sábado, 20 de fevereiro de 2016

SIMONE   WEIL   EM   BUSCA   DE   DEUS

Às "portas da VERDADE  CATÓLICA", pois já lhe abraçara na essência as riquezas espirituais, mas sem ainda buscar o batismo, SIMONE descobriu existir uma proximidade muito evidente entre "intuições précristãs" e o ensinamento de Cristo. Antes dela, no início do Cristianismo, Padres da Igreja, apologistas, se surpreenderam com a novidade. Clemente de Alexandria, no século II, tentara conciliar a filosofia grega com a Fé Católica. ACREDITANDO  que a filosofia e a revelação contêm uma parte da verdade total, preocupou-se em demonstrar a existência do Cristianismo nos tempos précristãos através de "elementos de verdade" contidos na teologia e na filosofia pagãs. Por ocasião da Renascensa a grande tradição do humanismo e o despertar do platonismo  reaproximaram e com mais vigor as tradições gregas e cristãs. Mais recentemente o Padre Festugiere, autor de admiráveis estudos sobre o pensamento e a religião  dos gregos, bastante se emocionara com a elevação e a delicadeza de alma daqueles denominados pagãos, exaltando  esse momento da antiga civilização em que a morte dos antigos deuses coincidiu com o alcance máximo da sensibilidade e da expectativa  da alma religiosa. Donde SIMONE ver mais relações entre o Evangelho e o Helenismo, do que entre o Evangelho e o antigo judaísmo, ao ponto de recusar reconhecer, como fizeram os Gnósticos,  no Deus do Evangelho o Javé bíblico (Simone WEIL, "OEUVRES", pp 633). 

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