sábado, 4 de fevereiro de 2012

PREMONIÇÃO?

Em 1914 nosso mundo foI teatro de uma convulsão bélica que envolveu povos de várias nacionalidades. Terminada, os generais vencedores e vencidos, numa meditação realista dos resultados advindos, vislumbraram o advento de um novo conflito , donde deram ao apenas terminado o nome de PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. Que explodiu em setembro de 1939 com o nome logo de SEGUNDA GRANDE GUEERA MUNDIAL. Pois bem, no dia 20/10/1995, o escritor francês JULIEN GREEN lançou em seu livro "POURQUOI SUIS-JE MOI?"o seguinte: "Em 30 anos a França será dividida em duas partes acima de Lyon. A linha de demarcação da época de Pétain era premonitória. A de cima será alemã e a de baixo só Deus sabe! Fiquei desolado, mas a voz interior continuou: a Alemanha a ganhará enfim sua guerra mundial. A terceira, aquela prevista por alguns de seus generais desde 1914. Mas não previram que seria uma guerra econômica. Que a arma absoluta seria o DINHEIRO! Essa voz muitas vezes tem razão. Mss, percorrendo-se a História, reencontram-se sempre os mesmos temores, os mesmos cataclismos, os mesmos "relevailles" com aquilo que nasce, a infância e a juventude em quem é preciso acreditar a favor e contra tudo. Os regimes se sucederam, os problemas nunca cessaram de ser idênticos sob nomes diversos. O mais importante de tudo, o único verdadeiro, chama-se FÉ!"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CAMUS ET M. POUGET

Resumindo o pensar de 'CAMUS'" sobre a futura influência do PADRE POUGET nas consciências de católicos e mesmo de não católicos, JEAN GUITTON assim concluiu: "A simpatia de ALBERT CAMUS foi o primeiro sinal". E num incontido ímpeto de demonstrar sua gratidão ao escritor franco-argelino pela intuição profética que lhe despertou a vida do velho padre lazarista, e, ademais, para transmitir a seus leitores o pensamento de CAMUS a respeito de sua admiração pelo Padre POUGET, GUITTON, na contra-capa de sua obra "PORTRAIT DE M. POUGET" fez transcrever ainda as seguintes ideias de CAMUS: " O "PORTRAIT DE M. POUGET" pertence a um gênero difícil de se definir e mais delicado ainda de se lhe descobrir a origem. Não é a amizade que o inspira, MONTAIGNE (1533-1592) falando de LA BÉOTIE (1530-1568); talvez a veneração, ALAIN CHARTIER (1868) tentando fazer reviver JULES LAGNEAU (1925). Existe sempre algo de natureza emocional na homenagem de um homem a outro homem. Mas quem poderia vanglriar-se por ter definido esse sentimento tão profundo e envolvente que irmana certos espíritos pelos laços do respeito e da admiração? É um parentesco por vezes mais sólido e profundo que o do sangue". Visitando o Brasil em 1949 e encontrando-se no Rio com ALCEU AMOROSO LIMA, este assim escreveu à sua filha Religiosa: "Mais uma vez se confirma a sentença leninista de que ös fins justificam os meios", que foi o motivo pelo qual ALBERT CAMUS, como me disse pesaolmente, anos atrás, deixou o Partido Comunista de França" (CARTAS DO PAI, Tristão de Athayde). CAMUS (1913/1960) faleceu num desastre de automóvel, viajando para Paris em 1960. Pertenceu ao Partido Comunista e colaborou com a Resistência Francesa. Seus livros transpiram profunda angústia existencial. Foi grande amigo de Sartre até 1952.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

JEAN GUÉTTON - ALBERT CAMUS - M. POUGET

O escritor católico e fisósofo francês JEAN GUITTON (1901-1999) que, feito prisioneiro dos alemães, na guerra de 1939-45, permaneceu num campo de concentração nazista de 1940 a 1945, escreveu o seguine: "Numa sombria manhã de 1942 na barraca em que soldados alemães entregavam aos prisioneiros as esmolas chegadas da Fran;ca, eu vi sair de um pacote de víveres esse 'PORTRAIT DE MONSIEUR POUGET" cujas provas tipográficas eu tinha corrigido em junho de 1940. Julgava-as perdidas. Apesar da OCUPAÇÃO, o livro pode ser impresso, o que foi providencial, porque naqueles tempos as tardes eram longas, os espíritos tinham tempo para pensar". Meses mais tarde, recebi o artigo de um autor desconhecido, estampado nos CAHIERS DU SUD, onde pude ler o seguinte: " Não duvido de que o "PORTRAIT DU MONSIEUR POUGET" tenha sido lido nos meios católicos. Mas bom seria que leitores muito diferentes tenham ocasião de meditar esse livro e eu desejaria justamente deixar aqui o testemunho de um espírito estranho (étranger) ao catolicismo... Quem foi MONSIEUR POUGET? Um velho padre lazarista, desprovido de três quartos da visão, que refletia sobre a tradição, recebia alguns estudantes na pequena cela onde terminava a vida... Hoje, quando a ÍNDIA está na moda, julgar-se-ia estar lendo o pensamento de um GURU, pois é num desses mestres espirituais que esse padre faz pensar... Esse GURU singular faz da crítica histórica um instrumento de ascese. Usa o BOM SENSO para apoiar a revelação daquilo que ultrapassa o sentido. Não duvido que ele tenha sido recompensado com aquilo que lhe ia no coração!". E JEAN GUITTON termina: "Eu me havia deparado com observações brotadas da pena de um escritor "estranho" (ÉTRANGER) à Fé, em cuja personalidade esse belo vocábulo "étranger" (estranho) estava cheio de ressonãncia, visto que ele acabava de publicar um romance que, justamente, se intitulava "LÉTRANGER". Eu não sabia quem era ALBERT CAMUS. Sua MENSAGEM foi sobre minha ARCA o RETORNO DA POMBA, INDICANDO QUE A TERRA TINHA-SE SECADO. A observação de ALBERT CAMUS provava-me que a religião de MONSIEUR POUGET poderia atingir certos espíritos estranhos (étrangers) ao catolicismo. Lembrava-me do que o filósofo BERGSON me dissera: "Monsieur POUGET tinha isto de notável: não deixava interpor pensamento construído algum entre o real e a si próprio. Ele só será conhecido depois de morto e sua influência crescerá através daquilo que se originar dele!". Albert Camus acertou!--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------