SÃO GABRIEL DA VIRGEM DOLOROSA
A cidade PIONEIROS - Fazenda Rio Grande, PARANÁ, Rua Farid Stephens, 20, celebra hoje e amanhã a festa de SÃO GABRIEL DA VIRGEM DOLOROSA, falecido no dia 27/02/1862 com 24 anos de idade, em Isola, Itália. Nasceu em Assis, terra de São Francisco, donde seu nome civil Francisco Possenti, substituído por GABRIEL, quando entrou na ordem dos Passionistas. Levava uma vida mundana quando, à vista numa procissão da imagem de NOSSA SENHORA, muito venerada em Spoleto, tomou a resolução de ser padre para se consagrar ao culto e à meditação da PAIXÃO de Cristo. Como noviço distinguia-se pela devoção à Paixão de Cristo, à Santa Eucaristia e à Virgem das Dores. Muito humilde, considerava-se o menor entre seus coirmãos religiosos, sempre obediente às ordens de seus superiores, vigilante sobre seus sentidos, tornou-se um perfeito religioso que, aos 24 anos, estava maduro para ser chamado aos céus. Falecendo no dia 27/02/1862, foi canonizado pelo papa Pio XI em 1920. Ao "ofertório" da missa do dia de então, GABRIEL é proclamado "o filho da serva do Senhor ( "Eis aqui a escrava do Senhor"), isto é, da VIRGEM DAS DORES. Curioso: o autor do livro "Guia do Ano Litúrgico", traduzido por PIUS PARSCH, assim escreveu: "Constatamos que os textos dessa missa (27/02/1920) estão perfeitamente conformes aos pensamentos da moderna piedade (Pio XI deu início a um movimento em favor de uma Igreja mais ao alcance de seus fiéis), que difere da piedade cristã antiga". Celebro hoje meu octogésimo sétimo aniversário de nascimento; donde minha devoção a esse santo que descobri ao completar 13 anos, quando aluno do Colégio do Caraça.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
REFLEXÃO SOBRE O ENRAIZAMENTO
O ENRAIZAMENTO étalvez a necessidade mais importante e mais desconhecida da alma humana.
É uma das coisas mais difíceis de ser definida. Todo ser humano tem uma RAIZ por causa de sua participação real, ativa e natural em convivência numa coletividade que conserve vivos certos tesouros do passado e certos pressentimentos do futuro. Participação natural, decorrente de sua localização, seu nascimento, sua profissão, sua relação com a vizinhança. Todo ser humano sente a necessidade de possuir múltiplas raízes. Tem a necessidade de alimentar quase toda a sua vida moral, intelectual, espiritual, por intermédio dos meios de que é parte. As trocas de influências entre sócios muito diferentes não são menos indispensáveis do que o enraizamento no grupo onde vive. Mas esse meio deve fornecer uma influência externa não como uma realidade indiferente, mas como um estímulo que torne sua existência mais intensa, mais operosa. A pessoa, contudo, não deve nutrir-se dessas aproximações externas senão depois de as haver como que digeridas e recebidas de quem as fornece. Quando um pintor de real valor visita um museu, a originalidade de sua obra lhe é confirmada ao se ver diante de sua tela. O mesmo deve ocorrer com toda pessoa do globo terrestre face aos diferentes meios sociais em que viva. Interiormente também as pessoas podem ser objeto de desenraizamento advindos de certos fatores muito perigosos, agindo como um verdadeiro veneno propagando aquela doença. Um deles é o dinheiro que destrói as raízes onde ele penetra, tendo como efeito a criação de classes sociais (SIMONE WEIL, "ENRACINEMENT", PP 1027, "OEUVRES").
O ENRAIZAMENTO étalvez a necessidade mais importante e mais desconhecida da alma humana.
É uma das coisas mais difíceis de ser definida. Todo ser humano tem uma RAIZ por causa de sua participação real, ativa e natural em convivência numa coletividade que conserve vivos certos tesouros do passado e certos pressentimentos do futuro. Participação natural, decorrente de sua localização, seu nascimento, sua profissão, sua relação com a vizinhança. Todo ser humano sente a necessidade de possuir múltiplas raízes. Tem a necessidade de alimentar quase toda a sua vida moral, intelectual, espiritual, por intermédio dos meios de que é parte. As trocas de influências entre sócios muito diferentes não são menos indispensáveis do que o enraizamento no grupo onde vive. Mas esse meio deve fornecer uma influência externa não como uma realidade indiferente, mas como um estímulo que torne sua existência mais intensa, mais operosa. A pessoa, contudo, não deve nutrir-se dessas aproximações externas senão depois de as haver como que digeridas e recebidas de quem as fornece. Quando um pintor de real valor visita um museu, a originalidade de sua obra lhe é confirmada ao se ver diante de sua tela. O mesmo deve ocorrer com toda pessoa do globo terrestre face aos diferentes meios sociais em que viva. Interiormente também as pessoas podem ser objeto de desenraizamento advindos de certos fatores muito perigosos, agindo como um verdadeiro veneno propagando aquela doença. Um deles é o dinheiro que destrói as raízes onde ele penetra, tendo como efeito a criação de classes sociais (SIMONE WEIL, "ENRACINEMENT", PP 1027, "OEUVRES").
sábado, 20 de fevereiro de 2016
SIMONE WEIL EM BUSCA DE DEUS
Às "portas da VERDADE CATÓLICA", pois já lhe abraçara na essência as riquezas espirituais, mas sem ainda buscar o batismo, SIMONE descobriu existir uma proximidade muito evidente entre "intuições précristãs" e o ensinamento de Cristo. Antes dela, no início do Cristianismo, Padres da Igreja, apologistas, se surpreenderam com a novidade. Clemente de Alexandria, no século II, tentara conciliar a filosofia grega com a Fé Católica. ACREDITANDO que a filosofia e a revelação contêm uma parte da verdade total, preocupou-se em demonstrar a existência do Cristianismo nos tempos précristãos através de "elementos de verdade" contidos na teologia e na filosofia pagãs. Por ocasião da Renascensa a grande tradição do humanismo e o despertar do platonismo reaproximaram e com mais vigor as tradições gregas e cristãs. Mais recentemente o Padre Festugiere, autor de admiráveis estudos sobre o pensamento e a religião dos gregos, bastante se emocionara com a elevação e a delicadeza de alma daqueles denominados pagãos, exaltando esse momento da antiga civilização em que a morte dos antigos deuses coincidiu com o alcance máximo da sensibilidade e da expectativa da alma religiosa. Donde SIMONE ver mais relações entre o Evangelho e o Helenismo, do que entre o Evangelho e o antigo judaísmo, ao ponto de recusar reconhecer, como fizeram os Gnósticos, no Deus do Evangelho o Javé bíblico (Simone WEIL, "OEUVRES", pp 633).
Às "portas da VERDADE CATÓLICA", pois já lhe abraçara na essência as riquezas espirituais, mas sem ainda buscar o batismo, SIMONE descobriu existir uma proximidade muito evidente entre "intuições précristãs" e o ensinamento de Cristo. Antes dela, no início do Cristianismo, Padres da Igreja, apologistas, se surpreenderam com a novidade. Clemente de Alexandria, no século II, tentara conciliar a filosofia grega com a Fé Católica. ACREDITANDO que a filosofia e a revelação contêm uma parte da verdade total, preocupou-se em demonstrar a existência do Cristianismo nos tempos précristãos através de "elementos de verdade" contidos na teologia e na filosofia pagãs. Por ocasião da Renascensa a grande tradição do humanismo e o despertar do platonismo reaproximaram e com mais vigor as tradições gregas e cristãs. Mais recentemente o Padre Festugiere, autor de admiráveis estudos sobre o pensamento e a religião dos gregos, bastante se emocionara com a elevação e a delicadeza de alma daqueles denominados pagãos, exaltando esse momento da antiga civilização em que a morte dos antigos deuses coincidiu com o alcance máximo da sensibilidade e da expectativa da alma religiosa. Donde SIMONE ver mais relações entre o Evangelho e o Helenismo, do que entre o Evangelho e o antigo judaísmo, ao ponto de recusar reconhecer, como fizeram os Gnósticos, no Deus do Evangelho o Javé bíblico (Simone WEIL, "OEUVRES", pp 633).
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
O CONSTRUTOR DA IGREJA MODERNA
Sobre SÃO VICENTE DE PAULO (1581-1660) escreveu DANIEL-ROPS, da Academia Francesa de Letras:
É a grande lei e sempre verificada pelos fatos que a edificação do CORPO DE CRISTO realiza-se antes de tudo no segredo interior das almas santas e pela sua soberana eficácia.
Somente os Santos podem discernir os "caminhos que Deus traçará à sua Esposa Mística, porque somente eles compreenderam plenamente a mensagem evangélica e penetraram essa mensagem que Deus dirige à sua obra.
Dessa IGREJA MODERNA que queria nascer Vicente mais do que ninguém lançou os alicerces.
Preparou as bases do futuro. Uma Cristandade mais viva, levedada por um fermento novo; um clero digno, consciente da grandeza do sacerdócio e totalmente dedicado; uma Igreja almejando pela fraternidade, aberta a todos, e carinhosa para os humildes e pequeninos; uma religião humana na qual o Cristo fala ao coração: tudo isto que desejamos do mais íntimo de nossa alma, achamo-lo em SÃO VICENTE... em suas palavras e em seus atos. Ele esclarece nosso século como iluminou o seu ("Os mais belos textos sobre S.Vicente de Paulo").
Sobre SÃO VICENTE DE PAULO (1581-1660) escreveu DANIEL-ROPS, da Academia Francesa de Letras:
É a grande lei e sempre verificada pelos fatos que a edificação do CORPO DE CRISTO realiza-se antes de tudo no segredo interior das almas santas e pela sua soberana eficácia.
Somente os Santos podem discernir os "caminhos que Deus traçará à sua Esposa Mística, porque somente eles compreenderam plenamente a mensagem evangélica e penetraram essa mensagem que Deus dirige à sua obra.
Dessa IGREJA MODERNA que queria nascer Vicente mais do que ninguém lançou os alicerces.
Preparou as bases do futuro. Uma Cristandade mais viva, levedada por um fermento novo; um clero digno, consciente da grandeza do sacerdócio e totalmente dedicado; uma Igreja almejando pela fraternidade, aberta a todos, e carinhosa para os humildes e pequeninos; uma religião humana na qual o Cristo fala ao coração: tudo isto que desejamos do mais íntimo de nossa alma, achamo-lo em SÃO VICENTE... em suas palavras e em seus atos. Ele esclarece nosso século como iluminou o seu ("Os mais belos textos sobre S.Vicente de Paulo").
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
MANUEL BERNARDES - 1644-1710
Nascido em Lisboa, um dos mais suaves, amenos e variados de todos os clássicos portugueses. A elegância alcançou-a ele pela inversão sempre natural da ordem gramatical no período, que é bem feito e melodioso" ("Arte da Composição e do Estilo", Pe. Antônio da Cruz, Colégio do CARAÇA).
Como a bóia sobre as ondas, porque nos poros tem encerradas partes do ar, cuja esfera é superior; assim a VERDADE sempre sai acima das contradições, porque a sua esfera é o céu. Ponho aqui umas trovas em louvar da VERDADE. Perdoe-se o que a musa não tem de florígera pelo que tem de frutuosa.
A noz, o burro, o sino, e o preguiçoso
Sem pancadas nenhum faz seu ofício:
Esta é fechada, aquele vagaroso,
Um cala, o outro jaz sem exercício.
Mas tanto que do ferro ou pau nodoso
Os duros golpes lhes sacode o vício,
O fruto abre, o animal pés amiúda,
O metal clama, o preguiçoso estuda".
Qual é aquela formosura
Que vestir-se não procura
Por maior honestidade?
A VERDADE.
QUE COUSA HÁ NO MUNDO TAL
TÃO SINCERA E RARA E IGUAL
QUE A DEUS E AOS HOMENS AGRADA?
A VERDADE.
QUEM FEZ AMÁVEL E GRATO
INDA AOS BÁRBAROS O TRATO
DA HUMANA SOCIEDADE?
A VERDADE!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
DE MARX A CRISTO
Três anos atrás, participando de um debate na PUC do Rio em torno de SIMONE WEIL (1909-1943), soube tratar-se de uma filósofa, historiadora, mística, francesa, falecida em Londres, após uma busca heroica da Verdade, até mesmo nas praças sangrentas da Revolução Espanhola e da Resitência Francesa na guerra de 1939. Muito admiro quem, buscando com paixão a Verdade, morre lutando, encontre-a ou não. E SIMONE WEIL pertenceu a essa família privilegiada. Modestamente, humildemente, sem sentir a autenticidade do que expressava, ela escreveu um dia: "Depois de meses e trevas interiores, tive de repente e para sempre a certeza de que (seja qual for o ser humano e sejam quais forem seus dotes naturais, ainda que pobres, que penetre nesse reino da VERDADE reservado ao gênio)..." Quem busca DEUS, assim, já não o terá encontrado? Sinta o drama de Simone, por exemplo, escrevendo: "Quando leio o catecismo do concílio de Trento, parece-me nada haver de comum com a religião ali exposta. Quando leio o Novo Testamento, os místicos, a liturgia, quando vejo celebrarem a missa, sinto, com uma espécie de certeza, que essa fé é a minha, ou, mais exatamente, seria a minha, não fosse a distância existente entre ela e a minha, devido a minha imperfeição, o que revela uma penosa situação". Estou mais que convencido de que uma das vias que levam à conversão está na leitura dos dolorosos caminhos de quem buscou e encontrou no final do túnel a VERDADE. "A prova para mim, a coisa miraculosa, é a perfeita beleza das narrações da PAIXÃO ao lado de algumas palavras fulgurantes de Isaías e de São Paulo" (SIMONE).
Três anos atrás, participando de um debate na PUC do Rio em torno de SIMONE WEIL (1909-1943), soube tratar-se de uma filósofa, historiadora, mística, francesa, falecida em Londres, após uma busca heroica da Verdade, até mesmo nas praças sangrentas da Revolução Espanhola e da Resitência Francesa na guerra de 1939. Muito admiro quem, buscando com paixão a Verdade, morre lutando, encontre-a ou não. E SIMONE WEIL pertenceu a essa família privilegiada. Modestamente, humildemente, sem sentir a autenticidade do que expressava, ela escreveu um dia: "Depois de meses e trevas interiores, tive de repente e para sempre a certeza de que (seja qual for o ser humano e sejam quais forem seus dotes naturais, ainda que pobres, que penetre nesse reino da VERDADE reservado ao gênio)..." Quem busca DEUS, assim, já não o terá encontrado? Sinta o drama de Simone, por exemplo, escrevendo: "Quando leio o catecismo do concílio de Trento, parece-me nada haver de comum com a religião ali exposta. Quando leio o Novo Testamento, os místicos, a liturgia, quando vejo celebrarem a missa, sinto, com uma espécie de certeza, que essa fé é a minha, ou, mais exatamente, seria a minha, não fosse a distância existente entre ela e a minha, devido a minha imperfeição, o que revela uma penosa situação". Estou mais que convencido de que uma das vias que levam à conversão está na leitura dos dolorosos caminhos de quem buscou e encontrou no final do túnel a VERDADE. "A prova para mim, a coisa miraculosa, é a perfeita beleza das narrações da PAIXÃO ao lado de algumas palavras fulgurantes de Isaías e de São Paulo" (SIMONE).
domingo, 14 de fevereiro de 2016
SAUDAÇÃO A CRISTO NO SACRÁRIO
A presença do verdadeiro CORPO e SANGUE de CRISTO na EUCARISTIA não se pode descobrir só pelos sentidos (Sto.Tomás), mas, sim, SÓ COM FÉ baseada na autoridade de Deus. SÃO CIRILO: "Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, aceita com FÉ as palavras do Senhor, porque ELE, que é a VERDADE, não mente!"
"Adoro TE devote latens DEITAS
Quae sub his figuris vere latitas
TIBI se cor meum totum subjicit
quia, TE contemplans, totum deficit.
Visus, tactus, gustus in TE falitur.
sed auditu solo tuto creditur.
Credo quidquid dixit Dei Filius:
NIL HOC VERBO VERITATIS VERIUS.
Em português: "Com devoção TE adoro, latente Divindade, que sob estas figuras TE escondes na verdade!
Meu coração de pleno sujeito a TI obedece, pois que, em TE contemplando, todo ele desfalece.
Ou vista ou tato ou gosto, certo jamais TE alcança. Pela audição somente TE crêem com segurança.
CREIO em tudo o que disse de DEUS FILHO o CORDEIRO, NADA É MAIS, DA VERDADE, QUE TAL VOZ VERDADEIRO!"( SANTO TOMÁS DE AQUINO).
A presença do verdadeiro CORPO e SANGUE de CRISTO na EUCARISTIA não se pode descobrir só pelos sentidos (Sto.Tomás), mas, sim, SÓ COM FÉ baseada na autoridade de Deus. SÃO CIRILO: "Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, aceita com FÉ as palavras do Senhor, porque ELE, que é a VERDADE, não mente!"
"Adoro TE devote latens DEITAS
Quae sub his figuris vere latitas
TIBI se cor meum totum subjicit
quia, TE contemplans, totum deficit.
Visus, tactus, gustus in TE falitur.
sed auditu solo tuto creditur.
Credo quidquid dixit Dei Filius:
NIL HOC VERBO VERITATIS VERIUS.
Em português: "Com devoção TE adoro, latente Divindade, que sob estas figuras TE escondes na verdade!
Meu coração de pleno sujeito a TI obedece, pois que, em TE contemplando, todo ele desfalece.
Ou vista ou tato ou gosto, certo jamais TE alcança. Pela audição somente TE crêem com segurança.
CREIO em tudo o que disse de DEUS FILHO o CORDEIRO, NADA É MAIS, DA VERDADE, QUE TAL VOZ VERDADEIRO!"( SANTO TOMÁS DE AQUINO).
sábado, 13 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
QUE É UMA ENCÍCLICA PAPAL?
Pouco depois de elevado ao trono pontifício em 1963, o PAPA PAULO VI publicou sua primeira "CARTA ENCÍCLICA" (06/08/1964) TITULADA "ECCLESIAM SUAM". Quis, porém, precedê-la didaticamente de uma informação muito útil e inovadora, ao escrever: "Vos sabeis o que é uma carta encíclica: é um documento epistolar, enviado pelo Papa aos Bispos de todo o mundo. ENCÍCLICA quer dizerm "circular". É uma forma muito antiga de correspondência eclesiástica caracterizada por exteriorizar a comunhão de Fé e de Caridade que existe entre as várias comunidades que compõem a IGREJA CATÓLICA. Inicialmente endereçada a um grupo de bispos de uma região ou a todo o Episcopado em comunhão com Roma, passou a estender-se a todos os fiéis e mesmo a todos os homens de boa vontade. Tudo dependia do conteúdo e do escopo do documento. Uma encíclica pode ser doutrinária (dogmática) ou exortatória. Esta não trata de questões teológicas ou doutrinas particulares. Quisemos abster-nos de assumir qualquer tratação específica, porque não nos parece conforme à índole da primeira encíclica de um PAPA, QUE DESEJA SER ACIMA DE TUDO CONFIDENCIAL, discursiva, e porque não quisemos de prpósito abordar temas que o Concílio incluiu no seu programa. Falamos preferentemente do nosso íntimo e das atitudes que desejaríamos infundir no espírito dos Bispos e dos Fiéis, mais do que de problemas particulares". Roma, junto de São Pedro, na Festa da Transfiguração de N.S.JESUS CRISTO, dia 6 de agosto do ano de 1964, segundo de noso Pontificado". PAULUS PP. VI.
Pouco depois de elevado ao trono pontifício em 1963, o PAPA PAULO VI publicou sua primeira "CARTA ENCÍCLICA" (06/08/1964) TITULADA "ECCLESIAM SUAM". Quis, porém, precedê-la didaticamente de uma informação muito útil e inovadora, ao escrever: "Vos sabeis o que é uma carta encíclica: é um documento epistolar, enviado pelo Papa aos Bispos de todo o mundo. ENCÍCLICA quer dizerm "circular". É uma forma muito antiga de correspondência eclesiástica caracterizada por exteriorizar a comunhão de Fé e de Caridade que existe entre as várias comunidades que compõem a IGREJA CATÓLICA. Inicialmente endereçada a um grupo de bispos de uma região ou a todo o Episcopado em comunhão com Roma, passou a estender-se a todos os fiéis e mesmo a todos os homens de boa vontade. Tudo dependia do conteúdo e do escopo do documento. Uma encíclica pode ser doutrinária (dogmática) ou exortatória. Esta não trata de questões teológicas ou doutrinas particulares. Quisemos abster-nos de assumir qualquer tratação específica, porque não nos parece conforme à índole da primeira encíclica de um PAPA, QUE DESEJA SER ACIMA DE TUDO CONFIDENCIAL, discursiva, e porque não quisemos de prpósito abordar temas que o Concílio incluiu no seu programa. Falamos preferentemente do nosso íntimo e das atitudes que desejaríamos infundir no espírito dos Bispos e dos Fiéis, mais do que de problemas particulares". Roma, junto de São Pedro, na Festa da Transfiguração de N.S.JESUS CRISTO, dia 6 de agosto do ano de 1964, segundo de noso Pontificado". PAULUS PP. VI.
11/02/1942 = DATA DA PRIMEIRA MISSA CELEBRADA NA GRUTA DE LOURDES DO CARAÇA
"No dia de NOSSA SENHORA DE LOURDES 11/02/1942, CELEBREI MISSA NUMA GRUTA DE LOURDES, extraordinariamente bela, no meio da floresta, a uns quatro quilômetros do Colégio do Caraça. Foi a primeira vez que eu disse missa nessa gruta. Pareceu-me estar celebrando numa grande catedral, bem brasileira; a abóbada era o azul do céu; suas colunas, nossas árvores gigantescas; a orquestra, o vento que zumbia na folhagem; o coro, a passarada, entoando as laudes matutinas, e a lâmpada, o sol enchendo tudo de claridade e alegria. Que bela missa aquela! No supremo culto de latria, adorávamos a Deus, autor de tantas maravilhas e lhe rendíamos graças por nos ter criado brasileiros, filhos de uma terra onde tudo é granda e belo e bom!" Saudação a NOSSA SENHORA DE LOURDES da Gruta do Caraça na missa celebrada pelo Monsenhor Leovigildo Franca no dia 11/02/1942 em visita ao Santuário do Irmão Lourenço. Mon. Leovigildo era irmão do PADRE LEONEL FRANCA, S.J., fundador da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Estava eu no quarto mês de matrícula no Colégio. O ano letivo iniciava-se em outubro.
PRESENÇA REAL DE CRISTO NA EUCARISTIA
"No Santíssimo Sacramento da EUCARISTIA está contido o CRISTO TODO, verdadeiramente, realmente e substancialmente com seu CORPO, SANGUE, ALMA e DIVINDADE, como está no céu. Esta PRESENÇA chama-se REAL, não por exclusão como se as outras: por sua palavra na oração sua Igreja (Mt 18,20); nos pobres, nos doentes, nos presos (Mt 25,31-46), nos seus sacramentos dos quais ELE é o AUTOR, no sacrifício da missa e na pessoa do ministro não fossem REAIS, mas porque na Eucaristia a Presença de Cristo é por EXCELÊNCIA uma presença SUBSTANCIAL, onde ELE está presente SOB AS ESPÉCIES EUCARÍSTICAS do pão e do vinho. TRATA-SE DE UMA PRESENÇA obtida através da conversão da substância do pão e do vinho na substância de CRISTO RESSUSCITADO, PRESENTE COMPLETO: COM SEU CORPO, SANGUE, ALMA E DIVINDADE como está no céu. E porque essa sua presença é real? Porque OS PADRES DA IGREJA AFIRMARAM, com firmeza na fé da Igreja na eficácia da Palavra de Cristo e da Ação do Espírito Santo, que pela CONVERSÀO DO PÃO E DO VINHO no CORPO e no SANGUE de CRISTO, JESUS CRISTO SE TORNA REALMENTE PRESENTE no Sacramento da EUCARISTIA. A propósito: Santo Ambrósio pergunta já que se trata de transubstanciação (conversão): "Por acaso a palavra de Cristo que conseguiu fazer do nada o que não existia, não poderia mudar as coisas existentes naquilo que ainda não eram? Pois não é menos dar às coisas a sua natureza primeira do que mudar a natureza delas!"
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
2016 - 77 ANOS SEM PIO XI
AQUILES RATTI, NASCIDO EM MILÃO EM 1857, feito papa em 05/02/1922 com o nome de PIO XI, faleceu em Roma no dia 11/02/1939. Exatamente no dia em que, com MUSSOLINI, o chefe de estado da Itália, PIO XI comemorava o décimo aniversário da ASSINATURA DO célebre TRATADO DE LATRÀO, pondo fim à atribulada QUESTÃO ROMANA. Data de então o ESTADO DO VATICANO, capital Cidade do Vaticano, soberania livre, exercida pelo PAPA. Os últimos anos do pontificado de PIO XI (1922-1939) abalaram a saúde do Sucessor de São Pedro. Escrevera a Quadragesimo Anno para comemorar a Rerum Novarum (1891), canonizara Teresinha de Lisieu, São João Bosco, o sonhador de Brasília. E antevira nuvens negras envolvendo a política mundial. Escrevera NON ABIAMO BISOGNO contra o Fascismo. Sua encíclica fora impedida pelo fascismo de circular na Itália, o que se realizou através do cardeal americano Spellman. Quando Mussolini recebeu Hitler em Roma, Pio XI proibiu hasteamento de bandeiras do Vaticano nas sacadas do edifício. E deixando Roma, abrigou-se no Castel Gandolfo; porguntado por que assim agira, declarou que o ar de Roma lhe fazia mal, o bom era o do Castel. A revolução espanhola constituíra um campo de experimentação para uma breve catástrofe mundial à vista; a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 01/09/39 Hitler invadiu a Polônia. O sucessor de PIO XI foi o Cardeal Eugênio Paceli, PIO XII (1939-1958) de quem escreveu Hmarskjold Secretário da ONU: "Em nenhuma parte do mundo encontrei jamais personagem que tivesse compreensão mais aguda e ampla dos problemas do nosso tempo". Hoje, precisamente na manhã do dia 11/02/1939, a diretora do Grupo Escolar Melo Viana de Bonfim, Minas, dispensara os alunos do terceiro ano primário, inter quos ego, da presença no colégio em pesar pelo passamento ocorrido. Foi o primeiro dos oito papas que me abençoaram até hoje: Pio XI, Pio XII, JOÃO XXIII, JOÃO PAULO I, PAULO VI, JOÃO PAULO II, BENTO XVI e FRANCISCO, NOSSO HERMANO.
AQUILES RATTI, NASCIDO EM MILÃO EM 1857, feito papa em 05/02/1922 com o nome de PIO XI, faleceu em Roma no dia 11/02/1939. Exatamente no dia em que, com MUSSOLINI, o chefe de estado da Itália, PIO XI comemorava o décimo aniversário da ASSINATURA DO célebre TRATADO DE LATRÀO, pondo fim à atribulada QUESTÃO ROMANA. Data de então o ESTADO DO VATICANO, capital Cidade do Vaticano, soberania livre, exercida pelo PAPA. Os últimos anos do pontificado de PIO XI (1922-1939) abalaram a saúde do Sucessor de São Pedro. Escrevera a Quadragesimo Anno para comemorar a Rerum Novarum (1891), canonizara Teresinha de Lisieu, São João Bosco, o sonhador de Brasília. E antevira nuvens negras envolvendo a política mundial. Escrevera NON ABIAMO BISOGNO contra o Fascismo. Sua encíclica fora impedida pelo fascismo de circular na Itália, o que se realizou através do cardeal americano Spellman. Quando Mussolini recebeu Hitler em Roma, Pio XI proibiu hasteamento de bandeiras do Vaticano nas sacadas do edifício. E deixando Roma, abrigou-se no Castel Gandolfo; porguntado por que assim agira, declarou que o ar de Roma lhe fazia mal, o bom era o do Castel. A revolução espanhola constituíra um campo de experimentação para uma breve catástrofe mundial à vista; a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 01/09/39 Hitler invadiu a Polônia. O sucessor de PIO XI foi o Cardeal Eugênio Paceli, PIO XII (1939-1958) de quem escreveu Hmarskjold Secretário da ONU: "Em nenhuma parte do mundo encontrei jamais personagem que tivesse compreensão mais aguda e ampla dos problemas do nosso tempo". Hoje, precisamente na manhã do dia 11/02/1939, a diretora do Grupo Escolar Melo Viana de Bonfim, Minas, dispensara os alunos do terceiro ano primário, inter quos ego, da presença no colégio em pesar pelo passamento ocorrido. Foi o primeiro dos oito papas que me abençoaram até hoje: Pio XI, Pio XII, JOÃO XXIII, JOÃO PAULO I, PAULO VI, JOÃO PAULO II, BENTO XVI e FRANCISCO, NOSSO HERMANO.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
O SENTIDO DA QUARESMA
A vida pública de JESUS tem início com seu batismo por São João no Rio Jordão. Jesus aparecendo, João o batiza. Em forma de pomba o Espírito Santo desce sobre ele e uma voz do céu proclama: "ESTE É O MEU FILHO BEM-AMADO". TORNA-SE JÁ O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO. Abrem-se então os céus, fechado pela desobediência de Adão. Os EVANGELHOS falam de um tempo de solidão de JESUS no deserto por 40 dias sem comer, vivendo com os animais e servido por anjos. No final desse retiro Satanás O tenta 3 vezes. JESUS é o novo Adão que vencendo a tentação "amarrou o homem forte" para lhe retomar a presa. A vitória de JESUS NO DESERTO ANTECIPA a VITÓRIA da PAIXÃO, obediência suprema de seu amor filial ao PAI. A IGREJA cada ano , através dos 4o dias da GRANDE QUARESMA ASSOCIA-SE AOS 40 DIAS DE RETIRO DE CRISTO NO DESERTO. Os tempos e os dias de penitência ao longo do ANO LITÚRGICO (O TEMPO DA QUARESMA em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da IGREJA. Esses tempos são muito apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade, missionárias e de misericórdia). A quaresma (dies quadragesima = quadragésimo dia) recorda os 40 dias passados por JESUS no deserto. Começava no primeiro domingo da quaresma; como, porém, nos domingos não se jejua, no sétimo século acrescentaram-se 4 dias para completar o número de 40 dias de jejuns. Assim o jejum e a quaresma principiam na quarta-feira de cinzas que tem como fundamento de seu nome a bênção da cinza feita dos ramos usados no ano anterior no dia de ramos. Ao impor a cinza, nesse acramental, o celebrante reza: "Lembra-te que és pó e que ao pó te tornarás!"(Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris!").
A vida pública de JESUS tem início com seu batismo por São João no Rio Jordão. Jesus aparecendo, João o batiza. Em forma de pomba o Espírito Santo desce sobre ele e uma voz do céu proclama: "ESTE É O MEU FILHO BEM-AMADO". TORNA-SE JÁ O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO. Abrem-se então os céus, fechado pela desobediência de Adão. Os EVANGELHOS falam de um tempo de solidão de JESUS no deserto por 40 dias sem comer, vivendo com os animais e servido por anjos. No final desse retiro Satanás O tenta 3 vezes. JESUS é o novo Adão que vencendo a tentação "amarrou o homem forte" para lhe retomar a presa. A vitória de JESUS NO DESERTO ANTECIPA a VITÓRIA da PAIXÃO, obediência suprema de seu amor filial ao PAI. A IGREJA cada ano , através dos 4o dias da GRANDE QUARESMA ASSOCIA-SE AOS 40 DIAS DE RETIRO DE CRISTO NO DESERTO. Os tempos e os dias de penitência ao longo do ANO LITÚRGICO (O TEMPO DA QUARESMA em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da IGREJA. Esses tempos são muito apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade, missionárias e de misericórdia). A quaresma (dies quadragesima = quadragésimo dia) recorda os 40 dias passados por JESUS no deserto. Começava no primeiro domingo da quaresma; como, porém, nos domingos não se jejua, no sétimo século acrescentaram-se 4 dias para completar o número de 40 dias de jejuns. Assim o jejum e a quaresma principiam na quarta-feira de cinzas que tem como fundamento de seu nome a bênção da cinza feita dos ramos usados no ano anterior no dia de ramos. Ao impor a cinza, nesse acramental, o celebrante reza: "Lembra-te que és pó e que ao pó te tornarás!"(Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris!").
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
CARÁTER IMPRESSO PELOS SACRAMENTOS DA IGREJA
1 - Dos SETE SACRAMENTOS da IGREJA CATÓLICA apenas TRÊS IMPRIMEM CARÁTER: BATISMO, CONFIRMAÇÃO E ORDEM.
2 - O uso de selos ou sinetes pelos antigos caracterizava um objeto ou PESSOA como propriedade de alguém. No ANTIGO TESTAMENTO (Ez.9,4) o SENHOR mandou assinalar com um sinal especial " a testa de todos que choravam por causa das abominações cometidas em Jerusalém", como garantia de que não seriam castigados. No NOVO TESTAMENTO em Ef.1,13 e 4, 30 lemos: "Fostes SELADOS pelo Espírito Santo"; "Não entristeçais o Espírito Santo de Deus pelo qual fostes SELADOS para o dia da Redenção".
3 - Pelos sacramentos do BATISMO, CONFIRMAÇÃO e ORDEM o cristão torna-se posse de DEUS que o faz sua propriedade e lhe dá O ESPÍRITO SANTO como garantia do cumprimento das promessas divinas.
O selo marcado por Cristo no BATISMO, na CONFIRMAÇÃO E NA ORDEM é um SINAL INDELÉVEL CHAMADO "CARÁTER"(em grego "FIGURA").
4 - São, pois, três os sacramentos que imprimem caráter: o Batismo, a Confirmação e a Ordem, sendo por isto irrepetíveis. O pecado não extingue o caráter ou marca espiritual, o selo, a efígem de Cristo que eles gravam na alma. No plano natural, toda criatura é "filha de Deus" pela imagem e semelhança com Deus; todavia o Batismo eleva a Filiação Divina a um plano ainda mais nobre e digno, chamado "sobrenatural", plano que ultrapassa as exigências de qualquer criatura e dá participação com as Três Pessoas Divinas.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
PARA... PENSA... SEGUE!
"Afinal de contas, a HISTÓRIA HUMANA parece um tecido de absurdos que não somente fazem morrer, mas, o que é infinitamente bem mais grave, fazem ESQUECER o VALOR DA VIDA. Tudo se passa como se uma má FATALIDADE tornasse os homens loucos. Dizemo-nos, no entanto, que o papel desempenhado por esses absurdos deve ter uma CAUSA, e efetivamente ele tem uma CAUSA. Há na vida humana um absurdo radical, essencial, para o qual não se vê nenhum remédio: É A NATUREZA DO PODER. A necessidade de um certo poder é bem real, porque a ORDEM É INDISPENSÁVEL À EXISTÊNCIA, MAS A ATRIBUIÇÃO DO ,PODER é mais ou menos arbitrária, porque os homens são quase semelhantes, e a ESTABILIDADE do PODER repousa assim essencialmente sobre o PRESTÍGIO, ou, em outras palavras, sobre a IMAGINAÇÃO. Se a razão é o que se mede, como o explicava Platão, a imaginação é estranha a qualquer medida. Traduzidos na linguagem do poder, todos os absurdos enumerados aqui parecem se trans- formar em VERDADES INCONTESTÁVEIS" (Simone Weil (1909-1943, figura singular da Filosofia Francesa, sempre em luta contra a violência praticada contra os fracos e oprimidos).
"Afinal de contas, a HISTÓRIA HUMANA parece um tecido de absurdos que não somente fazem morrer, mas, o que é infinitamente bem mais grave, fazem ESQUECER o VALOR DA VIDA. Tudo se passa como se uma má FATALIDADE tornasse os homens loucos. Dizemo-nos, no entanto, que o papel desempenhado por esses absurdos deve ter uma CAUSA, e efetivamente ele tem uma CAUSA. Há na vida humana um absurdo radical, essencial, para o qual não se vê nenhum remédio: É A NATUREZA DO PODER. A necessidade de um certo poder é bem real, porque a ORDEM É INDISPENSÁVEL À EXISTÊNCIA, MAS A ATRIBUIÇÃO DO ,PODER é mais ou menos arbitrária, porque os homens são quase semelhantes, e a ESTABILIDADE do PODER repousa assim essencialmente sobre o PRESTÍGIO, ou, em outras palavras, sobre a IMAGINAÇÃO. Se a razão é o que se mede, como o explicava Platão, a imaginação é estranha a qualquer medida. Traduzidos na linguagem do poder, todos os absurdos enumerados aqui parecem se trans- formar em VERDADES INCONTESTÁVEIS" (Simone Weil (1909-1943, figura singular da Filosofia Francesa, sempre em luta contra a violência praticada contra os fracos e oprimidos).
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
"EM MEMÓRIA DE MIM"
Instituindo o Sacramento da EUCARISTIA, Jesus disse: "FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM". LEMBRAR-SE nesta frase, tem um sentido muito especial. LEMBRAR-SE nos livros sagrados tem o significado, SIM, de recordar-se do passado mas um LEMBRAR-SE EFICIENTE, ATUANTE e CRIATIVO. Em vários textos do Antigo Testamento (Exemplos: Gn 3o,22; Ex. 32,13s); Ex.2,24) pelo fato de DEUS "recordar-se dos homens" surge uma situação nova, sobretudo em favor das pessoas recordadas: Deus ouviu os gemidos do povo no Egito, etc. Mesmo entre um homem e seu semelhante usava-se a fórmula "lembra-te" para pedir um favor: "JOSÉ disse no cárcere do Faraó ao copeiro, seu colega de prisão, que seria libertado em breve: "Lembra-te de mim, quando te suceder o bem e sê bondoso para falar de mim ao Faraó para que me faça sair da prisão"(Gn 40,14). A recíproca era verdadeira também: "Recorda que foste escravo no Egito e Javé te fez sair de lá. Por isto Javé teu Deus te ordenou guardar o dia de sábado" (Dt 5,15). Na última ceia, pelo sentido da palavra "recordar-se" empregada por JESUS ("Fazei isto em MEMÓRIA de MIM"), a celebração na PÁSCOA da Ceia de Jesus (e da Eucaristia atualmente ) é um MEMORIAL QUE TORNA PRESENTE A SALVAÇÃO do povo iniciada por ocasião da saída do Egito. A idéia de que o passado se torna presente é confirmada pela palavra do Apóstolo colocada após a ordem do Senhor: "Todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice, ANUNCIAIS a morte do Senhor ATÉ QUE VENHA (1COR, 11.26). Este ANUNCIAR é a proclamação solene de um acontecimento já ocorrido, mas ainda atuante ou feito presente, segundo a mentalidade dos Judeus (Nm 10,10). Donde se depreender que a renovação da CEIA do SENHOR atualmente não é mero símbolo evocativo do passado, mas a atualização (tornar presente de novo) o SACRIFÍCIO DO SENHOR oferecido na Sexta-feira Santa sobre o Calvário. Donde a ACLAMAÇÃO do povo cristão após o milagre da Trasubstanciação" MISTERIUM FIDEI!"
Instituindo o Sacramento da EUCARISTIA, Jesus disse: "FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM". LEMBRAR-SE nesta frase, tem um sentido muito especial. LEMBRAR-SE nos livros sagrados tem o significado, SIM, de recordar-se do passado mas um LEMBRAR-SE EFICIENTE, ATUANTE e CRIATIVO. Em vários textos do Antigo Testamento (Exemplos: Gn 3o,22; Ex. 32,13s); Ex.2,24) pelo fato de DEUS "recordar-se dos homens" surge uma situação nova, sobretudo em favor das pessoas recordadas: Deus ouviu os gemidos do povo no Egito, etc. Mesmo entre um homem e seu semelhante usava-se a fórmula "lembra-te" para pedir um favor: "JOSÉ disse no cárcere do Faraó ao copeiro, seu colega de prisão, que seria libertado em breve: "Lembra-te de mim, quando te suceder o bem e sê bondoso para falar de mim ao Faraó para que me faça sair da prisão"(Gn 40,14). A recíproca era verdadeira também: "Recorda que foste escravo no Egito e Javé te fez sair de lá. Por isto Javé teu Deus te ordenou guardar o dia de sábado" (Dt 5,15). Na última ceia, pelo sentido da palavra "recordar-se" empregada por JESUS ("Fazei isto em MEMÓRIA de MIM"), a celebração na PÁSCOA da Ceia de Jesus (e da Eucaristia atualmente ) é um MEMORIAL QUE TORNA PRESENTE A SALVAÇÃO do povo iniciada por ocasião da saída do Egito. A idéia de que o passado se torna presente é confirmada pela palavra do Apóstolo colocada após a ordem do Senhor: "Todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice, ANUNCIAIS a morte do Senhor ATÉ QUE VENHA (1COR, 11.26). Este ANUNCIAR é a proclamação solene de um acontecimento já ocorrido, mas ainda atuante ou feito presente, segundo a mentalidade dos Judeus (Nm 10,10). Donde se depreender que a renovação da CEIA do SENHOR atualmente não é mero símbolo evocativo do passado, mas a atualização (tornar presente de novo) o SACRIFÍCIO DO SENHOR oferecido na Sexta-feira Santa sobre o Calvário. Donde a ACLAMAÇÃO do povo cristão após o milagre da Trasubstanciação" MISTERIUM FIDEI!"
Assinar:
Postagens (Atom)