sábado, 15 de dezembro de 2012

NOVENA DE NATAL = PRIMEIRO DIA 15/12

DIANTE DO SACRIFÍCIO DE 25 CRIANÇAS MORTAS ontem, véspera de NATAL, NUM COLÉGIO DA AMÉRICA DO NORTE, lembra o episódio do massacre dos Santos Inocentes praticado por Herodes logo após o nascimento de JESUS. E São Mateus cita o profeta Jeremias que escreveu: "Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles não existem mais!". SANTO AGOSTINHO seja o objeto hoje de nossa meditação. "MEUS CARÍSSIMOS IRMÃOS, o nascimento, o natal, dessas criancinhas de que o Evangelhos nos diz que foram assassinadas, vítimas da crueldade inaudita do Rei Herodes. Que a Terra se rejubile e que a Igreja comemore, Ela é Mãe fecunda de tantos soldados celestes e de tão magníficas virtudes. Vede, esse inimigo ímpio teria sido menos útil a essas criancinhas por suas paixões mais refinadas quanto não o foi por seu ódio... Mas consoladoramente nós celebramos o nascimento dessas criancinhas que o mundo gerou para uma vida eternamente feliz antes que o seio de sua mãe não os fez nascer para a terra, porque elas receberam a graça da vida eterna, antes de terem recebido o uso da vida presente. A morte preciosa dos demais mártires merece alto louvor por causa da confissão pública; a morte dessas crianças é preciosa aos olhos de Deus por causa de sua realização logo atingida. Desde o começo de suas vidas elas foram ceifadas.O fim da presente vida significa para elas o começo da glória. Assim, pois, essas crianças que a impiedade arrancou do seio de suas mães são apelidadas as FLORES DOS MÁRTIRES porque esses primeiros botões colhidos pela Igreja "foram colhidos em pleno inverno prematuramente pelo gélido vento da maldade".

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

NOME DE DEUS NA POLÍTICA

Faleceu na Itália, dia 31 de agosto, com 83 anos, o cardeal CARLO MARTINI (1927-2012), que, nomeado por PAULO VI, arcebispo de Milão, renunciou ao chapéu cardinalício, indo residir em Jerusalem onde escreveu o livro "DIÁLOGOS NOTURNOS EM JERUSALÉM". O nome é conhecido, pois por duas vezes foi muito votado como sucessor do pontífice falecido. Como muito se tem falado no pais sobre supressão do nome de Deus em escolas, casas legislativs, etc., transcrevo aqui os pensamentos de Martini a respeito, quando lhe perguntaram se não era perigoso usar o nome de Deus na política, ou os partidos se denominarem cristãos. "Tudo que é bom pode ser objeto de abuso, até as coisas mais elevadas. Quando se desencadeiam guerras ofensivas em nome de Deus, quando o cristianismo é usado de maneira populista numa campanha eleitoral, começo a me alarmar! Nosso cristianismo deve demonstrar-se em primeiro lugar por acões justas. Jesus nos dá exemplos muito concretos no discurso do juízo final: alimentar os famintos, vestir os que estão nus, visitar os enfermos e os que estão presos, consolar os aflitos, acolher estrangeiros, e todas as dificuldades relacionadas com essas ações, até sofrer perseguições. Seria magnífico se os outros pudessem nos reconhecer como cristãos por tais ações. Ao contrário, é terrível quando falamos de Deus e não correspondemos a seu principal atributo, a JUSTIÇA. SOB ESTE PRISMA VEJO TAMBÉM A DISCUSSÃO sobre se a palavra de Deus deve aparecer na CONSTITUIÇÃO da União Europeia. Se os Governos querem chegar até essa confissão, devem necessariamente prestar atenção ao ecumenismo, à abertura frente aos muçulmanos e aos judeus. Une-nos a Fé em um único Deus, e num Deus Justo. Se falamos de Deus, temos que falar seriamente. Senão, é melhor não pronunciar o seu nome".

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AINDA A ESTRELA DE BELÉM

Segundo BENTO XVI seriam 3 as hipóteses sobre a natureza da ESTRELA de Belém: 1 = em vez de um ASTRO, tratar-se-ia de um PODER INVISÍVEL (João Crisóstomo e Inácio de Antioquia). 2 = Para KEPLER seria a INTENSIDADE do brilho enorme de uma SUPERNOVA que se juntou à conjunção dos planetas Júpiter, Saturno e Marte entre os anos 7 e 6 a.C. 3 = A mesma hipótese de Kepler SEM A PRESENÇA DE UMA SUPERNOVA, conforme Ferrari dOrcchieppo, que concluiu que, do encontro daqueles planetas, os astrônomos babilônicos podiam deduzir o evento universal do nascimento em Judá de um soberano salvador . Bento XVI, diante de tais hipóteses, depois de julgar como fato confirmado a grande conjunção de Júpiter e Saturno no signo zodiacal de Peixes nos anos 7 e 6 a.C, afirma que astrônomos CULTOS poderiam ser IMPULSIONADOS EXTERNAMENTE, DE POSSE DOS CONHECIMENTOS ASTRONÔMICOS, na direção de Judá em busca do rei dos Judeus embora sendo pagãos, uma vez que está escrito na Bíblia (Números 24,17): "NASCERÁ UMA ESTRELA DE JACÓ; e levantar-se-á uma vara de ISRAEL". Afirma, contudo, o pontífice que chegar-se à certeza do que levou os magos a Jerusalém e Belém não deixa de ser senão uma questão em aberto. BENTO XVI sugere então que os magos, dotados de conhecimentos astronômicos, procuraram o rei dos Judeus, GUIADOS PELA ESTRELA. O UNIVERSO FALA DE CRISTO, ESCREVE BENTO XVI, mas a linguagem da criação oferece variadas iINDICAÇÕES: além de suscitar a intuição do CRIADOR, suscita a EXPECTATIVA, a ESPERANCA da manifestação futura desse Deus. E mais: leva à consciência de que se pode IR AO ENCONTRO DELE. NO MUNDO ANTIGO os corpos celestes eram considerados como forças divinas que decidiam o destino dos homens, donde os planetas terem nomes de divindades, estas dominavam o mundo, devendo os homens pôr-se de acordo com elas. Impelidos INTERNAMENTE pelo efeito do poder invisível da estrela, conhecedores das sagradas letras (Números 24.17)empreenderam a viagem à cidade régia de Israel e entraram no palácio do rei. O que lhes faltava então para o êxito perfeito da caminhada era achar a estrada que os levasse ao herdeiro de Davi. Herodes, perturbado, tomou diversas iniciativas, conforme narra São Mateus (Math.2,3a9). E os Magos "partiram, e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles", devendo ver-se nisto uma INDICAÇÃO das Sagradas Escrituras, isto é, da palavra de Deus. E Bento XVI termina seu arrazoado citando Gregório Nazianzeno "que diz que, no próprio momento em que os Magos se prostram diante de Jesus, teria chegado o fim da astrologia, porque a partir de então as estrelas teriam girado na ;ORBITA estabelecida por Cristo CRIADOR, numa silenciosa comprovação de que só há um Deus, testemunhado pela Bíblia, designando o sol e a lua - as grandes divindades do mundo pagão - "luzeiros" mantidos por Deus suspensos, com toda a série de estrelas, no firmamento celeste"(Gen. 1, 16-17).

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A ESTRELA DE BELÉM- É NATAL

Em seu livro "VIDA DE JESUS"o Papa Bento XVI fornece 3 explicações sobre a natureza da ESTRELA que guiou os MAGOS até Belém. Primeiro: tratar-se-ia de uma narrativa teológica, não astronômica. Para São João Crisóstomo (350-407) não se tratava de uma estrela, mas de um poder invisível com tal fisionomia e com um traçado numa direção contrária à de qualquer estrela, segundo a descrição evangélica (Matth.,VI.2). Santo Inácio de Antioquia (100 d.C.) vê o sol e a lua girando em volta da citada estrela que superava em beleza e brilho o sol. 2. Pouco tempo depois, conservando embora a natureza de um poder invisível, teológico, até cristãos crentes admitiram tratar-se de fato de um astro. Segundo cálculos de João Kepler (1630), entre os anos 7 e 6 a.C. (considerado hoje como o ano provável do nascimento de Jesus), houve uma conjunção dos planetas Júpiter, Saturno e Marte. No ano de 1604 Kepler observara semelhante conjunção à qual se juntara ainda uma SUPERNOVA (estrela débil, muito distante na qual ocorre uma explosão enorme cujo brilho intenso dura meses). Para Kepler esta supernova era uma nova estrela e era de opinião que a conjunção verificada na época de Jesus (7 e 6 a.C.) estaria acompanhada de uma SUPERNOVA que foi a estrela que guiou os Magos. Corroborando seu parecer, Friedrich Wieseler parece ter encontrado em tábuas cronológicas chinesas a afirmação de que no ano 4 a.C. "aparecera e fora vista por longo tempo uma estrela brilhante". O astrônomo Ferrari dOcchieppo, partidário da teoria de Kepler, despreza, contudo, a presença nela da SUPERNOVA, sendo bastante a conjunção de Júpiter e Saturno no signo zodiacal de Peixes para se explicar a estrela de Belém, sendo, segundo ele, assim, possível determinar-se com precisão a data de tal conjunção. Ferrari observa que Júpiter, representando o principal deus babilônico, Marduq, assim conclui: "Júpiter, a estrela da mais alta divindade babilônica, aparecia no seu máximo esplendor no momento de sua aparição,de noite, ao lado de Saturno, o representante cósmico do povo dos judeus". E dentro de seu ponto de vista, a partir desse encontro de planetas, Ferrari concluiu que os astrônomos babilônicos podiam deduzir um evento de importância universal: o nascimento no país de Judá de um soberano que haveria de trazer a salvação. O soberano era Jesus, não sendo, porém,a estrela que determina o destino do Menino Deus, mas o Deus Menino que guia a estrela.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FALTA ARROZ? JEIJÃO SERVE: É NATAL

Assim pensou e assim fez,na presumida concordância da netinha de apenas 3 anos. Tinha mais esta em Minas: 15 dias antes do Menino Deus nascer, plantava-se arroz com casca. Na noite feliz, grama natural forrava o chão dos privilegiados animais: boi, dromedários, jumentinho, carneirinhos, um ou outro cão de pastor, que acorreram ao anúncio do anjo do Senhor. Embora a presença de tais animais se deva apenas à tradição da Igreja que,lendo Isaías (1.3) fez chegar ao presepe o boi e o jumento, e à luz do Salmo 72,10 e de Isaías 60, lá fez entrar também os camelos e os dromedários (Em "Jesus de Nazaré", de Bento XVI, p. 82). Quanto aos demais costumeiros adereços do presepe: a árvore de natal, as montanhas, lagos com patinhos e peixinhos, e outras criações do imaginário popular cristão, "data venia" imagino um fruto natural da certeza de que com a encarnação do Filho toda a Natureza foi santificada, ficou redimida, daí nada dever faltar junto ao berço de Jesus em Belém. Bento XVI (idem, p.83) ainda acrescenta que com os 3 reis magos as "três idades do homem: a juventude, a idade adulta e a velhice" também estiveram presentes. Ideia razoavel, segundo o pontífice, demonstrando como as diversas formas da vida humana encontraram o respectivo significado e a sua unidade interior na comunhão com Jesus. O Papa dedica ainda um capítulo de sua obra a analisar o sentido da estrela que impeliu os magos a se porem a caminho em busca de Jesus. Depois de lembrar a afirmação de São Gregório Nazianzeno (330-390) de que, com a visita dos magos, teria chegado o fim da astrologia, porque a partir de então as estrelas teriam girado na órbita estabelecida por Cristo. "Não é a estrela que determina o destino do Menino, mas o Menino que guia a estrela. Poder-se-ia falar de guinada antropológica: o homem assumido por Deus - como aqui se mostra no Filho de Deus Unigênito - é maior do que todos os poderes do mundo material e vale mais do que o universo inteiro, na esteira do que escreveu São Paulo nas Cartas do Cativeiro aos Efésios e aos Colossenses, insistindo no fato de que Cristo ressuscitado venceu todo principado e potestade do ar e domina o universo inteiro. Mas...o que fez o avô junto com a netinha, do início da conversa? Semeu em vasos apropriados para enfeitar o presepe, não arroz com casca, não tínhamos achado ainda no Rio para comprar, mas grãos de feijão preto. E foi ela que pôs na terra os grãozinhos e cobriu de areia. Quinze dias depois, ontem, fomos a Petrópolis, e corremos a ver o resultado. Eu esperava vê-la bater palminhas, dar um grito de admiração como é de seu feitio. Contemplando os pezinhos de feijão nascidos, rubustos e folhudos e verdinhos nos seus 15 centímetros de altura, quedou-se absorta, pensativa, como se diante de algo misterioso mas que não assombrava, não amedrontava, sem nada dizer, sorrindo ao fim. Deve ter-se encontrado diante de um mistério...mistério de Natal!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

QQQQ

"Prefiro salvar a ser salvo"

"PREFIRO SALVAR A SER SALVO"

Perguntado se toparia entrar de novo num buraco estreito para salvar uma criancinha de dois ou três anos, o garoto mal entrado na adolescência, tímido do tipo de meu tempo do interior mineiro, respondeu sorrindo: "Entraria de novo, sim, pois é melhor salvar do que ser salvo!" Esse fato deu-se hoje no Estado de São Paulo, o jornal Nacional mostrou. Também houve o caso do rapaz que , fugindo de assalto, entrou na mata, caiu num abismo, perdeu o sentido e salvou-se, voltando a si, usou o celular e foi socorrido. Também em São Paulo. Com isso tudo, esqueci um pouco o nosso maior Niemayer (que, afinal, depois de tanto ser levado aos ombros sem direito a descanso para o corpo repousou em paz) e quis tratar agora dos dois casos citados e bem a propósito. Eis que o primeiro, se vivesse ainda o carioca e escritor e advogado e diretor do Ginásio Mineiro e que faleceu em 1935, tão lembrado por nós crianças mineiras dos anos 40, CARLOS GÓES, autor da HISTÓRIA DA TERRA MINEIRA, eis que este opúsculo teria mais um capítulo comentando aquela frase do heroi paulista. Para Carlos Góes a literatura infantil tem o estrito dever de ser sadia e forte e sobretdo nacional. O assunto, o tema, o estilo, tudo terá de ser nacional, ostentando a nota de uma personalidade própria. O assunto, o tema, o estilo, tudo terá de ser nacional. Dar às crianças livros nesse gênero é nacionalizá-las desde logo, é forrá-las de condição étnica decisiva - o amor ao que é seu, o apego ao passado de sua História, o orgulho de sua raça, a consciência de sua nacionalidade, a absoluta confiança no futuro da Pátria". Nossa educação e formação dos anos 40 contava , além da citada obra de Carlos Goes, com os livros de Monteiro Lobato,com "O Livro de Violeta, de João Lúcio, com a antologia de O.D.C., com a "Leitura III"de Erasmo Braga, com o "Quarto Livro de Leitura"de Felisberto de Carvalho, com os numerosos livros escritos pelo inesquecível "Vovô Felício"(Vicente Guimarães, tio de Guimarães Rosa, autor da vida de Rui Barbosa, de São Vicente de Paulo, etc). Finalizando o prefácio de seu livro "História da Terra Mineira", Carlos Góes assim escreveu: "Oxalá possa este livro vir a preencher uma função: já não será um livro inútil, como tantos outros que nos têm caído da pena". Professor do século passado, eu me pergunto: não poderia voltar o tipo de literatura do ideário de Carlos Góes como complementação à volumosa quantidade informativa deste século em nossas escolas, outrora ditas primárias? E mais: "os livros educativos têm de ser a um tempo repositórios de ensinamentos morais e cívicos; se aqueles educam, estes instruem; se uns formam o homem, outros preparam o cidadão; se uns plasmam o caráter, outros afeiçoam o espírito; se uns habilitam o indivíduo para a sociedade, outros o arregimentam para a nação"(Carlos Góes).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

JUNTO DO PAI OSCAR NIEMAYER

VI-O, PRIMEIRA E ÚNICA VEZ, EM 1960, EM BRASÍLIA. Ele do outro lado da rua com a filhinha de seus 14 anos, creio. Mas era comunista, apenas então eu não acreditava que comunistas comessem criancinhas católicas. E há pouco, aqui a 200 m de mim, no Samaritano, sua alma voltava ao pai. Ao Pai para quem construiu a igreja da Pampulha, do Sào Francisco com o cachorrinho aos pés, no templo em que o bispo proibia entrada de católicos, sem a bênçào de Deus...coisas inacreditáveis, mas reais. Mas transcrevo o que achei. Procurei alguma palavra do Tristão no livro de suas cartas à filha religiosa. Nada, mas vale pelo que não encontrei, pois meu espírito não desgruda do de Niemayer. Oscar e "Brasília são perfeitamente simbólicos do Brasi real, tudo feito às pressas, sem fundamento, sem ordem, à moda de aventura, confiando na sorte e no famoso "Deus é brasileiro".... é verdade que JK não é o culpado direto da tragédia de Orós, mas, se for verdade que uma acusação feita ontem por um deputado cearense de que os apelos dos engenheiros das obras de Orós para liberação das verbas destinadas a reforçar as paredes do açude...não foram atendidos, e houve verbas desviadas para Brasília...então a responsabilidade deste é inevitável"(carta de 27/03/1960). Construção da Catedral de Brasília, o que comprova o que ouvi há pouco dito pelo falecido arquiteto. Sempre pensei que os convertidos católicos (Tristão, Jackson, Corção, etc.) e também Thomas Merton e Maritain são quase sempre mais autênticos e realmente católicos do que nós que nos julgamos certinhos. Tristão não apreciava JK. Daí escrever também ibidem o seguinte: 'E impressionante a falta absoluta de condições absoluta para habitação de Brasília a partir de 21/04/60, data fixada pelo JK à brasileira, isto é, idealmente, sem nenhuma base senão emocional, simbólica, demagógica, pois de outro modo não se faria. Argumento tipicamente brasileiro como se a construçào de Brasília fosse mais importante do que o bom senso, a experiência, a natureza das coisas e a mínima consideração pelo próximo e pelo momento presente. Enquanto isso o nosso Rio é entregue cada vez mais ao acaso e à prefeitura". Pelos templos que arquitestaste, Oscar Niemayer, mereceste ser recebido há pouco pelo Divino Arquiteto que te fez. Teus amigos estão te acolhendo, à frente JK, com Tristão e Corção com muita inveja!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

QUASE COMO O SENTIMENTO = NATAL!

QUEM O LOGRARA?... O SENTIMENTO: sem espera nem desespero sem audiência nem distância sem preconceito nem defeito sem resquício nem perspectiva sem meio tom nem alvoroço sem dependência nem dádiva sem languidez nem amargor sem análise nem disfarce sem angústia nem incúria sem máculanem obstáculo ARDENTE E LÚCIDO NASCENTE E COMPLETO INTEGRAL E INTACTO MÚLTIPLO E ÚNICO PERFEITO E HUMANO COTIDIANO E INFINITO! HENRIQUETA LISBOA - ("miradouro e outros poemas")

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SEGUIDORES MUI AMIGOS , É NATAL!

"BONECA DE PANO DOS OLHOS DE CONTA, Vestido de chita, CABELO DE FITA, Cheinha de lã. De dia, de noite, os olhos abertos, OLHANDO OS BONECOS QUE SABEM MARCHAR, calungas de mola que sabem pular. Boneca de pano que cai: nào se quebra que custa um tostão. BONECA DE PANO DAS MENINAS INFELIZES QUE SÃO GUIAS DE ALEIJADOS, QUE APANHAM PONTAS De cigarro que mendigam nas esquinas, coitadas! BONECA DE PANO DE ROSTO PARADO COMO ESSAS MENINAS. Boneca sujinha, cheinha de lã. Os OLHOS DE CONTA CAÍRAM. CEGUINHA rolou na sarjeta. O homem do lixo a levou, COBERTA DE LAMA, NUINHA, como quis nosso senhor. JORGE DE LIMA

domingo, 2 de dezembro de 2012

VOZ DE LÚCIO ANEU SÊNECA - ano I a.C.

A maior parte dos mortais queixa-se da malevolência da Natureza, porque estamos destinados a um momento da eternidade, e, segundo eles, o espaço de tempo que nos foi dado corre tão veloz e rápido, de forma que, à exceção de mui poucos, a vida abandonaria a todos em meio aos preparativos mesmos para a vida. E não é somente a multidão e a turba insensata que se lamenta deste mal considerado universal: a mesma impressão provocou queixas também de homens ilustres. Daí o protesto do maior dos médicos: "A vida é breve, longa a arte". Daí o litígio (de nenhuma forma apropriado a um homem sábio) que Aristóteles teve com a Natureza: "aos animais ela concedeu tanto tempo de vida que eles sobrevivem por 5 ou 10 gerações; ao homem, nascido para tantos e tão grandes feitos, está estabelecido um limite muito mais próximo". Não é curto o tempo que temos, mas dele muito perdemos. A vida é suficientemente longa e com generosidade nos foi dada para a realização das maiores coisas, se a empregamos bem. Mas quando ela se esvai no luxo e na indiferença, quando nào a empregamos em nada de bem, então finalmente constrangidos pela fatalidade, sentimos que ela já passou por nós sem que tivéssemos percebido. O fato é o seguinte: nào recebemos uma vida breve, mas a fazemos, nem somos dela carentes, mas esbanjadores. Tal como abundantes e régios recursos, quando caem nas mãos de um mau senhor, dissipam-se num momento, enquanto que, por pequenos que sejam, se são confiados a um bom guarda, crescem pelo uso, assim também nossa vida se estende por muito tempo para aquele que sabe dela bem dispor" ("Sobre a brevidade da vida", Sêneca).