CÁLICE DE OURO - CRIANÇA ASSASSINADA
Duas notícias da FOLHA DE SÃO PAULO me pegam de supetão hoje, 28/06/13. Alguém se prepara para vir ao Brasil. Não por turismo, não porque escolheu. Porque a função não procurada o exige. Vem representando o fundador da IGREJA na qualidade de seu chefe, sucessor do primeiro papa, São Pedro. Que tomou como modelo SÃO FRANCISCO DE ASSIS de cuja humildade, e simplicidade, e amor à pobreza chegou revestido ao assumir o bispado de ROMA e portanto da IGREJA CATÓLICA. Recebamo-lo, pois, como é e faz questão de ser! Para que cálice de ouro e tantas outras ostentações exteriores? Pelo estilo de vida, pelo espírito de pastor que o identifica, pelas mensagens que tem dirigido aos católicos e aos homens de boa vontade, sua presença deixará entre nós a recordação daquele Deus que passou a vida fazendo o bem e que nada mais quer, visitando o país e comunicando-se com o seu povo e especialmente com a juventude que o acolherá, senão penetrar nos corações de cada um que o receber, como se o Brasil fosse a casa de BETÂNIA, a humilde residência de Lázaro, Marta e Maria com quem VAI QUERER manter frutuoso diálogo por alguns dias. A outra notícia da FOLHA: ser humano como nós mata com um tiro na cabeá criança de 5 anos, porque não parava de chorar! Que contraste entre a atitude frequente de um Papa que em meio à multidão soergue uma criancinha que acaricia como Cristo o fazia, e o gesto criminoso de um ser humano, imagem do Deus que o criou para o amor! Quão profunda foi a cicatriz causada ao criador pela dosobediência de nossos primeiros pais, pelo fato de até simples criancinhas deverem pagar com a vida - e de que maneira! - aquilo que faltou na Paixão de Jesus Cristo, como escreveu SÃO PAULO.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
PAUSA PARA MEDITAÇÃO
Três dias antes de morrer afogado na Praia do Joá, no Rio, JACKSON DE FIGUEIREDO assim escreveu ao amigo ALCEU: Rio, 01/11/1928. Meu querido Alceu. Realmente a sua alma, que você julga tão exangue e pálida, é uma das raras completamente embebidas do Sangue de Jesus Cristo. Alma que tem o sentido do sacrifício e a nítida visão de que a vida é uma tremenda guerra. E é mesmo. O que, porém, você precisa é sobrepor a essa visão a certeza de que a guerra e o sacrifício só valem do ponto de vista sobrenatural (único que se deve realmente ter em conta) quando em tudo (nas coisas, nos atos, às vezes mais aparentemente naturais) nos colocamos também do ponto de vista sobrenatural. Os nossos próprios erros não nos podem fazer medo desde que conhecemos Jesus Cristo e a significação (ao menos aproximada) do seu sacrifício. Temendo sempre o exagero (que foi afinal o erro de Lutero - o seu erro foi o exagero) a realidade é que a verdadeira doutrina da Igreja é esta: assim como perdoamos à criança ou asim como o médico vê os atos do louco - só DEUS sabe de verdade o porque agimos desta ou daquela maneira, e muito mais o porque nos sentimos tais como sentimos. O pecado é o erro livremente praticado. Só Deus sabe quando um pobre ser humano, no estado atual, de entre os fios da trama hereditária etc., age livremente! De mim, meu velho, nada mais posso afirmar senão isto: que creio profundamente em Jesus Cristo e na Igreja. E quase que só me importo comigo nos momentos de egoísmo e de miséria. Mas os venço facilmente. Creio nos fundamentos da terra. Creio que a cruz está bem fincada sobre ela. Basta-me isto. Sei que a minha ruindade e a ruindade dos homens não a abalarão. E sinto como que uma alegria específica, uma alegria da humanidade toda. O meu pequenino cachorrismo individual não me impressiona. Vivo aqui, gano ali, coço-me acolá, mas tudo isto é passageiro. VOU PARA A FRENTE atirado no dorso da grande onda da vida = PARA ONDE DEUS QUISER!" Visão profética: no dia 04/11/1928 "isso se realizava, deixando-nos a convicção de que, quando foi arrastado sobre o dorso da onda na Barra da Tijuca o seu último pensamento terá sido o de um inteiro abandono confiante nos intuitos divinos".
Três dias antes de morrer afogado na Praia do Joá, no Rio, JACKSON DE FIGUEIREDO assim escreveu ao amigo ALCEU: Rio, 01/11/1928. Meu querido Alceu. Realmente a sua alma, que você julga tão exangue e pálida, é uma das raras completamente embebidas do Sangue de Jesus Cristo. Alma que tem o sentido do sacrifício e a nítida visão de que a vida é uma tremenda guerra. E é mesmo. O que, porém, você precisa é sobrepor a essa visão a certeza de que a guerra e o sacrifício só valem do ponto de vista sobrenatural (único que se deve realmente ter em conta) quando em tudo (nas coisas, nos atos, às vezes mais aparentemente naturais) nos colocamos também do ponto de vista sobrenatural. Os nossos próprios erros não nos podem fazer medo desde que conhecemos Jesus Cristo e a significação (ao menos aproximada) do seu sacrifício. Temendo sempre o exagero (que foi afinal o erro de Lutero - o seu erro foi o exagero) a realidade é que a verdadeira doutrina da Igreja é esta: assim como perdoamos à criança ou asim como o médico vê os atos do louco - só DEUS sabe de verdade o porque agimos desta ou daquela maneira, e muito mais o porque nos sentimos tais como sentimos. O pecado é o erro livremente praticado. Só Deus sabe quando um pobre ser humano, no estado atual, de entre os fios da trama hereditária etc., age livremente! De mim, meu velho, nada mais posso afirmar senão isto: que creio profundamente em Jesus Cristo e na Igreja. E quase que só me importo comigo nos momentos de egoísmo e de miséria. Mas os venço facilmente. Creio nos fundamentos da terra. Creio que a cruz está bem fincada sobre ela. Basta-me isto. Sei que a minha ruindade e a ruindade dos homens não a abalarão. E sinto como que uma alegria específica, uma alegria da humanidade toda. O meu pequenino cachorrismo individual não me impressiona. Vivo aqui, gano ali, coço-me acolá, mas tudo isto é passageiro. VOU PARA A FRENTE atirado no dorso da grande onda da vida = PARA ONDE DEUS QUISER!" Visão profética: no dia 04/11/1928 "isso se realizava, deixando-nos a convicção de que, quando foi arrastado sobre o dorso da onda na Barra da Tijuca o seu último pensamento terá sido o de um inteiro abandono confiante nos intuitos divinos".
IGREJA ORTODOXA DO ORIENTE - 2
Justo no ano 2013, em que o Papa Bento XVI renuncia, e é substituído pelo Papa Francisco, iniciando uma varredura nos corredores do Vaticano, haja vista o livro "Sa Sainteté", citemos alguns fatos ocorridos na Igreja Oriental de Constantinopla até sua separação definitiva da Igreja Ocidental de Roma, em 1054. Em 863 o Patriarca FÓCIO, embora destituído de suas funções pastorais pelo Papa, abriu violenta campanha contra os cristãos ocidentais. Estando o rei da Bulgária, Bóris, recém batizado, hesitante se aderia à igreja ocidental ou oriental, o Papa Nicolau I enviou legados da Santa Sé ao Imperador de Constantinopla, comunicando a adesão de Bóris à Igreja de Roma. O Imperador prendeu-os, expulsou-os do país, condenando-os junto aos bispos da província como "ocidentais bárbaros", convocando-os a um concílio na capital (867). Este concílio depôs o papa Nicolau I que morreu nesse mesmo ano, dez dias depois que o patriarca Fócio fora destituído por uma revolução palaciana. INÁCIO, substituído anteriormente por Fócio, foi recolocado na sé patriarcal. Celebrou-se então (870) o oitavo concílio ecumênico em Constaantinopla sob a direção de 3 legados papais; foi reconhecida a comunhão com Roma, mas, de novo, em 879 Fócio assume a sé de Constantinopla, reúne um sínodo nessa cidade (880) e hostiliza os membros da Santa Sé. Fócio morreu num mosteiro (898) e os patriarcas seguintes restauraram e confirmaram a união com Roma, a qual, porém, se encontrava bastantemente abalada. As relações com Roma eram tão delicadas que pequeno incidente que fosse desencadearia os ódios. E foi o que ocorreu. Em 1014 o Papa Bento VIII introduziu num hino da Igreja Romana, a pedido do Imperador Henrique II, uma frase combatida por Fócio sobre o assunto, reacendendo-se a paixão anti-romana. Em 1053, o Imperador Constantino IX, desejando manter boas relações com o Papa Leão IX, enviou-lhe uma carta, solicitando-lhe os préstimos. Em resposta, Leão IX enviou uma legação a Constantinopla em 1054. O patriarca MIGUEL CERULÁRIO se irritoue proibiu os enviados de Roma de celebrar missas. Os legados reagiram e na presença do clero e do povo deixaram sobre o altar mor da basílica de Santa Sofia uma bula de excomunhão contra Cerulário e seus seguidores, regressando a Roma. O patriarca Miguel Cerulário acusou o Imperador de cumplicidade com o Papa e num sínodo excomungou o papa e seus legados e convidou os bispos do Oriente a se associarem a ele. O pedido e o exemplo de Cerulário surtiram o efeito desejado: todos os bispos do Oriente e os povos evangelizados por Bizâncio (serbos, búlgaros, rumenos, russos) selaram com sua adesão ao patriarca a GRANDE DIVISÃO que até hoje perdura. Cerulário reivindicou para si as insígnias imperiais, sendo por isto exilado pelo Imperador Isaac I, falecendo no exílio, em 1059. A excomunhão mútua de Roma e Constantinopla foi cancelada após o Concílio Vaticano II, estando aberto o caminho para bom entendimento entre Orientais e Ocidentais (latinos).
Justo no ano 2013, em que o Papa Bento XVI renuncia, e é substituído pelo Papa Francisco, iniciando uma varredura nos corredores do Vaticano, haja vista o livro "Sa Sainteté", citemos alguns fatos ocorridos na Igreja Oriental de Constantinopla até sua separação definitiva da Igreja Ocidental de Roma, em 1054. Em 863 o Patriarca FÓCIO, embora destituído de suas funções pastorais pelo Papa, abriu violenta campanha contra os cristãos ocidentais. Estando o rei da Bulgária, Bóris, recém batizado, hesitante se aderia à igreja ocidental ou oriental, o Papa Nicolau I enviou legados da Santa Sé ao Imperador de Constantinopla, comunicando a adesão de Bóris à Igreja de Roma. O Imperador prendeu-os, expulsou-os do país, condenando-os junto aos bispos da província como "ocidentais bárbaros", convocando-os a um concílio na capital (867). Este concílio depôs o papa Nicolau I que morreu nesse mesmo ano, dez dias depois que o patriarca Fócio fora destituído por uma revolução palaciana. INÁCIO, substituído anteriormente por Fócio, foi recolocado na sé patriarcal. Celebrou-se então (870) o oitavo concílio ecumênico em Constaantinopla sob a direção de 3 legados papais; foi reconhecida a comunhão com Roma, mas, de novo, em 879 Fócio assume a sé de Constantinopla, reúne um sínodo nessa cidade (880) e hostiliza os membros da Santa Sé. Fócio morreu num mosteiro (898) e os patriarcas seguintes restauraram e confirmaram a união com Roma, a qual, porém, se encontrava bastantemente abalada. As relações com Roma eram tão delicadas que pequeno incidente que fosse desencadearia os ódios. E foi o que ocorreu. Em 1014 o Papa Bento VIII introduziu num hino da Igreja Romana, a pedido do Imperador Henrique II, uma frase combatida por Fócio sobre o assunto, reacendendo-se a paixão anti-romana. Em 1053, o Imperador Constantino IX, desejando manter boas relações com o Papa Leão IX, enviou-lhe uma carta, solicitando-lhe os préstimos. Em resposta, Leão IX enviou uma legação a Constantinopla em 1054. O patriarca MIGUEL CERULÁRIO se irritoue proibiu os enviados de Roma de celebrar missas. Os legados reagiram e na presença do clero e do povo deixaram sobre o altar mor da basílica de Santa Sofia uma bula de excomunhão contra Cerulário e seus seguidores, regressando a Roma. O patriarca Miguel Cerulário acusou o Imperador de cumplicidade com o Papa e num sínodo excomungou o papa e seus legados e convidou os bispos do Oriente a se associarem a ele. O pedido e o exemplo de Cerulário surtiram o efeito desejado: todos os bispos do Oriente e os povos evangelizados por Bizâncio (serbos, búlgaros, rumenos, russos) selaram com sua adesão ao patriarca a GRANDE DIVISÃO que até hoje perdura. Cerulário reivindicou para si as insígnias imperiais, sendo por isto exilado pelo Imperador Isaac I, falecendo no exílio, em 1059. A excomunhão mútua de Roma e Constantinopla foi cancelada após o Concílio Vaticano II, estando aberto o caminho para bom entendimento entre Orientais e Ocidentais (latinos).
terça-feira, 25 de junho de 2013
IGREJA ORTODOXA GREGA
Sei que o assunto, embora simples, não é bastante conhecido. No ano 330 (D.C.) o Imperador do Império Romano, CONSTANTINO, transferiu a capital, do Império Ocidental de ROMA, para BIZÂNCIO (hoje Esmirna, na Turquia), que passou a chamar-se CONSTANTINOPLA. Com a instalação aí do monarca do Império Romano, CONSTANTINO, católico, a nova capital, tornando-se bispado, Constantino se aproveitou para se imiscuir em questões eclesiásticas, procurando manter a Igreja Oriental, através de seu Patriarca, sob seu controle. Por sua vez, o Patriarca, muito dependente do Imperador, passou a exercer uma autoridade sobre os detentores, bispos seus sufragâneos, das sedes episcopais do Oriente. Com a morte do Imperador TEODÓSIO, em 395, o Império Romano se dividiu em duas metades: o Império Romano do Oriente (capital Constantinopla), e o Império Ocidental Romano (capital Roma). Favorecidos com essa mistura de poder religioso e poder civil, os Patriarcas de Constantinopla passaram a rivalizar com o Patriarca de Roma, sucessor de São Pedro, aderindo a heresias e provocando cismas. Dos 58 bispos da província de Constantinopla, desde o primeiro bispo da capital, Metrófanes até Fócio (858), 21 foram partidários de heresias: do Concílio de Niceia I (325) até a ascensão do Patriarca Fócio (858), a sede de Constantinopla passou mais de 200 anos em ruptura com ROMA. Papas houve que sofreram violências pelos Imperadores de Constantinopla: o Imperador Justino I, por exemplo, mandou buscar à força em Roma o Papa Vigílio e quis obrigá-lo a subscrever normas religiosas baixadas pelo Imperador (550). Em 858 foi ilegitimamente deposto por adversários políticos o Patriarca Inácio de Constantinopla, subindo em seu lugar um comandante da guarda imperial, Fócio, que, favorecido pelo Imperador, recebeu em cinco dias todas as ordens sacras e foi empossado Patriarca, sem que houvesse vaga, pois Inácio não renunciara. Foram tais e tantas as hostilidades da Igreja Cristã Oriental contra a Igreja Ocidental Romana que, falecendo Fócio em 897, os Patriarcas seguintes restauraram e confirmaram a UNIÃO com ROMA, bastante abalada com tamanhas discórdias. A cisão definitiva com a Igreja de Roma ocorreu no ano de 1054, como veremos no próximo blogue. Por que os membros da Igreja Oriental de Constantinopla são chamados "ortodoxos?"Porque parte de seus membros se mantiveram fieis à reta doutrina (ortodoxo=crença verdadeira) durante as controvérsias nos concílios dos séculos V-VII.
Sei que o assunto, embora simples, não é bastante conhecido. No ano 330 (D.C.) o Imperador do Império Romano, CONSTANTINO, transferiu a capital, do Império Ocidental de ROMA, para BIZÂNCIO (hoje Esmirna, na Turquia), que passou a chamar-se CONSTANTINOPLA. Com a instalação aí do monarca do Império Romano, CONSTANTINO, católico, a nova capital, tornando-se bispado, Constantino se aproveitou para se imiscuir em questões eclesiásticas, procurando manter a Igreja Oriental, através de seu Patriarca, sob seu controle. Por sua vez, o Patriarca, muito dependente do Imperador, passou a exercer uma autoridade sobre os detentores, bispos seus sufragâneos, das sedes episcopais do Oriente. Com a morte do Imperador TEODÓSIO, em 395, o Império Romano se dividiu em duas metades: o Império Romano do Oriente (capital Constantinopla), e o Império Ocidental Romano (capital Roma). Favorecidos com essa mistura de poder religioso e poder civil, os Patriarcas de Constantinopla passaram a rivalizar com o Patriarca de Roma, sucessor de São Pedro, aderindo a heresias e provocando cismas. Dos 58 bispos da província de Constantinopla, desde o primeiro bispo da capital, Metrófanes até Fócio (858), 21 foram partidários de heresias: do Concílio de Niceia I (325) até a ascensão do Patriarca Fócio (858), a sede de Constantinopla passou mais de 200 anos em ruptura com ROMA. Papas houve que sofreram violências pelos Imperadores de Constantinopla: o Imperador Justino I, por exemplo, mandou buscar à força em Roma o Papa Vigílio e quis obrigá-lo a subscrever normas religiosas baixadas pelo Imperador (550). Em 858 foi ilegitimamente deposto por adversários políticos o Patriarca Inácio de Constantinopla, subindo em seu lugar um comandante da guarda imperial, Fócio, que, favorecido pelo Imperador, recebeu em cinco dias todas as ordens sacras e foi empossado Patriarca, sem que houvesse vaga, pois Inácio não renunciara. Foram tais e tantas as hostilidades da Igreja Cristã Oriental contra a Igreja Ocidental Romana que, falecendo Fócio em 897, os Patriarcas seguintes restauraram e confirmaram a UNIÃO com ROMA, bastante abalada com tamanhas discórdias. A cisão definitiva com a Igreja de Roma ocorreu no ano de 1054, como veremos no próximo blogue. Por que os membros da Igreja Oriental de Constantinopla são chamados "ortodoxos?"Porque parte de seus membros se mantiveram fieis à reta doutrina (ortodoxo=crença verdadeira) durante as controvérsias nos concílios dos séculos V-VII.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
O CATOLICISMO
Entende-se por CATOLICISMO o conjunto dos dogmas, das instituições e das práticas que distinguem, das outras comunidades cristãs, a IGREJA APOSTÓLICA ROMANA, submissa à autoridade do PAPA. Jesus Cristo, fundador dessa sociedade visível, deu-lhe por chefe o Papa, sucessor de São Pedro e herdeiro de sua primazia. Submissos à sua jurisdição, os Bispos recebem dele a delegação dos poderes apostólicos. A CATOLICIDADE, uma das notas características dessa Igreja (Católica) quer dizer que ela deve estender-se a todos os tempos (sempre) e a todos os lugares. O emprego da palavra católica, "universal", distingue-a, como depositária da Doutrina de Jesus Cristo, das igrejas que dela se separaram. Foi a partir do século XI, quando se deu o "cisma do Oriente" em que se fundou a "igreja ortodoxa de Constantinopla", que se cristalizou a denominação de IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, donde a qualificação de "católica", uma das notas da IGREJA fundada por Cristo. Com o passar do tempo, alguns grupos de "católicos" se separaram da Igreja Católica, surgindo assim novas religiões cristãs: a "igreja luterana" foi a primeira igreja protestante. No século V, São Vicente de Lérins (falecido no mosteiro de Lérins, em 450, autor do de uma obra contra os Nestorianos) criou uma definição curiosa para a Igreja fundada por Cristo: "Quod ubique, quod semper, quod ab omnibus creditum est, hoc est vere proprieque catholicum", isto é, "aquilo que foi em toda parte acreditado, sempre e por todos, eis o que é verdadeiramente e propriamente católico". A doutrina da IGREJA não tem limites de fronteiras, entre as diferentes épocas de sua existência não deve existir solução de continuidade e ela foi criada em favor de todos os seres humanos (Larousse du 20e. siecle).
Entende-se por CATOLICISMO o conjunto dos dogmas, das instituições e das práticas que distinguem, das outras comunidades cristãs, a IGREJA APOSTÓLICA ROMANA, submissa à autoridade do PAPA. Jesus Cristo, fundador dessa sociedade visível, deu-lhe por chefe o Papa, sucessor de São Pedro e herdeiro de sua primazia. Submissos à sua jurisdição, os Bispos recebem dele a delegação dos poderes apostólicos. A CATOLICIDADE, uma das notas características dessa Igreja (Católica) quer dizer que ela deve estender-se a todos os tempos (sempre) e a todos os lugares. O emprego da palavra católica, "universal", distingue-a, como depositária da Doutrina de Jesus Cristo, das igrejas que dela se separaram. Foi a partir do século XI, quando se deu o "cisma do Oriente" em que se fundou a "igreja ortodoxa de Constantinopla", que se cristalizou a denominação de IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, donde a qualificação de "católica", uma das notas da IGREJA fundada por Cristo. Com o passar do tempo, alguns grupos de "católicos" se separaram da Igreja Católica, surgindo assim novas religiões cristãs: a "igreja luterana" foi a primeira igreja protestante. No século V, São Vicente de Lérins (falecido no mosteiro de Lérins, em 450, autor do de uma obra contra os Nestorianos) criou uma definição curiosa para a Igreja fundada por Cristo: "Quod ubique, quod semper, quod ab omnibus creditum est, hoc est vere proprieque catholicum", isto é, "aquilo que foi em toda parte acreditado, sempre e por todos, eis o que é verdadeiramente e propriamente católico". A doutrina da IGREJA não tem limites de fronteiras, entre as diferentes épocas de sua existência não deve existir solução de continuidade e ela foi criada em favor de todos os seres humanos (Larousse du 20e. siecle).
O CRISTIANISMO
O Cristianismo começou no mundo com a pregação de JESUS CRISTO que anunciou aos homens o Evangelho do Reino de Deus. Depois de sua ressurreição e ascensão, os Apóstolos que ele escolheu receberam o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes. Começaram então a pregar e converteram grande número de judeus, e logo a nova religião se espalhou entre os pagãos, graças sobretudo a SÃO PAULO (34-35 depois de Cristo), um convertido, que percorreu a Asia Menor, a Macedônia, a Grécia, para conquistar as almas. Rapidamente as igrejas se organizam, os sacerdotes, por imposição das mãos, recebem o poder de pregar, de batizar, de celebrar a Eucaristia. Ao mesmo tempo o Cristianismo acaba de se separar do Judaísmo. No reinado de NERO as autoridades se inquietam com os progressos da nova religião. Nero (64-68 D.C.) dá início às perseguições, martirizando São Pedro (64 D.C.) e São Paulo e uma grande multidão de cristãos. Durante dois séculos e meio haverá entre o Império e o Cristianismo uma guerra interrompida por longas tréguas mas permanente. Os cristãos, porém, continuaram suas conquistas e em 313 CONSTANTINO (306 D.C.) lhes concedeu a paz pelo edito de Milão. A IGREJA passou então a crescer pelo número de seus fieis, pela organização de suas comunidades supervisionadas pelos bispos, pelo poder do bispo de ROMA o primeiro de todos, impondo-se ao respeito do Império. Os primeiros discípulos de JESUS foram chamados pelos Judeus e pelos pagãos de Nazarenos, de Galileus, denominando-se entre si como irmãos, fieis, santos, eleitos. Mais ou menos no ano 50 os habitantes de Antioquia os apelidaram de CRISTÃOS. ASSIM CONTINUAM A SER CHAMADOS aqueles que crêem e professam a doutrina trazida à terra por JESUS CRISTO.
O Cristianismo começou no mundo com a pregação de JESUS CRISTO que anunciou aos homens o Evangelho do Reino de Deus. Depois de sua ressurreição e ascensão, os Apóstolos que ele escolheu receberam o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes. Começaram então a pregar e converteram grande número de judeus, e logo a nova religião se espalhou entre os pagãos, graças sobretudo a SÃO PAULO (34-35 depois de Cristo), um convertido, que percorreu a Asia Menor, a Macedônia, a Grécia, para conquistar as almas. Rapidamente as igrejas se organizam, os sacerdotes, por imposição das mãos, recebem o poder de pregar, de batizar, de celebrar a Eucaristia. Ao mesmo tempo o Cristianismo acaba de se separar do Judaísmo. No reinado de NERO as autoridades se inquietam com os progressos da nova religião. Nero (64-68 D.C.) dá início às perseguições, martirizando São Pedro (64 D.C.) e São Paulo e uma grande multidão de cristãos. Durante dois séculos e meio haverá entre o Império e o Cristianismo uma guerra interrompida por longas tréguas mas permanente. Os cristãos, porém, continuaram suas conquistas e em 313 CONSTANTINO (306 D.C.) lhes concedeu a paz pelo edito de Milão. A IGREJA passou então a crescer pelo número de seus fieis, pela organização de suas comunidades supervisionadas pelos bispos, pelo poder do bispo de ROMA o primeiro de todos, impondo-se ao respeito do Império. Os primeiros discípulos de JESUS foram chamados pelos Judeus e pelos pagãos de Nazarenos, de Galileus, denominando-se entre si como irmãos, fieis, santos, eleitos. Mais ou menos no ano 50 os habitantes de Antioquia os apelidaram de CRISTÃOS. ASSIM CONTINUAM A SER CHAMADOS aqueles que crêem e professam a doutrina trazida à terra por JESUS CRISTO.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
ANGÚSTIAS DE UM RECÉM CONVERTIDO
No meu borboleteio diante das cartas trocadas entre ALCEU e JACKSON, trago-lhes o que TRISTÃO deixou na carta de 24/05/1928, três meses antes de sua conversão ao catolicismo (15/08/1928). "Quando me ajoelho de manhã ou à noite, quando esqueço o mundo, então sim, sinto-me egoisticamente com Deus, sinto-me desprendido, talvez mesmo alegre. Mas quando volto ao contato com o mundo, perco toda a segurança. Volto àqueles momentos secos, horrivelmente áridos de que te falava. E à mesma sensação de entrar na mediocridade, que é das que mais me acabrunham. Sentimento de decadência. De banalidade. De mediocridade. E sobretudo de incapacidade. É como se tivesse terminado a minha hora. Sofrimento de vaidade, bem sei, mas nem por isso mesmo de sofrimento. É tão mais fácil não ser católico no Brasil! Tudo convida à indiferença, aqui, a partir de minha incompetência em defender a causa da Igreja. E sobretudo duas coisas me surpreenderam, que me enchem de dor e de cinza o coração: a falta de felicidade de ter encontrado Deus e a falta de entusiasmo. Vou ser um católico mais seco do que fui um descrente. Sinto ressecadas as fontes do entusiasmo e da alegria, as duas colunas da FÉ, em nosso coração. Será que a minha cruz vai ser essa? E depois, não tenho também ainda nenhum sentimento de orgulho. Ao contrário, e isso o digo a custo, pois é humilhante, sinto-me envergonhado de CRER. O abominável respeito humano.Montanha a arrancar de cima de meu coração. Começo apenas a sentir quanto eu estava corrompido de caráter pela longa indiferença religiosa.Há 3 dias o Durval de Moraes me mandava um bilhete dizendo no final: "Já sei da sua felicidade espiritual". Tive vergonha de ler essa frase. Não sei ainda o que seja felicidade espiritual. Sinto momentos fugitivoas de contato com Deus. Momentos longos de pensamento em torno de Deus, e todo dia penso em tudo em função de Deus, de Cristo, da Igreja. Mas tudo isso sem felicidade alguma. Vai ser isso toda a minha vida de convertido? Ou ainda não estarei convertido? Ou devo socrrer-me dos sacramentos para chegar mais perto de Deus? Mas como comungar se o coração ainda não rompeu com o mundo? E como, quando, até que ponto romper com o mundo? Em que mundo? O que é mundo e o que é supramundo? E a minha incapacidade, a minha ignorância nas coisas da FÉ. "E a inveja sutil dos que não crêem!" Vejo toda Inteligência fora da Igreja. E entre os católicos brasileiros só vejo você, como homem superior, como homem cujo gênio e cuja alma sinto realmente superiores. Tudo mais, um deserto de mediocridade! E o terror de me contaminar ainda mais nessa multidão de medíocres, de agravar a minha própria mediocridade. Estou sentindo que vou perder o pequeno nome que conquistei à custa de afastamento. Creia que a minha angústia é essa vaidade idiota, mais nada. Vou ser um católico morno, como todos. Vou deeixar de ser o homem imparcial cujo juízo era respeitado, porque não se misturava. Agora vou ser forçado a misturar-me. Tenho de mostrar o que sou de fato. E não é famoso o que sou. Estarei errado? Eu vejo um milhão de homens que têm FÉ, sem me comover. Mas o sorriso de um só descrente me deixa aniquilado. Como convencer, como converter um só homem? Bem dizia Santo Agostinho que converter uma alma era mais difícil do que ressuscitar um morto. Eu sinto em mim e sinto nos outros. Dialogo comigo mesmo, vejo o absurdo de tudo isso, olho para o exemplo desses homens firmes, serenos, alegres que crêem com o espírito, como o nosso inevitável Chesterton, e caio sobre mim, contra mim, e termino por um sentimento de que tenho horror nos outros: o tédio! Tenho horror aos homens que dizem estar entediados, quando há tudo a fazer na vida. Gosto de acompanhar os tediosos a varrer as sarjetas, pois há lixo demais nas sarjetas, emprega-te ao menos nisso se não preferes meditar na quadratura do círculo. Tudo problemas a resolver! Mas quem é dono do tédio quando ele chega? Quando vou a Petrópolis, tenho o costume de passar alguns minutos numa capelinha perdida entre árvores, sozinho, pois à tarde não há ninguém por lá, e aí me sinto em paz, só aí! E tenho vontade de largar os meus artigos, de mergulhar no silêncio, de me interrogar integralmente, longo tempo, sem pensar em outra coisa. Mas sei que o não farei. E que talvez não o deva fazer. E que sou tolo em perturbar sua alma, já tão dilacerada por essas angústias banais de quem sente que nunca há de matar o homem velho! Alceu".
quarta-feira, 19 de junho de 2013
MEMORAVEL CENTENARIO
Em minhas mãos um livrinho de 238 paginas, pelo jeito encadernado pelo primeiro dono, costurados os cadernos com agulha e linha branca, quase cheirando a grude feito de polvilho, saudoso das mãos ditosas que primeiras o possuiram, e do qual só resta, além túmulo, o modesto vão onde se acomoda nesta estante frente a meus olhos. "HISTORIAS DA TERRA MINEIRA". Leitura Moral e Civica. Historia Regional. Pelo Prof. CARLOS GÓES, do Gymnasio Mineiro e da Academia Mineira. Obra approvada e adoptada pelo Conselho Superior de Instrução Publica do Estado de Minas no III anno primario. Nona edição (melhorada). Imprensa Official do Estado. Bello Horizonte, Minas. 1920. Titulo, auctoria e propriedade registados ex-vi da Lei n. 496 de 1 de agosto de 1898. Serão apócryphos os exemplares que não levarem a rubrica do Auctor. Direitos reservados. Oa contrafactores estarão incursos no art. 345 do Cod. Penal. CERTDÃO. "Certfico que é do teor seguinte o parecer do Conselho Superior de Instrução Publica do Estado de Minas Gerais sobre a obra didactica "Historias da Terra Mineira" (1a. série) pelo dr. Carlos Fernandes Góes, professor do Gymnasio Mineiro: "O Conselho é de parecer que seja approvado este trabalho, de accordo com a opinião do relator". Bello Horizonte, onze de março de mil novecentos e treze. - J. Carvalhaes. J. Rangel. Egidio Soares. Assis das Chagas. Gomes Horta. Francisco Magalhães.. Bento Ernesto Junior. A. Joviano". Nada mais continha o parecer, ao qual me repórto e dou fé. Sexta Secção da Secretaria do Interior. Bello Horizonte, 23 de Agosto de 1913. O Secretario do Conselho: Vicente Racciopi". Em seguida vem o Prefacio da 1a. Edição donde extraio o seguinte: "A educação civica da Infancia é hoje o problema que mais de perto entende com a concretização da nossa nacionalidade. Um povo só pode verdadeiramente ter a consciencia de sua nacionalidade, quando se orgulha de seu passado e de suas tradições o que só se dá desde o momento em que esse povo conheça os passos de sua historia, poossúa cultura bastante para aferir o valor de seus heróes, e se inspire nos grandes lances que heroificaram a seus avoengos. O passado de um povo é fonte inexgotavel de ensinamentos e estimulos". Oxalá possa este livro vir a preencher uma funcção. Já não será um livro inutil, como tantos outros que nos têm cahido da penna". CARLOS GÓES. Bello Horizonte, 1 de dezembro de 1912.
Em minhas mãos um livrinho de 238 paginas, pelo jeito encadernado pelo primeiro dono, costurados os cadernos com agulha e linha branca, quase cheirando a grude feito de polvilho, saudoso das mãos ditosas que primeiras o possuiram, e do qual só resta, além túmulo, o modesto vão onde se acomoda nesta estante frente a meus olhos. "HISTORIAS DA TERRA MINEIRA". Leitura Moral e Civica. Historia Regional. Pelo Prof. CARLOS GÓES, do Gymnasio Mineiro e da Academia Mineira. Obra approvada e adoptada pelo Conselho Superior de Instrução Publica do Estado de Minas no III anno primario. Nona edição (melhorada). Imprensa Official do Estado. Bello Horizonte, Minas. 1920. Titulo, auctoria e propriedade registados ex-vi da Lei n. 496 de 1 de agosto de 1898. Serão apócryphos os exemplares que não levarem a rubrica do Auctor. Direitos reservados. Oa contrafactores estarão incursos no art. 345 do Cod. Penal. CERTDÃO. "Certfico que é do teor seguinte o parecer do Conselho Superior de Instrução Publica do Estado de Minas Gerais sobre a obra didactica "Historias da Terra Mineira" (1a. série) pelo dr. Carlos Fernandes Góes, professor do Gymnasio Mineiro: "O Conselho é de parecer que seja approvado este trabalho, de accordo com a opinião do relator". Bello Horizonte, onze de março de mil novecentos e treze. - J. Carvalhaes. J. Rangel. Egidio Soares. Assis das Chagas. Gomes Horta. Francisco Magalhães.. Bento Ernesto Junior. A. Joviano". Nada mais continha o parecer, ao qual me repórto e dou fé. Sexta Secção da Secretaria do Interior. Bello Horizonte, 23 de Agosto de 1913. O Secretario do Conselho: Vicente Racciopi". Em seguida vem o Prefacio da 1a. Edição donde extraio o seguinte: "A educação civica da Infancia é hoje o problema que mais de perto entende com a concretização da nossa nacionalidade. Um povo só pode verdadeiramente ter a consciencia de sua nacionalidade, quando se orgulha de seu passado e de suas tradições o que só se dá desde o momento em que esse povo conheça os passos de sua historia, poossúa cultura bastante para aferir o valor de seus heróes, e se inspire nos grandes lances que heroificaram a seus avoengos. O passado de um povo é fonte inexgotavel de ensinamentos e estimulos". Oxalá possa este livro vir a preencher uma funcção. Já não será um livro inutil, como tantos outros que nos têm cahido da penna". CARLOS GÓES. Bello Horizonte, 1 de dezembro de 1912.
terça-feira, 18 de junho de 2013
PROMOÇÃO AO BEM COMUM
A interdependência cada dia se estreita mais e se difunde a pouco no mundo inteiro.Cresce ao mesmo tempo a consciência da dignidade exímia que compete à pessoa, porque ela é superior a todas as coisas e seus direitos e deveres são universais e invioláveis. É preciso, portanto, que se tornem accessíveis ao homem todas aquelas coisas que lhe são necessárias para levar uma vida verdadeiramente humana, como são o alimento, a roupa, a habitação, o direito de escolher livremente o estado de vida e de constituir família, o direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à conveniente informação, a agir segundo a norma reta de sua consciência, à proteção da vida particular e à justa liberdade, também em matéria religiosa. Por isso, a ordem social e o seuprogresso devem ordenar-se incessantemente ao bem das pessoas. Com efeito, a organização das coisas deve subordinar-se à ordem das pessoas e não ao contrário, como acenou o próprio Senhor ao dizer que o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. A ordem social deve desenvolver-se, fundamentar-se na verdade, construir-se sobre a justiça, ser animada pelo amor e encontrar na liberdde um equilíbrio mais humano. Para se cumprirem tais exigências, devem-se introduzir uma reforma de mentalidade e importantes mudanças sociais. O Espírito de Deus que dirige o curso da história com providência admirável e renova a face da terra, está presente a esta evolução. O fermento evangélico despertou e desperta no coração do homem uma irrefreável exigência de dignidade (Paulo VI, in A Igreja no Mundo de Hoje). A dignidade do homem exige que possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, pessoalmente, isto é, movido e levado pelo interior e não por força de um impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. Cada um, porém, perante o tribunal de Deus, prestará contas da própria vida, segundo o bem e o mal que tiver feito"(idem ibidem).
A interdependência cada dia se estreita mais e se difunde a pouco no mundo inteiro.Cresce ao mesmo tempo a consciência da dignidade exímia que compete à pessoa, porque ela é superior a todas as coisas e seus direitos e deveres são universais e invioláveis. É preciso, portanto, que se tornem accessíveis ao homem todas aquelas coisas que lhe são necessárias para levar uma vida verdadeiramente humana, como são o alimento, a roupa, a habitação, o direito de escolher livremente o estado de vida e de constituir família, o direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à conveniente informação, a agir segundo a norma reta de sua consciência, à proteção da vida particular e à justa liberdade, também em matéria religiosa. Por isso, a ordem social e o seuprogresso devem ordenar-se incessantemente ao bem das pessoas. Com efeito, a organização das coisas deve subordinar-se à ordem das pessoas e não ao contrário, como acenou o próprio Senhor ao dizer que o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. A ordem social deve desenvolver-se, fundamentar-se na verdade, construir-se sobre a justiça, ser animada pelo amor e encontrar na liberdde um equilíbrio mais humano. Para se cumprirem tais exigências, devem-se introduzir uma reforma de mentalidade e importantes mudanças sociais. O Espírito de Deus que dirige o curso da história com providência admirável e renova a face da terra, está presente a esta evolução. O fermento evangélico despertou e desperta no coração do homem uma irrefreável exigência de dignidade (Paulo VI, in A Igreja no Mundo de Hoje). A dignidade do homem exige que possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, pessoalmente, isto é, movido e levado pelo interior e não por força de um impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. Cada um, porém, perante o tribunal de Deus, prestará contas da própria vida, segundo o bem e o mal que tiver feito"(idem ibidem).
segunda-feira, 17 de junho de 2013
ABIGAIL - ALCEU AMOROSO LIMA
Este blog é a segunda parte do artigo de TRISTÃO que está no blog anterior: "Saí à procura de um túmulo. Revirei os arquivos da seção de cemitérios na municipalidade de PAU. Em vão. Fui afinal ao próprio cemitério e o guarda, ó milagre, ó confirmação da nossa confiança na consciência dos homens de trabalho, em França, o guarda do cemitério sabia de cor, mais ou menos, onde estava "la brésiliene" ou antes "les brésiliens". Pois quando a jovem Letícia Rondon Berardinelli, que ia conosco e tinha a resistência e o faro das "bandeirantes", deu com o túmulo, vimos que uma delicadeza tocante e anônima colocara lado a lado os dois únicos brasileiros daquele cemitério - únicos, assim o penso pelo menos - o cônsul Vítor Pontes e Abigail Amoroso Lima. Era como se aqueles dois punhados de cinzas se houvessem aproximado, na morte, para tornar menos solitária a sua solidão no meio de tantos estranhos. Um nome, numa lápide branca e perdida no remoto cemitério de PAU, entre milhares de desconhecidos, eis o que resta na terra daquela que na Rua Passos Manuel e nas Laranjeiras, fora a primeira e a mais bela esperença de um jovem casal de 1886. Um pouco de minha infância ficava ali, naquele pequenino ramo de violetas que poucos dias depois já não seria nada de novo na fria lousa de um cemitério de exílio, no nome que nada diz a nenhum visitante daquelas paragens e desaparecerá totalmente da memória de todos os homens, quando os seus companheiros de infância tiverem todos seguido o mesmo destino da menina de cachos louros que recitava versos na infância e para quem a vida foi por mais de meio século mais obscuro dos poemas. Esta volta à França ficará ligada para mim a essa evocação de uma sombra que passou por nossa vida, sem pesar nada sobre a terra, mas fazendo sangrar prematuramente ao menos dois corações amargurados. Deixo seu nome à testa deste capítulo, como deixei as violetas sobre a pedra do seu túmulo. "Nem tudo passa sobre a terra", murmurava melancolicamente José de Alencar no fecho do seu poema imortal. Quando, de manhã, fomos a Lourdes, o peso de uma saudade revivida pelas evocações tornava mais leves as nossas almas, pois o que pesa em tristeza para as coisas da terra, torna mais leves os nossos movimentos para Deus. E a gruta de Lourdes, a gruta nua de pedra, tal como Bernadete a vira nos dias em que a Virgem lhe apareceu, foi para mim um apelo ainda mais tocante, porque levava comigo a imagem rediviva de uma criança que morrera, quase aos 60 anos, tão pura e tão criança como viera ao mundo. Naquele momento enfim compreendi o doloroso mistério da vida de ABIGAIL".
Este blog é a segunda parte do artigo de TRISTÃO que está no blog anterior: "Saí à procura de um túmulo. Revirei os arquivos da seção de cemitérios na municipalidade de PAU. Em vão. Fui afinal ao próprio cemitério e o guarda, ó milagre, ó confirmação da nossa confiança na consciência dos homens de trabalho, em França, o guarda do cemitério sabia de cor, mais ou menos, onde estava "la brésiliene" ou antes "les brésiliens". Pois quando a jovem Letícia Rondon Berardinelli, que ia conosco e tinha a resistência e o faro das "bandeirantes", deu com o túmulo, vimos que uma delicadeza tocante e anônima colocara lado a lado os dois únicos brasileiros daquele cemitério - únicos, assim o penso pelo menos - o cônsul Vítor Pontes e Abigail Amoroso Lima. Era como se aqueles dois punhados de cinzas se houvessem aproximado, na morte, para tornar menos solitária a sua solidão no meio de tantos estranhos. Um nome, numa lápide branca e perdida no remoto cemitério de PAU, entre milhares de desconhecidos, eis o que resta na terra daquela que na Rua Passos Manuel e nas Laranjeiras, fora a primeira e a mais bela esperença de um jovem casal de 1886. Um pouco de minha infância ficava ali, naquele pequenino ramo de violetas que poucos dias depois já não seria nada de novo na fria lousa de um cemitério de exílio, no nome que nada diz a nenhum visitante daquelas paragens e desaparecerá totalmente da memória de todos os homens, quando os seus companheiros de infância tiverem todos seguido o mesmo destino da menina de cachos louros que recitava versos na infância e para quem a vida foi por mais de meio século mais obscuro dos poemas. Esta volta à França ficará ligada para mim a essa evocação de uma sombra que passou por nossa vida, sem pesar nada sobre a terra, mas fazendo sangrar prematuramente ao menos dois corações amargurados. Deixo seu nome à testa deste capítulo, como deixei as violetas sobre a pedra do seu túmulo. "Nem tudo passa sobre a terra", murmurava melancolicamente José de Alencar no fecho do seu poema imortal. Quando, de manhã, fomos a Lourdes, o peso de uma saudade revivida pelas evocações tornava mais leves as nossas almas, pois o que pesa em tristeza para as coisas da terra, torna mais leves os nossos movimentos para Deus. E a gruta de Lourdes, a gruta nua de pedra, tal como Bernadete a vira nos dias em que a Virgem lhe apareceu, foi para mim um apelo ainda mais tocante, porque levava comigo a imagem rediviva de uma criança que morrera, quase aos 60 anos, tão pura e tão criança como viera ao mundo. Naquele momento enfim compreendi o doloroso mistério da vida de ABIGAIL".
ABIGAIL - ALCEU AMOROSO LIMA
Dou início à transcrição de página do livro "Europa de Hoje" escrito por Tristão de Athayde. Vale a pena conhecê-la. Visitando a França em 1950, Tristão foi à cidade de PAU visitar o túmulo de sua irmã mais velha, ABIGAIL. "PAU" tem para mim um espinho. Lá fui levar flores ao túmulo de uma irmã. No sanatório de S.Lucas, tomei com mãos trêmulas da velha folha onde em 1912 meu pai fizera as declarações necessárias para ali internar nossa irmã mais velha. Viéramos juntos, então, no trem até Bayonne. Ali ele desceu com minha irmã mocinha e uma empregada. Foi a última vez que a vi. Fora uma menina linda. Machado de Assis fizera versos para ela recitar, pois gostava de brincar com ela, na grade de nossa casa. Seus cachos louros encantavam o velho viúvo, melancólico. Fora linda e inteligente. Tão inteligente que alguma corda se partiu muito cedo naquela menina que fora o encanto primeiro de um lar feliz. Por 30 anos aquele parque onde eu agora passeava sozinho fora a paisagem única de minha pobre irmã. As cartas, a princípio lúcidas e saudosas, aos poucos se envolveram na sombra ofeliana. E agora o que me restava dessa loura companheira de minha infância, ali estava reduzido a um papel amarelecido onde em 1912 meu Pai, como se fora outro, deixara o retrato psicológico de sua filha mal-aventurada. Fui seguindo, folha a folha do trágico "dossier", a monotonia da vida cotidiana e a luta impotente da ciência contra as sombras do crepúsculo interior. A noite não baixou de todo senão 30 anos mais tarde. A noite, não, o dia. Pois noite foi a sua triste vida, sozinha longe de nós, evocada sempre em nossa casa, como uma sombra que nem a vida nem a morte haviam desejado para si, e povoava sempre a nossa mesa de jantar com uma presença misteriosa. Tudo aquilo, 30 anos de ausência, entre o dia e a noite, e mais 20 anos, antes disso, na luta terrível, entre a luz e as trevas, tudo aquilo ali estava naquelas folhas amarelecidas, entre alguns funcionários de bata azul, totalmente indiferentes, um dos quais me olhou irritado quando lhe pedi para guardar aquela pasta cinzenta, onde estava registrado o mais obscuro dos dramas de uma vida malograda. Saí de mãos abanando, à procura de um túmulo. Tantos dramas semelhantes havia naquela casa sombria, que ninguém podia dar muita atenção ao que, de tão perto, me tocava. Fui passando os lhos pelos quartos, as mãos pelas árvores, como que a reter alguma coisa do que fora a sua vida, depois que nos deixara, naquela triste manhã de dezembro de 1912, até que 31 anos depois... Passei 2 anos sem saber de sua morte. Quando soube, vagamente, fui ao Itamarati procurar o ministro das Relações Exteriores que naquele momento era o embaixador Leão Veloso Neto. "ABIGAIL? Ora, se me lembro. Foi minha companheira de banco no Colégio Kopke. Que garota inteligente e viva!" me foi dizendo Leão Veloso. Dos 2 companheiros de banco no colégio da infância, um era agora ministro de Estado, fora embaixador e representante do Brasil na ONU. A outra foi viver 30 anos entre os plâtanos de um parque imenso, onde outras sombras como ela passeavam os seus sonhos misteriosos. Viveu e morreu sem que ninguém, fora de nossa casa, lhe ouvisse mais o nome. O salão onde trabalhou e morreu Rio Branco agora o ouvia pela primeira vez. E em PAU, deixado atrás de mim, envolto no meio-dia luminoso, o parque onde as sombras vagueiam a toda hora - senti que o último elo se quebrava de uma vida tão perfeitamente obscura com o que fora o mundo efêmero de sua infância no Cosme Velho ou na Westphalia (Petrópolis)". Aguarde o restante na próxima postagem.
Dou início à transcrição de página do livro "Europa de Hoje" escrito por Tristão de Athayde. Vale a pena conhecê-la. Visitando a França em 1950, Tristão foi à cidade de PAU visitar o túmulo de sua irmã mais velha, ABIGAIL. "PAU" tem para mim um espinho. Lá fui levar flores ao túmulo de uma irmã. No sanatório de S.Lucas, tomei com mãos trêmulas da velha folha onde em 1912 meu pai fizera as declarações necessárias para ali internar nossa irmã mais velha. Viéramos juntos, então, no trem até Bayonne. Ali ele desceu com minha irmã mocinha e uma empregada. Foi a última vez que a vi. Fora uma menina linda. Machado de Assis fizera versos para ela recitar, pois gostava de brincar com ela, na grade de nossa casa. Seus cachos louros encantavam o velho viúvo, melancólico. Fora linda e inteligente. Tão inteligente que alguma corda se partiu muito cedo naquela menina que fora o encanto primeiro de um lar feliz. Por 30 anos aquele parque onde eu agora passeava sozinho fora a paisagem única de minha pobre irmã. As cartas, a princípio lúcidas e saudosas, aos poucos se envolveram na sombra ofeliana. E agora o que me restava dessa loura companheira de minha infância, ali estava reduzido a um papel amarelecido onde em 1912 meu Pai, como se fora outro, deixara o retrato psicológico de sua filha mal-aventurada. Fui seguindo, folha a folha do trágico "dossier", a monotonia da vida cotidiana e a luta impotente da ciência contra as sombras do crepúsculo interior. A noite não baixou de todo senão 30 anos mais tarde. A noite, não, o dia. Pois noite foi a sua triste vida, sozinha longe de nós, evocada sempre em nossa casa, como uma sombra que nem a vida nem a morte haviam desejado para si, e povoava sempre a nossa mesa de jantar com uma presença misteriosa. Tudo aquilo, 30 anos de ausência, entre o dia e a noite, e mais 20 anos, antes disso, na luta terrível, entre a luz e as trevas, tudo aquilo ali estava naquelas folhas amarelecidas, entre alguns funcionários de bata azul, totalmente indiferentes, um dos quais me olhou irritado quando lhe pedi para guardar aquela pasta cinzenta, onde estava registrado o mais obscuro dos dramas de uma vida malograda. Saí de mãos abanando, à procura de um túmulo. Tantos dramas semelhantes havia naquela casa sombria, que ninguém podia dar muita atenção ao que, de tão perto, me tocava. Fui passando os lhos pelos quartos, as mãos pelas árvores, como que a reter alguma coisa do que fora a sua vida, depois que nos deixara, naquela triste manhã de dezembro de 1912, até que 31 anos depois... Passei 2 anos sem saber de sua morte. Quando soube, vagamente, fui ao Itamarati procurar o ministro das Relações Exteriores que naquele momento era o embaixador Leão Veloso Neto. "ABIGAIL? Ora, se me lembro. Foi minha companheira de banco no Colégio Kopke. Que garota inteligente e viva!" me foi dizendo Leão Veloso. Dos 2 companheiros de banco no colégio da infância, um era agora ministro de Estado, fora embaixador e representante do Brasil na ONU. A outra foi viver 30 anos entre os plâtanos de um parque imenso, onde outras sombras como ela passeavam os seus sonhos misteriosos. Viveu e morreu sem que ninguém, fora de nossa casa, lhe ouvisse mais o nome. O salão onde trabalhou e morreu Rio Branco agora o ouvia pela primeira vez. E em PAU, deixado atrás de mim, envolto no meio-dia luminoso, o parque onde as sombras vagueiam a toda hora - senti que o último elo se quebrava de uma vida tão perfeitamente obscura com o que fora o mundo efêmero de sua infância no Cosme Velho ou na Westphalia (Petrópolis)". Aguarde o restante na próxima postagem.
domingo, 16 de junho de 2013
JESUS CRISTO SUMO SACERDOTE
Depois da ALIANÇA DO MONTE SINAI, no tempo de Moisés, Deus escolheu a tribo de LEVI para oferecer os sacrifícios a ele no Templo. Dessa tribo Aarão separou uma família cujo filho primogênito por direito de herança exerceria o SUMO PONTIFICADO e os demais exerceriam a função coadjuvante de sacerdotes. O papel do SUMO SACERDOTE (Pontifice) era oferecer sacrifícios pelos pecados próprios e do povo. A função dos demais sacerdotes era coadjuvar o SUMO SACERDOTE. Mais tarde, quando Abraão regressava do combate contra os reis, o rei-sacerdote, MELQUISEDEC, o abençoou e dele recebeu o dízimo de tudo (Hb.7, 1 e seg.). MELQUISEDEC, rei-sacerdote, é uma figura profética de CRISTO. O silêncio sobre seus antepassados e descendentes sugere ser seu sacerdócio eterno. Recebendo o dízimo de Abraão, é porque lhe é superior, figurando um sacerdócio mais elevado. O Salmo 110,4 atribuindo ao REI-MESSIAS (Jesus Cristo) que não é de linhagem levítica o SACERDÓCIO ETERNO, a plenitude do sacerdócio, segundo a Ordem (à maneira de) de Melquisedec, anuncia para os tempos messiânicos a constituição de um sacerdócio eterno no lugar do antigo, julgado, por isso, inferior, e de uma LEI NOVA no lugar da antiga que regulamentava o sacerdócio levítico. Cristo, sacerdote eterno, exerce no céu a sua função de mediador e de intercessor (Rom.8, 34). A eficácia absoluta e definitiva do sacrificio de Jesus Cristo é salientada de modo especial por Heb.; realizado "uma vez por todas", inteiramente uma só vez e uma vez por todas, este sacrifício único opõe-se aos sacrifícios da Antiga Aliança, repetidos indefinidamente, porque impotentes para causar a salvação. Terminando: "Quem supera o primeiro momento de desconforto ou de estranheza e penetra nesse sugestivo mundo espiritual da CARTA AOS HEBREUS descobre surpreendentes dimensões da FÉ centrada em CRISTO, que dá um significado novo a todo o destino do HOMEM"("As Cartas de Paulo (III), de Rinaldo Fabris, Edições Loyola). Uma ajuda a mais": o SAC. Levítico: era uma aliança preparatória; oferecia sacrificios por seus próprios pecados; os sacerdotes eram mortais; sacrifício incapaz de eliminar o pecado; ofereciam-se animais; em templo construído por homens; sem juramento; era apenas uma sombra, pois incapaz e purificar. Ao passo que o SAC. DE CRISTO: Cristo era inpecável; uma Aliança nova e definitiva; Jesus imortal, insubstituível, um sacrifício apenas; um só sacrifício santificador; JESUS ofereceu o próprio SANGUE; Jesus sacerdote por juramento de Deus ("Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec"Heb. 7, 17); sacrifício purificador, porque oferenda da VONTADE de Jesus livremente submissa ao Pai.
Depois da ALIANÇA DO MONTE SINAI, no tempo de Moisés, Deus escolheu a tribo de LEVI para oferecer os sacrifícios a ele no Templo. Dessa tribo Aarão separou uma família cujo filho primogênito por direito de herança exerceria o SUMO PONTIFICADO e os demais exerceriam a função coadjuvante de sacerdotes. O papel do SUMO SACERDOTE (Pontifice) era oferecer sacrifícios pelos pecados próprios e do povo. A função dos demais sacerdotes era coadjuvar o SUMO SACERDOTE. Mais tarde, quando Abraão regressava do combate contra os reis, o rei-sacerdote, MELQUISEDEC, o abençoou e dele recebeu o dízimo de tudo (Hb.7, 1 e seg.). MELQUISEDEC, rei-sacerdote, é uma figura profética de CRISTO. O silêncio sobre seus antepassados e descendentes sugere ser seu sacerdócio eterno. Recebendo o dízimo de Abraão, é porque lhe é superior, figurando um sacerdócio mais elevado. O Salmo 110,4 atribuindo ao REI-MESSIAS (Jesus Cristo) que não é de linhagem levítica o SACERDÓCIO ETERNO, a plenitude do sacerdócio, segundo a Ordem (à maneira de) de Melquisedec, anuncia para os tempos messiânicos a constituição de um sacerdócio eterno no lugar do antigo, julgado, por isso, inferior, e de uma LEI NOVA no lugar da antiga que regulamentava o sacerdócio levítico. Cristo, sacerdote eterno, exerce no céu a sua função de mediador e de intercessor (Rom.8, 34). A eficácia absoluta e definitiva do sacrificio de Jesus Cristo é salientada de modo especial por Heb.; realizado "uma vez por todas", inteiramente uma só vez e uma vez por todas, este sacrifício único opõe-se aos sacrifícios da Antiga Aliança, repetidos indefinidamente, porque impotentes para causar a salvação. Terminando: "Quem supera o primeiro momento de desconforto ou de estranheza e penetra nesse sugestivo mundo espiritual da CARTA AOS HEBREUS descobre surpreendentes dimensões da FÉ centrada em CRISTO, que dá um significado novo a todo o destino do HOMEM"("As Cartas de Paulo (III), de Rinaldo Fabris, Edições Loyola). Uma ajuda a mais": o SAC. Levítico: era uma aliança preparatória; oferecia sacrificios por seus próprios pecados; os sacerdotes eram mortais; sacrifício incapaz de eliminar o pecado; ofereciam-se animais; em templo construído por homens; sem juramento; era apenas uma sombra, pois incapaz e purificar. Ao passo que o SAC. DE CRISTO: Cristo era inpecável; uma Aliança nova e definitiva; Jesus imortal, insubstituível, um sacrifício apenas; um só sacrifício santificador; JESUS ofereceu o próprio SANGUE; Jesus sacerdote por juramento de Deus ("Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec"Heb. 7, 17); sacrifício purificador, porque oferenda da VONTADE de Jesus livremente submissa ao Pai.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
AVISO AOS NAVEGANTES
As 7 postagens anteriores a esta giraram em torno de um artigo publicado na FOLHA de SÃO PAULO, dia 04/06/13, escrito por Carlos Heitor Cony, sob o título MEA CULPA. Se você me lê e continua a ter paciência, vou resumi-lo: "Muitos ficaram chocados com a declaração do papa Francisco, que confessou a sua condição de pecador...Admitindo que é um pecador, o papa seria um pedófilo ou um ladrão dos bens religiosos? E aí? Seria o fim, o fim finalmente final da Igreja Católica Romana? ... Não se trata de uma humildade ritual, mas de uma decorrência da condição humana, expressa pelo próprio Cristo na única oração que ousou ensinar a seus discípulos: "Livrai-me de todo o mal". Muitos devotos pensam que o "mal" em questão é o câncer, o desemprego, a morte. Nos Evangelhos há aquela passagem no horto das oliveiras em que Jesus, suando sangue, sentiu na carne o sacrifício que ia fazer e pediu que o Senhor o livrasse daquele "cálice". Foi seguramente a única ocasião em que a sua condição humana se comtrapôs à sua condição divina. Em certo sentido, um pecado que tornaria inútil toda a Redenção, inútil todo o projeto da Salvação. Se o próprio Cristo pecou por hesitação, covardia e traição ao plano divino, não seria um mero papa que se colocaria acima do desígnio de Deus. Todo e qualquer católico sabe o que faz quando bate no peito e confessa a culpa que é só sua, "mea culpa, mea maxima culpa". Confesso com satisfação que Cony, que vez ou outra, em escritos na Folha se declara descrente de Deus, nesse que acima transcrevi parece provar-me pelo menos admitir valores da religião católica, ignorados pela maioria de nós católicos.
As 7 postagens anteriores a esta giraram em torno de um artigo publicado na FOLHA de SÃO PAULO, dia 04/06/13, escrito por Carlos Heitor Cony, sob o título MEA CULPA. Se você me lê e continua a ter paciência, vou resumi-lo: "Muitos ficaram chocados com a declaração do papa Francisco, que confessou a sua condição de pecador...Admitindo que é um pecador, o papa seria um pedófilo ou um ladrão dos bens religiosos? E aí? Seria o fim, o fim finalmente final da Igreja Católica Romana? ... Não se trata de uma humildade ritual, mas de uma decorrência da condição humana, expressa pelo próprio Cristo na única oração que ousou ensinar a seus discípulos: "Livrai-me de todo o mal". Muitos devotos pensam que o "mal" em questão é o câncer, o desemprego, a morte. Nos Evangelhos há aquela passagem no horto das oliveiras em que Jesus, suando sangue, sentiu na carne o sacrifício que ia fazer e pediu que o Senhor o livrasse daquele "cálice". Foi seguramente a única ocasião em que a sua condição humana se comtrapôs à sua condição divina. Em certo sentido, um pecado que tornaria inútil toda a Redenção, inútil todo o projeto da Salvação. Se o próprio Cristo pecou por hesitação, covardia e traição ao plano divino, não seria um mero papa que se colocaria acima do desígnio de Deus. Todo e qualquer católico sabe o que faz quando bate no peito e confessa a culpa que é só sua, "mea culpa, mea maxima culpa". Confesso com satisfação que Cony, que vez ou outra, em escritos na Folha se declara descrente de Deus, nesse que acima transcrevi parece provar-me pelo menos admitir valores da religião católica, ignorados pela maioria de nós católicos.
A IGREJA CATÓLICA É SANTA?
Creio na SANTA IGREJA CATÓLICA! A Santidade é uma das notas características da Igreja. Na Bíblia esta palavra, SANTIDADE, exprime a "divindade": Deus é o "Santo", ontologica e moralmente, sendo em si mesmo a norma de suas ações. E as criaturas, inclusive e de modo especial os humanos, são SANTOS na medida em que se relacionam a Deus de algum modo especial: como consagrados pelo culto, como os templos, o altar; ou pela recepcão, por exemplo, dos Sacrammentos ou prática dos mandamentos. Então a IGREJA CATÓLICA é SANTA? Claro, pois CRISTO, Filho de Deus, o único Santo juntamente com o PAI e o ESPÍRITO SANTO, amando o POVO de DEUS, isto é, a IGREJA CATÓLICA, tendo-se para tanto entregado por ela a fim de santificá-LA, o que O levou a uni-LA a si como seu corpo, tendo-A cumulado do dom do ESPÍRITO SANTO para a glória de DEUS, NÓS CREMOS NA SANTA IGREJA CATÓLICA", como rezamos no CREDO. Incessantemente esta SANTIDADE se manifesta e se deve manifestar de maneira diversificada em cada um dos que tendem à CARIDADE PERFEITA, `a perfeição cristã, em sua linha própria de vida, edificando os demais coirmãos. Reconheçamos, contudo, que a vivência efetiva da SANTIDADE pelos MEMBROS da IGREJA não se verifica em muitos casos, pois há pecadores e maus cristãos. Donde dever distinguir-se a IGREJA, enquanto instituição de Cristo, dotada de estrutura santificante (os sacramentos, por exemplo) e a COMUNIDADE em concreto. Nesta nem todos são santos, embora muitos o sejam. Os pecados na IGREJA são os de seus MEMBROS que não se CONVERTERAM inteiramente ao abraçarem a Fé e cujo comportamento não condiz com sua VIDA BATISMAL: cometem infidelidades e escândalos, contribuindo para toldar, manchar o testemunho de SANTIDADE do CORPO de CRISTO. Pode-se, pois, dizer com Charles Journet que "a Igreja é SANTA mas NÃO SEM PECADORES". Os que NELA permanecem "pelo corpo", não pelo "espírito" manifestam o joio no meio do trigo", acrescentando o mesmo teólogo que "as fronteiras da IGREJA passam pelo coração de seus MEMBROS, SÓ lhe pertencendo na verdade O QUE neles se SUBMETE a CRISTO" ("Léglise du Verbe Incarné"). Além desses pecados pessoais ha situações outras que podem afetar as estruturas essenciais da Igreja, donde os movimentos periódicos de reforma, atingindo até vastas áreas, o que pode até provocar a reunião de um Concílio Ecumênico. "Só seriam ilegítimas as tentativas de reforma naquilo que a Igreja recebeu do próprio Cristo e que não pode jamais mudar"("Riquezas da Mensagem Cristã", d.Cirilo Folch Gomes O.S.B.).
Creio na SANTA IGREJA CATÓLICA! A Santidade é uma das notas características da Igreja. Na Bíblia esta palavra, SANTIDADE, exprime a "divindade": Deus é o "Santo", ontologica e moralmente, sendo em si mesmo a norma de suas ações. E as criaturas, inclusive e de modo especial os humanos, são SANTOS na medida em que se relacionam a Deus de algum modo especial: como consagrados pelo culto, como os templos, o altar; ou pela recepcão, por exemplo, dos Sacrammentos ou prática dos mandamentos. Então a IGREJA CATÓLICA é SANTA? Claro, pois CRISTO, Filho de Deus, o único Santo juntamente com o PAI e o ESPÍRITO SANTO, amando o POVO de DEUS, isto é, a IGREJA CATÓLICA, tendo-se para tanto entregado por ela a fim de santificá-LA, o que O levou a uni-LA a si como seu corpo, tendo-A cumulado do dom do ESPÍRITO SANTO para a glória de DEUS, NÓS CREMOS NA SANTA IGREJA CATÓLICA", como rezamos no CREDO. Incessantemente esta SANTIDADE se manifesta e se deve manifestar de maneira diversificada em cada um dos que tendem à CARIDADE PERFEITA, `a perfeição cristã, em sua linha própria de vida, edificando os demais coirmãos. Reconheçamos, contudo, que a vivência efetiva da SANTIDADE pelos MEMBROS da IGREJA não se verifica em muitos casos, pois há pecadores e maus cristãos. Donde dever distinguir-se a IGREJA, enquanto instituição de Cristo, dotada de estrutura santificante (os sacramentos, por exemplo) e a COMUNIDADE em concreto. Nesta nem todos são santos, embora muitos o sejam. Os pecados na IGREJA são os de seus MEMBROS que não se CONVERTERAM inteiramente ao abraçarem a Fé e cujo comportamento não condiz com sua VIDA BATISMAL: cometem infidelidades e escândalos, contribuindo para toldar, manchar o testemunho de SANTIDADE do CORPO de CRISTO. Pode-se, pois, dizer com Charles Journet que "a Igreja é SANTA mas NÃO SEM PECADORES". Os que NELA permanecem "pelo corpo", não pelo "espírito" manifestam o joio no meio do trigo", acrescentando o mesmo teólogo que "as fronteiras da IGREJA passam pelo coração de seus MEMBROS, SÓ lhe pertencendo na verdade O QUE neles se SUBMETE a CRISTO" ("Léglise du Verbe Incarné"). Além desses pecados pessoais ha situações outras que podem afetar as estruturas essenciais da Igreja, donde os movimentos periódicos de reforma, atingindo até vastas áreas, o que pode até provocar a reunião de um Concílio Ecumênico. "Só seriam ilegítimas as tentativas de reforma naquilo que a Igreja recebeu do próprio Cristo e que não pode jamais mudar"("Riquezas da Mensagem Cristã", d.Cirilo Folch Gomes O.S.B.).
quinta-feira, 13 de junho de 2013
MEA CULPA: PONTO FINAL
Encerrando os singelos comentários sobre o artigo de CONY na Folha de São Paulo (04/06/13), confesso que, até por simplesmente pensar ter Cristo pecado por "hesitação, covardia ou traição ao plano divino", quando sua natureza ou vontade humana pediu arrego a Deus ("Afasta de mim este cálice!"), confesso, repito, me traria profundo remorso de consciência. Confira-se, por exemplo, Mc 3,11, por ocasião do batismo de JESUS CRISTO por SÃO JOÃO BATISTA: "TU és o meu FILHO amado, em TI me comprazo". A impecabilidade ou impossibilidade de pecar, em Cristo, é uma decorrência da união no FILHO (Segunda Pessoa da SSma. Trindade) de DUAS NATUREZAS, duas vontades, a divina e a humana, UNIDAS ENTRE SI pela PESSOA do VERBO. Leia a respeito a Epístola de São Leão Magno, Papa, ao Patriarca de Constantinopla por ocasião do Concílio de Calcedônia (451): "Permanecendo intactas as propriedades de cada uma das duas naturezas (a divina e a humana) e encontrando-se ambas na MESMA PESSOA, a MAJESTADE assumiu a HUMANIDADE, a FORÇA assumiu a FRAQUEZA, a IMORTALIDADE assumiu MORTALIDADE, e, para pagar a dívida contraída pela nossa condição humana, a NATUREZA INVIOLÁVEL se uniu à NATUREZA PASSÍVEL". Resumindo: a) em Jesus Cristo a PESSOA do VERBO (do Filho de Deus) é preexistente no sentido de que existia antes da ENCARNAÇÃO; b) em Jesus Cristo só há UMA PESSOA ( um só EU), adorável até em sua HUMANIDADE, capaz de dar valor INFINITO aos seus ATOS HUMANOS, merecendo-nos em estrita justiça a SALVAÇÃO ETERNA; c) em JESUS cada uma das duas NATUREZAS (a divina e a humana) exerce o que lhe é próprio em comunhão com a outra. Obs. : meus escritos têm-se valido bastante das aulas ministradas pelo nosso "teólogo", Dom Estêvão Bettencourt, O.S.B.
Encerrando os singelos comentários sobre o artigo de CONY na Folha de São Paulo (04/06/13), confesso que, até por simplesmente pensar ter Cristo pecado por "hesitação, covardia ou traição ao plano divino", quando sua natureza ou vontade humana pediu arrego a Deus ("Afasta de mim este cálice!"), confesso, repito, me traria profundo remorso de consciência. Confira-se, por exemplo, Mc 3,11, por ocasião do batismo de JESUS CRISTO por SÃO JOÃO BATISTA: "TU és o meu FILHO amado, em TI me comprazo". A impecabilidade ou impossibilidade de pecar, em Cristo, é uma decorrência da união no FILHO (Segunda Pessoa da SSma. Trindade) de DUAS NATUREZAS, duas vontades, a divina e a humana, UNIDAS ENTRE SI pela PESSOA do VERBO. Leia a respeito a Epístola de São Leão Magno, Papa, ao Patriarca de Constantinopla por ocasião do Concílio de Calcedônia (451): "Permanecendo intactas as propriedades de cada uma das duas naturezas (a divina e a humana) e encontrando-se ambas na MESMA PESSOA, a MAJESTADE assumiu a HUMANIDADE, a FORÇA assumiu a FRAQUEZA, a IMORTALIDADE assumiu MORTALIDADE, e, para pagar a dívida contraída pela nossa condição humana, a NATUREZA INVIOLÁVEL se uniu à NATUREZA PASSÍVEL". Resumindo: a) em Jesus Cristo a PESSOA do VERBO (do Filho de Deus) é preexistente no sentido de que existia antes da ENCARNAÇÃO; b) em Jesus Cristo só há UMA PESSOA ( um só EU), adorável até em sua HUMANIDADE, capaz de dar valor INFINITO aos seus ATOS HUMANOS, merecendo-nos em estrita justiça a SALVAÇÃO ETERNA; c) em JESUS cada uma das duas NATUREZAS (a divina e a humana) exerce o que lhe é próprio em comunhão com a outra. Obs. : meus escritos têm-se valido bastante das aulas ministradas pelo nosso "teólogo", Dom Estêvão Bettencourt, O.S.B.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
PROTOEVANGELHO - 2
No texto bíblico: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência da mulher". Comentários finais a respeito do texto que completa Gênesis 3, 15: "E ela (a descendência da mulher) te atingirá a cabeça. E tu lhe atingirás o calcanhar". Já vimos em postagem anterior, que o pronome ELA, aí usado, (na língua hebraica = hu), iniciando a frase "ELA te atingirá a cabeça", deve ser substituído por ELE, o rebento, o descendente da mulher, o Messias prometido, o que quer dizer que não é a mulher, mas o rebento da mulher, Jesus Cristo, o Messias assim prometido, que vencerá a serpente. Deus, estabelecendo a inimizade entre a MULHER e a SERPENTE (entre a descendência da MULHER e a da SERPENTE), promete restaurar a Primeira Aliança travada entre Deus e a HUMANIDADE mas violada pelos nossos primeiros pais (Eclo, 17,12: "Fez com eles uma ALIANÇA ETERNA E DEU-LHES A CONHECER SEUS JULGAMENTOS"). CONCLUINDO: o descendente da mulher que pisou na cabeça da serpente foi o MESSIAS JESUS, sendo a Mãe desse Senhor vitorioso MARIA SANTÍSSIMA, personagens que foram os protagonistas do Drama Divino da Restauração da Aliança dos Homens com seu Criador. MARIA cooperou para a salvação humana com livre fé e obediência. Donde: "O nó da desobediência de EVA foi desfeito pela obediência de MARIA; o que a virgem Eva ligou pela sua incredulidade, a VIRGEM MARIA desligou pela fé. "Ó Maria concebida sem pecado, ROGAI por NÓS que recorremos a VÓS!" (Medalha Milagrosa).
MEA CULPA MEA MAXIMA CULPA
Comentamos o texto da Bíblia: "Porei inimizade entre ti e a mulher"(Gen. 3,15), e agora vejamos o restante do texto: "...inimizade entre a tua descendência e a descendência da mulher. E ela (isto é, a descendência da mulher) te atingirá a cabeça. E tu lhe atingirás o calcanhar". Atenção: no texto hebraico quem fere a cabeça da serpente é identificado por um pronome MASCULINO (e "ELE") o que significa que é o "rebento da mulher" (Portanto um "vir", do sexo masculino) que atingirá a cabeça da serpente. Já procuramos mostrar (em blog anterior) que esse rebento da mulher é o FILHO de Deus que se encarnou no seio de Nossa Senhora. "Como as manifestações de Deus aos homens na Bíblia foram primeiro feitas ORALMENTE, só posteriormente gravadas na escrita, a leitura feita pelos CATÓLICOS sempre levam em consideração o entendimento que os antigos intérpretes davam ao texto sagrado", desde o século II da era cristã a IGREJA. Assim como existia um paralelismo entre EVA e MARIA, como vimos em postagem anterior, EVA foi portadora da desobediência e da morte, e MARIA SSmm. trouxe a Fé e a Alegria, ATENDENDO AO ANÚNCIO DO ANJO GABRIEL. Esclarecendo: assim como o anjo mau (o demônio) falou à mulher, Eva, que caiu na tentação, foi infiel a Deus, o ANJO GABRIEL, que anunciou a Maria que seria Mãe de Deus, falou à mulher FIEL a Deus no dia da Anunciação. No primeiro caso, a mulher, EVA, colaborou para a morte; no segundo caso, a mulher, a VIRGEM MARIA (a nova Eva, a verdadeira Mãe da Vida) colaborou para a VIDA NOVA do gênero humano, dando à luz o VERBO FEITO HOMEM, no Natal, o Redentor, JESUS CRISTO. No século IV Santo Epifânio (310-403) assim escreveu: "EVA trouxe ao Gênero Humano uma causa de morte: por ela a morte entrou no orbe da terra; MARIA trouxe uma causa de VIDA: por meio dela a VIDA se estendeu até nós. Foi por isso que o FILHO de DEUS veio a este mundo, para que onde abundou o delito superabundasse a graça. Quando ainda virgem no paraíso, EVA desagradou a Deus por sua desobediência; por isto mesmo emanou da VIRGEM a obediência própria da graça, depois que se anunciou o ADVENTO do VERBO revestido de corpo, o advento da ETERNA VIDA DO CÉU". "E o VERBO se FEZ CARNE e HABITOU ENTRE NÓS".
Comentamos o texto da Bíblia: "Porei inimizade entre ti e a mulher"(Gen. 3,15), e agora vejamos o restante do texto: "...inimizade entre a tua descendência e a descendência da mulher. E ela (isto é, a descendência da mulher) te atingirá a cabeça. E tu lhe atingirás o calcanhar". Atenção: no texto hebraico quem fere a cabeça da serpente é identificado por um pronome MASCULINO (e "ELE") o que significa que é o "rebento da mulher" (Portanto um "vir", do sexo masculino) que atingirá a cabeça da serpente. Já procuramos mostrar (em blog anterior) que esse rebento da mulher é o FILHO de Deus que se encarnou no seio de Nossa Senhora. "Como as manifestações de Deus aos homens na Bíblia foram primeiro feitas ORALMENTE, só posteriormente gravadas na escrita, a leitura feita pelos CATÓLICOS sempre levam em consideração o entendimento que os antigos intérpretes davam ao texto sagrado", desde o século II da era cristã a IGREJA. Assim como existia um paralelismo entre EVA e MARIA, como vimos em postagem anterior, EVA foi portadora da desobediência e da morte, e MARIA SSmm. trouxe a Fé e a Alegria, ATENDENDO AO ANÚNCIO DO ANJO GABRIEL. Esclarecendo: assim como o anjo mau (o demônio) falou à mulher, Eva, que caiu na tentação, foi infiel a Deus, o ANJO GABRIEL, que anunciou a Maria que seria Mãe de Deus, falou à mulher FIEL a Deus no dia da Anunciação. No primeiro caso, a mulher, EVA, colaborou para a morte; no segundo caso, a mulher, a VIRGEM MARIA (a nova Eva, a verdadeira Mãe da Vida) colaborou para a VIDA NOVA do gênero humano, dando à luz o VERBO FEITO HOMEM, no Natal, o Redentor, JESUS CRISTO. No século IV Santo Epifânio (310-403) assim escreveu: "EVA trouxe ao Gênero Humano uma causa de morte: por ela a morte entrou no orbe da terra; MARIA trouxe uma causa de VIDA: por meio dela a VIDA se estendeu até nós. Foi por isso que o FILHO de DEUS veio a este mundo, para que onde abundou o delito superabundasse a graça. Quando ainda virgem no paraíso, EVA desagradou a Deus por sua desobediência; por isto mesmo emanou da VIRGEM a obediência própria da graça, depois que se anunciou o ADVENTO do VERBO revestido de corpo, o advento da ETERNA VIDA DO CÉU". "E o VERBO se FEZ CARNE e HABITOU ENTRE NÓS".
terça-feira, 11 de junho de 2013
PROTOEVANGELHO
Muitos textos do ANTIGO TESTAMENTO são considerados como figuras, como ecos antecipados de fatos ou de pessoas que serão história sagrada no NOVO TESTAMENTO. Quando Adão e Eva perderam seus privilégios desobedecendo a seu CRIADOR, este disse ao tentador: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência da mulher. E ela (a descendência da mulher) te atingirá a cabeça. E tu lhe atingirás o calcanhar"(Gn.3,15). Eis uma passagem do A.T. denominada "Protoevangelho", isto é, um primeiro anúncio da misteriosa e admirável novidade com que a segunda parte da BÍBLIA se abre: o "NOVO TESTAMENTO". De fato, depois da desobediência de nossos primeiros pais, DEUS prometeu à humanidade a restauração da aliança violada, anunciando, ainda que veladamente, a Vitória do REDENTOR, Jesus Cristo, sobre o tentador, o demônio, e o pecado. "Porei inimizade entre ti e a mulher". Tomada ao pé da letra, a mulher é EVA, e a "descendência da mulher" seriam todos os homens e mulheres fieis ao Senhor no correr do tempo. Como o autor central da Bíblia é Deus, o fato narrado muitas vezes vai sendo explicitado ou enriquecido aos poucos. Daí dever-se um determinado texto bíblico ser comparado com outro ou outros entre si. Assim sendo, o texto "Porei inimizade entre ti e a mulher", a mulher no caso é EVA (Eva em hebraico = mãe da vida) que, sucumbindo ao tentador, colaborou para a introdução do pecado original no mundo, prefigurando outra EVA plenamente realizada, MARIA, mãe de Jesus, introdutora do Salvador no mundo pela encarnação do Verbo Divino em seu ventre (num caso=EVA; noutro caso=AVE). Se EVA esteve sob o domínio da serpente, do demônio, MARIA SSma. foi "cheia de graça", concebida sem o pecado original, nunca esteve sob o jugo do demônio (no próximo blogue comentário sobre o restante de Gênesis 3,15).
Muitos textos do ANTIGO TESTAMENTO são considerados como figuras, como ecos antecipados de fatos ou de pessoas que serão história sagrada no NOVO TESTAMENTO. Quando Adão e Eva perderam seus privilégios desobedecendo a seu CRIADOR, este disse ao tentador: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência da mulher. E ela (a descendência da mulher) te atingirá a cabeça. E tu lhe atingirás o calcanhar"(Gn.3,15). Eis uma passagem do A.T. denominada "Protoevangelho", isto é, um primeiro anúncio da misteriosa e admirável novidade com que a segunda parte da BÍBLIA se abre: o "NOVO TESTAMENTO". De fato, depois da desobediência de nossos primeiros pais, DEUS prometeu à humanidade a restauração da aliança violada, anunciando, ainda que veladamente, a Vitória do REDENTOR, Jesus Cristo, sobre o tentador, o demônio, e o pecado. "Porei inimizade entre ti e a mulher". Tomada ao pé da letra, a mulher é EVA, e a "descendência da mulher" seriam todos os homens e mulheres fieis ao Senhor no correr do tempo. Como o autor central da Bíblia é Deus, o fato narrado muitas vezes vai sendo explicitado ou enriquecido aos poucos. Daí dever-se um determinado texto bíblico ser comparado com outro ou outros entre si. Assim sendo, o texto "Porei inimizade entre ti e a mulher", a mulher no caso é EVA (Eva em hebraico = mãe da vida) que, sucumbindo ao tentador, colaborou para a introdução do pecado original no mundo, prefigurando outra EVA plenamente realizada, MARIA, mãe de Jesus, introdutora do Salvador no mundo pela encarnação do Verbo Divino em seu ventre (num caso=EVA; noutro caso=AVE). Se EVA esteve sob o domínio da serpente, do demônio, MARIA SSma. foi "cheia de graça", concebida sem o pecado original, nunca esteve sob o jugo do demônio (no próximo blogue comentário sobre o restante de Gênesis 3,15).
segunda-feira, 10 de junho de 2013
MEA CULPA MEA MAXIMA CULPA
A BÍBLIA, sabemos, é o livro sagrado que narra a história do povo cristão. Está dividida em duas partes: "O ANTIGO" e o "NOVO TESTAMENTO". O ANTIGO TESTAMENTO abrange um período de cerca de seis mil anos: vai desde a criação do mundo até o aparecimento de JOÃO BATISTA, quando tem início o NOVO TESTAMENTO". Quem tem fé sabe que JESUS CRISTO é a figura central de toda essa HISTÓRIA SAGRADA. Desobedecendo ao Criador, Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, sendo destituídos de todos os privilégios. Aí surge uma primeira luz de esperança de salvação nas palavras do Criador: "Porei inimizade entre ti (falando ao tentador) e a mulher, entre a tua descendência e a dela; esta te atingirá a cabeça, tu lhe atingirás o calcanhar". Palavras conhecidas como "protoevangelho", contendo a predição de lutas sem tréguas e de uma vitória sobre as forças das trevas, sem determinação de um tempo de duração. Deus prometeu a vinda de quem iria redimir a humanidade decaída, o que acontecerá com a ENCARNAÇÃO do FILHO de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, donde o nome de "protoevangelho" dado àquelas palavras pronunciadas então por Deus, prometendo a REDENÇÃO do gênero humano. No início deste século entramos no terceiro milênio de duração da segunda divisão da nossa História Sagrada, narrada no NOVO TESTAMENTO. "Pela ENCARNAÇÃO, a natureza humana do Cristo está unida numa só e mesma pessoa com o Verbo Divino: Deus é verdadeiramente homem, e um homem é vardadeiramente Deus. A natureza humana não é transformada numa natureza divina; ela perde sua subsistência, ela é incorporada à Segunda Pessoa da Divindade de uma maneira tão maravilhosa que ela lhe pertence, que ela é revestida de uma dignidade divina". "O FILHO de DEUS se tornou filho do homem, para que os filhos do homem se tornassem filhos de Deus"(Gal.IV,4). "Deus nasceu do homem para que os homens nasçam de Deus. CRISTO, Filho de Deus, nasceu numa primeira vez de DEUS, uma segunda vez do Homem" (São Fulgêncio).
sexta-feira, 7 de junho de 2013
MEA CULPA MEA MAXIMA CULPA - 2
Carlos Heitor Cony, em seu artigo na FOLHA, de 04/06/13, escreveu que JESUS CRISTO, na oração no Getsêmany se viu diante da "única oportunidade em que sua condição humana se contrapôs à sua condição divina". Foi quando, "suando sangue, sentiu na carne o sacrifício que ia fazer e pediu que o Senhor o livrasse daquele "cálice". Para redimir a HUMANIDADE, atingida pela ofensa original cometida pelos primeiros pais, Adão e Eva, DEUS, nos confabulares misteriosos da TRINDADE, acordara que o FILHO, segunda Pessoa da Trindade, assumiria a natureza humana, se encarnaria no seio de Maria Santíssima, tornando-se assim capacitado, como Deus e como Homem, a oferecer justa reparação pela desobediência praticada contra Deus, seu criador. A oração de Jesus a Deus para "afastar DELE o cálice" partiu, não da vontade de Jesus como Deus que é, mas da vontade do homem assumido por Deus na encarnação, o que justifica o pedido de Jesus a Deus: "Afasta de mim este cálice"! A passagem do "contraste" entre as duas vontades ( a de Deus Filho e a da natureza humana assumida pelo Filho de Deus) à única e mesma pessoa do Verbo Divino, numa verdadeira comunhão ou "sinergia" dá-se em razão da obediencia do Filho em redimir a humanidade pecadora, através da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Donde a angústia e sofrimento e suor de sangue experimentados por Jesus no Getsêmani como oposição da vontade humana de Jesus, sofrimentos esses logo sublimados pela sua vontade divina. Jesus oferecera-SE para fazer a vontade do PAI. A oração de Jesus em agonia era inspirada pela OBEDIÊNCIA total à vontade do PAI (Mat.26,39-42), por isso foi ouvido e atendido: "Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres". Jesus SE oferecendo como vítima para fazer a VONTADE do PAI aprendeu a obedecer aceitando o sofrimento COMO SER HUMANO, tornando-se, assim, o SUMO SACERDOTE, pois SE consagrou SACERDOTE (Heb. 7,11. 19.28) segundo a Lei de Melquisedek, passando do Sacerdócio Levítico ao de Melquisedek (Heb.7,11 a 15) (Continua - 3).
MEA CULPA, MEA MAXIMA CULPA
Em artigo na FOLHA DE SÃO PAULO, 04/06/13, sob o título "Mea Culpa", CONY, comentando o texto evangélico "Livrai-me de todo o mal", NA ORAÇÃO CONHECIDA COMO "O PAI NOSSO", ENSINADA POR JESUS CRISTO, afirma que "muitos devotos pensam que o "mal"em questão é o câncer, o desemprego, a morte. Exegetas há que essa petição se deve interpretar como formando, à maneira de um complemento, um todo com a petição anterior: "E não nos deixeis cair em tentação". Na primeira petição: "E não nos deixeis cair em tentação", a palavra TENTAÇÃO INDICA tudo aquilo que, dentro de nós, ou fora de nós, nos expõe a praticar o pecado ou nos convida, NOS ALICIA, ao pecado; por meio dessa súplica pedimos a Deus não permita sejamos tentados acima de nossas forças ou também que nos afaste das ocasiões de pecar, não nos abandonando na tentação, mas dando-nos forças para vencermos, para que não pequemos (cair na tentação = ceder à tentação, pecar portanto). Segundo Santo Agostinho, não pedimos a Deus que não sejamos tentados, mas, sim, que não cedamos à tentação, pecando. Na segunda petição: "Mas livrai-nos de todo mal", note-se que o período se abre com a conjunção adversativa MAS e não com a aditiva ou copulativa E: "MAS LIVRAI-NOS...", o que nos permite concluir que se trata de assuntos interligados, não pela ideia sequencial de simples adição, mas de adversidade, pelo emprego da conjunção MAS. Na primeira petição o que se pede a Deus é o afastamento de TENTAÇÕES, este é o objeto do pedido. Na segunda petição, daí sua conexão com a primeira, o que se pede a Deus é o afastamento de TODO MAL, seja de que natureza for, ou de mal moral (e aqui entra também o pecado por não se ter resistido à tentação), ou de mal físico: peste, doença, perseguição, etc., enquanto, como objeto, não se transforme em tentação, podendo conduzir-nos ao pecado, e finalmente até do MAL que tenha como autor ou planejador o demônio. Para Santo Agostinho quem considera a primeira petição constituindo um todo com a segunda entende que MAL na segunda petição (MAS LIVRAI-NOS DO MAL") é tudo aquilo que é objeto de tentação, ou que possa transformar-se em objeto de tentação: "câncer, desemprego, a morte" etc., como escreve Cony. Na próxima postagem, umas observações sobre a outra perícope do evangelho comentada por Cony: "Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não a minha vontade, mas a tua seja feita!".
quarta-feira, 5 de junho de 2013
DIA D = 6 de junho de 1944
Desembarque na Normandia: o mais LONGO DOS DIAS! Cerca de 150 mil homens, entre britânicos, norte-americanos e canadenses desembarcaram na primeira onda, a bordo de 7 mil barcos. Os aliados do Ocidente designaram o general norte-americano, Dwight D. Eisenhower como comandante supremo da operação Overlord. Como comandantes supremos da Força Aérea e da Marinha estariam os alto-comandantes britânicos. Como comandante supremo das forças terrestres foi designado Bernard Law Montgomery, o veencedor da Batalha de El-Alamein. Sob sua liderança, estariam o Primeiro Exército dos Estados Unidos do general Omar Bradley e o Segundo Exército Britânico do general Miles Dempsey. A nomeação de Eisenhower foi uma surpresa, pois ele não havia combatido na Primeira Guerra Mundial e até sua entrada em combate na Segunda Guerra havia comandado apenas um batalhão. Mas ele sabia como tratar os Aliados sem favoritismo ou distinções, tinha personalidade afável e cativante, mas ao mesmo tempo firme. Qualidades que o indicavam para o cargo, pois passaria a lidar com três orgulhosos generais, o francês Charles de Gaulle, marginalizado na operação até então, o inglês Montgomery e o norte-americano George S. Patton. A data primeira escolhida para a invasão da Europa foi Primeiro de Maio. Mas o tempo só permitiu se desse no dia 06/06/1944. No dia 05 um total de 5.339 navios de todos os tipos postou-se no mar e na parte da tarde concentraram-se ao sul da ilha de Wight. Em seguida, divididos em 10 colunas, começaram a navegar em direção ao seu destino, distante cerca de 160 quilômetros. Pouco antes Montgomery discursou aos soldados: "Com a alma forte e o coração cheio de entusiasmo, marchemos para a vitória". No mesmo dia 05 , como preparação para a invasão, os Aliados realizaram um último e devastador bombardeio: 15 mil toneladas de bombas caíram sobre as estações de radar, baterias costeiras, postos de observação, aeroportos. Um problema: com a mudança da data os Aliados foram forçados a desembarcar com a maré baixa. Os soldados tiveram que percorrer um espaço maior, às vezes centenas de metros, para alcançarem as encostas normandas, o que os deixaria mais expostos ao fogo inimigo em um terreno muito plano. O último ataque aéreo do dia 05 alertou os alemães, sobretudo os que vigiavam o canal de Calais. Seu serviço de informações em solo inglês era muito deficiente e eles haviam recebido relatórios falsos através do espião Juan Garcia, O Garbo, espião espanhol que desempenhou papel importante para o sucesso da operação Overlord como agente infiltrado. Às 0h do dia 6 de junho de 1944 o primeiro planador com comandantes aliados aterrissou em solo francês. Horas depois, às 5h50 a frota aliada abriu fogo contra a costa das Normandia, milhares de bombas caíram sobre as praias normandas para abrir caminho para os soldados prestes a desembarcar. Dezenas de milhares de lâminas de metal foram lançadas por aviões aliados ao norte, na região de Calais para confundir os radares alemães e dar a impressão de que aviões e barcos se aproximavam por esse setor. Aproximadamente às 6h30 milhres de sodados aliados colocavam os pés em quase 80 quilômetros de praias da Normandia. Foi o início do DIA D.
Desembarque na Normandia: o mais LONGO DOS DIAS! Cerca de 150 mil homens, entre britânicos, norte-americanos e canadenses desembarcaram na primeira onda, a bordo de 7 mil barcos. Os aliados do Ocidente designaram o general norte-americano, Dwight D. Eisenhower como comandante supremo da operação Overlord. Como comandantes supremos da Força Aérea e da Marinha estariam os alto-comandantes britânicos. Como comandante supremo das forças terrestres foi designado Bernard Law Montgomery, o veencedor da Batalha de El-Alamein. Sob sua liderança, estariam o Primeiro Exército dos Estados Unidos do general Omar Bradley e o Segundo Exército Britânico do general Miles Dempsey. A nomeação de Eisenhower foi uma surpresa, pois ele não havia combatido na Primeira Guerra Mundial e até sua entrada em combate na Segunda Guerra havia comandado apenas um batalhão. Mas ele sabia como tratar os Aliados sem favoritismo ou distinções, tinha personalidade afável e cativante, mas ao mesmo tempo firme. Qualidades que o indicavam para o cargo, pois passaria a lidar com três orgulhosos generais, o francês Charles de Gaulle, marginalizado na operação até então, o inglês Montgomery e o norte-americano George S. Patton. A data primeira escolhida para a invasão da Europa foi Primeiro de Maio. Mas o tempo só permitiu se desse no dia 06/06/1944. No dia 05 um total de 5.339 navios de todos os tipos postou-se no mar e na parte da tarde concentraram-se ao sul da ilha de Wight. Em seguida, divididos em 10 colunas, começaram a navegar em direção ao seu destino, distante cerca de 160 quilômetros. Pouco antes Montgomery discursou aos soldados: "Com a alma forte e o coração cheio de entusiasmo, marchemos para a vitória". No mesmo dia 05 , como preparação para a invasão, os Aliados realizaram um último e devastador bombardeio: 15 mil toneladas de bombas caíram sobre as estações de radar, baterias costeiras, postos de observação, aeroportos. Um problema: com a mudança da data os Aliados foram forçados a desembarcar com a maré baixa. Os soldados tiveram que percorrer um espaço maior, às vezes centenas de metros, para alcançarem as encostas normandas, o que os deixaria mais expostos ao fogo inimigo em um terreno muito plano. O último ataque aéreo do dia 05 alertou os alemães, sobretudo os que vigiavam o canal de Calais. Seu serviço de informações em solo inglês era muito deficiente e eles haviam recebido relatórios falsos através do espião Juan Garcia, O Garbo, espião espanhol que desempenhou papel importante para o sucesso da operação Overlord como agente infiltrado. Às 0h do dia 6 de junho de 1944 o primeiro planador com comandantes aliados aterrissou em solo francês. Horas depois, às 5h50 a frota aliada abriu fogo contra a costa das Normandia, milhares de bombas caíram sobre as praias normandas para abrir caminho para os soldados prestes a desembarcar. Dezenas de milhares de lâminas de metal foram lançadas por aviões aliados ao norte, na região de Calais para confundir os radares alemães e dar a impressão de que aviões e barcos se aproximavam por esse setor. Aproximadamente às 6h30 milhres de sodados aliados colocavam os pés em quase 80 quilômetros de praias da Normandia. Foi o início do DIA D.
terça-feira, 4 de junho de 2013
03/06/1963 - MORTE DE JOÃO XXIII
- "Como foi que esse homem afinal obscuro, de tão modesta origem e sem nenhuma ambição humana, ou marca intelectual de exceção, HÁ MEIO SÉCULO falecido, realizou o estranho paradoxo de romper as barreiras do silêencio ou do ódio que dividem o mundo moderno, e ser ao mesmo tempo respeitado, compreendido e amado dos dois lados dos dois muros que cortam o nosso mundo e os nossos corações? Para nós foi ter tido a coragem de ter vivido em pleno século XX, na vigília do novo milênio, a própria vida de Jesus, a simplicidade de Jesus, a humildade de Jesus, a sabedoria de Jesus, a bravura de Jesus. Insisto nisso. Para ter sido o pai que ora perdemos, no mundo em que vivemos, bombardeado por pressões as mais próximas e as mais poderosas que o arrastavam a posições exatamente opostas, que apontavam para o anátema como sendo a arma do Pontífice - teve esse homem admirável de vencer uma resistência inconcebível para fazer do Amor a única arma do seu pontificado. Reabilitou a Caridade, a Paz, a Bonbade, o Perdão, a Naturalidade, a Simplicidade, a Humildade, o Equilíbrio, o Coração, a Infância Espiritual, o Otimismo, a Serenidade, o Sorriso, a Fraternidade, a Colaboração com os adversários, a Mansidão, a Doçura, a Paternidade. Reabilitou tudo aquilo que parecia destinado a perecer aos golpes do ridículo, nas provetas dos laboratórios, ao silvo dos aviões a jato, ao ronco dos foguetes interplanetários, à incandescência das explosões nucleares. Para romper toda essa cortina de fragores monstruosos só mesmo a voz da infãncia renovada, do bom pastor que fala de mansinho ao seu rebanho e lhe repete, seguidamente, as palavras do outro JOÃO de Patmos: "Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros". Sem lançar anátemas contra anátemas, JOÃO XX III transformava a face da IGREJA, arrancando-a do isolamento ou do facciosismo e recolocando-a no seu lugar de emissária da PAZ e da CONCÓRDIA entre todos os homens de Boa Vontade, aos quais iria dirigir o seu testamento espiritual da PACEM IN TERRIS!" Isto um pouco da muita comovida sinceridade que brotou do coração de nosso convertddo ALCEU AMOROSO LIMA em carta à sua filha monja, escrita no dia 06/VI/1963.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
MARACANÃ - JORNALISTA MÁRIO FILHO
O MARACANÃ, ou ESTÁDIO JORNALISTA MARIO FILHO, iniciou ontem a segunda etapa de sua histórica e brilhante existência. Na primeira fase, 1950 a 2013 consta que na inauguração do estádio Ademir Menezes fez os 2 primeiros gols, atuando pelo Bangu, contra o Vasco: 2X1. Na fase iniciada ontem, 02/06/13, Fred se consagrou em jogo pela seleção canarinho fazendo o primeiro gol contra a seleção inglesa: 2X2. O vocábulo MARACANÃ significa em tupi-guarani "um som semelhante ao de um chocalho". Ganhou o nome pelo qual o tratamos de Estádio Jornalista Mário Filho, logo depois de sua inauguração em homenagem ao jornalista que muito se opusera a Carlos Lacerda que propugnava pela construção de um estádio municipal em Jacarepaguá. Mario Filho (03/06/1908-17/09/1966) nasceu em Recife. Iniciou a vida de jornalista no jornal A MANHÃ de propriedade de seu pai. Revolucionou o estilo esportivo, sobretudo popularizando o linguajar da patota no uso de expressões muito adequadas à veiculação dos sentimentos espontâneos pelos apaixonados da arte futebolística. Foi assim que nasceu a dupla "FLA-FLU"! Comentando o jogo de ontem contra a Inglaterra, JUCA KFOURI, na Folha de São Paulo, escreve que "o décimo empate entre brasileiros e ingleses em 25 jogos, com 11 vitórias nacionais, só não agradou mais porque lá se vão 3 anos e caqueirada que a seleção não vence um time do primeiro mundo do futebol".
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