terça-feira, 24 de abril de 2012

VICENTE DE PAULO E FREDERICO OZANÃ

O mês de ABRIL me traz sempre à memória quatro aniversários de nascimento: na história universal, o de HITLER, 20 de abril, e na história pátria o de GETÚLIO VARGAS, 19. Na história da IGREJA CATÓLICA sobressai a figura de VICENTE DE PAULO (24/04/1681) e de ANTÔNIO FREDERICO OZANÃ (13/04/1830). Fisicamente quem bem descreveu SÃO VICENTE DE PAULO foi o monge cisterciense THOMAS MERTON (1915-1968). Lendo o livro "Faces de Santos" e deparando-se com a sua face mortuária, escreveu que esse santo lhe pareceu bastante real: "tem muito de um rude camponês gascão (natural de Pouy, na Gasconha, região do sudoeste da França) como sabia ser, com terrível energia refletida no rosto, ferozes olhos negros, e uma boca como armadilha para pegar ursos" ("O Signo de Jonas", pag.118). O biógrafo do santo, J.Calvet, distribui os santos da Igreja em duas espécies: a dos santos clássicos que crescem cada dia, que conquistam a santidade lentamente, grupo no qual se inclui SÃO VICENTE DE PAULO, e a dos santos fora de série, "hors concours', sobre quem a graça de Deus cai fulminando-os, precipitando-os nos caminhos extraordinários, como um São Paulo. No primeiro grupo também se inclue FREDERICO OZANÃ . Sua vida pode ser resumida nas seguintes palavras: "amor apaixonado pelas letras como meio de desenvolver a inteligência, e em seguida despertar e fortificar a FÉ nas almas; AMOR apaixonado pelos pobres como meio de conjurar a guerra entre o rico e o indigente. Advogado, professor da Sorbona, foi o fundador da SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO (1833), movimento logo espalhado no Brasil com o nome de CONFERÊNCIAS DE SÃO VICENTE DE PAULO. Em carta a um amigo, assim se expressou nosso bem-aventurado: "A terra se esfria e a nós católicos cumpre reanimar o calor vital que se extingue. Cabe-nos recomeçar a era dos mártires, pois há um martírio possível a todos os cristãos. Ser mártir é dar sua vida por DEUS e por SEUS IRMÃOS. É DAR A VIDA EM SACRIFÍCIO, SEJA RAPIDAMENTE CONSUMADO COMO UM HOLOCAUSTO, SEJA LENTAMENTE REALIZADO COMO SOBRE O ALTAR SE EVOLAM OS PERFUMES". Foi beatificado pelo Papa João Paulo II na igreja Notre-Dame de Paris, no dia 22/08/97.

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