREMA E A MENSAGEM SECUNDÁRIA OU SUBORDINADA (DIAS 18, 17, 16 E 14 de o5/11), Charles Journet, cujos pensamentos estamos reproduzindo, passa a escrever sobre a MENSAGEM SECUNDÁRIA UNIVERSAL E INFALÍVEL. A IGREJA FOI ENVIADA A TODAS AS NAÇÕES, A FIM DE AS SALVAR DO PECADO e de ATRAÍ-LAS À SANTIDADE DO EVANGELHO. Como, porém, lhe seria isto possível, se, além do socorro divino que lhe permite conservar inalterado o Evangelho, ela não fosse AUTORIZADA a CRIAR LEIS em vista da preparação das almas que lhe são confiadas relativamente à DISCIPLINA MORAL e CULTUAL do EVANGELHO? São de TRÊS TIPOS TAIS MEDIDAS: A) MEDIDAS DOUTRINAIS: A IGREJA prega ao mundo, em lugar dos ensinamentos do paganismo e do ensinamento ainda bastante implícito do Antigo Testamento, a REVELAÇÃO EXPLÍCITA de Cristo e dos Apóstolos, medidas DOUTRINAIS de sua mensagem suprema, garantidas de uma maneira absoluta e irreformável. Mas como essa verdade tão espiritual. tão elevada, poderia ser eficazmente protegida e desenvolvida no coração daqueles que a receberam, se a Igreja não tivesse autoridade para indicar, mesmo sobre pontos que nào estão ainda infalivelmente definidos, de uma parte as DOUTRINAS que ela sente em harmonia secreta com as verdades definidas, e de outra parte os ERROS que elas são capazes de despertar lentamente nos espíritos? Donde certos ensinamentos que ela não pode ainda definir de maneira irrevogável, mas que ela apresenta, propõe à nossa adesão, porque são de natureza a proteger ou a manifestar a verdade revelada. São medidas doutrinais da mensagem secundária, especulativas ou práticas. São garantidas de uma MANEIRA RELATIVA, porque são dadas não como absolutas e irreformáveis, mas como abrindo caminho seguro em direção à verdade revelada; seria pecar gravemente por temeridade - contra a virtude da prudência - desprezá-las. Não são, contudo, todas igualmente garantidas: a autoridade jurisdicional pode, com efeito, se engajar mais ou menos, quando, sem definir ainda uma doutrina como irreformável, ela a dá, contudo, como prudente e segura. Quando ela se engaja plenamente, universalmente, diremos que ela é infalível no sentido de que ela não faltará jamais à prudência. As decisões doutrinais que o Papa promulga "de ciência certa", na plenitude de sua autoridade apostólica, não são necessariamente irrevogáveis, mas são certamente prudentes e seguras para os fiéis dos tempos em que elas foram editadas.

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