quinta-feira, 12 de abril de 2012

VISÕES DE BENTO XVI NO MÉXICO E EM CUBA

Eis as observações importantes colhidas por JEAN-MARIE GUÉNOIS, jornalista credenciado junto à Santa Sé, acompanhando BENTO XVI nas viagens ao México e Cuba em março passado, em seu blog no LE FIGARO de 30/03/12:

MÉXICO e CUBA sào países que não vão bem. No MÉXICO, em 5 anos, foram mortos 50.000 seres humanos, em consequência do narco-tráfico e por agentes do poder público. Em CUBA a transição política se realiza numa lenta agonia; pretende-se sair de um regime comunista o mais bem idealizado da história para um futuro bastante incerto e potencialmente violento. Como não, se o irmão de Fidel, Raul, mantém as rédeas nas mãos, com a idade de 80 anos, e em sua volta circula uma velha guarda octogenária! Turbulência mais que anunciada!

Nem se pode imaginar um BENTO XVI revestido das cores de um bombeiro de plantão. Sua autoridade, essencialmente espiritual, religiosa e moral, não se impõe: escuta-o quem o quiser! Seu papel se limita a ser testemunho de Jesus Cristo!

Na sua viagem ao MÉXICO o Papa sentiu-se como um herdeiro de seu predecessor JOÃO PAULO II. EM SEUS DESLOCAMENTOS vivenciou a intensidade da paixão de um povo do segundo país mais católico do mundo. Vibrações por todos os lugares percorridos. Em CUBA seus pés como que se colocavam sobre os passos de JOÃO PAULO II EM SUA PEREGRINAÇÃO PELO PAÍS ANOS PASSADOS. NÃO DEIXOU DE SER UM SIMBOLISMO O ENCONTRO DE DOIS MONSTROS HISTÓRICOS DO SÉCULO XX: ASSISTIU-SE EM HAVANA ao aperto de mãos do COMUNISMO e de sua QUEDA, AINDA QUE o simbolismo tenha funcionado por PROCURAÇÃO: BENTO XVI, antigo número 2 de JOÃO PAULO II encontrando-se com o número 2 de FIDEL CASTRO na pessoa de Raul Castro, o mano . No momento tornados ambos número 1!

Nas duas viagens: BENTO XVI, em CUBA, HUMILDEMENTE LIMITOU-SE a cumprir seu papel: SER ELE MESMO, SER TESTEMUNHO DE CRISTO num mundo que passa, como é o caso de CUBA, destinado a desaparecer com os CASTRO. É o que mudamente dizia a imagem em ferro batido colocado em ponto elevado diante do altar onde BENTO XVI celebrou a missa na Praça da Revoluçào. Os POLÏTICOS passam, a IGREJA permanece!
No MÉXICO o mundo também passa: não é garantia de um futuro para um país geográfica e moralmente situado abaixo dos ESTADOS UNIDOS; uma mistura de comsumismo, de esquisofrenia na palavra de BENTO XVI entre ética pública, visível, e ética pessoal, secreta, numa exploração do homem pelo homem.

A grande curiosidade é contemplar esta velha DAMA, a IGREJA CATÓLICA, usada, vilipendiada, portadora de grandes crises em seua dois mil anos, OLHAR com olhos de uma jovem aquelas duas sociedades visitadas, depois de demonstrações de visível arrogância. Como se não fosse a IGREJA CATÓLICA portadora de uma outra energia, diferente da política, jamais vencida e geradora de ESPERANÇA. Eis a FRAQUEZA-FORÇA da IGREJA CATÓLICA! Pluri-cultural, plurisecular, uma das antiguidades da Humanidade. Quando esta HUMANIDADE costruída sobre si mesma agoniza sufocada a mais não poder, a IGREJA CATOLICA RESPIRA A PLENOS PULMÕES! CLARO QUE NÃO ESTÁ SÓ A DEMONSTRAR ESSA SAÚDE, MAS FICOU MUITO EVIDENTE NESSA VIAGEM!

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