NOSSA SENHORA VISITA IRMÃO LOURENÇO
Pouco antes de falecer, IRMÃO LOURENÇO foi visitado por NOSSA SENHORA. Conta, PADRE PEDRO SARNEEL:
"Ai! quantas fadigas/ e lidas em vão.../Ermida, capela/ taperas serão."// Milagre... Milagre.../ Mais pranto nenhum./ Do céu ressoa/ Um doce zumzum!!! Alegra, LOURENÇO/ Um sonho-visão,/ Um canto celeste,/ Um brando clarão.// Na cela bendita/ A VIRGEM está/ O servo consola/ E novas lhe dá.// "Não chores, LOURENÇO,/ Os Padres virão/ Que rico de bênçãos/ CARAÇA
FARÃO". // LOURENÇO lhe rende/ Mil graças. E diz: / Agora, Senhora,/ Me fino feliz". // E VAI-SE MARIA// E VAI-SE TAMBÉM// COM ELA LOURENÇO/ AMÉM E AMÉM!...
No dia 27/11/1830, em Paris, a VIRGEM IMACULADA dizia a SANTA CATARINA LABOURÉ: "Fazei cunhar uma MEDALHA CONFORME ESTE MODELO; AS PESSOAS QUE A TROUXEREM RECEBERÃO MUITÍSSIMAS GRAÇAS."
"Oh MARIA concebida sem pecado original, rogai por nós, agora e sempre, que recorremos a VÓS!
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
SÃO VICENTE DE PAULO E NOSSA SENHORA DE BUGLÔSE
Em 1570 um grupo de hordas fanáticas aproximou-se da cidade francesa de DAX, na França, com a intenção de incendiar a estátua milagrosa da SANTISSIMA VIRGEM, ali há tempos venerada em humilde santuário. Mais que depressa, os fiéis enterraram a estátua em um alagadiço para protegê-la contra a impiedade dos Huguenotes que se avizinhavam. O tempo passou e todos que sabiam do segredo tinham morrido. Foi preciso que se desse um milagre para se descobrir a preciosa estátua: em 1620 um pastor, admirado de ver um dos bois retirar-se sempre para o mesmo ponto do alagadiço, teve a curiosidade de perscrutar a causa. Qual não foi o seu espanto ao achar-se diante de uma estátua de MARIA IMACULADA inteiramente limpa pela LÍNGUA DO BOI. Contou o fato aos habitantes da aldeia e todos acorreram ao lugar, com vários doentes recuperando a saúde. Levaram a estátua para a casa do pastor e por toda parte se espalhou a boa nova. O bispo de Dax mandou fazer um inquérito sobre os milagres atribuídos à venerada imagem, aprovando a reconstrução do santuário, para onde foi transportada solenemente a imagem em 1622. A piedade popular deu ao lugar o nome de BUGLÔSE que significa "língua de boi". Se até então o nome do santuário fora de NOSSA SENHORA DA LANDE, então se transformou em NOSSA SENHORA DE BUGLÔSE. QUANDO ADOLESCENTE, VICENTE de PAULO ali frequentemente rezava assentado numa pedra, enquanto pastavam as ovelhas a seu cuidado ("S.Vicente de Paulo", pe. Jerônimo Pedreira de Castro, p. 18).
Em 1570 um grupo de hordas fanáticas aproximou-se da cidade francesa de DAX, na França, com a intenção de incendiar a estátua milagrosa da SANTISSIMA VIRGEM, ali há tempos venerada em humilde santuário. Mais que depressa, os fiéis enterraram a estátua em um alagadiço para protegê-la contra a impiedade dos Huguenotes que se avizinhavam. O tempo passou e todos que sabiam do segredo tinham morrido. Foi preciso que se desse um milagre para se descobrir a preciosa estátua: em 1620 um pastor, admirado de ver um dos bois retirar-se sempre para o mesmo ponto do alagadiço, teve a curiosidade de perscrutar a causa. Qual não foi o seu espanto ao achar-se diante de uma estátua de MARIA IMACULADA inteiramente limpa pela LÍNGUA DO BOI. Contou o fato aos habitantes da aldeia e todos acorreram ao lugar, com vários doentes recuperando a saúde. Levaram a estátua para a casa do pastor e por toda parte se espalhou a boa nova. O bispo de Dax mandou fazer um inquérito sobre os milagres atribuídos à venerada imagem, aprovando a reconstrução do santuário, para onde foi transportada solenemente a imagem em 1622. A piedade popular deu ao lugar o nome de BUGLÔSE que significa "língua de boi". Se até então o nome do santuário fora de NOSSA SENHORA DA LANDE, então se transformou em NOSSA SENHORA DE BUGLÔSE. QUANDO ADOLESCENTE, VICENTE de PAULO ali frequentemente rezava assentado numa pedra, enquanto pastavam as ovelhas a seu cuidado ("S.Vicente de Paulo", pe. Jerônimo Pedreira de Castro, p. 18).
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
DIA 28/11/14: 240 ANOS DO CARAÇA
"Quando esmolara em suas andanças pela Capitania o pedidor do Comissariado da Terra Santa devera ter conhecido a Serra do Caraça: a grande mole cinzenta da montanha elevava-se, ao lado do caminho real, como um marco necessário do alto do qual se contemplavam as divisas das quatro Comarcas: de Vila Rica, do Rio das Velhas, do Rio das Mortes e do Serro Frio. Filho da Beira Alta - região das mais alpestres de Portugal - acostumado a contemplar , talvez das janelas maineladas de Souro Pires, os largos e severos horizontes das serras natais, o IRMÃO LOURENÇO se teria enamorado da SERRA DO CARAÇA desde o instante em que a descortinou, como que fechando as fronteiras da sua peregrinação. Subira a trilha áspera que os BANDEIRANTES haviam atinado para ganhar o vale umbroso, no seio da montanha. E o ganhara também , sentindo ali um refúgio completo, de acese, de proteção e de paz ("AS MINAS GERAIS E OS PRIMÓRDIOS DO CARAÇA", JOSÉ FERREIRA CARRATO):
"Vem de outras terras e outras eras/ rosário ao pescoço e bordão,/na roupagem de franciscano. //Talhado para empresas magnas,/ o corpo esbelto vence as fráguas/ o espírito quer plenitude. //EI-LO DA PLANÍCIE CONTEMPLA/ A SERRA QUE NA TELA AZUL/ RECORTA A MÁSCARA DE UM HOMEM. / (NEGRA MURALHA DE MONTANHAS/ TORNA-SE ESCADA DE JACOB, / NÃO ANTES DA LUTA COM O ANJO// EMPALIDECE O PEREGRINO. / FOGEM-LHE OS ÍMPETOS. AJOELHA-SE . // E HÁ LUZ EM VOLTA DOS SEUS CABELOS)" (Henriqueta Lisboa).
Dia 28/11/14 o CARAÇA e MINAS GERAIS recordam a tomada de posse do CARAÇA PELO IRMÃO LOURENÇO HÁ 240 ANOS.
"Quando esmolara em suas andanças pela Capitania o pedidor do Comissariado da Terra Santa devera ter conhecido a Serra do Caraça: a grande mole cinzenta da montanha elevava-se, ao lado do caminho real, como um marco necessário do alto do qual se contemplavam as divisas das quatro Comarcas: de Vila Rica, do Rio das Velhas, do Rio das Mortes e do Serro Frio. Filho da Beira Alta - região das mais alpestres de Portugal - acostumado a contemplar , talvez das janelas maineladas de Souro Pires, os largos e severos horizontes das serras natais, o IRMÃO LOURENÇO se teria enamorado da SERRA DO CARAÇA desde o instante em que a descortinou, como que fechando as fronteiras da sua peregrinação. Subira a trilha áspera que os BANDEIRANTES haviam atinado para ganhar o vale umbroso, no seio da montanha. E o ganhara também , sentindo ali um refúgio completo, de acese, de proteção e de paz ("AS MINAS GERAIS E OS PRIMÓRDIOS DO CARAÇA", JOSÉ FERREIRA CARRATO):
"Vem de outras terras e outras eras/ rosário ao pescoço e bordão,/na roupagem de franciscano. //Talhado para empresas magnas,/ o corpo esbelto vence as fráguas/ o espírito quer plenitude. //EI-LO DA PLANÍCIE CONTEMPLA/ A SERRA QUE NA TELA AZUL/ RECORTA A MÁSCARA DE UM HOMEM. / (NEGRA MURALHA DE MONTANHAS/ TORNA-SE ESCADA DE JACOB, / NÃO ANTES DA LUTA COM O ANJO// EMPALIDECE O PEREGRINO. / FOGEM-LHE OS ÍMPETOS. AJOELHA-SE . // E HÁ LUZ EM VOLTA DOS SEUS CABELOS)" (Henriqueta Lisboa).
Dia 28/11/14 o CARAÇA e MINAS GERAIS recordam a tomada de posse do CARAÇA PELO IRMÃO LOURENÇO HÁ 240 ANOS.
domingo, 23 de novembro de 2014
PANDIÁ CALÓGERAS
CALÓGERAS (1870-1933), descendente de família grega, ficou na história da pátria como o melhor ministro da guerra, nomeado por Epitácio Pessoa, presidente da República (1922). Homem de invulgar cultura, isto lhe bastava para ascender a altos postos, o que o tornava antipatizado no trato com seus pares políticos que o julgavam no mínimo um esnobe. Não lhe perdoavam a falta de préstimo, pois não prestava favor a ninguém; não dando nada, obtinha, no entanto, tudo ou quase tudo o que queria para si, atravessando longa carreira política brilhante e proveitosa para o país e para seu nome. Servindo o país, ele se julgava desobrigado a servir os amigos e eleitores, embora encantador ao acolher os correligionários usando de extraordinária suavidade. Joaquim de Salles, traçando-lhe resumida biografia no livro "Se não me falha a memória", por sentir-se magoado com Calógeras, seu grande amigo, em determinada questão em que necessitava de sua colaboração, interrompeu por razoável tempo um convívio de longa duração, até que, no final da vida sabedor da conversão de Calógeras ao catolicismo modificou inteiramente seus sentimentos com relação a ele. "E o fato de saber que se confessara na igreja de Santo Inácio na Rua São Clemente, no Rio, o tornou aos olhos um ser intangível, cujos defeitos se haviam desapaecido perante o tribunal da penitência. Converteu-o por certo a graça divina, mas lhe disseram então que foi o Padre Leonel Franca, S.J., o instrumento para chamar ao aprisco da Santa Igreja aquela ovelha perdidda". Padre Leonel Franca exerceu semelhante função quando da conversão de Jackson de Figueiredo, de Tristão de Athayde e do imortal Paulo Setúbal.
CALÓGERAS (1870-1933), descendente de família grega, ficou na história da pátria como o melhor ministro da guerra, nomeado por Epitácio Pessoa, presidente da República (1922). Homem de invulgar cultura, isto lhe bastava para ascender a altos postos, o que o tornava antipatizado no trato com seus pares políticos que o julgavam no mínimo um esnobe. Não lhe perdoavam a falta de préstimo, pois não prestava favor a ninguém; não dando nada, obtinha, no entanto, tudo ou quase tudo o que queria para si, atravessando longa carreira política brilhante e proveitosa para o país e para seu nome. Servindo o país, ele se julgava desobrigado a servir os amigos e eleitores, embora encantador ao acolher os correligionários usando de extraordinária suavidade. Joaquim de Salles, traçando-lhe resumida biografia no livro "Se não me falha a memória", por sentir-se magoado com Calógeras, seu grande amigo, em determinada questão em que necessitava de sua colaboração, interrompeu por razoável tempo um convívio de longa duração, até que, no final da vida sabedor da conversão de Calógeras ao catolicismo modificou inteiramente seus sentimentos com relação a ele. "E o fato de saber que se confessara na igreja de Santo Inácio na Rua São Clemente, no Rio, o tornou aos olhos um ser intangível, cujos defeitos se haviam desapaecido perante o tribunal da penitência. Converteu-o por certo a graça divina, mas lhe disseram então que foi o Padre Leonel Franca, S.J., o instrumento para chamar ao aprisco da Santa Igreja aquela ovelha perdidda". Padre Leonel Franca exerceu semelhante função quando da conversão de Jackson de Figueiredo, de Tristão de Athayde e do imortal Paulo Setúbal.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
QUARTO de DESPEJO à MARGEM do CANINDÉ
No dia 14/03/14 a cidade mineira de SACRAMENTO comemorou o centenário de nascimento da "primeira e mais importante escritora negra do Brasil", CAROLINA MARIA de JESUS (14/03/1914-1977). Descobriu-a o jornalista alagoano AUDÁLIO DANTAS (08/07/1929) na favela do Canindé, SP. Reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o dia a dia da favela. Um deles deu origem ao nome do livro de Carolina: "QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada". Publicado em 1960, traduzido para 14 idiomas, foram vendidos cem mil exemplares. Audálio Dantas: "Um documento sobre que um sociólogo poderia fazer estudos profundos, interpretar, mas não teria condição de ir ao cerne do problema e ela teve, porque vivia a questão". Carolina era uma catadora que registrava o cotidiano da comunidade em cadernos encontrados no lixo. Donde denominar ela a favela como "o quarto de despejo de uma cidade; nós, os pobres, somos os trastes velhos". Para AUDÁLIO DANTAS "a favela onde morava CAROLINA foi a primeira a aproximar-se da cidade, e isto constituía O FATO NOVO". E mais: "Carolina tinha uma força descritiva, um talento incomum, o que me fez pensar em parar com minha pesquisa, pois tinha quem contasse melhor que eu!".
No dia 14/03/14 a cidade mineira de SACRAMENTO comemorou o centenário de nascimento da "primeira e mais importante escritora negra do Brasil", CAROLINA MARIA de JESUS (14/03/1914-1977). Descobriu-a o jornalista alagoano AUDÁLIO DANTAS (08/07/1929) na favela do Canindé, SP. Reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o dia a dia da favela. Um deles deu origem ao nome do livro de Carolina: "QUARTO DE DESPEJO - Diário de uma Favelada". Publicado em 1960, traduzido para 14 idiomas, foram vendidos cem mil exemplares. Audálio Dantas: "Um documento sobre que um sociólogo poderia fazer estudos profundos, interpretar, mas não teria condição de ir ao cerne do problema e ela teve, porque vivia a questão". Carolina era uma catadora que registrava o cotidiano da comunidade em cadernos encontrados no lixo. Donde denominar ela a favela como "o quarto de despejo de uma cidade; nós, os pobres, somos os trastes velhos". Para AUDÁLIO DANTAS "a favela onde morava CAROLINA foi a primeira a aproximar-se da cidade, e isto constituía O FATO NOVO". E mais: "Carolina tinha uma força descritiva, um talento incomum, o que me fez pensar em parar com minha pesquisa, pois tinha quem contasse melhor que eu!".
JOAQUIM DE SALLES: JORNALISTA E POLÍTICO MINEIRO
Advogado, professor, jornalista e deputado, JOAQUIM DE SALLES nasceu no Serro, MG, em 12/07/1879 e faleceu no Rio (o2/12/1962. Estudou humanidades no Colégio do Caraça e no Colégio São Vicente de Paulo, de Petrópolis. Iniciou os estudos eclesiásticos no Seminário São Sulpício, Paris, e São José, no Rio Comprido, Rio. Foi um dos articuladores e signatários do "Manifesto dos Mineiros". Autor do livro "Se não me falha a memória"(1 e 2 vol.), "nos parece o tipo do memorialista nato, escreve Brito Broca. Depois de uma vida movimentada e intensa de política e jornalista, põe-se a dispersar na imprensa uma série de páginas, recordando o passado. Quem as lia se sentia logo atraído por essa espécie de conversa ao pé do fogo, em que não havia uma minúcia excessiva, uma divagação inútil ou redundante. A narativa correndo límpida, numa simplicidade que lhe emprestava certo tom coloquial e deixava transparecer a presença do jornalista a evocar os fatos com o olhar retrospectivo de repórter. As figuras desenhadas por Joaquim de Salles tomaram parte saliente nos acontecimentos políticos que agitaram o Brasil da primeira década do século XX até o movimento vitorioso de 30. Na maior parte já falecidas, estão com o seu processo histórico em fase de instrução, embora tenham dissipado por completo as paixões que acenderam. É a auspiciosa estreia em livro de um autor de milhares de artigos, remanescente ilustre de um Brasil muito próximo e que já parece tão distante, um homem cujo valor intelectual deve ser medido pela sua extraordinária expressão humana"(apresentação do livro acima citado de Brito Broca, em novembro de 1960).
Advogado, professor, jornalista e deputado, JOAQUIM DE SALLES nasceu no Serro, MG, em 12/07/1879 e faleceu no Rio (o2/12/1962. Estudou humanidades no Colégio do Caraça e no Colégio São Vicente de Paulo, de Petrópolis. Iniciou os estudos eclesiásticos no Seminário São Sulpício, Paris, e São José, no Rio Comprido, Rio. Foi um dos articuladores e signatários do "Manifesto dos Mineiros". Autor do livro "Se não me falha a memória"(1 e 2 vol.), "nos parece o tipo do memorialista nato, escreve Brito Broca. Depois de uma vida movimentada e intensa de política e jornalista, põe-se a dispersar na imprensa uma série de páginas, recordando o passado. Quem as lia se sentia logo atraído por essa espécie de conversa ao pé do fogo, em que não havia uma minúcia excessiva, uma divagação inútil ou redundante. A narativa correndo límpida, numa simplicidade que lhe emprestava certo tom coloquial e deixava transparecer a presença do jornalista a evocar os fatos com o olhar retrospectivo de repórter. As figuras desenhadas por Joaquim de Salles tomaram parte saliente nos acontecimentos políticos que agitaram o Brasil da primeira década do século XX até o movimento vitorioso de 30. Na maior parte já falecidas, estão com o seu processo histórico em fase de instrução, embora tenham dissipado por completo as paixões que acenderam. É a auspiciosa estreia em livro de um autor de milhares de artigos, remanescente ilustre de um Brasil muito próximo e que já parece tão distante, um homem cujo valor intelectual deve ser medido pela sua extraordinária expressão humana"(apresentação do livro acima citado de Brito Broca, em novembro de 1960).
SERÁ QUE AINDA É ASSIM?
PANDIÁ CALÓGERAS (1870-1934), DEPUTADO FEDERAL POR MINAS (1897), assim teve sua pessoa descrita por colega político, MARTIM FRANCISCO ("Se não me falha a memória", por Joaquim Salles, pp.185), solicitado a fazê-lo: "Menino, eu me tenho na conta de homem inteligente e culto e peço-lhe a gentileza de acreditar que não tenho por hábito mentir". "Meu caro mestre, toda gente no Brasil sabe disso!" "Sim, não estou exagerando: sou mesmo excepcionalmente inteligente e culto. Quando fui eleito deputado, pelo que sabia e se dizia da Câmara, a minha impressão é que vinha agir numa estrebaria!" "E depois?" "Depois cheguei e comecei a estudar o meio. Verifiquei desde logo haver aqui dentro muita gente inteligente, mais inteligente do que eu e até mais preparada! Verifiquei ainda ser-me mais útil ouvir do que falar, pois tenho mais que aprender do que ensinar e nesta casa, não se iluda, há mestres, há grandes mestres... Entre estes, por exemplo, o CALÓGERAS. Como sabe coisas! Como aprecio quando lhe ouço os discursos ou lhe leio os pareceres!... CALÓGERAS não era orador, nem tinha sequer qualidades de expositor. A palavra lhe saía dos lábios com dificuldade. Não tinha espontaneidade de expressão e chegava a gaguejar, tão pouco a contento se encontrava na tribuna; mas efetivamente era um mestre, neste sentido de que sabia tudo e sabia tudo com profundeza. Não era uma erudição de almanaque. O que dizia constituía produto de estudos conscienciosos, de homem cuja base de cultura estava construída solidamente à francesa, por meio de um curso verdadeiro de humanidades em que seu pai, mandado vir da Europa por Pedro II, era exímio e inigualável. Muito se interessava por questões econômicas. Revelou-se também, quando ministro da Guerra no governo de EPITÁCIO PESSOA, um apaixonado de questões militares, sendo tido como um dos mais operosos ministros que já teve o nosso Exército, pois até fisicamente tinha atitudes marciais de soldado nato.
PANDIÁ CALÓGERAS (1870-1934), DEPUTADO FEDERAL POR MINAS (1897), assim teve sua pessoa descrita por colega político, MARTIM FRANCISCO ("Se não me falha a memória", por Joaquim Salles, pp.185), solicitado a fazê-lo: "Menino, eu me tenho na conta de homem inteligente e culto e peço-lhe a gentileza de acreditar que não tenho por hábito mentir". "Meu caro mestre, toda gente no Brasil sabe disso!" "Sim, não estou exagerando: sou mesmo excepcionalmente inteligente e culto. Quando fui eleito deputado, pelo que sabia e se dizia da Câmara, a minha impressão é que vinha agir numa estrebaria!" "E depois?" "Depois cheguei e comecei a estudar o meio. Verifiquei desde logo haver aqui dentro muita gente inteligente, mais inteligente do que eu e até mais preparada! Verifiquei ainda ser-me mais útil ouvir do que falar, pois tenho mais que aprender do que ensinar e nesta casa, não se iluda, há mestres, há grandes mestres... Entre estes, por exemplo, o CALÓGERAS. Como sabe coisas! Como aprecio quando lhe ouço os discursos ou lhe leio os pareceres!... CALÓGERAS não era orador, nem tinha sequer qualidades de expositor. A palavra lhe saía dos lábios com dificuldade. Não tinha espontaneidade de expressão e chegava a gaguejar, tão pouco a contento se encontrava na tribuna; mas efetivamente era um mestre, neste sentido de que sabia tudo e sabia tudo com profundeza. Não era uma erudição de almanaque. O que dizia constituía produto de estudos conscienciosos, de homem cuja base de cultura estava construída solidamente à francesa, por meio de um curso verdadeiro de humanidades em que seu pai, mandado vir da Europa por Pedro II, era exímio e inigualável. Muito se interessava por questões econômicas. Revelou-se também, quando ministro da Guerra no governo de EPITÁCIO PESSOA, um apaixonado de questões militares, sendo tido como um dos mais operosos ministros que já teve o nosso Exército, pois até fisicamente tinha atitudes marciais de soldado nato.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
QUEM FOI EPITÁCIO PESSOA?
Nascido em UMBUZEIRO, na PARAÍBA, em 1865, EPITÁCIO LINDOLFO da SILVA PESSOA faleceu em Nogueira, município de Petrópolis, no dia 13.02.1942. Foi deputado federal e senador, Procurador Geral da República e Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado e PRESIDENTE DA REPÚBLICA (1919 a 1922). Estava na Europa, chefiando a delegação brasileira à Conferência da Paz, quando faleceu no Brasil (1921) o Presidente Rodrigues Alves antes de completado o segundo ano do seu mandato. Não podendo o vice, Delfim Moreira, assumir legalmente a presidência da República, EPITÁCIO PESSOA foi eleito à revelia para completar o quadriênio do pranteado RODRIGUES ALVES. EPITÁCIO, que teve como seu vice DELFIM MOREIRA, escolheu para ministros dois CIVIS (fato até então incomum no Brasil republicano) Pandiá Calógeras, da Guerra, e o da Marinha. Durante seu governo enfrentou a revolta dos Tenentes do Forte de Copacabana (1922) que se opunham à indicação de Artur Bernardes como candidato a sua sucessão, o que, contudo, veio a acontecer, pelo acordo dos Estados de Minas e São Paulo, apesar da oposição do Rio, Pernambuco e Rio Grande do Sul. "Integro na administração pública, escreve Dom Clemente Isnard ("Magistério Episcopal", pg.301), colocado no mais alto posto da República, EPITÁCIO PESSOA dava ao país o exemplo de um lar bem constituído. Sua filha mais velha, Laurita Pessoa Raja Gabaglia, escreveu a sua vida com grande objetividade, salientando todas as facetas de sua invulgar personalidade".
Nascido em UMBUZEIRO, na PARAÍBA, em 1865, EPITÁCIO LINDOLFO da SILVA PESSOA faleceu em Nogueira, município de Petrópolis, no dia 13.02.1942. Foi deputado federal e senador, Procurador Geral da República e Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado e PRESIDENTE DA REPÚBLICA (1919 a 1922). Estava na Europa, chefiando a delegação brasileira à Conferência da Paz, quando faleceu no Brasil (1921) o Presidente Rodrigues Alves antes de completado o segundo ano do seu mandato. Não podendo o vice, Delfim Moreira, assumir legalmente a presidência da República, EPITÁCIO PESSOA foi eleito à revelia para completar o quadriênio do pranteado RODRIGUES ALVES. EPITÁCIO, que teve como seu vice DELFIM MOREIRA, escolheu para ministros dois CIVIS (fato até então incomum no Brasil republicano) Pandiá Calógeras, da Guerra, e o da Marinha. Durante seu governo enfrentou a revolta dos Tenentes do Forte de Copacabana (1922) que se opunham à indicação de Artur Bernardes como candidato a sua sucessão, o que, contudo, veio a acontecer, pelo acordo dos Estados de Minas e São Paulo, apesar da oposição do Rio, Pernambuco e Rio Grande do Sul. "Integro na administração pública, escreve Dom Clemente Isnard ("Magistério Episcopal", pg.301), colocado no mais alto posto da República, EPITÁCIO PESSOA dava ao país o exemplo de um lar bem constituído. Sua filha mais velha, Laurita Pessoa Raja Gabaglia, escreveu a sua vida com grande objetividade, salientando todas as facetas de sua invulgar personalidade".
domingo, 16 de novembro de 2014
O PENSAMENTO DE GORBATCHOV SOBRE A CRISE DA UCRÂNIA E RÚASSIA
"Uma das principais questões colocadas hoje em relação aos acontecimentos na Ucrânia é a da expansão da OTAN. Sabe-se que a reunificação da Alemanha não foi um fenômeno isolado, mas parte do processo do fim da Guerra Fria. Resolvidos todos os processos, os países envolvidos assinaram os documentos que, pondo fim à Guerra Fria, continham os princípios que formaram , em 1990, a base da CARTA DE PARIS, assinada por todos os países da Europa e pelos EUA e Canadá. Uma das razões da crise atual na Ucrânia foi a relutância de nossos parceiros ocidentais em levar em conta o ponto de vista da Rússia, os interesses legítimos de sua segurança nacional. Refiro-me em primeiro lugar à expansão da OTAN, aos projetos de implantação do sistema de defesa anti-missil do Ocidente em regiões importantes para a Rússia, como Iugoslávia, Iraque, Geórgia e Ucrânia. Na época o secretário de Estado Norte-americano James Baker declarou que não haveria "ampliação da presença jurídica e militar da OTAN nem uma polegada para o leste". Entretanto, com a reunificaçãp da Alemanha os EUA e seus aliados decidiram avançar com a OTAN para o leste em 1993. Isto foi uma violação do espírito das garantias que nos haviam sido dadas em 1990. Daí ser atualmente a relação com a Ucrânia um assunto doloroso para os russos. É necessário cunprir integralmente o que foi assinado em Minsk entre 5 e 19 de setembro. A decisão dos EUA e seus aliados de avançar com a OTAN para o leste, formada em 1993, era uma violação do espírito das declarações e garantias dadas em 1990. É necessário cumprir-se o que foi assinado entre 5 e 19 de setembro. A situação real é muito frágil. As relações entre a Rússia e a Ucrânia sofreram danos enormes. O importante agora é estabelecer diálogo sobre questões específicas. Aqui todos têm que ajudar: a Ucrânia, a Rússia e o Ocidente, separadamente e em conjunto.
"Uma das principais questões colocadas hoje em relação aos acontecimentos na Ucrânia é a da expansão da OTAN. Sabe-se que a reunificação da Alemanha não foi um fenômeno isolado, mas parte do processo do fim da Guerra Fria. Resolvidos todos os processos, os países envolvidos assinaram os documentos que, pondo fim à Guerra Fria, continham os princípios que formaram , em 1990, a base da CARTA DE PARIS, assinada por todos os países da Europa e pelos EUA e Canadá. Uma das razões da crise atual na Ucrânia foi a relutância de nossos parceiros ocidentais em levar em conta o ponto de vista da Rússia, os interesses legítimos de sua segurança nacional. Refiro-me em primeiro lugar à expansão da OTAN, aos projetos de implantação do sistema de defesa anti-missil do Ocidente em regiões importantes para a Rússia, como Iugoslávia, Iraque, Geórgia e Ucrânia. Na época o secretário de Estado Norte-americano James Baker declarou que não haveria "ampliação da presença jurídica e militar da OTAN nem uma polegada para o leste". Entretanto, com a reunificaçãp da Alemanha os EUA e seus aliados decidiram avançar com a OTAN para o leste em 1993. Isto foi uma violação do espírito das garantias que nos haviam sido dadas em 1990. Daí ser atualmente a relação com a Ucrânia um assunto doloroso para os russos. É necessário cunprir integralmente o que foi assinado em Minsk entre 5 e 19 de setembro. A decisão dos EUA e seus aliados de avançar com a OTAN para o leste, formada em 1993, era uma violação do espírito das declarações e garantias dadas em 1990. É necessário cumprir-se o que foi assinado entre 5 e 19 de setembro. A situação real é muito frágil. As relações entre a Rússia e a Ucrânia sofreram danos enormes. O importante agora é estabelecer diálogo sobre questões específicas. Aqui todos têm que ajudar: a Ucrânia, a Rússia e o Ocidente, separadamente e em conjunto.
sábado, 15 de novembro de 2014
HISTÓRICAS FRASES SOBRE O MURO DE BERLIM
De George H.W. Bush, ex-presidente dos EUA (1989-1993): "Quando iniciei meu mandato, parecia que o muro de Berlim seria eterno. Mas eliminá-lo era nosso objetivo a longo prazo, e assim aconteceu. Porém nada teria acontecido se Gorbatchov não acreditasse no direiro à autodeterminação dos homens, dos povos, ou seja, na liberdade dos homens de escolher onde preferem viver".
De Helmut Kohl, ex-chanceler da Alemanha (1982-1998): "Gorbatchov é um interlocutor simpático e interessantíssimo, bem-humorado e um tanto irônico. Uma vez, à margem do rio Reno, conversávamos despretensiosamente a respeito do muro de Berlim, e eu disse: A unificação alemã é certa, tão certa quanto o fato de que as águas do Reno correm para o mar. Acrescentei que a maioria dos Alemães não iria mais aceitar a divisão. Foi a primeira vez que ele não me respondeu".
De LECH WALESA, EX-PRESIDENTE DA POLÔNIA (1990-1995): " ENTRISTECE-ME SABER QUE FAZEM DE HERÓIS AQUELES QUE NÃO o foram. Gorbatchov não queria derrubar nem o comunismo nem o muro de Berlim. Isso significa que a Europa foi construída sobre uma mentira. A verdade é que o papa João Paulo II contribuiu com 50% para a queda do muro, a federação sindical polonesa Solidarnosc com 30%, e o resto do mundo apenas com 20%. O papa polonês conclamou os povos da Europa a mudar a cara do mundo" (Folha de São Paulo, 12/11/14).
De George H.W. Bush, ex-presidente dos EUA (1989-1993): "Quando iniciei meu mandato, parecia que o muro de Berlim seria eterno. Mas eliminá-lo era nosso objetivo a longo prazo, e assim aconteceu. Porém nada teria acontecido se Gorbatchov não acreditasse no direiro à autodeterminação dos homens, dos povos, ou seja, na liberdade dos homens de escolher onde preferem viver".
De Helmut Kohl, ex-chanceler da Alemanha (1982-1998): "Gorbatchov é um interlocutor simpático e interessantíssimo, bem-humorado e um tanto irônico. Uma vez, à margem do rio Reno, conversávamos despretensiosamente a respeito do muro de Berlim, e eu disse: A unificação alemã é certa, tão certa quanto o fato de que as águas do Reno correm para o mar. Acrescentei que a maioria dos Alemães não iria mais aceitar a divisão. Foi a primeira vez que ele não me respondeu".
De LECH WALESA, EX-PRESIDENTE DA POLÔNIA (1990-1995): " ENTRISTECE-ME SABER QUE FAZEM DE HERÓIS AQUELES QUE NÃO o foram. Gorbatchov não queria derrubar nem o comunismo nem o muro de Berlim. Isso significa que a Europa foi construída sobre uma mentira. A verdade é que o papa João Paulo II contribuiu com 50% para a queda do muro, a federação sindical polonesa Solidarnosc com 30%, e o resto do mundo apenas com 20%. O papa polonês conclamou os povos da Europa a mudar a cara do mundo" (Folha de São Paulo, 12/11/14).
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
GORBATCHOV e FRANCISCO contra
TODOS OS MUROS
Dois memoráveis pronunciamentos pelos 25 anos da QUEDA (09/11/1989) do MURO de BERLIM. Na manhã de domingo, 02/11/14, o Papa FRANCISCO, falando aos fieis na praça do Vaticano, encerrou suas breves palavras afirmando que "o mundo precisa mais de PORTAS do que de MUROS". Por sua vez MIKHAIL GORBATCHOV, EM MEADOS DE 1989, perguntado sobre o muro dissera o seguinte: "Nada é eterno, ele poderá deixar de existir quando desaparecerem as premissas que o criaram". Poucos meses depois, "certamente nem eu nem Helmut Kohl esperávamos, no verão de 1989, que tudo acontecesse tão rápido. A história acelera seu movimento. Ela pune aqueles que se atrasam. Mas pune ainda mais aqueles que tentam embaraçar seu caminho. Seria um grande erro ficar agarrado à Cortina de Ferro. Por isso de nossa parte não houve pressão sobre o governo da RDA (República Democrática Alemã).Quando os acontecimentos começaram a se desenvolver a uma velocidade inesperada, a classe governântica soviética decidiu por unanimidade não interferir nos processos internos que estavam acontecendo na RDA. Decidimos que nossas tropas não iriam deixar suas guarnições. Até hoje tenho certeza de que tomamos a decisão correta". O artista russo DMITRI VRUBEL produziu inúmeras obras, mas seu destino foi decidido pela última pintura que pintou no muro de Berlim em 1990: "O beijo de Brejnev e Honecker (último governador da Alemanha Oriental) que traz a inscrição: "Meu Deus, ajude-me a sobreviver a este amor fatal. Esse beijo se tornou um símbolo tão universal e sobreviveu a seu tempo", diz Vrúbel (Folha de São Paulo, 12/11/14).
TODOS OS MUROS
Dois memoráveis pronunciamentos pelos 25 anos da QUEDA (09/11/1989) do MURO de BERLIM. Na manhã de domingo, 02/11/14, o Papa FRANCISCO, falando aos fieis na praça do Vaticano, encerrou suas breves palavras afirmando que "o mundo precisa mais de PORTAS do que de MUROS". Por sua vez MIKHAIL GORBATCHOV, EM MEADOS DE 1989, perguntado sobre o muro dissera o seguinte: "Nada é eterno, ele poderá deixar de existir quando desaparecerem as premissas que o criaram". Poucos meses depois, "certamente nem eu nem Helmut Kohl esperávamos, no verão de 1989, que tudo acontecesse tão rápido. A história acelera seu movimento. Ela pune aqueles que se atrasam. Mas pune ainda mais aqueles que tentam embaraçar seu caminho. Seria um grande erro ficar agarrado à Cortina de Ferro. Por isso de nossa parte não houve pressão sobre o governo da RDA (República Democrática Alemã).Quando os acontecimentos começaram a se desenvolver a uma velocidade inesperada, a classe governântica soviética decidiu por unanimidade não interferir nos processos internos que estavam acontecendo na RDA. Decidimos que nossas tropas não iriam deixar suas guarnições. Até hoje tenho certeza de que tomamos a decisão correta". O artista russo DMITRI VRUBEL produziu inúmeras obras, mas seu destino foi decidido pela última pintura que pintou no muro de Berlim em 1990: "O beijo de Brejnev e Honecker (último governador da Alemanha Oriental) que traz a inscrição: "Meu Deus, ajude-me a sobreviver a este amor fatal. Esse beijo se tornou um símbolo tão universal e sobreviveu a seu tempo", diz Vrúbel (Folha de São Paulo, 12/11/14).
A GALINHA DOS OVOS DE OURO
MONTEIRO LOBATO:
JOÃO IMPACIENTE descobriu no quintal uma galinha que botava ovos de ouro, mas um por semana apenas. Louco de alegria disse à mulher: " Estamos ricos! Essa galinha traz um tesouro no ovário. Mato-a e fico o mandão aqui das redondezas". "Por que matá-la? se conservando-a você obtém um ovo de ouro de sete em sete dias!""Vai! por quê? não fosse eu João Impaciente! Quer que me satisfaça com um ovo por semana, quando posso conseguir a ninhada inteira num momento?" E matou a galinha. Dentro dela só havia tripas como nas galinhas comuns. João Impaciente, logrado, continuou a marcar passo a vida inteira, morrendo sem vintém. A vida é assim mesmo, uai! Quem não sabe esperar, pobre há de acabar! Entra por uma porta e sai por outra... Quem quiser que conte outra! GETÚLIO VARGAS , sentado no jardim do Olimpo, tal qual "O PENSADOR" do pintor francês Auguste Rodin (1840-1917), analisou o que querem fazer no Brasil com a sua PETROBRÁS, lembrou-se da GALINHA DE OURO de Lobato, mas logo aquietou-se: matá-la não hão de, são inteligentes!
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
TRISTÃO SEGUNDO DOM ISNARD
NA ÉPOCA DO CARDEAL LEME
"Enquanto viveu o CARDEAL LEME, HOMEM DE IGREJA de grande visão, ALCEU teve todo o apoio da Hierarquia, e, na qualidade de Presidente da Ação Católica Brasileira, exerceu uma indiscutível liderança em plano nacional. Dom Leme pediu-lhe fazer os concursos para a Faculdade de Direito (PUC), como lhe pediu apresentasse sua candidatura à Academia Brasileira de Letras. Falecido o Cardeal (1942), Alceu não encontrou tanta compreensão por parte do sucessor (Dom Câmara), e deixou a presidência da Ação Católica. Não deixou de ser um modelo de leigo atuante. De comunhão diária, rezando também diariamente a Liturgia das Horas, homem de profunda espiritualidade, Alceu se abriu cada vez mais para o campo social e político. Nunca pensou em ser candidato a nenhum posto eletivo, pois jamais usaria sua condição de líder católico em benefício próprio, no entanto exerceu enorme influência política graças a seus livros e artigos. Pode-se dizer ter sido um modelo de cristão e de santo. Sua morte, no dia 14 de agosto de 1983, 4 meses antes de completar 90 anos, em plena lucidez, tendo manejado a pena - seu grande instrumento de trabalho - até o final, foi a conclusão de um ciclo. O grande cedro tombou, tendo dado o fruto a seu tempo. A história da Igreja no Brasil não pode ser escrita sem mencionar ALCEU AMOROSO LIMA" ("Magistério Episcopal", Dom Clemente Isnard).
NA ÉPOCA DO CARDEAL LEME
"Enquanto viveu o CARDEAL LEME, HOMEM DE IGREJA de grande visão, ALCEU teve todo o apoio da Hierarquia, e, na qualidade de Presidente da Ação Católica Brasileira, exerceu uma indiscutível liderança em plano nacional. Dom Leme pediu-lhe fazer os concursos para a Faculdade de Direito (PUC), como lhe pediu apresentasse sua candidatura à Academia Brasileira de Letras. Falecido o Cardeal (1942), Alceu não encontrou tanta compreensão por parte do sucessor (Dom Câmara), e deixou a presidência da Ação Católica. Não deixou de ser um modelo de leigo atuante. De comunhão diária, rezando também diariamente a Liturgia das Horas, homem de profunda espiritualidade, Alceu se abriu cada vez mais para o campo social e político. Nunca pensou em ser candidato a nenhum posto eletivo, pois jamais usaria sua condição de líder católico em benefício próprio, no entanto exerceu enorme influência política graças a seus livros e artigos. Pode-se dizer ter sido um modelo de cristão e de santo. Sua morte, no dia 14 de agosto de 1983, 4 meses antes de completar 90 anos, em plena lucidez, tendo manejado a pena - seu grande instrumento de trabalho - até o final, foi a conclusão de um ciclo. O grande cedro tombou, tendo dado o fruto a seu tempo. A história da Igreja no Brasil não pode ser escrita sem mencionar ALCEU AMOROSO LIMA" ("Magistério Episcopal", Dom Clemente Isnard).
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
DOM LEME E A PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO
Um dos sonhos de DOM LEME era dotar o RIO de uma Universidade Católica. "O seu advogado era o PADRE LEONEL FRANCA, S.J., um sábio e um santo que lembrava a um tempo Anchieta e Vieira, tendo a palavra definitiva para todas as questões controvertidas. Pulverizara a heresia luterana com a sua "A IGREJA, A REFORMA E A CIVILIZAÇÃO". Escreveu obra admirável sobre estatística. Baseado em fatos, jogando com os índices de criminalidade evidenciou de quanto é capaz para arruinar um povo o laicismo escolar, publicando o seu "ENSINO RELIGIOSO e ENSINO LEIGO". TORNOU-SE O ORIENTADOR DO ENSINO NO BRASIL o homem da "HISTÓRIA DA FILOSOFIA" e de inúmeras outras obras que o credenciavam como figura exponencial de uma geração. Acolheu com entusiasmo a idéia do Padre Franca DOM LEME e em março de 1942, em solenidade imponentíssima, à altura do grande acontecimento, marco miliário na história de nossa cultura, inauguravam-se as primeiras faculdades - FILOSOFIA e DIREITO - da UNIVERSIDADE CATÓLICA do Rio de Janeiro. Falecendo em 1942, angustiado com a entrada do país na guerra, o Governo do Estado Novo solidarizou-se com o povo na sua última homenagem ao homem de Deus que, com habilidade diplomática, bondade, FÉ ardente e diligência constante, conseguira fazer reconhecer-se o BRASIL como a maior nação católica do mundo. Intensa era a vida espiritual em sua arquidiocese cujo centro se situava na igreja de Santana, Santuário Nacional do Coração Euarístico. Magnífica a ação social por ele desencadeada em TODO O PAÍS. Nunca antes fora igual o prestígio da IGREJA e de cuja pujança atestavam as páscoas dos intelectuais, da juventude mariana e das ligas católicas "Jesus, Maria e José" ("Autodestruição da Igreja no Brasil", por Antonio Guedes de Holanda).
Um dos sonhos de DOM LEME era dotar o RIO de uma Universidade Católica. "O seu advogado era o PADRE LEONEL FRANCA, S.J., um sábio e um santo que lembrava a um tempo Anchieta e Vieira, tendo a palavra definitiva para todas as questões controvertidas. Pulverizara a heresia luterana com a sua "A IGREJA, A REFORMA E A CIVILIZAÇÃO". Escreveu obra admirável sobre estatística. Baseado em fatos, jogando com os índices de criminalidade evidenciou de quanto é capaz para arruinar um povo o laicismo escolar, publicando o seu "ENSINO RELIGIOSO e ENSINO LEIGO". TORNOU-SE O ORIENTADOR DO ENSINO NO BRASIL o homem da "HISTÓRIA DA FILOSOFIA" e de inúmeras outras obras que o credenciavam como figura exponencial de uma geração. Acolheu com entusiasmo a idéia do Padre Franca DOM LEME e em março de 1942, em solenidade imponentíssima, à altura do grande acontecimento, marco miliário na história de nossa cultura, inauguravam-se as primeiras faculdades - FILOSOFIA e DIREITO - da UNIVERSIDADE CATÓLICA do Rio de Janeiro. Falecendo em 1942, angustiado com a entrada do país na guerra, o Governo do Estado Novo solidarizou-se com o povo na sua última homenagem ao homem de Deus que, com habilidade diplomática, bondade, FÉ ardente e diligência constante, conseguira fazer reconhecer-se o BRASIL como a maior nação católica do mundo. Intensa era a vida espiritual em sua arquidiocese cujo centro se situava na igreja de Santana, Santuário Nacional do Coração Euarístico. Magnífica a ação social por ele desencadeada em TODO O PAÍS. Nunca antes fora igual o prestígio da IGREJA e de cuja pujança atestavam as páscoas dos intelectuais, da juventude mariana e das ligas católicas "Jesus, Maria e José" ("Autodestruição da Igreja no Brasil", por Antonio Guedes de Holanda).
terça-feira, 11 de novembro de 2014
ANTES QUE SEJA TARDE!!!
De CLÓVIS ROSSI, Folha de São Paulo, 11/11/14: PONDERE você mesmo leitor, se não vale para o BRASIL, ao menos parcialmente, o que escreveu Enrico Krauze, intelectual mexicano de referência, sobre seu país para o "El Pais" desta segunda (10/10): " O México requer um sistema de segurança e de justiça que PROTEJA O BEM MAIS PRECIOSO, a VIDA HUMANA, A INCESSANTE MARÉ DO CRIME não só deve deter-se, deve retroceder pela ação legítima da lei. Cada dia que passa, o cidadão - DECEPCIONADO DE TODOS OS PARTIDOS, OS POLÍTICOS e a POLÍTICA, - afunda ainda mais no desânimo e no desespero". Pondere também se não vale igualmente o apelo do cientista social Rubén Aguilar Valenzuela no site Infolatam: "No México moderno e inclusivo que todos e todas desejamos, é preciso superar a DEBILIDADE ESTRUTURAL do SISTEMA de SEGURANÇA e de JUSTIÇA. É uma obrigação irrenunciável dos três níveis de governo e também da SOCIEDADE". É PRECISO COBRAR insistentemente a PROMESSA, sob pena de o BRASIL, se tudo continuar como está, cair no estado assim definido (falando do México) pelo colunista Antonio Navalón ("El País"): O PACTO SINISTRO ENTRE CORRUPÇÃO POLÍTICA e CRIME ORGANIZADO É MORTAL PARA QUALQUER PAÍS" (FOLHA DE SÃO PAULO", 11/11/14).
De CLÓVIS ROSSI, Folha de São Paulo, 11/11/14: PONDERE você mesmo leitor, se não vale para o BRASIL, ao menos parcialmente, o que escreveu Enrico Krauze, intelectual mexicano de referência, sobre seu país para o "El Pais" desta segunda (10/10): " O México requer um sistema de segurança e de justiça que PROTEJA O BEM MAIS PRECIOSO, a VIDA HUMANA, A INCESSANTE MARÉ DO CRIME não só deve deter-se, deve retroceder pela ação legítima da lei. Cada dia que passa, o cidadão - DECEPCIONADO DE TODOS OS PARTIDOS, OS POLÍTICOS e a POLÍTICA, - afunda ainda mais no desânimo e no desespero". Pondere também se não vale igualmente o apelo do cientista social Rubén Aguilar Valenzuela no site Infolatam: "No México moderno e inclusivo que todos e todas desejamos, é preciso superar a DEBILIDADE ESTRUTURAL do SISTEMA de SEGURANÇA e de JUSTIÇA. É uma obrigação irrenunciável dos três níveis de governo e também da SOCIEDADE". É PRECISO COBRAR insistentemente a PROMESSA, sob pena de o BRASIL, se tudo continuar como está, cair no estado assim definido (falando do México) pelo colunista Antonio Navalón ("El País"): O PACTO SINISTRO ENTRE CORRUPÇÃO POLÍTICA e CRIME ORGANIZADO É MORTAL PARA QUALQUER PAÍS" (FOLHA DE SÃO PAULO", 11/11/14).
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
TRISTÃO E JACKSON DE FIGUEIREDO
JACKSON nasceu em 08/10/1891 em Aracaju. Formando-se em Direito na Bahia, transferiu-se para o Rio em 1914, tendo lecionado em alguns colégios e colaborado em jornais e revistas. "O acontecimento mais importante de sua vida foi a passagem de um materialismo agresssivo ao ceticismo, depois ao espiritualismo de Farias Brito e finalmente ao catolicismo, graças a Dom Sebastião Leme e ao Padre Leonel Franca, S.J. Tornando-se apaixonado por Cristo e pela Igreja, funda em 1921 a revista "A ORDEM" e, logo no ano seguinte, o Centro Dom Vital, que visavam reunir os intelectuais católicos e levar aos demais um conhecimento mais profundo das verdades da Fé. "Deixou-nos não poucos livros entre os quais "Pascal e a Inquietação Moderna"e o romance póstumo "AEVUM". Mas o gênero que mais correspondia a seu temperamento era sem dúvida a correspondência em que foi numeroso e que atinge o mais alto ponto nas cartas a Alceu Amoroso Lima que daria continuidade ao seu trabalho apostólico" (Dom Marcos Barbosa, SJ, no prefácio de "Correspondência Harmonia dos Contrastes, tomo I). Na nota introdutória desse livro, assim escreveu João Etienne Filho (04/11/1986): "Alceu disse na carta de 04/02/1928: "Cada vez estou mais convencido de que o homem é o que são as suas cartas". Se eu (JEF) de há muito não concordasse com esta afirmativa, a leitura de "Harmonia dos Contrastes" acabaria por me convencer do que há de profundamente verdadeiro na afirmação. Estas cartas são, ao meu ver, o que de mais importante já se fez em matéria de correspondência literária no Brasil.
JACKSON nasceu em 08/10/1891 em Aracaju. Formando-se em Direito na Bahia, transferiu-se para o Rio em 1914, tendo lecionado em alguns colégios e colaborado em jornais e revistas. "O acontecimento mais importante de sua vida foi a passagem de um materialismo agresssivo ao ceticismo, depois ao espiritualismo de Farias Brito e finalmente ao catolicismo, graças a Dom Sebastião Leme e ao Padre Leonel Franca, S.J. Tornando-se apaixonado por Cristo e pela Igreja, funda em 1921 a revista "A ORDEM" e, logo no ano seguinte, o Centro Dom Vital, que visavam reunir os intelectuais católicos e levar aos demais um conhecimento mais profundo das verdades da Fé. "Deixou-nos não poucos livros entre os quais "Pascal e a Inquietação Moderna"e o romance póstumo "AEVUM". Mas o gênero que mais correspondia a seu temperamento era sem dúvida a correspondência em que foi numeroso e que atinge o mais alto ponto nas cartas a Alceu Amoroso Lima que daria continuidade ao seu trabalho apostólico" (Dom Marcos Barbosa, SJ, no prefácio de "Correspondência Harmonia dos Contrastes, tomo I). Na nota introdutória desse livro, assim escreveu João Etienne Filho (04/11/1986): "Alceu disse na carta de 04/02/1928: "Cada vez estou mais convencido de que o homem é o que são as suas cartas". Se eu (JEF) de há muito não concordasse com esta afirmativa, a leitura de "Harmonia dos Contrastes" acabaria por me convencer do que há de profundamente verdadeiro na afirmação. Estas cartas são, ao meu ver, o que de mais importante já se fez em matéria de correspondência literária no Brasil.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
URGE EMANCIPAR A POLÍTICA NO BRASIL
Por que no BRASIL a política não é emancipada? a) pelo elevado custo da campanha política. Por causa desses elevados custos, a política está prisioneira do sistema de financiamento da política no país. b) por causa dos institutos de pesquiza eleitoral: dizem o que o eleitor deve falar, amarrando os eleitores ao apresentar os resultados indicando os vencedores antes do pleito. c) devido aos marqueteiros que ensinam como os candidatos devem falar, qual a mídia a ser utilizada, a mentira a ser construída. c) pelo aprisionamento dos eleitores à mitologia de que os eleitores se distribuem em dois grupos: um da esquerda, outro da direita. d) pela existência de programas assistenciais que amarram os votos de seus beneficiários aos candidatos que conseguem apropriar-se da paternidade do programa, dando garantia de que tais programas serão mantidos; a emancipação dos pobres emanciparia a política, desmoralizando os donos dos programas assistencialistas; e) pelo silêncio dos intelectuais, incapazes de oferecer alternativas que sirvam de base a propostas de reformas sociais que, emancipando o povo, emanciparia a política; f) pela cooptação por compra de agentes políticos ou por financiamento e beneficiamento: ongs, sindicatos, associações; g) por causa do aparelhamento do Estado pelo partido político no Poder como propriedade das elites no poder: nomeiam-se pessoas para empregos públicos, aprisionando a política à necessidade de sobrevivência dos servidores empregados, dependentes da continuidade. REMÉDIOS PARA A EMANCIPAÇÃO DA POLÍTICA: DUAS AÇÕES: a) uma revolução educacional permitindo emancipar o povo da dependência de auxílios para que o eleitor possa votar sem dever favor ao partido no Poder. LEVA TEMPO. B) UMA REFORMA RADICAL na maneira como a Política é feita, derrubando-se cada uma das amarras acima citadas. Depende da vontade dos eleitos amarrados.(Resumo do artigo do Senador Cristovam Buarque, no "O GLOBO", de 01/11/14).
Por que no BRASIL a política não é emancipada? a) pelo elevado custo da campanha política. Por causa desses elevados custos, a política está prisioneira do sistema de financiamento da política no país. b) por causa dos institutos de pesquiza eleitoral: dizem o que o eleitor deve falar, amarrando os eleitores ao apresentar os resultados indicando os vencedores antes do pleito. c) devido aos marqueteiros que ensinam como os candidatos devem falar, qual a mídia a ser utilizada, a mentira a ser construída. c) pelo aprisionamento dos eleitores à mitologia de que os eleitores se distribuem em dois grupos: um da esquerda, outro da direita. d) pela existência de programas assistenciais que amarram os votos de seus beneficiários aos candidatos que conseguem apropriar-se da paternidade do programa, dando garantia de que tais programas serão mantidos; a emancipação dos pobres emanciparia a política, desmoralizando os donos dos programas assistencialistas; e) pelo silêncio dos intelectuais, incapazes de oferecer alternativas que sirvam de base a propostas de reformas sociais que, emancipando o povo, emanciparia a política; f) pela cooptação por compra de agentes políticos ou por financiamento e beneficiamento: ongs, sindicatos, associações; g) por causa do aparelhamento do Estado pelo partido político no Poder como propriedade das elites no poder: nomeiam-se pessoas para empregos públicos, aprisionando a política à necessidade de sobrevivência dos servidores empregados, dependentes da continuidade. REMÉDIOS PARA A EMANCIPAÇÃO DA POLÍTICA: DUAS AÇÕES: a) uma revolução educacional permitindo emancipar o povo da dependência de auxílios para que o eleitor possa votar sem dever favor ao partido no Poder. LEVA TEMPO. B) UMA REFORMA RADICAL na maneira como a Política é feita, derrubando-se cada uma das amarras acima citadas. Depende da vontade dos eleitos amarrados.(Resumo do artigo do Senador Cristovam Buarque, no "O GLOBO", de 01/11/14).
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
CARDEAL DOM SEBASTIÃO LEME 1
O paulista, DOM SEBASTIÃO LEME, CURSOU O seminário maior em Roma, ordenando-se padre em 28/10/1904. Auxiliar do Cardeal Dom Duarte Leopoldo na cidade de São Paulo, chamou a atenção do Cardeal Arcoverde, do Rio, que o escolheu como bispo auxiliar. Com 29 anos apenas, o próprio cardeal do Rio sagrou-o bispo em Roma no dia 04/06/1911. "Il piú giovane Vescovo della Chiesa , abençoou-o sorrindo o papa São Pio X. Sua atuação como bispo auxiliar no Rio foi sobretudo um tempo de provação e de tomada de consciência do verdadeiro estado do catolicismo no Brasil. Em 1916, DOM LEME foi nomeado Arcebispo de OLINDA. Depois de empossado, dirigiu ao clero e aos fieis a Pastoral de praxe, espécie de plataforma do Pastor à comunidade diocesana. A seus olhos uma constatação dolorosíssima se impunha: o Brasil não vivia como um país católico que constava ser. A causa desse "grande mal" para DOM LEME era a IGNORÂNCIA RELIGIOSA", tanto dos meios intelectuais como do POVO. O remédio ele indicou: a doutrinação cristã, a evangelizacão pela pregação, pela leitura, pela educação no lar e na escola. Essa Carta Pastoral de 1916 foi e é um dos mais impressionantes documentos das nossas letras eclesiásticas pela extraordinária lucidez e coragem das afirmações e pela agudeza, por assim dizer, genial, do golpe de vista" (Dom Clemente Isnard). E concluindo: "Obliterados em nossas consciências os deveres religiosos e sociais, chegamos ao absurdo máximo de formarmos uma grande força nacional que não atua e não influi, uma força inerte. Somos católicos de clausura, nossa FÉ se restringe ao encerro do oratório ou à nave das igrejas. Parte avultada dos nossos católicos vive afastada dos sacramentos. E os outros?... Não são católicos? É que são católicos de nome, católicos por tradição e por hábito, católicos só por sentimento".
O paulista, DOM SEBASTIÃO LEME, CURSOU O seminário maior em Roma, ordenando-se padre em 28/10/1904. Auxiliar do Cardeal Dom Duarte Leopoldo na cidade de São Paulo, chamou a atenção do Cardeal Arcoverde, do Rio, que o escolheu como bispo auxiliar. Com 29 anos apenas, o próprio cardeal do Rio sagrou-o bispo em Roma no dia 04/06/1911. "Il piú giovane Vescovo della Chiesa , abençoou-o sorrindo o papa São Pio X. Sua atuação como bispo auxiliar no Rio foi sobretudo um tempo de provação e de tomada de consciência do verdadeiro estado do catolicismo no Brasil. Em 1916, DOM LEME foi nomeado Arcebispo de OLINDA. Depois de empossado, dirigiu ao clero e aos fieis a Pastoral de praxe, espécie de plataforma do Pastor à comunidade diocesana. A seus olhos uma constatação dolorosíssima se impunha: o Brasil não vivia como um país católico que constava ser. A causa desse "grande mal" para DOM LEME era a IGNORÂNCIA RELIGIOSA", tanto dos meios intelectuais como do POVO. O remédio ele indicou: a doutrinação cristã, a evangelizacão pela pregação, pela leitura, pela educação no lar e na escola. Essa Carta Pastoral de 1916 foi e é um dos mais impressionantes documentos das nossas letras eclesiásticas pela extraordinária lucidez e coragem das afirmações e pela agudeza, por assim dizer, genial, do golpe de vista" (Dom Clemente Isnard). E concluindo: "Obliterados em nossas consciências os deveres religiosos e sociais, chegamos ao absurdo máximo de formarmos uma grande força nacional que não atua e não influi, uma força inerte. Somos católicos de clausura, nossa FÉ se restringe ao encerro do oratório ou à nave das igrejas. Parte avultada dos nossos católicos vive afastada dos sacramentos. E os outros?... Não são católicos? É que são católicos de nome, católicos por tradição e por hábito, católicos só por sentimento".
terça-feira, 4 de novembro de 2014
DOIS LÍDERES CATÓLICOS: JACKSON E TRISTÃO
O encontro de JACKSON e TRISTÃO deu-se no ano de 1922. Regressando da Europa e com uma coluna no "O JORNAL" sobre crítica literária, TRISTÃO foi apresentado a JACKSON, que já recém conquistado pelo CARDEAL LEME, vislumbrou em ALCEU o "cara" caído do céu no momento oportuno. Teve então início uma prodigiosa troca de cartas e conversas entre duas inteligências de que DOM SEBASTIÃO LEME se serviu para, conquistando as elites agnósticas, atéias, de um catolicismo frouxo, de fachada, para constituir a liderança do despertar de uma religião católica que perderra o rumo. Como São Paulo, JACKSON, fogoso, destemido, caíra do cavalo já do primeiro encontro com DOM LEME. Confessou-se com ele, levantou-se, disposto à busca dos intelectuais que como ele andavam por caminhos incertos. À imitação do futuro Papa João XXIII, que, em 1963, pretendendo rejuvenescer a IGREJA apelou "ansiosamente para os cristàos leigos", DOM LEME apontou-lhes a parte que lhes cabia, "de forma absolutamente necessária"na missão da IGREJA. O Rio, capital da República, foi a grande e definitiva seara de Dom Leme. "Durante os 21 anos de seu governo na Arquidiocese foi aos poucos transformando a massa retraída e inoperante dos fiéis e os grupos, isolados e dispersos, dos obreiros já existentes, num todo coeso, num laicato de escol que serviria a hierarquia e colaboraria com ela na construção de um Brasil novo". Falando de TRISTÃO e de JACKSON, seja lembrado o nome do Padre LEONEL FRANCA, amigo e mentor espiritual dos dois líderes católicos patrícios de quem tão pouco nos lembramos. E saibam nossos jovens católicos irmãos que muito lucro espiritual e literário haurirão com a leitura das cartas que se trocaram JACKSON e TRISTÃO em ("Correspondência Harmonia dos Contrastes", dois volumes).
O encontro de JACKSON e TRISTÃO deu-se no ano de 1922. Regressando da Europa e com uma coluna no "O JORNAL" sobre crítica literária, TRISTÃO foi apresentado a JACKSON, que já recém conquistado pelo CARDEAL LEME, vislumbrou em ALCEU o "cara" caído do céu no momento oportuno. Teve então início uma prodigiosa troca de cartas e conversas entre duas inteligências de que DOM SEBASTIÃO LEME se serviu para, conquistando as elites agnósticas, atéias, de um catolicismo frouxo, de fachada, para constituir a liderança do despertar de uma religião católica que perderra o rumo. Como São Paulo, JACKSON, fogoso, destemido, caíra do cavalo já do primeiro encontro com DOM LEME. Confessou-se com ele, levantou-se, disposto à busca dos intelectuais que como ele andavam por caminhos incertos. À imitação do futuro Papa João XXIII, que, em 1963, pretendendo rejuvenescer a IGREJA apelou "ansiosamente para os cristàos leigos", DOM LEME apontou-lhes a parte que lhes cabia, "de forma absolutamente necessária"na missão da IGREJA. O Rio, capital da República, foi a grande e definitiva seara de Dom Leme. "Durante os 21 anos de seu governo na Arquidiocese foi aos poucos transformando a massa retraída e inoperante dos fiéis e os grupos, isolados e dispersos, dos obreiros já existentes, num todo coeso, num laicato de escol que serviria a hierarquia e colaboraria com ela na construção de um Brasil novo". Falando de TRISTÃO e de JACKSON, seja lembrado o nome do Padre LEONEL FRANCA, amigo e mentor espiritual dos dois líderes católicos patrícios de quem tão pouco nos lembramos. E saibam nossos jovens católicos irmãos que muito lucro espiritual e literário haurirão com a leitura das cartas que se trocaram JACKSON e TRISTÃO em ("Correspondência Harmonia dos Contrastes", dois volumes).
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
86 ANOS SEM JACKSON DE FIGUEIREDO
Anualmente, 04/11, TRISTÃO no "Jornal do Brasil" comemorava o aniversário da morte trágica do amigo JACKSON no elevado do Joá, no Rio. Dói a só tentação de pensar que até o clero esqueceu essa figura de "nordestino indomável sobre quem o nunca bastante lembrado Cardeal Sebastião Leme exerceu profunda ascendência. Foi a pessoa que, no dizer de Jônatas Serrano, sorrindo dominou Jackson. Ele precisava de um auxiliar leigo para agir diretamente sobre os intelectuais agnósticos ou ateus que nos anos de 1920 formavam parte da elite do Rio. A providência fê-lo encontrá-lo na pessoa que falava a linguagem deles, JACKSON DE FIGUEIREDO. Ele sabia que, conquistando a Cristo as elites do pensamento, a influência destas seria muito importante num país "de formação aluviônica", como Jackson definiu o nosso Brasil em carta a Epitácio Pessoa, presidente do país na época. Conta o nosso venerável bispo beneditino, Clemente ISNARD, bispo de Novsa Friburgo, que no primeiro encontro pessoal e decisivo de Jackson com Dom Leme, em 1921, no Rio, uma palavra carismática do pastor levou imediatamente Jackson , ainda hesitante no limiar do catolicismo, a confessar-se. Reintegrado no regime sacramental da Igreja, o antigo incrédulo, agressivo e iconoclasta, tornou-se em breve líder do laicato católico brasileiro. Jackson foi um dos homens mais inteligentes e mais ardentemente apostólicos que o Brasil contemporâneo possuiu". Há 86 anos, com apenas 37 anos de vida, 3 meses depois da conversão de TRISTÃO (15/o8/28), JACKSON sentiu que já contava com um sucessor. E assim, "consummatus in brevi explevit tempora multa", num acidente de pescaria, precipitado do alto de uma falésia, no Joá, um dos recantos mais deslumbrantes do Rio, o grande mar o chamou a si aquele que fora grande e amara toda grandeza".
Anualmente, 04/11, TRISTÃO no "Jornal do Brasil" comemorava o aniversário da morte trágica do amigo JACKSON no elevado do Joá, no Rio. Dói a só tentação de pensar que até o clero esqueceu essa figura de "nordestino indomável sobre quem o nunca bastante lembrado Cardeal Sebastião Leme exerceu profunda ascendência. Foi a pessoa que, no dizer de Jônatas Serrano, sorrindo dominou Jackson. Ele precisava de um auxiliar leigo para agir diretamente sobre os intelectuais agnósticos ou ateus que nos anos de 1920 formavam parte da elite do Rio. A providência fê-lo encontrá-lo na pessoa que falava a linguagem deles, JACKSON DE FIGUEIREDO. Ele sabia que, conquistando a Cristo as elites do pensamento, a influência destas seria muito importante num país "de formação aluviônica", como Jackson definiu o nosso Brasil em carta a Epitácio Pessoa, presidente do país na época. Conta o nosso venerável bispo beneditino, Clemente ISNARD, bispo de Novsa Friburgo, que no primeiro encontro pessoal e decisivo de Jackson com Dom Leme, em 1921, no Rio, uma palavra carismática do pastor levou imediatamente Jackson , ainda hesitante no limiar do catolicismo, a confessar-se. Reintegrado no regime sacramental da Igreja, o antigo incrédulo, agressivo e iconoclasta, tornou-se em breve líder do laicato católico brasileiro. Jackson foi um dos homens mais inteligentes e mais ardentemente apostólicos que o Brasil contemporâneo possuiu". Há 86 anos, com apenas 37 anos de vida, 3 meses depois da conversão de TRISTÃO (15/o8/28), JACKSON sentiu que já contava com um sucessor. E assim, "consummatus in brevi explevit tempora multa", num acidente de pescaria, precipitado do alto de uma falésia, no Joá, um dos recantos mais deslumbrantes do Rio, o grande mar o chamou a si aquele que fora grande e amara toda grandeza".
sábado, 1 de novembro de 2014
FINADOS... ENCONTRO DOS AUSENTES!
Todo sinal aproxima, sem dar a posse. Anuncia mas não é a coisa. Mostra, mas esconde. Tem razão São Paulo:"vemos agora em sinais e enigmas". Robinson Crusoé vê na areia a marca de um pé: sinal natural, imagem de um pé, sinal de um homem! Onde estará o amigo anunciado e escondido? FINADOS!!! Todo sinal, pela sua força de congraçamento tem uma aura de emoção e até dotada de cargas afetivas. E estas particularmente hoje inundam nossos corações. Quem não terá visto um dia numa flor oferecida uma promessa de amor? Quem não terá visto numa flor murcha uma saudade de amor? Menos que flor, pétala! menos que pétala, folha, folha seca, com nervuras de renda, folha esquecida entre as folhas de um livro esquecido - de repente se abre um dia azul, uma tarde perdida, um céu de saudade em que tantos dos nossos se foram. Cada objeto fica imantado pelas mãos que o tocaram. Cada pessoa conserva o perfil, a imagem com que a terra a escondeu até à segunda vinda do Cristo. FINADOS! Dia da saudade! Que pena a cremação de cadáveres privar-nos do mais real sinal de nosso reencontrar-nos com os nossos ausentes! Seus restos santificados pelo batismo no silêncio e solidão do Campo Santo aguardam nossa presença para um diálogo reconfortador sob certo aspeto lembrando a visita a Jesus nos sacrários de nossas igrejas: "Eu te adoro piamente, ó divindade que te escondes nos acidentes do pão". Para a composição desta postagem vali-me bastante de observações oportunas obtidas em "As Fronteiras da Técnica", de Gustavo Corção.
Todo sinal aproxima, sem dar a posse. Anuncia mas não é a coisa. Mostra, mas esconde. Tem razão São Paulo:"vemos agora em sinais e enigmas". Robinson Crusoé vê na areia a marca de um pé: sinal natural, imagem de um pé, sinal de um homem! Onde estará o amigo anunciado e escondido? FINADOS!!! Todo sinal, pela sua força de congraçamento tem uma aura de emoção e até dotada de cargas afetivas. E estas particularmente hoje inundam nossos corações. Quem não terá visto um dia numa flor oferecida uma promessa de amor? Quem não terá visto numa flor murcha uma saudade de amor? Menos que flor, pétala! menos que pétala, folha, folha seca, com nervuras de renda, folha esquecida entre as folhas de um livro esquecido - de repente se abre um dia azul, uma tarde perdida, um céu de saudade em que tantos dos nossos se foram. Cada objeto fica imantado pelas mãos que o tocaram. Cada pessoa conserva o perfil, a imagem com que a terra a escondeu até à segunda vinda do Cristo. FINADOS! Dia da saudade! Que pena a cremação de cadáveres privar-nos do mais real sinal de nosso reencontrar-nos com os nossos ausentes! Seus restos santificados pelo batismo no silêncio e solidão do Campo Santo aguardam nossa presença para um diálogo reconfortador sob certo aspeto lembrando a visita a Jesus nos sacrários de nossas igrejas: "Eu te adoro piamente, ó divindade que te escondes nos acidentes do pão". Para a composição desta postagem vali-me bastante de observações oportunas obtidas em "As Fronteiras da Técnica", de Gustavo Corção.
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