quinta-feira, 19 de abril de 2012

FINAL DE DOIS PAPAS NA DIREÇÃO DA IGREJA

Com a escolha de dois PAPAS à frente da Santa Sé, cada qual se afirmando legítimo, a situação da Igreja se agravou. URBANO VI obrigou numa batalha campal o rival CLEMENTE VII a se fixar em AVINHÃO, França, onde chegou em 20/06/1379. Mais que nunca entrou em jogo a "política". Aderiram a CLEMENTE VII a França, a Escóssia e a Espanha. URBANO VI conservou consigo a maior parte da ALEMANHA, a INGLATERRA, a ITÁLIA, em resumo: a maior parte da IGREJA. Incorrigível na maneira de conduzir os cardeais, URBANO VI viu seis de seus cardeais declará-lo sob tutela e confiar a terceiros a administração dos negócios vaticanistas. Pouco depois falecendo URBANO VI (15/10/1389), foi sucessor seu BONIFÁCIO IX (1389-1404), depois INOCÊNCIO VII (1404-1406), finalmente GREGÓRIO XII (1406-1415). FILHA PRIMOGÊNITA da Igreja, a FRANÇA, partidária de CLEMENTE VII, propôs três saídas para o impasse : resignação dos dois papas, designação de homens probos para resolver a questão ou convocação de um CONCÍLIO GERAL DA IGREJA. Tendo falhado todos os três meios, os CARDEAIS das duas cortes pontifícias convocaram em 1408 a realizaçào de um CONCÍLIO GERAL em PISA, Itália. Este concílio depôs ou melhor declarou decaídos "ipso facto" de sua dignidade um e outro papa, por notoriamente cismáticos, herejes e escandalizadores da IGREJA, nomeando o cardeal-arcebispo de MILÃO como o papa ALEXANDRE V (1409-1410), logo substituído , 1410, pelo cardeal Balthasar Costa ou JOÃO XXIII. DEVIDO, PORÉM, ÀS CONTROVÉRSIAS SURGIDAS SOBRE A VALIDADE DE TAIS INICIATIVAS, a eleição de ALEXANDRE V não pôs fim ao cisma, pois BENTO XIII conservou consigo a Espanha e a Escóssia, e GREGÓRIO XIII uma parte da Alemanha e da Itália e ALEXANDRE V teve a seu lado na Alemanha e na Itália as regiões que se desligaram de GREGÖRIO XIII, além da França, da Inglaterra e logo a seguir ROMA e AVINHÃO, a saber: a maior parte da IGREJA. Agravando-se, com isto, o cisma, o imperador SIGISMOND (1410-1437), DETENTOR DO TÍTULO DE DEFENSORR NATO da IGREJA, obteve do Papa JOÃO XXIII a convocação do concílio geral de CONSTANÇA (1414-1418). O papa JOÃO XXIII, PREVENDO SUA DEPOSIÇÃO, fugiu do concílio, montado num cavalo como um mendigo, temendo não dever ser reconduzido ao cargo; foi decaído de sua dignidade por ter fugido, por simonia e pelos costumes pessoais, a tudo, contudo tendo-se submetido; GREGÓRIO XII abdicou (04/07-1415) e BENTO XIII, refugiado na Fortaleza de Peniscola, a Espanha se afastou dele. Assim o CONCÍLIO O DEPÔS (1417) como herético e cismático e nomeou um papa "certo" que surgiu da eleição realizada então. Este Papa foi o cardeal italiano OTTON COLONNA que tomou o nome de MARTIN V (1417-1431).

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