quarta-feira, 11 de abril de 2012

PORTEIROS DO "SÃO JOÃO BATISTA"

"SÃO JOÃO BATISTA": nome de um dos maiores cemitérios da cidade do RIO DE JANEIRO. Situado na rua General Polidoro, Botafogo, costumo penetrar nele pelo portão de ferro distante apenas uns 39 metros do final da Rua Dona Mariana. Dentro do CAMPO SANTO dou sempre de cara ou com o senhor FRANCISCO ou com o senhor SEBASTIÃO, os dois porteiros ou guardiões dos milhares ou milhões de seres humanos resgatados pelo sangue divino de Cristo Jesus. Claro que separados de suas almas, pois em túmulos suntuosos ou pobres, bem cuidados uns, maltratados outros, apenas adormecem num "DORMITÓRIO". Sim, num DORMITÓRIO; CEMITÉRIO é a traduçao da palavra grega "KOIMETÉRION"= "LUGAR PARA DORMIR", "REQUIETÓRIO"= lugar para descansar. Donde naturalmente um ambiente de emudecimento, de silêncio, e para os que vivem da FÉ, um "CAMPO SANTO", ESPIRITUALMENTE um oásis recendendo, exalando o suave e celeste oerfume da "ESPERANÇA". ESPERANÇA, virtude que com a FË e a CARIDADE constituem as chamadas VIRTUDES TEOLOGAIS. Quando morre o ser humano, a alma se evola, se encanta, qual borboleta , e o corpo, seu casulo, se torna uma ESPERANÇA do mesmo modo que a ancora para o navio que atraca. E nessa "ESPERANÇA" essa nobreza na pobreza; essa nave que imobilizam nostalgias remanescentes; esse relogio do passado que marca as horas do presente: essas palmeiras já sem fruto que apontam rotas futuras", os dois porteiros do SÀO JOÃO BATISTA, Sô FRANCISCO e Sô SEBASTIÀO silentemente velam , dia um dia outro, o primeiro há mais de 50 anos, o seguno há quase 40. Se "quem varre a rua varre o reino de Deus, diga-me, poeta, que papel exerce quem é guarda de mortos no CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA?

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