terça-feira, 21 de julho de 2015

CARLOS   LACERDA  -  UM  TIPO  À  PARTE
                            (1914-1977)

Jornalista e político. Primeiro governador do Estado da Guanabara (1961-1965). Morreu no Rio, aos 63 anos.  "Seu único temor: morrer sem  sem haver feito ainda nada de bom nem de belo. E queria tanto viver, viver para realizar um grande ato de sacrifício" (Tolstoi). Como Santa Terezinha, escolhia tudo, escrevera!  Em 1949, influenciado por um padre Beneditino, Lourenço de Almeida Prado, convertera-se ao catolicismo: 35 anos. Segundo Antônio Carlos Villaça, a convite de Tristão de Athayde, no Centro Dom Vital pronunciara a mais concorrida conferência até então ali havida sobre sua entrada na Igreja. Mas não gostava de se referir à sua conversão religiosa. Timidez, pudor, decepção? Responde Villaça: "Sei hoje que era um tímido, um ser fechado ou pouco afeito a confissões, não obstante sua verbosidade torrencial, a facilidade espantosa  da sua palavra, a comunicação direta. Ninguém esperasse dele confidências sobre sua vida interior.   Havia uma reserva, uma timidez invencível". Amou a vida por demais. Queria vivê-la intensamente. Como me lembra aquele pensamento da jovem RUTA, deportada da Letônia pelos comunistas na segunda guerra mundial e que depois dos maus tratos sofridos nos campos de concentração, faleceu aos 14 anos no dia 23/04/1957, não sem antes pronunciar: "Eu queria tanto ainda viver!" 

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