O PENSAMENTO DE GORBATCHOV SOBRE A CRISE DA UCRÂNIA E RÚASSIA
"Uma das principais questões colocadas hoje em relação aos acontecimentos na Ucrânia é a da expansão da OTAN. Sabe-se que a reunificação da Alemanha não foi um fenômeno isolado, mas parte do processo do fim da Guerra Fria. Resolvidos todos os processos, os países envolvidos assinaram os documentos que, pondo fim à Guerra Fria, continham os princípios que formaram , em 1990, a base da CARTA DE PARIS, assinada por todos os países da Europa e pelos EUA e Canadá. Uma das razões da crise atual na Ucrânia foi a relutância de nossos parceiros ocidentais em levar em conta o ponto de vista da Rússia, os interesses legítimos de sua segurança nacional. Refiro-me em primeiro lugar à expansão da OTAN, aos projetos de implantação do sistema de defesa anti-missil do Ocidente em regiões importantes para a Rússia, como Iugoslávia, Iraque, Geórgia e Ucrânia. Na época o secretário de Estado Norte-americano James Baker declarou que não haveria "ampliação da presença jurídica e militar da OTAN nem uma polegada para o leste". Entretanto, com a reunificaçãp da Alemanha os EUA e seus aliados decidiram avançar com a OTAN para o leste em 1993. Isto foi uma violação do espírito das garantias que nos haviam sido dadas em 1990. Daí ser atualmente a relação com a Ucrânia um assunto doloroso para os russos. É necessário cunprir integralmente o que foi assinado em Minsk entre 5 e 19 de setembro. A decisão dos EUA e seus aliados de avançar com a OTAN para o leste, formada em 1993, era uma violação do espírito das declarações e garantias dadas em 1990. É necessário cumprir-se o que foi assinado entre 5 e 19 de setembro. A situação real é muito frágil. As relações entre a Rússia e a Ucrânia sofreram danos enormes. O importante agora é estabelecer diálogo sobre questões específicas. Aqui todos têm que ajudar: a Ucrânia, a Rússia e o Ocidente, separadamente e em conjunto.
domingo, 16 de novembro de 2014
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