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STEPHAN ZWEIG ANTES DE DEIXAR A VIDA
"É PRECISO PROCURAR AS RAZÕES QUE TORNEM A VIDA DIGNA DE SER VIVIDA" (Tristão de Athayde, 23/04/1944).
Assim escreveu Stephan Zweig: "Antes de deixar a vida por vontade própria, com a mente lúcida, imponho-me a última obrigação: dar um carinhoso agradecimento a este maravilhoso país, o BRASIL, que propiciou a mim e a minha obra tão gentil e hospitaleira guarida. A cada dia aprendi o amor a este país, mais e mais. Em parte alguma eu poderia reconstruir a minha vida, agora que o mundo da minha língua está perdido e o meu lar espiritual, a Europa, autodestruído. Após sessenta anos são necessárias forças incomuns para começar tudo de novo. Aquelas que possuo foram exauridas nestes longos anos de desamparadas peregrinações. Assim, em boa hora e conduta ereta, achei melhor concluir uma vida na qual o labor intelectual foi a mais pura alegria, e a liberdade pessoal o mais precioso bem sobre a terra. Saúdo a todos os meus amigos. Que lhes seja dado ver a aurora dessa longa noite. Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes"(Stephang Zweig, Petrópolis, 22/02/1942) ("Morte no Paraíso", por Alberto Dines).
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