IGREJA DE N . S. MÃE DOS HOMENS
DO RIO E JANEIRO
"O GLOBO", de 30/07, noticiou que a igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, Rua da Alfândega, Rio, está em péssimo estado de conservação: caindo o esboço da fachada e os cupins na parte interna "fazendo a festa". Consta que essa igreja "serviu de esconderijo para o nosso Tiradentes quando da caça aos conspiradores da Inconfidência Mineira". Chegando ao Rio, Tiradentes procurara esconder-se na casa de uma senhora cuja filha fora por ele curada de séria doença. Por prudência, a amiga pediu ao sobrinho Padre Nogueira obtivesse abrigo para ele ao negociante Domingos Fernandes Cruz, na rua dos Latoeiros. Na mesma ocasião viera de Minas o delator Silvério dos Reis, encarregado de encontrar Tiradentes, vigiá-lo e denunciá-lo ao Vice-Rei. Assis Brasil, no livro "Tiradentes", diz "que Silvério soube da existência do Pe. Nogueira, talvez por intermédio de outro padre, Manoel de Bessa, a quem o primeiro teria falado do seu contato com Tiradentes. Por isto denunciou-o. O escritor informa que Pe. Nogueira foi detido na entrada da capela de N.S.Mãe dos Homens. Tentou ignorar a existência de Tiradentes, sendo ameaçado de morte por cumplicidade. Torturado, revelou onde se achava o alferes". Como não se sabe onde escondeu Tiradentes no dia 7 de maio de 1789 antes de de se dirigir à casa do comerciante na Rua dos Latoeiros, e como o historiador Vieira Fazenda narra que Inácia, presa também com a filha e o alferes, "na escuridão da masmorra entre lágrimas se apegava a N.S. Mãe dos Homens e libertada depois atribuía à Virgem ter sido considerada inocente", supõe-se que o INCONFIDENTE MINEIRO se tenha ocultado na igreja de NOSSA SENHORA MÃE DOS HOMENS (do folheto "IRMANDADE E IGREJA").
quarta-feira, 29 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
A PORTUGAL
Tinha eu 14 anos, quando numa aula de literatura no Colégio do Caraça o lente da matéria leu uma estrofe do Poema "A PORTUGAL": " JARDIM DA EUROPA À BEIRA-MAR PLANTADO"... A comparação caiu-me em cheio naquela manhã para nunca mais! não... para somente 73 anos depois, no dia 24/07/15, a internet me libertar a curiosidade envolvendo aquela metáfora. Encontrei afinal tudo que procurava. O autor é o escritor português "TOMÁS RIBEIRO (1831-1901), nascido em Parada de Gouta, Portugal, formado em direito, ministro da justiça, deputado, etc. Abaixo transcrevo a primeira e última estrofes do poema "A PORTUGAL":
"JARDIM DA EUROPA À BEIRA-MAR PLANTADO,
DE LOUROS E DE ACÁCIAS OLOROSOS;
DE FONTES E ARROIOS SERPEADO,
RASGADO POR TORRENTES ALTEROSAS,
ONDE NUM CERRO ERGUIDO E REQUEIMADO
SE CASAM EM FESTÕES JASMINS E ROSAS,
BALSA VIRENTE DE ETERNA MAGIA
ONDE AS AVES GORGEIAM NOITE E DIA.
Por ti canto, meu berço de inocente,
Lisa estrada que andei débil infante;
Meu viçoso jardim de adolescente,
Meu laranjal em flor sempre odorante;
Minha tarde de amor, meu dia ardente,
Minha noite de estrelas rutilante!
Tu... dá-me ao cerrar noite o meu inverno
Um leito funeral ao sono eterno.
("ARTE DA COMPOSIÇÃO E DO ESTILO, e da História da Literatura Portuguesa e Brasileira".
pelo Pe. Antônio da Cruz,C.M. Caraça MG).
Tinha eu 14 anos, quando numa aula de literatura no Colégio do Caraça o lente da matéria leu uma estrofe do Poema "A PORTUGAL": " JARDIM DA EUROPA À BEIRA-MAR PLANTADO"... A comparação caiu-me em cheio naquela manhã para nunca mais! não... para somente 73 anos depois, no dia 24/07/15, a internet me libertar a curiosidade envolvendo aquela metáfora. Encontrei afinal tudo que procurava. O autor é o escritor português "TOMÁS RIBEIRO (1831-1901), nascido em Parada de Gouta, Portugal, formado em direito, ministro da justiça, deputado, etc. Abaixo transcrevo a primeira e última estrofes do poema "A PORTUGAL":
"JARDIM DA EUROPA À BEIRA-MAR PLANTADO,
DE LOUROS E DE ACÁCIAS OLOROSOS;
DE FONTES E ARROIOS SERPEADO,
RASGADO POR TORRENTES ALTEROSAS,
ONDE NUM CERRO ERGUIDO E REQUEIMADO
SE CASAM EM FESTÕES JASMINS E ROSAS,
BALSA VIRENTE DE ETERNA MAGIA
ONDE AS AVES GORGEIAM NOITE E DIA.
Por ti canto, meu berço de inocente,
Lisa estrada que andei débil infante;
Meu viçoso jardim de adolescente,
Meu laranjal em flor sempre odorante;
Minha tarde de amor, meu dia ardente,
Minha noite de estrelas rutilante!
Tu... dá-me ao cerrar noite o meu inverno
Um leito funeral ao sono eterno.
("ARTE DA COMPOSIÇÃO E DO ESTILO, e da História da Literatura Portuguesa e Brasileira".
pelo Pe. Antônio da Cruz,C.M. Caraça MG).
quarta-feira, 22 de julho de 2015
OUTRO TIPO À PARTE - ALCEU A. LIMA"
TRISTÃO DE ATHAYDE, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima. Nascido no Rio, 11/12/1893, aí estudou preparatórios e se formou em direito. Na juventude abandonou a religião católica. Por felicidade, em 1928 voltou a essa religião de que já sentia saudades. Em 1929 tomou a direção da revista A ORDEM. Em 11/12/35 por sugestão do cardeal dom Dom Leme foi recebido na Academia Brasileira de Letras por Fernando de Magalhães. Nos primeiros anos de escritor, chefiou a escola espiritualista, quando empregou sua atividade literária na defesa da verdade católica e na elucidação das magnas questões nacionais, sociais e filosóficas pela centelha de sua fé esclarecida. Jornalista, crítico literário, pensador, doutrinador, foi um reabilitador da crítica literária que, com ele, passou a exercer sua verdadeira função apreciadora, construtiva e criadora. A boa crítica de jornal começou com ele no Brasil e escreveu ensaios dignos da França ("Arte da Composição e do Estilo", padre Antônio da Cruz). Recomenda-se a leitura de duas das últimas obras de Tristão: "Cartas do Pai" e "Diário de Um Ano de Trevas". Com a liberdade que não tinha nos textos publicados na imprensa, cerceado pela ditadura, o autor traça um percurso de crescente desilusão e desânimo. "Diário de Um Ano de Trevas" apresenta o retrato desse período conturbado pela óptica de um dos brasileiros, segundo Frei Beto, "mais cultos, coerentes e solidários às vítimas do arbítrio no século". Faleceu em Petrópolis em 14/08/1983, sepultado no mosteiro de São Bento no Rio.
TRISTÃO DE ATHAYDE, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima. Nascido no Rio, 11/12/1893, aí estudou preparatórios e se formou em direito. Na juventude abandonou a religião católica. Por felicidade, em 1928 voltou a essa religião de que já sentia saudades. Em 1929 tomou a direção da revista A ORDEM. Em 11/12/35 por sugestão do cardeal dom Dom Leme foi recebido na Academia Brasileira de Letras por Fernando de Magalhães. Nos primeiros anos de escritor, chefiou a escola espiritualista, quando empregou sua atividade literária na defesa da verdade católica e na elucidação das magnas questões nacionais, sociais e filosóficas pela centelha de sua fé esclarecida. Jornalista, crítico literário, pensador, doutrinador, foi um reabilitador da crítica literária que, com ele, passou a exercer sua verdadeira função apreciadora, construtiva e criadora. A boa crítica de jornal começou com ele no Brasil e escreveu ensaios dignos da França ("Arte da Composição e do Estilo", padre Antônio da Cruz). Recomenda-se a leitura de duas das últimas obras de Tristão: "Cartas do Pai" e "Diário de Um Ano de Trevas". Com a liberdade que não tinha nos textos publicados na imprensa, cerceado pela ditadura, o autor traça um percurso de crescente desilusão e desânimo. "Diário de Um Ano de Trevas" apresenta o retrato desse período conturbado pela óptica de um dos brasileiros, segundo Frei Beto, "mais cultos, coerentes e solidários às vítimas do arbítrio no século". Faleceu em Petrópolis em 14/08/1983, sepultado no mosteiro de São Bento no Rio.
terça-feira, 21 de julho de 2015
CARLOS LACERDA - UM TIPO À PARTE
(1914-1977)
Jornalista e político. Primeiro governador do Estado da Guanabara (1961-1965). Morreu no Rio, aos 63 anos. "Seu único temor: morrer sem sem haver feito ainda nada de bom nem de belo. E queria tanto viver, viver para realizar um grande ato de sacrifício" (Tolstoi). Como Santa Terezinha, escolhia tudo, escrevera! Em 1949, influenciado por um padre Beneditino, Lourenço de Almeida Prado, convertera-se ao catolicismo: 35 anos. Segundo Antônio Carlos Villaça, a convite de Tristão de Athayde, no Centro Dom Vital pronunciara a mais concorrida conferência até então ali havida sobre sua entrada na Igreja. Mas não gostava de se referir à sua conversão religiosa. Timidez, pudor, decepção? Responde Villaça: "Sei hoje que era um tímido, um ser fechado ou pouco afeito a confissões, não obstante sua verbosidade torrencial, a facilidade espantosa da sua palavra, a comunicação direta. Ninguém esperasse dele confidências sobre sua vida interior. Havia uma reserva, uma timidez invencível". Amou a vida por demais. Queria vivê-la intensamente. Como me lembra aquele pensamento da jovem RUTA, deportada da Letônia pelos comunistas na segunda guerra mundial e que depois dos maus tratos sofridos nos campos de concentração, faleceu aos 14 anos no dia 23/04/1957, não sem antes pronunciar: "Eu queria tanto ainda viver!"
(1914-1977)
Jornalista e político. Primeiro governador do Estado da Guanabara (1961-1965). Morreu no Rio, aos 63 anos. "Seu único temor: morrer sem sem haver feito ainda nada de bom nem de belo. E queria tanto viver, viver para realizar um grande ato de sacrifício" (Tolstoi). Como Santa Terezinha, escolhia tudo, escrevera! Em 1949, influenciado por um padre Beneditino, Lourenço de Almeida Prado, convertera-se ao catolicismo: 35 anos. Segundo Antônio Carlos Villaça, a convite de Tristão de Athayde, no Centro Dom Vital pronunciara a mais concorrida conferência até então ali havida sobre sua entrada na Igreja. Mas não gostava de se referir à sua conversão religiosa. Timidez, pudor, decepção? Responde Villaça: "Sei hoje que era um tímido, um ser fechado ou pouco afeito a confissões, não obstante sua verbosidade torrencial, a facilidade espantosa da sua palavra, a comunicação direta. Ninguém esperasse dele confidências sobre sua vida interior. Havia uma reserva, uma timidez invencível". Amou a vida por demais. Queria vivê-la intensamente. Como me lembra aquele pensamento da jovem RUTA, deportada da Letônia pelos comunistas na segunda guerra mundial e que depois dos maus tratos sofridos nos campos de concentração, faleceu aos 14 anos no dia 23/04/1957, não sem antes pronunciar: "Eu queria tanto ainda viver!"
sábado, 18 de julho de 2015
A E A L A C
Como nasce a SAUDADE, assim nasceu a AEALAC! AMOR e AUSÊNCIA são os pais da saudade. O amor ao CARAÇA e a AUSÊNCIA dele, um dia, lá na capital de MINAS fizeram palpitar, em fecunda criação, dilatando-o e apertando-o, o peito dos fundadores da AEALAC: Vicente Carsalade, Antônio de Lara Resende, Major Duval de Moraes e Barros, Álvaro de Meira, Aloísio de Meira, Aguiar Dumont, Antônio Jacinto de Oliveira e outros, cujos mesmos nomes fazem saudades. Mortos ou vivos, todos formam uma só família, unidos pelos liames de uma irmandade espiritual. Une OS da terra a SAUDADE da mesma casa. Une OS do céu a graça recebida da mesma fonte. Os que VIVIAM fundaram em 20/07/1945 uma associação que tem por nome o sonoríssimo monograma de AEALAC, o que se lê: "ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DOS LAZARISTAS E DOS AMIGOS DO CARAÇA". Comemora, pois, hoje, o JUBILEU DE DIAMANTE a AEALAC! Com o espírito e o coração agradecido, "ao reveres, afinal, os queridos colegas, canta alegre e ufano as saudades dos anos ditosos vividos na Serra do Caraça e consagrados ao culto das Musas canoras. Quantas preces aquelas arcadas soberbas até hoje guardam! Quantas promessas aquelas robustas colunas ainda conservam! De quantas lágrimas se humedeceu aquele pavimento sacrossanto! Como custa ir embora do Caraça! Antes, leva entristecido a saudação costumeira à VIRGEM MÃE de DEUS e dos HOMENS e a CRISTO JESUS, nosso Senhor!" ("GUIA SENTIMENTAL DO CARAÇA", PEDRO SARNEEL).
sexta-feira, 10 de julho de 2015
BANDA PADRE BOAVIDA
"Corria o ano de 1955". Assim tem início a notícia do jornal informativo da AEALAC "PORTA DO CEU", junho de 2015. E prosseguia: "a Banda Padre Boavida estava pronta para retomar seu lugar de destaque, somando acordes..." Depois de louvar o esforço do Pantoja que conseguira reformar os instrumentos musicais, escreve que, "montada a banda, carecia de um comandante". E este, um lazarista recém ordenado, PADRE JOSÉ FERNANDES DA SILVA, nomeado professor no Caraça (1955), competente e entusiasmado, se pôs logo a fazer funcionar a "FURIOSA" que, certamente, alegrou o Caraça até o incêndio que destruiu parte importante do prédio, em 1968. Do mesmo modo como o Pantoja se espantou com o abandono, num dos quartos do Caraça, em 1955, de vários instrumentos musicais totalmente esquecidos, da mesma maneira alunos, como eu, ingressados no Caraça em 1941, convivemos durante nossos dois primeiros anos com o mistério, guardando num quarto sempre trancado uma série de instrumentos musicais. Parede-meia com outro quarto que em 1943 se tornou "quarto da direção espiritual". Em 1943 o Padre Egídio Ribeiro de Aquino, recém ordenado, assumiu no Caraça o cargo de professor de Geografia e História. E logo se entusiasmou com a idéia de levantar do pó a Banda Padre Boavida, na boca dos alunos a "FURIOSA". Creio que a última notícia que se tinha dela datava de 1912 ("Caraça, Ex-Alunos e Visitantes", Padre Tobias Zico, pp. 168). Daí fiquei sabendo que entre os componentes dela, na época, dois foram meus professores: um no Caraça, Padre Manoel Torres, outro em Petrópolis, Padre Delile Ribeiro. O Padre Egídio deparou-se com um árduo trabalho: salvo engano, o sono da "Furiosa" durara pelo menos trinta anos! Recordo os nomes de alguns de seus componentes, a partir de 1943: os dois irmãos Sinfrônio e Batista; os dois irmãos José Braga Martins e Francisco; o José Dias de Castro e este que lhes fala, que tocava bombardino. Como deixei o Caraça em novembro de 1946, e tendo-se retirado do colégio o Padre Egídio, julgo que de novo foi autor de sua segunda reincarnação o Padre Fernandes, em 1955, tendo encontrado o caminho preparado pelo João Pantoja. ir.lea@gmail.com
"Corria o ano de 1955". Assim tem início a notícia do jornal informativo da AEALAC "PORTA DO CEU", junho de 2015. E prosseguia: "a Banda Padre Boavida estava pronta para retomar seu lugar de destaque, somando acordes..." Depois de louvar o esforço do Pantoja que conseguira reformar os instrumentos musicais, escreve que, "montada a banda, carecia de um comandante". E este, um lazarista recém ordenado, PADRE JOSÉ FERNANDES DA SILVA, nomeado professor no Caraça (1955), competente e entusiasmado, se pôs logo a fazer funcionar a "FURIOSA" que, certamente, alegrou o Caraça até o incêndio que destruiu parte importante do prédio, em 1968. Do mesmo modo como o Pantoja se espantou com o abandono, num dos quartos do Caraça, em 1955, de vários instrumentos musicais totalmente esquecidos, da mesma maneira alunos, como eu, ingressados no Caraça em 1941, convivemos durante nossos dois primeiros anos com o mistério, guardando num quarto sempre trancado uma série de instrumentos musicais. Parede-meia com outro quarto que em 1943 se tornou "quarto da direção espiritual". Em 1943 o Padre Egídio Ribeiro de Aquino, recém ordenado, assumiu no Caraça o cargo de professor de Geografia e História. E logo se entusiasmou com a idéia de levantar do pó a Banda Padre Boavida, na boca dos alunos a "FURIOSA". Creio que a última notícia que se tinha dela datava de 1912 ("Caraça, Ex-Alunos e Visitantes", Padre Tobias Zico, pp. 168). Daí fiquei sabendo que entre os componentes dela, na época, dois foram meus professores: um no Caraça, Padre Manoel Torres, outro em Petrópolis, Padre Delile Ribeiro. O Padre Egídio deparou-se com um árduo trabalho: salvo engano, o sono da "Furiosa" durara pelo menos trinta anos! Recordo os nomes de alguns de seus componentes, a partir de 1943: os dois irmãos Sinfrônio e Batista; os dois irmãos José Braga Martins e Francisco; o José Dias de Castro e este que lhes fala, que tocava bombardino. Como deixei o Caraça em novembro de 1946, e tendo-se retirado do colégio o Padre Egídio, julgo que de novo foi autor de sua segunda reincarnação o Padre Fernandes, em 1955, tendo encontrado o caminho preparado pelo João Pantoja. ir.lea@gmail.com
quinta-feira, 9 de julho de 2015
SEPTUAGÉSIMO ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS LAZARISTAS E AMIGOS DO CARAÇA (AEALAC) - 11/10/1945.
QUINTA PARTE
Como vimos, no dia 20 de julho de 1945 lançou-se, no Caraça, a ideia da fundação de uma associação, constituída de ex-alunos lazaristas do Caraça, dos seminários de Mariana, Diamantina, Bahia, Fortaleza, Rio de Janeiro, Crato, Petrópolis, Cuiabá, Curitiba, São Luiz do Maranhão, Botucatu, Irati, Congonhas, Campina Verde, Brasília, Assis, Aparecida, Luz, Santa Bárbara, e dos AMIGOS do Caraça. A fundação oficial, porém, da associação ocorreu com a primeira assembléia geral e eleição da primeira diretoria na data da festa da Padroeira do Caraça, a Senhora Mãe dos Homens, no dia 11 de outubro de 1945. O projeto de "Sete dias no Caraça", antes programado para o mês de julho, foi transferido para os dias 10, 11 e 12 de outubro próximo, Festa das Bodas de Diamante da AEALAC. Até 1968 a "AEALAC foi um sonho vivo traduzido em solidariedade e vigilância às necessidades do Caraça. As primeras diretorias conduziram a Associação com humildade, sabedoria e persistência, garantindo-lhe bases sólidas e filosofia de vida bem definida. A interrupção, porém, das atividades escolares no Caraça (incêndio) em maio de 1968, transformaram naturalmente os objetivos e metas da AEALAC. Durante mais de SETE anos a Associação ficou inoperante, tendo apenas um ex-aluno, - guardião da tênue luz de sua vida" ("Guia Sentimental do Caraça", pag. 343). "Ex-aluno do Caraça, GERALDO JOSÉ DE SOUZA, foi O GUARDIÃO do patrimônio e objetivos da Associação no primeiro período pós -incêndio do Caraça (1968)" (idem, ibidem).
QUINTA PARTE
Como vimos, no dia 20 de julho de 1945 lançou-se, no Caraça, a ideia da fundação de uma associação, constituída de ex-alunos lazaristas do Caraça, dos seminários de Mariana, Diamantina, Bahia, Fortaleza, Rio de Janeiro, Crato, Petrópolis, Cuiabá, Curitiba, São Luiz do Maranhão, Botucatu, Irati, Congonhas, Campina Verde, Brasília, Assis, Aparecida, Luz, Santa Bárbara, e dos AMIGOS do Caraça. A fundação oficial, porém, da associação ocorreu com a primeira assembléia geral e eleição da primeira diretoria na data da festa da Padroeira do Caraça, a Senhora Mãe dos Homens, no dia 11 de outubro de 1945. O projeto de "Sete dias no Caraça", antes programado para o mês de julho, foi transferido para os dias 10, 11 e 12 de outubro próximo, Festa das Bodas de Diamante da AEALAC. Até 1968 a "AEALAC foi um sonho vivo traduzido em solidariedade e vigilância às necessidades do Caraça. As primeras diretorias conduziram a Associação com humildade, sabedoria e persistência, garantindo-lhe bases sólidas e filosofia de vida bem definida. A interrupção, porém, das atividades escolares no Caraça (incêndio) em maio de 1968, transformaram naturalmente os objetivos e metas da AEALAC. Durante mais de SETE anos a Associação ficou inoperante, tendo apenas um ex-aluno, - guardião da tênue luz de sua vida" ("Guia Sentimental do Caraça", pag. 343). "Ex-aluno do Caraça, GERALDO JOSÉ DE SOUZA, foi O GUARDIÃO do patrimônio e objetivos da Associação no primeiro período pós -incêndio do Caraça (1968)" (idem, ibidem).
quarta-feira, 8 de julho de 2015
FRANCISCO QUER JOVENS NA RUA
"Ele quer os jovens na rua! sim, ele disse com todas as letras. Usou uma forma trinária que me lembra o grande ALCEU AMOROSO LIMA: "IDE, SEM MEDO, PARA SERVIR!". É todo o Bergoglio que está nessas palavras. "Ide": sair de si, do bem-bom caseiro, abrir o coração para os mistérios da vida, reservar um espaço para "o outro" que está do seu lado, que pode parecer um chato, mas sempre tem algo de bom. Ele poderia citar o famoso rabino Nachman de Bratislava (século XVIII), que dizia: "Devemos julgar os outros favoravelmente. Mesmo se alguém é completamente mau, devemos procurar o pedacinho de bom que está nele. Nesse pedacinho de bom, aquela pessoa não é má. Se naquela pessoa você encontra esse pedacinho de bem, e a julga favoravelmente, você a faz passar do lado da culpa para o lado do mérito". E concluía: "DEVEMOS APLICAR ESSA TÉCNICA A NÓS MESMOS. UMA PESSOA DEVE TRABALHAR MUITO A SÉRIO PARA ESTAR SEMPRE ALEGRE, E PARA FUGIR DA DEPRESSÃO". Não é isto puro Bergoglio? Não foi o Cristo quem disse: "Não julgueis para não serdes julgados"? Parte da mágica que intuímos nesses dias (no Rio, 2013) vem da proximidade de um mestre espiritual. Reparem, ele não ri o tempo todo, não faz gestos teatrais. Ele quer que você pense por si mesmo, que você medite sobre esse tesouro inesgotável que é a tradição cristã ("De Bento a Francisco", por Luiz Paulo Horta).
"Ele quer os jovens na rua! sim, ele disse com todas as letras. Usou uma forma trinária que me lembra o grande ALCEU AMOROSO LIMA: "IDE, SEM MEDO, PARA SERVIR!". É todo o Bergoglio que está nessas palavras. "Ide": sair de si, do bem-bom caseiro, abrir o coração para os mistérios da vida, reservar um espaço para "o outro" que está do seu lado, que pode parecer um chato, mas sempre tem algo de bom. Ele poderia citar o famoso rabino Nachman de Bratislava (século XVIII), que dizia: "Devemos julgar os outros favoravelmente. Mesmo se alguém é completamente mau, devemos procurar o pedacinho de bom que está nele. Nesse pedacinho de bom, aquela pessoa não é má. Se naquela pessoa você encontra esse pedacinho de bem, e a julga favoravelmente, você a faz passar do lado da culpa para o lado do mérito". E concluía: "DEVEMOS APLICAR ESSA TÉCNICA A NÓS MESMOS. UMA PESSOA DEVE TRABALHAR MUITO A SÉRIO PARA ESTAR SEMPRE ALEGRE, E PARA FUGIR DA DEPRESSÃO". Não é isto puro Bergoglio? Não foi o Cristo quem disse: "Não julgueis para não serdes julgados"? Parte da mágica que intuímos nesses dias (no Rio, 2013) vem da proximidade de um mestre espiritual. Reparem, ele não ri o tempo todo, não faz gestos teatrais. Ele quer que você pense por si mesmo, que você medite sobre esse tesouro inesgotável que é a tradição cristã ("De Bento a Francisco", por Luiz Paulo Horta).
terça-feira, 7 de julho de 2015
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 - SÃO PAULO
Após a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder, cresceu a insatisfação do povo paulista. Getúlio concentrou o poder e nomeou interventor para os Estados do Brasil. Os paulistas viram passar mais de dois anos sem a convocação das eleições. Com a perda do poder em 1930 em favor de Getúlio Vargas, os meios políticos e fazendários e numerosos estudantes universitários eram os mais insatisfeitos. Exigiam do governo provisório imediata convocação de eleições gerais, a saída do interventor pernambucano João Alberto e a nomeação de um interventor paulista e implantação da democracia. Não sendo atendidos, em maio de 1932 iniciaram-se manifestações de rua na capital, numa das quais uma forte reação militar ocasionou a morte de quatro estudantes. As iniciais de seus nomes formaram o símbolo da revolução MMDC: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Esta revolução durou apenas três meses com a deposição das armas pelos paulistas. Getúlio decretou nova lei eleitoral com o voto secreto nas eleições marcadas para o dia 03/05/1933. A nova Constituinte foi promulgada em 16/07/1934, tendo sido eleito para presidente da república o mesmo Getúlio Vargas, para governar o Brasil até 03/05/1938. Em 10/11/1937 Getúlio Vargas num golpe de estado criou o Estado Novo que deixou de existir em 29/10/1945.
Após a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder, cresceu a insatisfação do povo paulista. Getúlio concentrou o poder e nomeou interventor para os Estados do Brasil. Os paulistas viram passar mais de dois anos sem a convocação das eleições. Com a perda do poder em 1930 em favor de Getúlio Vargas, os meios políticos e fazendários e numerosos estudantes universitários eram os mais insatisfeitos. Exigiam do governo provisório imediata convocação de eleições gerais, a saída do interventor pernambucano João Alberto e a nomeação de um interventor paulista e implantação da democracia. Não sendo atendidos, em maio de 1932 iniciaram-se manifestações de rua na capital, numa das quais uma forte reação militar ocasionou a morte de quatro estudantes. As iniciais de seus nomes formaram o símbolo da revolução MMDC: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Esta revolução durou apenas três meses com a deposição das armas pelos paulistas. Getúlio decretou nova lei eleitoral com o voto secreto nas eleições marcadas para o dia 03/05/1933. A nova Constituinte foi promulgada em 16/07/1934, tendo sido eleito para presidente da república o mesmo Getúlio Vargas, para governar o Brasil até 03/05/1938. Em 10/11/1937 Getúlio Vargas num golpe de estado criou o Estado Novo que deixou de existir em 29/10/1945.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
FRANCISCO À NOSSA TERRA TORNA
O PAPA FRANCISCO está perto da gente! Está mesmo ali no EQUADOR! Na vida de FRANCISCO" escreve Evangelina Himitian: "Naquele tempo cessaram os anos de viver rodeado de seminaristas, sacerdotes e homens de fé. Começavam os anos de PASTOR. Naqueles dias, o contato direto com o povo se transformou na chave de sua vida de padre". Diz um testemunho daquela época: "Sem saber, Bergoglio era levado a um nível mais profundo de espiritualidade que, nos anos seguintes, reforçaria a sua liderança. ENQUANTO TODOS AO REDOR CONSIDERAVAM QUE O PADRE EXPIAVA SUAS CULPAS, NA VERDADE ELE ESTAVA FAZENDO UM MESTRADO COMO pastor de almas". DISSE O PRÓPRIO BERGOGLIO: "Um pastor para mim é isso: alguém que vai ao encontro do povo!". Isso o ajudou a elaborar a desafiadora questão de uma Igreja "para os pobres". O tema tinha emergido com toda a força na renovação trazida pelo Concílio Vaticano II. A opção preferencial pelos pobres era a própria matéria dos teólogos da Libertação. "Não se deve entender o pobre a partir de uma hermeunêtica marxista. É preciso conhecê-lo a partir de uma hermenêutica extraída do próprio povo". Educação, saúde, paz social são as urgências no BRASIL. A Igreja tem uma palavra a dizer sobre estes temas, porque, para responder adequadamente a esses desafios, não são suficientes soluções meramente técnicas, mas é preciso ter uma visão subjacente do homem, da sua liberdade, do seu valor, da sua abertura ao transcendente" disse no Brasil o Papa Francisco (Do livro "De Bento a Francisco" Uma revolução na Igreja).
O PAPA FRANCISCO está perto da gente! Está mesmo ali no EQUADOR! Na vida de FRANCISCO" escreve Evangelina Himitian: "Naquele tempo cessaram os anos de viver rodeado de seminaristas, sacerdotes e homens de fé. Começavam os anos de PASTOR. Naqueles dias, o contato direto com o povo se transformou na chave de sua vida de padre". Diz um testemunho daquela época: "Sem saber, Bergoglio era levado a um nível mais profundo de espiritualidade que, nos anos seguintes, reforçaria a sua liderança. ENQUANTO TODOS AO REDOR CONSIDERAVAM QUE O PADRE EXPIAVA SUAS CULPAS, NA VERDADE ELE ESTAVA FAZENDO UM MESTRADO COMO pastor de almas". DISSE O PRÓPRIO BERGOGLIO: "Um pastor para mim é isso: alguém que vai ao encontro do povo!". Isso o ajudou a elaborar a desafiadora questão de uma Igreja "para os pobres". O tema tinha emergido com toda a força na renovação trazida pelo Concílio Vaticano II. A opção preferencial pelos pobres era a própria matéria dos teólogos da Libertação. "Não se deve entender o pobre a partir de uma hermeunêtica marxista. É preciso conhecê-lo a partir de uma hermenêutica extraída do próprio povo". Educação, saúde, paz social são as urgências no BRASIL. A Igreja tem uma palavra a dizer sobre estes temas, porque, para responder adequadamente a esses desafios, não são suficientes soluções meramente técnicas, mas é preciso ter uma visão subjacente do homem, da sua liberdade, do seu valor, da sua abertura ao transcendente" disse no Brasil o Papa Francisco (Do livro "De Bento a Francisco" Uma revolução na Igreja).
sexta-feira, 3 de julho de 2015
4 DE JULHO - INDEPENDENCE DAY
DIA DA INDPENDÊNCIA dos EUA. Tudo começou em 1607. Nesta época um pequeno grupo de colonizadores fundou a primeira colônia inglesa na América. Posteriormente 13 outras colônias se espalharam pela costa leste sob o domínio da Inglaterra. Quando a Inglaterra resolveu cobrar impostos, muitos recusaram comprar os produtos tributados, originando-se grande revolta contra a Inglaterra. Um ato contra essa cobrança de impostos data de 1773 em Boston Tea Party. Colonizadores revoltaram-se disfarçados de índios em Boston Tea Party, destruindo mais de 30 caixas de chá, retirando-as dos navios ingleses e jogando-as ao mar, o que provocou a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia liderado por Thomas Jeferson em 1774 pedindo a convocação de uma comissão de 5 membros liderado por Jefferson, em 04/07/1776 na Filadélfia, inspirada nos ideais do Iluminismo e defendendo a liberdade individual e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano. 04/07/ é o feriado mais importante americano. Happi 4th of july!!!
DIA DA INDPENDÊNCIA dos EUA. Tudo começou em 1607. Nesta época um pequeno grupo de colonizadores fundou a primeira colônia inglesa na América. Posteriormente 13 outras colônias se espalharam pela costa leste sob o domínio da Inglaterra. Quando a Inglaterra resolveu cobrar impostos, muitos recusaram comprar os produtos tributados, originando-se grande revolta contra a Inglaterra. Um ato contra essa cobrança de impostos data de 1773 em Boston Tea Party. Colonizadores revoltaram-se disfarçados de índios em Boston Tea Party, destruindo mais de 30 caixas de chá, retirando-as dos navios ingleses e jogando-as ao mar, o que provocou a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia liderado por Thomas Jeferson em 1774 pedindo a convocação de uma comissão de 5 membros liderado por Jefferson, em 04/07/1776 na Filadélfia, inspirada nos ideais do Iluminismo e defendendo a liberdade individual e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano. 04/07/ é o feriado mais importante americano. Happi 4th of july!!!
quinta-feira, 2 de julho de 2015
INÍCIO DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: 1798 E 1822 (DOIS DE JULHO).
1 - A CONJURAÇÃO BAIANA em 1798 (ou Revolta dos Alfaiates) foi um movimento abrangente com grande participação popular. A finalidade era instalar-se uma república independente e uma libertação dos escravos. A revolta dos Alfaiates foi sufocada pelos portugueses que em seguida se retiraram para as províncias do norte e nordeste do país com o comando das tropas prtuguesas em Salvador.
2 - EM FEVEREIRO DE 1822 Portugal designou o brigadeiro Madeira de Mello para o comando das armas na Bahia. A Câmara Municipal negou-se a aceitar a designação. Com isto começaram as lutas entre Brasileiros e Portugueses. Estes tomaram Salvador que foi cercada pelos Brasleiros. Iniciou-se a luta entre os dois povos sob o comando do General Pedro Labatut e depois sob o comando do coronel Joaquim Lima e Silva. Aos poucos os brasileiros dominaram todo o Recôncavo. A batalha decisiva travou-se em Pirajá no subúrbio de Salvador. O entendimento histórico era que se os portugueses vencessem avançariam para o sudeste. Donde terem sido decisivas as lutas na Bahia para a conquista do Sudeste do Brasil. MARIA JOSÉ DE MADEIROS (1792-1853) disfarçada em homem lutou no exército pela nossa INDEPENDÊNCIA. Foi a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar no Brasil. No ano centenário de sua morte (21/09/1953) inaugurou-se em Salvador, em escultura em bronze, um monumento em sua homenagem.
1 - A CONJURAÇÃO BAIANA em 1798 (ou Revolta dos Alfaiates) foi um movimento abrangente com grande participação popular. A finalidade era instalar-se uma república independente e uma libertação dos escravos. A revolta dos Alfaiates foi sufocada pelos portugueses que em seguida se retiraram para as províncias do norte e nordeste do país com o comando das tropas prtuguesas em Salvador.
2 - EM FEVEREIRO DE 1822 Portugal designou o brigadeiro Madeira de Mello para o comando das armas na Bahia. A Câmara Municipal negou-se a aceitar a designação. Com isto começaram as lutas entre Brasileiros e Portugueses. Estes tomaram Salvador que foi cercada pelos Brasleiros. Iniciou-se a luta entre os dois povos sob o comando do General Pedro Labatut e depois sob o comando do coronel Joaquim Lima e Silva. Aos poucos os brasileiros dominaram todo o Recôncavo. A batalha decisiva travou-se em Pirajá no subúrbio de Salvador. O entendimento histórico era que se os portugueses vencessem avançariam para o sudeste. Donde terem sido decisivas as lutas na Bahia para a conquista do Sudeste do Brasil. MARIA JOSÉ DE MADEIROS (1792-1853) disfarçada em homem lutou no exército pela nossa INDEPENDÊNCIA. Foi a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar no Brasil. No ano centenário de sua morte (21/09/1953) inaugurou-se em Salvador, em escultura em bronze, um monumento em sua homenagem.
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