sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CAMUS ET M. POUGET

Resumindo o pensar de 'CAMUS'" sobre a futura influência do PADRE POUGET nas consciências de católicos e mesmo de não católicos, JEAN GUITTON assim concluiu: "A simpatia de ALBERT CAMUS foi o primeiro sinal". E num incontido ímpeto de demonstrar sua gratidão ao escritor franco-argelino pela intuição profética que lhe despertou a vida do velho padre lazarista, e, ademais, para transmitir a seus leitores o pensamento de CAMUS a respeito de sua admiração pelo Padre POUGET, GUITTON, na contra-capa de sua obra "PORTRAIT DE M. POUGET" fez transcrever ainda as seguintes ideias de CAMUS: " O "PORTRAIT DE M. POUGET" pertence a um gênero difícil de se definir e mais delicado ainda de se lhe descobrir a origem. Não é a amizade que o inspira, MONTAIGNE (1533-1592) falando de LA BÉOTIE (1530-1568); talvez a veneração, ALAIN CHARTIER (1868) tentando fazer reviver JULES LAGNEAU (1925). Existe sempre algo de natureza emocional na homenagem de um homem a outro homem. Mas quem poderia vanglriar-se por ter definido esse sentimento tão profundo e envolvente que irmana certos espíritos pelos laços do respeito e da admiração? É um parentesco por vezes mais sólido e profundo que o do sangue". Visitando o Brasil em 1949 e encontrando-se no Rio com ALCEU AMOROSO LIMA, este assim escreveu à sua filha Religiosa: "Mais uma vez se confirma a sentença leninista de que ös fins justificam os meios", que foi o motivo pelo qual ALBERT CAMUS, como me disse pesaolmente, anos atrás, deixou o Partido Comunista de França" (CARTAS DO PAI, Tristão de Athayde). CAMUS (1913/1960) faleceu num desastre de automóvel, viajando para Paris em 1960. Pertenceu ao Partido Comunista e colaborou com a Resistência Francesa. Seus livros transpiram profunda angústia existencial. Foi grande amigo de Sartre até 1952.

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