PRIMEIRO  NATAL  DEPOIS  DA  GUERRA

NATAL DE  1947:  "No centro da História encontramos uma GRUTA, uma CRUZ e um  TÚMULO VAZIO.  À entrada da GRUTA uma sentença: "Dignou-se hoje nascer da VIRGEM o REI DOS CÉUS para a ESTE  RESTITUIR O  HOMEM PERDIDO.  SOBRE A CRUZ lemos: "Eis o MADEIRO  DA  CRUZ  do qual  pendeu a SALVAÇÃO  DO  MUNDO".  Sobre o TÚMULO VAZIO: "NON  EST  HIC, RESSUSCITOU". Três atos supremos da HISTÓRIA DO MUNDO  pela comunicação da ETERNIDADE ao TEMPO: A  INCARNAÇÃO, a MORTE , a RESSURREIÇÃO. NÃO PODEMOS isolar na vida de CRISTO nenhum MOMENTO, nenhum ATO, nenhuma PARÁBOLA, sem alterar a harmonia profunda do CONJUNTO. NÃO PODEMOS COMEMORAR O  NATAL daqui a dois meses sem ao mesmo tempo se lhe juntar os outros dois acontecimentos que intimamente se lhe conjugam: a MORTE e a RESSURREIÇÃO.  De fato a LITURGIA  nos ensina a passar da servidão cronológica para vivermos mais interessados no sentido completo da própria VERDADE que veio NASCER e MORRER e RESSUSCITAR, para que aprendêssemos que nossa própria vida se resume nesses mesmos momentos supremos: NASCER, MORRER E RESSUSCITAR". De mil modos se tem deturpado o espírito da GRANDE NOITE, VERDADEIRA E  BEM-AVENTURADA EM QUE SE UNEM  ÀS  TERRESTRES  AS  COISAS  CELESTES, ÀS  HUMANAS AS DIVINAS, pois a NOITE da  Ressurreição se prende indissoluvelmente à NOITE  do  NASCIMENTO" ("NATAL DE 1947", ALCEU AMOROSO LIMA).

STEPHAN ZWEIG ANTES  DE  DEIXAR A VIDA

"É PRECISO PROCURAR  AS RAZÕES QUE TORNEM A VIDA DIGNA DE SER VIVIDA" (Tristão de Athayde, 23/04/1944).

Assim escreveu Stephan Zweig: "Antes de deixar a vida por vontade própria, com a mente lúcida, imponho-me a última obrigação: dar um carinhoso agradecimento a este maravilhoso país, o  BRASIL,  que  propiciou a mim e a minha obra tão gentil e hospitaleira guarida. A cada dia aprendi o amor a este país, mais e mais.  Em parte alguma eu poderia reconstruir a minha  vida, agora que o mundo da minha língua está perdido e o meu lar espiritual, a Europa,  autodestruído. Após sessenta anos são necessárias forças incomuns para começar tudo de novo.  Aquelas que possuo foram exauridas nestes longos  anos de desamparadas peregrinações.  Assim, em boa hora e conduta ereta, achei melhor concluir uma vida na qual o labor intelectual foi a mais pura alegria, e a liberdade pessoal  o  mais precioso bem sobre a terra. Saúdo a todos os meus amigos.  Que lhes seja dado ver a aurora dessa longa noite. Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes"(Stephang Zweig, Petrópolis, 22/02/1942) ("Morte no Paraíso", por Alberto Dines).

A  DANÇARINA   GIOVANNA   T.   BARROS

Sagrou-se exímia dançarina infantil, de uma simpatia contagiante, desenvolta e irradiante, dia 24/10/16, no Teatro Faschion Mall, a  netinha de 6 anos, DIOVANNA  TRIVELLI  BARROS, do Centro  Educacional  Miraflores, Rio de Janeiro. Nas palavras do "Programa de Ballet e Jazz 2016" constituiu-se a apresentação para os assistentes "motivo de grande orgulho, face ao trabalho artisticamente desenvolvido pelas alunas do MIRAFLORES. Afinal, é através da dança que vivenciamos o corpo, integramos o conhecimento intelectual e a livre expressão do aluno. A DANÇA promove transformação. É a arte capaz de expressar com o corpo o ritmo da alma".  Foi com grande alegria da platéia do corpo  dos professores do MIRAFLORES e alunos que se desenvolveu um tema que contou um pouco da história  de alguns países de um planeta especial". Encheu-nos as almas e os olhos a figura de GIOVANNA, partícipe GRACIOSA de duas "Coreografias" exibidas: da Professora e Coreógrafa/Teacher and Choreographer Patrícia Lourenço, EUA a primeira, e a segunda BRASIL.      Ramalhete patriótico, gravado nos corações dos diversos parentes e amigos : pais  muito queridos, Paola e José Eduardo, avó "corujíssima", Luzia,  da Solange sempre de bom humor e da tranquila amiguinha presente, de coleguinhas  e amigas diversas, além do vovô mineirísimo mas de pouco falar: "O mais importante não é vencer, mas participar, assim como o mais importante na VIDA não é o triunfo, mas a luta. O essencial não é ter vencido mas ter  lutado".

AS  MÃES   DO   EVANGELHO

La mere des Apôtres JACQUES et JEAN est comme toutes les mamans: elle voudrait que  ses fils aient une belle situation.  Et comme elle pense que Jesus sera  bientôt le roi dIsrael, elle va le trouver. "Que veux-tu?"  demande le Seigneur. Elle lui dit: "Voici mes deux fils: ordonne quils siegent lun à ta droite et l autre  à ta gauche, quand  tu seras roi". Jésus ne se fâche pas. Il répond seulement:  "Vous ne savez pas ce que vous demandez". Ce quelle demandait, la pauvre femme, elle le  comprendra plus tard, pres de la croix. Car pres de la croix  il ny a qu`un homme: saint Jean, il  y a des femmes et parmi elles, autour de  Marie la mere de Jésus, plusieurs méres de  familles". Et cest bien parce que le coeur dune maman est une des plus hautes créations de Dieu, que la Bible, des le temp de lAncien Testament a comparé lamour  de Dieu pour nous á lamour dune maman pour son enfant". 

ANIVERSÁRIO   DE   DONA   NENÉM

Mais do que em outro dia qualquer , no de amanhã, 19/10/2O16,  as singelas e devotas violetinhas brancas e roxas, de mudas trazidas do CALVÁRIO do Caraça, em sorrisos mais abertos, saudarão, da janela do quarto onde escrevo, a MÃE dos seis filhos restantes na terra entoando o "parabéns pra você" junto do Quive, na data de  seu nscimento em 19/10/1901, MINEIRA de  Itaguara, Conquista na época.  SEM NADA OFERECER-LHE NOS SEUS  115 ANOS LEIA O QUE LHE DEDICO  ESCRITO  POR   RABINDRANATH  TAGORE:

"TOMO-LHE AS MÃOS e aperto-a contra o coração!
Busco estreitar sua beleza nos meus braços, Roubar-lhe, a beijos, a doçura do sorriso. e com os olhos beber-lhe os olhares escuros.

Mas, ah! pobre de mim! onde estará tudo isso?
Quem pudera arrancar ao céu o seu azul?

Eu intento estreitar a beleza... Ela foge-me,
deixando unicamente um corpo em minhas mãos.

Renuncio, afinal, humilhado e vencido.

Como pudera a carne atingir essa flor
que somente ao espírito é dado tocar?"

Leio no meu Manuel de Congregado Mariano (1938) o seguinte: "A  minha Alma est;a tristeb até à morte...Compadece-te de mim ao menos tu, Amigo Meu!" "Um coração apenas pode concerter o inferno em Paríso?" ESPERANÇA!... EM QJÊ? NOS HOMENS, NO TEMPO...E SE MEU AMOR FALHARÁ?  SE, PREGADO NA CRUZ reconhecer que TUDO foi em vào? Tarefa difícil! Eis que JESUS p!õe o pé no grande pântano do mundo, no lodaáçal do pecado. Salpicam-no as ondas da tentação: o REINO pode ainda salvar-te, diz-lhe o tentDOR CONFIA NO TEU PODER! "NAS TUAS MÃOS entrego omeu ESPÏRITO, exalo o meu espírito. O MUE  ESPÏRITO  SANTO!"Um grande burburinho encheu a casa. O amor do coração amou até o aniquilamentoe tornando-se invisível ressurgiu no CORAÇÃO  DOS  RESGATADOS! OPERA UM MILAGRE QUE CONQUISTE OS corações! E JESUS, vendo sua MÃE, disse ao discípulo: "EIS AÍ TUA MÃE!"E A SUA MÃE: "MULER EIS AÍ O TEU FILHO!" NÀO HÁ inimigo  mais  poderoso nem   NOITE MAIS ECURA DO QUE AS trevas  luminosas do  amor!  E  MARIA, mãe de Jsus,  tornou-se a  RAINHA  DA  ESPERANÇA!.

SENHORA   DA   ESPERANÇA

ASSIM ME FALA JESUS, O FILHO  DA "SENHORA DA ESPERANÇA", MARIA "MATER DEI": "VÊ  como ambos vivemos, TU e EU! Pois eu morri outrora e uma SÓ VEZ PASSA O MEU CORPO, A MINHA IGREJA (é a ÚNICA TRANSIÇÃO) DA MORTE PARA A VIDA. Realiza-a  cada um dos seus membros no lugar onde está, única transição na qual a terra passa a ser o CÉU, e o eixo desse movimento é a IGREJA.  Aí se abre o mundo, fechado, aguardando a prometida graça. Aí confessa o HOMEM a sua culpa e reconhece a sua verdade. E, ao ser posta a nu, essa verdade é anulada e o HOMEM recebe a VERDADE de DEUS. Aí é o homem velho substituído pelo novo.  Aí morre o mundo e nasce um outro MUNDO. Aí se cortam, sobrepondo-se, ambas as idades. Aí se torna cada fim um PRINCÍPIO, cada falta de perspectiva o PENHOR duma ESPERANÇA! Aí jorra a    vida eterna, do mais duro rochedo. Aí termina a marcha da RAZÃO e crescem as asas da FÉ. Aí é resolvido o enigma do MUNDO pelo mistério de DEUS. Aí se fecha o abismo entre o CÉU e a TERRA, vivendo os seus fiéis nos dois reinos ao mesmo tempo: a bem-aventurança deixa de ser uma promessa longínqua, UMA  ESPERANÇA, e a VIDA ETERNA é o conhecerem-te no amor, a TI, o PAI, e o conhecerem-me a mim QUE por ti fui ENVIADO. E NENHUMA INCERTEZA HUMANA ACERCA DA SALVAÇÃO SERÁ UM SOLO TÃO VACILANTE QUE NÃO SEJA MAIS SEGURO O ROCHEDO DA FÉ" (HANS URS VON BALTHASAR, "O CORAÇÃO DO MUNDO").
   

NOSSA   SENHORA   DA   ESPERANÇA

Criada pelo Cardeal Avelar Brandão Vilella, na Rua Conde de Irajá, 485, Rio de Janeiro, a Paróquia de Nossa Senhora da ESPERANÇA TEM UMA BELA HISTÓRIA.  Conta a  CARTA  ESCRITA por Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal Dom Manoel I (1469-1521) que a primeira missa  celebrada no Brasil ao dirigir-se à India se deu no dia 26/04/1500, numa elevação que ganhou o nome de Monte Pascal quando, viajando ao longo da costa fundearam no abrigo chamado então Porto Seguro, hoje Santa Cruz  Cabrália, Bahia. O fato se deu no dia 26/o4/1500 no domingo da pascoela, no lugar hoje chamado Cruz ou Coroa Vermelha. A segunda missa foi celebrada  no continente, com grande assistência, no dia 01/05/1500. Esta missa foi retratada por Victor Meirelles em 1860 em Paris.  Ali  Dom  Frei Henrique de Coimbra celebrou a missa diante da imgem de NOSSA SENHORA  DA  ESPERANÇA.   Pois bem,  esta imagem de setenta centímetros,  reproduzida pelos santeiros de Braga numa réplica,  esculpida em madeira, da original, com um metro e setenta centímetros,  foi presenteada pelo bispo de Guarda e benta pelo doador à igreja da Rua Conde de Irajá, 485, Rio. Quando chegou aí,  uma procissão marítima levou-a à enseada  de Botafogo pelas ruas da cidade até ao templo onde  hoje se encontra. Nasceu assim na Cidade Maravilhosa mais uma invocação  às centenas existentes no BRASIL à MÃE de JESUS:  "NOSSA  SENHORA  DA  ESPERANÇA". Entre as orações mais familiares do PAPA JOÃO XXIII está a "sequenza marialis" do Papa Inocêncio III desde criança por ele repetida: "AVE,  MUNDI  SPES,  MARIA!  TU  PECCATA  DELE  MEA!  ET  COR  MUNDUM  IN  ME  CREA!  DA  S P E M  FIRMAM,    FIDEM  RECTAM,  CHARITATEM   DA  PERFECTAM!"  SALVE, MARIA, ESPERANÇA  DO  MUNDO!

 "EU   VOTO   NO   MEU   PAI!"

DESPERTOU-me o espírito cívico, patriótico, ontem à noite,  02/10/16,  a visão  que a TV me   ofereceu, como presente,. no final de um dia de eleições. Em meio a sorrisos espontâneos, e abraços e vivas e gritos de vitória, quase massacrado pela multidão, emerge o rosto agradecido e feliz e SORRIDENTE - (e isto é apelido!) - do recém nascido nas urnas do prefeito da  CAPITAL DE  SÃO PAULO :  JOÃO  DORIO!  Para mim um ilustre desconhecido até então. Que pena não ter ele nascido em Minas "com um coração de ouro num peito de ferro"! Meu júbilo, porém, não parou ali.  Encimando o quadro eleitoral festivo, um garotinho agitando eufórico uma bandeirinha com os dizeres: "EU  VOTO  NO  MEU  PAI!" Nada mais faltava para fazer transbordar meu coração mineiro. Que de príscas eras, 1947, ME FEZ   REGREDIR  à ADOLESCÊNCIA aquele fiapinho de gente,  vendo-me dar asas ao meu incontido instinto político aos 18 anos, em Petrópolis, depositando na urna, trêmulo de emoção,  meu primeiro voto sufragando o nome brasileiríssimo do "brigadeiro da libertação", um dos "18 do Forte de Copacabana":  "EDUARDO  GOMES"! Que tenha sido o anjo da guarda daquela criança, daquele menino,  filho de JOÃO DORIO, o inspirador da mensagem muda, implícita no desejo do filho  daquele candidato eleito, mensagem OPORTUNA, silenciosamente caída em milhares de corações brasileiros, numa premonição de que, a partir dessas derradeiras eleições, com não poucas lições a dar aos que votaram bem como aos que  não votaram, a prenunciarem o advento, a CONSAGRAÇÃO  do prefeito de São Paulo à altura dos desejos, das consciências dos eleitores paulistanos que sufragaram o nome do  pai daquele menino, JOÃO  DORIO!  JOÃO, nome histórico (e - baixinho! -  o NOME daquela personalidade  da bíblia que foi o precursor de Jesus: João Batista. Que o genitor daquele filho, à frente da administração paulistana, realize os nobres  ideais  do  BRIGADEIRO  EDUARDO  GOMES  em quem  votei duas vezes, mal terminada a segunda guerra mundial. Dele, duas vezes não eleito presidente do Brasil, conservo o pensamento norteador:  "O  preço  da  liberdade  é  a  eterna  vigilância!"