segunda-feira, 30 de abril de 2012

AMOR DADO, AMOR GUARDADO... SEMPRE!

Encontrei-me há pouco, sob uma chuva fina e fria a turvar a manhã, noutros dias tão brejeiramente carioca, com o pequeno BENTO que, de tão miúdo, correu por vezes o risco de, em minhas andanças pelas calçadas de nossa rua, ser por mim atropelado. Por culpa minha só, não! É verdade que costumo andar nos passeios como à procura da sepultura, donde não saudar conhecidos, não oferecer a preferência a quem vem, mas, em troca, poder evitar obstáculos materiais ou "orgânicos". E lá vinha traçando seus passos curtos e rápidos nos calçamentos de pedras portuguesas (?), absorto apenas nos eflúvios que lhe afetavam o olfato, até ser detido por região propícia a uma parada de emergência fisiológica, o pequetito BENTO que completa depois de amanhã um ano e meio. O pai dele, ou seja lá qual for o nome que se lhe dê, deve lembrar-lhe a figura do gigante Golias da História Sagrada, livro de nossa infância em que aprendíamos a conhecer a Deus. O contraste fica só nisto também, pois ambos se revestem de tranquilidade, de paz e simpatia contagiantes. Sempre lhes deixo uma palavra e hoje lhes confiei o que li nalgum canto de jornal ou livro: "Amor dado, amor guardado". Mas...quem não sabe isto? Pois se até nos irracionais , ou brutos, esta virtude é dom da natureza, de Deus! Se um dia visitar o Rio e em Botafogo você se achar na Rua Eduardo Guinle, rua pouco extensa, topando com um senhor de seus setenta anos, cabelos grisalhos, de forte compleição, de andar compassado, procure o BENTO perto, ou não longe, dele. Encare-o, com simpatia. Cumprimente-o pelo monástico nome. Você saberá então por que fiquei amigo dele. Parece-me que numa contraposição a seu porte, não mais de meio metro de comprimento, se tanto, a gratidão amorosa por quem o adotou sobressai com muito mais vivacidade nos olhinhos de azeviche, na contínua atenção aos pés do benfeitor e também, repito, pela excentricidade do tamanho.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

QUE FIM TIVERAM OS PAPAS CISMÁTICOS?

Conhecido o desfecho da confusão na Igreja Católica com o cisma surgido com a eleição de dois papas regendo os negócios pontifícios, resultado obtido graças à convocação do CONCÍLIO GERAL DE CONSTANÇA (1414-1418), perguntamo-nos que fim tiveram os pontífices envolvidos no "imbroglio". JOÃO XXIII, confiado à guarda do imperador da Alemanha, Sigismond, recuperando a liberdade, pediu perdão ao papa reinante, MARTIM V, e faleceu em 1419. GREGÓRIO XII morreu dois anos após abdicar. Apesar de considerado um sábio e virtuoso, não passou de um papa medíocre por ter sido um administrador sem energia. BENTO XII, embora reconhecido até o fim da vida como papa pastoreando cerca de duas mil almas, morreu com cem anos em 1424. Permaneceu no castelo de Peniscola que ele comparava com a arca de Noé onde a humanidade outrora se abrigou: do mesmo modo toda a cristandade estava com ele no rochedo de Peniscola, como declarara aos deputados do Concílio de Constança. Sabe-se que quatro cardeais lhe deram um sucessor, quando de seu falecimento, na pessoa de MUNHOZ, cônego de Barcelona, com o nome de CLEMENTE VIII, que se submeteu em 1429, assim como três de quatro eleitores; o quarto, num cisma dentro do cisma, nomeou sozinho sob a proteção do conde de ARMAGNAC o sacristão da catedral de RODEZ como seu sucessor, que tomou o nome de BENTO XIV, e desapareceu ignorado pela história. Diante de tais abusos ocorridos, o CONCÍLIO DE CONSTANÇA prescreveu a convocação de concílios gerais: o primeiro, dentro de 5 anos; o segundo, 7 anos depois, e os demais de 10 em 10 anos. O PAPA MARTIM V reuniu um concílio em PAVIA (1423), interrompido com o advento de uma peste e transferido para SIENNA. Por questões políticas, com poucos bispos presentes, esse concílio foi dissolvido (1424), designando-se outro para BASILEIA, cidade neutra, a realizar-se 7 anos depois.

terça-feira, 24 de abril de 2012

VICENTE DE PAULO E FREDERICO OZANÃ

O mês de ABRIL me traz sempre à memória quatro aniversários de nascimento: na história universal, o de HITLER, 20 de abril, e na história pátria o de GETÚLIO VARGAS, 19. Na história da IGREJA CATÓLICA sobressai a figura de VICENTE DE PAULO (24/04/1681) e de ANTÔNIO FREDERICO OZANÃ (13/04/1830). Fisicamente quem bem descreveu SÃO VICENTE DE PAULO foi o monge cisterciense THOMAS MERTON (1915-1968). Lendo o livro "Faces de Santos" e deparando-se com a sua face mortuária, escreveu que esse santo lhe pareceu bastante real: "tem muito de um rude camponês gascão (natural de Pouy, na Gasconha, região do sudoeste da França) como sabia ser, com terrível energia refletida no rosto, ferozes olhos negros, e uma boca como armadilha para pegar ursos" ("O Signo de Jonas", pag.118). O biógrafo do santo, J.Calvet, distribui os santos da Igreja em duas espécies: a dos santos clássicos que crescem cada dia, que conquistam a santidade lentamente, grupo no qual se inclui SÃO VICENTE DE PAULO, e a dos santos fora de série, "hors concours', sobre quem a graça de Deus cai fulminando-os, precipitando-os nos caminhos extraordinários, como um São Paulo. No primeiro grupo também se inclue FREDERICO OZANÃ . Sua vida pode ser resumida nas seguintes palavras: "amor apaixonado pelas letras como meio de desenvolver a inteligência, e em seguida despertar e fortificar a FÉ nas almas; AMOR apaixonado pelos pobres como meio de conjurar a guerra entre o rico e o indigente. Advogado, professor da Sorbona, foi o fundador da SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO (1833), movimento logo espalhado no Brasil com o nome de CONFERÊNCIAS DE SÃO VICENTE DE PAULO. Em carta a um amigo, assim se expressou nosso bem-aventurado: "A terra se esfria e a nós católicos cumpre reanimar o calor vital que se extingue. Cabe-nos recomeçar a era dos mártires, pois há um martírio possível a todos os cristãos. Ser mártir é dar sua vida por DEUS e por SEUS IRMÃOS. É DAR A VIDA EM SACRIFÍCIO, SEJA RAPIDAMENTE CONSUMADO COMO UM HOLOCAUSTO, SEJA LENTAMENTE REALIZADO COMO SOBRE O ALTAR SE EVOLAM OS PERFUMES". Foi beatificado pelo Papa João Paulo II na igreja Notre-Dame de Paris, no dia 22/08/97.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

DILMA - ENRUSTIDA OU MODESTA?

Embora brasileiro vulgar do grotão das MINASGERAIS, e mais: decepcionado por ter votado para a assunção ao poder do partido do famigerado mensalão, do meu canto tenho acompanhado os passos da Presidente Dilma com bastante curiosidade. E por acaso tomo agora conhecimento, através do artigo da FOLHA, de Kenneth Maxwell, "Washington em Minas", da observação no discurso da Presidente do país, encerrando seu discurso na Escola kennedy de Administração Pública, em Harvard. Recordou ela "com orgulho - e propriedade - o complô republicano em seu ESTADO NATAL, MINAS GERAIS". COMO A REITORA DREW GILPIN FAUSTO TIVESSE RECORDADO O FATO DA VISITA DE DOM PEDRO II À UNIVERSIDADE EM 1876, e, quem sabe, com o fim de de nosso Imperador nela se espelhar para a realização do sonho da nossa universidade nos moldes daquela, DILMA , diante da excelente oportunidade surgida, lembrou sabidamente da nossa CONSPIRAÇÃO MINEIRA, CUJA FONTE DE MUITA INSPIRAÇÃO por aquelas bandas americanas fora encontrada. Mineira que é, mostra-se por vezes bastante reservada, sóbria, o que contudo não a impede de por vezes deixar transparecer um dos aspectos de seu mineirismo: o amor às raízes, que está no âmago de sua natureza, conformada num ambiente familiar, de solidariedade, em contradição com o propalado de que todo mieiro só é solidário no câncer. Daí o seu amor às origens, o seu bairrismo proverbial mas nunca doentio nem ciumento nem marginalizador nem demolidor. É simplesmente modesto na essência. Exuberante jamais, pois mineiro por temperamento transpira timidez. Assim sendo, retiro a "enrustida" (que não se revela, que não se expõe) do título de meu blogue, enfatizando "modesta", aí, sim! Dilma no referido discurso foi modesta , oriunda que é das Alterosas!

FINAL DE DOIS PAPAS NA DIREÇÃO DA IGREJA

Com a escolha de dois PAPAS à frente da Santa Sé, cada qual se afirmando legítimo, a situação da Igreja se agravou. URBANO VI obrigou numa batalha campal o rival CLEMENTE VII a se fixar em AVINHÃO, França, onde chegou em 20/06/1379. Mais que nunca entrou em jogo a "política". Aderiram a CLEMENTE VII a França, a Escóssia e a Espanha. URBANO VI conservou consigo a maior parte da ALEMANHA, a INGLATERRA, a ITÁLIA, em resumo: a maior parte da IGREJA. Incorrigível na maneira de conduzir os cardeais, URBANO VI viu seis de seus cardeais declará-lo sob tutela e confiar a terceiros a administração dos negócios vaticanistas. Pouco depois falecendo URBANO VI (15/10/1389), foi sucessor seu BONIFÁCIO IX (1389-1404), depois INOCÊNCIO VII (1404-1406), finalmente GREGÓRIO XII (1406-1415). FILHA PRIMOGÊNITA da Igreja, a FRANÇA, partidária de CLEMENTE VII, propôs três saídas para o impasse : resignação dos dois papas, designação de homens probos para resolver a questão ou convocação de um CONCÍLIO GERAL DA IGREJA. Tendo falhado todos os três meios, os CARDEAIS das duas cortes pontifícias convocaram em 1408 a realizaçào de um CONCÍLIO GERAL em PISA, Itália. Este concílio depôs ou melhor declarou decaídos "ipso facto" de sua dignidade um e outro papa, por notoriamente cismáticos, herejes e escandalizadores da IGREJA, nomeando o cardeal-arcebispo de MILÃO como o papa ALEXANDRE V (1409-1410), logo substituído , 1410, pelo cardeal Balthasar Costa ou JOÃO XXIII. DEVIDO, PORÉM, ÀS CONTROVÉRSIAS SURGIDAS SOBRE A VALIDADE DE TAIS INICIATIVAS, a eleição de ALEXANDRE V não pôs fim ao cisma, pois BENTO XIII conservou consigo a Espanha e a Escóssia, e GREGÓRIO XIII uma parte da Alemanha e da Itália e ALEXANDRE V teve a seu lado na Alemanha e na Itália as regiões que se desligaram de GREGÖRIO XIII, além da França, da Inglaterra e logo a seguir ROMA e AVINHÃO, a saber: a maior parte da IGREJA. Agravando-se, com isto, o cisma, o imperador SIGISMOND (1410-1437), DETENTOR DO TÍTULO DE DEFENSORR NATO da IGREJA, obteve do Papa JOÃO XXIII a convocação do concílio geral de CONSTANÇA (1414-1418). O papa JOÃO XXIII, PREVENDO SUA DEPOSIÇÃO, fugiu do concílio, montado num cavalo como um mendigo, temendo não dever ser reconduzido ao cargo; foi decaído de sua dignidade por ter fugido, por simonia e pelos costumes pessoais, a tudo, contudo tendo-se submetido; GREGÓRIO XII abdicou (04/07-1415) e BENTO XIII, refugiado na Fortaleza de Peniscola, a Espanha se afastou dele. Assim o CONCÍLIO O DEPÔS (1417) como herético e cismático e nomeou um papa "certo" que surgiu da eleição realizada então. Este Papa foi o cardeal italiano OTTON COLONNA que tomou o nome de MARTIN V (1417-1431).

quarta-feira, 18 de abril de 2012

DOIS PAPAS NO COMANDO DA IGREJA CATÓLICA

No dia 27/03/1378, faleceu em ROMA o Papa GREGÓRIO XI, bastante preocupado com as peturbações políticas dominantes que mutito influenciavam na escolha do sumo pontífice. Com a vacância da Sé Apostólica os cardeais presentes em Roma, 16 num total de 23, com a autorização prévia do papa desaparecido imediatamente cuidaram da eleição do sucessor, apesar da ausência dos outros sete. Assim, no dia 08/04/1378 eles elegeram e nomearam no mesmo dia como PAPA o arcebispo de BARI, Bartolomeu Prignano, italiano, com o nome de URBANO VI. Por infelicidade, pouco depois de assumir o cargo, URBANO VI demonstrou possuir um zelo intempestivo e um caráter muiito rude, chegando a humilhar os cardeais que o tinham eleito. Descontentes, sob o pretexto do excessivo calor de Roma, os cardeais, com exceção de quatro, abandonaram Roma, partindo para a França. Mal aí chegados, comunicaram a URBANO VI que sua eleição fora inválida, pois padecera de do vício de coaçào na escolha dele. Como o pontífice reinante não se inquietasse com tais escrúpulos, os cardeais instisfeitos, com o apoio do rei francês, e militarmente garantidos por um pelotão de 500 "condottieri" bretãos, pronunciaram um anátema contra o arcebispo de Bari que se dizia Papa, mas que por eles era qualificado de anticristo e apóstata, por não reconhecer a invalidade de sua eleição. TREZE dos cardeais rebelados elegeram em FONDI, no território de NÁPOLIS, um deles, ROBERTO, de GÊNOVA, como Papa, com o nome de CLEMENTE VII (1378/1394), que foi fixar-se en AVINHÃO, na França, aí chegndo no dia 29/06/1379, rodeando-se de 36 cardeais. Desta forma, a cristandade dalorosamente espantada se dividiu, vendo-se dirigida por dois papas: URBANO VI e CLEMENTE VII. Num próximo blogue veremos como e até quando a IGREJA CATÓLICA se manteve sob tão dolorosa situação. '

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO PEQUENO PRÍNCIPE

Dois "Ovos de Páscoa" neste 2012: do primogênito o TERCEIRO NETO. Completou ontem um mês de nascido. "Três netos, três pétalas = uma flor. Pelo dourado do simbolismo litúrgico, e pela dignidade do destinatário histórico (imperador), que oferta mais apropriada ( UMA ROSA DE OURO), neste tempo pascal, para quem na família reina mas não governa, o AVÔ? "Do caule esguio em pendor - três pétalas - uma flor! Gael, Giovanna, Martin. Ó penhor! De que maneira se há de agradecer essa flor?"Segundo presente, do outro filho: "VERDADEIRA HISTÓRIA DO PEQUENO PRÍNCIPE', de Alain Vircondelet. Já o prefácio antecipa o valor da obra. "Como não acreditar nos acasos arranjados, no rolar do dado do destino brincalhão e gracioso", escreve o autor? Num jantar oficial, em Paris,dizendo preparar um livro sobre SAINT-EXUPÉRY, o legatário unversal de CONSUELO, falecida em 1979, JOSÉ MARTINEZ FRUCTUOSO pôs-lhe à disposição todo o patrimônio inestimável que ela preservara do marido, para um dia levar ao conhecimento de todos os admiradores do PEQUENO PRÍNCIPE. Através desse arquivo, ALAIN extraiu uma nova percepção de SAINTEX, além de mito, orquestrada demais, fixada em uma imagem piedosa com a qual a crítica moderna, a literatura contemporânea, as universidades se contentaram, o PETIT PRINCE situou-se NO NÍVEL DOS ACADÊMICOS". Do contato com esses arquivos, EMERGIU TAMBÉM A FIGURA FORTE E LUMINOSA DE CONSUELO, o passarinho das ilhas de gorgeios que irritava as amantes de ANTOINE, mas que finalmente foi de todas aquela que melhor compreendia seu marido impossível. E terminando sua apresentação aos leitores, confessou o autor que "do trabalho e da convivência com esse casal lendário pareceu-lhe que o PEQUENO PRÍNCIPE não foi apenas um conto ou uma fábula, mas uma perfeita auto-ficção na qual todas as ideias que teceram SANTEX se encontram entrelaçadas. E sem modéstia: era preciso fazer este trabalho no âmago de sua gênese para se poder melhor mensurar quanto se deve sofrer para se fazer surgir uma estrela, para poder-se chegar o mais perto possível de SAINT-EXUPÉRY". E tem início o primeiro capítulo: UMA IDEIA E TANTO! "Por que não um conto?"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

PADRE JOSÉ SALLES = CEM ANOS DE VIDA

Fiel companheira, sobretudo quando, há tempos já, atravessei o Cabo da Boa Esperança, ó memória minha, querida e inseparavel dama, osso de meus ossos, carne de minha carne, desde ontem me abriate a agenda e com os diáfonos dedos da amizade, me apontaste uma data a ser lembrada e comemorada : 13 DE ABRIL DE 2012. Devorador apaixonado de biografias, e mais ainda quando se trata de autobiografias, muito me impacienta o desleixo de seus imortalizadores (ou modéstia, em autobiografias) em não pontuar com datas o tempo dos fatos principais de suas vidas. Assim sendo, em nada me valeu percorrer as 'RECORDAÇÕES', de autoria de um inesquecível benfeitor meu, PADRE JOSÉ PAULO SALLES JUNIOR, C.M. Para confirmar o que desde o começo do ano pressentia, e minha DAMA ontem me sussurrava, recorri a quem me socorresse. E foi a CRISTINA, secretária do arquivo da Província Brasileira dos Lazaristas do Rio, que contribuiu para que eu nunca deixe de acreditar na MINHA SANTA DAMA, a memória, faculdade que, segundo alguns filósofos ultramodernos, é a faculcade precisamente por Deus criada para esquecermos o que passou. Como me sinto gratificado por estar comemorando neste ano de 2012 mais um CENTENÁRIO DE NASCIMENTO, o do PADRE JOSÉ PAULO SALLES JUNIOR, o do planejador e realizador, ao lado do Padre Joaquim Horta, do COLÉGIO SÃO VICENTE DE PAULO, do Cosme Velho! Digo mais um centenário, pois em janeiro, 03/01/12, os padres lazaristas homenageavam os cem anos de nascimento do PADRE DERMEVAL JOSÉ MONTALVÃO, que tanta influência benéfica exerceu em minha vida. Neste meu cantinho solitário ergo meu brinde ao bom DEUS pelo dom da vida com que presenteou seus ditosos pais e a CONGREGAÇÃO DA MISSÃO, fazendo nascer em MINAS, no sertão de SANTO HIPÖLITO, o PADRE SALLES, dirigindo-lhe os passos para a comunidade de São Vicente de Paulo, onde passou a existência fazendo o bem. Confesso-me agradecido ao PADRE SALLES por ter sido um dos muitos beneficiados por essa bondade irradiante, como se pode comprovar no livro "ANTES QUE AMANHEÇA".

quinta-feira, 12 de abril de 2012

VISÕES DE BENTO XVI NO MÉXICO E EM CUBA

Eis as observações importantes colhidas por JEAN-MARIE GUÉNOIS, jornalista credenciado junto à Santa Sé, acompanhando BENTO XVI nas viagens ao México e Cuba em março passado, em seu blog no LE FIGARO de 30/03/12:

MÉXICO e CUBA sào países que não vão bem. No MÉXICO, em 5 anos, foram mortos 50.000 seres humanos, em consequência do narco-tráfico e por agentes do poder público. Em CUBA a transição política se realiza numa lenta agonia; pretende-se sair de um regime comunista o mais bem idealizado da história para um futuro bastante incerto e potencialmente violento. Como não, se o irmão de Fidel, Raul, mantém as rédeas nas mãos, com a idade de 80 anos, e em sua volta circula uma velha guarda octogenária! Turbulência mais que anunciada!

Nem se pode imaginar um BENTO XVI revestido das cores de um bombeiro de plantão. Sua autoridade, essencialmente espiritual, religiosa e moral, não se impõe: escuta-o quem o quiser! Seu papel se limita a ser testemunho de Jesus Cristo!

Na sua viagem ao MÉXICO o Papa sentiu-se como um herdeiro de seu predecessor JOÃO PAULO II. EM SEUS DESLOCAMENTOS vivenciou a intensidade da paixão de um povo do segundo país mais católico do mundo. Vibrações por todos os lugares percorridos. Em CUBA seus pés como que se colocavam sobre os passos de JOÃO PAULO II EM SUA PEREGRINAÇÃO PELO PAÍS ANOS PASSADOS. NÃO DEIXOU DE SER UM SIMBOLISMO O ENCONTRO DE DOIS MONSTROS HISTÓRICOS DO SÉCULO XX: ASSISTIU-SE EM HAVANA ao aperto de mãos do COMUNISMO e de sua QUEDA, AINDA QUE o simbolismo tenha funcionado por PROCURAÇÃO: BENTO XVI, antigo número 2 de JOÃO PAULO II encontrando-se com o número 2 de FIDEL CASTRO na pessoa de Raul Castro, o mano . No momento tornados ambos número 1!

Nas duas viagens: BENTO XVI, em CUBA, HUMILDEMENTE LIMITOU-SE a cumprir seu papel: SER ELE MESMO, SER TESTEMUNHO DE CRISTO num mundo que passa, como é o caso de CUBA, destinado a desaparecer com os CASTRO. É o que mudamente dizia a imagem em ferro batido colocado em ponto elevado diante do altar onde BENTO XVI celebrou a missa na Praça da Revoluçào. Os POLÏTICOS passam, a IGREJA permanece!
No MÉXICO o mundo também passa: não é garantia de um futuro para um país geográfica e moralmente situado abaixo dos ESTADOS UNIDOS; uma mistura de comsumismo, de esquisofrenia na palavra de BENTO XVI entre ética pública, visível, e ética pessoal, secreta, numa exploração do homem pelo homem.

A grande curiosidade é contemplar esta velha DAMA, a IGREJA CATÓLICA, usada, vilipendiada, portadora de grandes crises em seua dois mil anos, OLHAR com olhos de uma jovem aquelas duas sociedades visitadas, depois de demonstrações de visível arrogância. Como se não fosse a IGREJA CATÓLICA portadora de uma outra energia, diferente da política, jamais vencida e geradora de ESPERANÇA. Eis a FRAQUEZA-FORÇA da IGREJA CATÓLICA! Pluri-cultural, plurisecular, uma das antiguidades da Humanidade. Quando esta HUMANIDADE costruída sobre si mesma agoniza sufocada a mais não poder, a IGREJA CATOLICA RESPIRA A PLENOS PULMÕES! CLARO QUE NÃO ESTÁ SÓ A DEMONSTRAR ESSA SAÚDE, MAS FICOU MUITO EVIDENTE NESSA VIAGEM!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

PORTEIROS DO "SÃO JOÃO BATISTA"

"SÃO JOÃO BATISTA": nome de um dos maiores cemitérios da cidade do RIO DE JANEIRO. Situado na rua General Polidoro, Botafogo, costumo penetrar nele pelo portão de ferro distante apenas uns 39 metros do final da Rua Dona Mariana. Dentro do CAMPO SANTO dou sempre de cara ou com o senhor FRANCISCO ou com o senhor SEBASTIÃO, os dois porteiros ou guardiões dos milhares ou milhões de seres humanos resgatados pelo sangue divino de Cristo Jesus. Claro que separados de suas almas, pois em túmulos suntuosos ou pobres, bem cuidados uns, maltratados outros, apenas adormecem num "DORMITÓRIO". Sim, num DORMITÓRIO; CEMITÉRIO é a traduçao da palavra grega "KOIMETÉRION"= "LUGAR PARA DORMIR", "REQUIETÓRIO"= lugar para descansar. Donde naturalmente um ambiente de emudecimento, de silêncio, e para os que vivem da FÉ, um "CAMPO SANTO", ESPIRITUALMENTE um oásis recendendo, exalando o suave e celeste oerfume da "ESPERANÇA". ESPERANÇA, virtude que com a FË e a CARIDADE constituem as chamadas VIRTUDES TEOLOGAIS. Quando morre o ser humano, a alma se evola, se encanta, qual borboleta , e o corpo, seu casulo, se torna uma ESPERANÇA do mesmo modo que a ancora para o navio que atraca. E nessa "ESPERANÇA" essa nobreza na pobreza; essa nave que imobilizam nostalgias remanescentes; esse relogio do passado que marca as horas do presente: essas palmeiras já sem fruto que apontam rotas futuras", os dois porteiros do SÀO JOÃO BATISTA, Sô FRANCISCO e Sô SEBASTIÀO silentemente velam , dia um dia outro, o primeiro há mais de 50 anos, o seguno há quase 40. Se "quem varre a rua varre o reino de Deus, diga-me, poeta, que papel exerce quem é guarda de mortos no CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA?