terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A ESTRELA DE BELÉM- É NATAL

Em seu livro "VIDA DE JESUS"o Papa Bento XVI fornece 3 explicações sobre a natureza da ESTRELA que guiou os MAGOS até Belém. Primeiro: tratar-se-ia de uma narrativa teológica, não astronômica. Para São João Crisóstomo (350-407) não se tratava de uma estrela, mas de um poder invisível com tal fisionomia e com um traçado numa direção contrária à de qualquer estrela, segundo a descrição evangélica (Matth.,VI.2). Santo Inácio de Antioquia (100 d.C.) vê o sol e a lua girando em volta da citada estrela que superava em beleza e brilho o sol. 2. Pouco tempo depois, conservando embora a natureza de um poder invisível, teológico, até cristãos crentes admitiram tratar-se de fato de um astro. Segundo cálculos de João Kepler (1630), entre os anos 7 e 6 a.C. (considerado hoje como o ano provável do nascimento de Jesus), houve uma conjunção dos planetas Júpiter, Saturno e Marte. No ano de 1604 Kepler observara semelhante conjunção à qual se juntara ainda uma SUPERNOVA (estrela débil, muito distante na qual ocorre uma explosão enorme cujo brilho intenso dura meses). Para Kepler esta supernova era uma nova estrela e era de opinião que a conjunção verificada na época de Jesus (7 e 6 a.C.) estaria acompanhada de uma SUPERNOVA que foi a estrela que guiou os Magos. Corroborando seu parecer, Friedrich Wieseler parece ter encontrado em tábuas cronológicas chinesas a afirmação de que no ano 4 a.C. "aparecera e fora vista por longo tempo uma estrela brilhante". O astrônomo Ferrari dOcchieppo, partidário da teoria de Kepler, despreza, contudo, a presença nela da SUPERNOVA, sendo bastante a conjunção de Júpiter e Saturno no signo zodiacal de Peixes para se explicar a estrela de Belém, sendo, segundo ele, assim, possível determinar-se com precisão a data de tal conjunção. Ferrari observa que Júpiter, representando o principal deus babilônico, Marduq, assim conclui: "Júpiter, a estrela da mais alta divindade babilônica, aparecia no seu máximo esplendor no momento de sua aparição,de noite, ao lado de Saturno, o representante cósmico do povo dos judeus". E dentro de seu ponto de vista, a partir desse encontro de planetas, Ferrari concluiu que os astrônomos babilônicos podiam deduzir um evento de importância universal: o nascimento no país de Judá de um soberano que haveria de trazer a salvação. O soberano era Jesus, não sendo, porém,a estrela que determina o destino do Menino Deus, mas o Deus Menino que guia a estrela.

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