domingo, 29 de maio de 2016

SUCURSAL  DE  "O  GLOBO"  1958

Vez ou outra vem-me à lembrança o dever de uma palavra de gratidão ao jornalista HÉLIO VAZ  DE  MELO, Diretor da Sucursal de "O GLOBO" em Belo Horizonte, por um gesto de profunda visão jornalística e cultural e beneficente, e de homenagem ao COLÉGIO DO CARAÇA, NO ANO DE 1958... e já se foram 56 anos! Sem dúvida, o diretor do Colégio cumprira o dever de gratidão de lhe agradecer o convite relativo à presença, na inauguração da sucursal de "O GLOBO" na capital mineira, da centena de livros impressos nos séculos 16 e 17 da biblioteca do Caraça, na ocasião. Como, porém, minha colaboração foi oportuna para o transporte dos livros, e não estando mais, na época da devolução, residindo no Colégio, não me custava entrar em contato com ele. Lembro-me de que, no início dos anos setenta,  numa cerimônia na igreja da Imaculada Conceição de Botafogo, eu o reconheci, mas não pude estar com  ele. Descobrindo hoje sua assinatura e impressão no livro de ouro do Caraça, por ocasiõ de sua visita ao Santuário na época, aqui a transcrevo: "81 - CARAÇA -  Célula Mater da Cultura Humanística Brasileira! Tanto o piedoso Irmão Lourenço, em 1775,  como os atuais lazaristas em 1958 organizaram um império: o  da FÉ e da Perseverança, servindo a Deus e à Pátria! Caraça, Natal de 1958. Hélio Vaz de Melo, Diretor da Sucursal de "O GLOBO" em Belo Horizonte.

sábado, 28 de maio de 2016

CARAÇA   O   PRIMEIRO   COLÉGIO   DE   MINAS

Data de 1821 a fundação oficial do Colégio que tantas luzes traria a Minas. Leandro Rebelo Peixoto e Castro e Antônio Ferreira Viçoso, de origem portuguesa foram os primeiros e admiráveis elementos de evangelização e cultura nesse ambiente agreste.  De França, Holanda, Alemanha, Bélgica, Itália e Espanha aportavam , de tempos em tempos,  dedicados e ilustres missionários. Lá por 1880 opinou o Superior, Padre Clavelin, que o templo seria pequeno para preencher suas finalidades.  Faz demolir a fina jóia colonial e coloca em seu lugar um majestoso templo gótico, inegavelmente belo na sua força de granito, na brancura de seus mármores.  O colégio teve uma época de prosperidade e brilho, durante a qual recebeu visitas célebres, como a de  Dom Pedro II e Da. Teresa. Formada aos poucos, com acervo de obras vindas, na maior parte, da Europa, tornou-se a biblioteca uma das mais raras no mundo. Em verdade, é museu e maravilhas. Com o correr dos tempos e talvez com a sua fama de austeridade, o colégio entrou em fase adversa, de insuperáveis obstácules. Outros estabelecimentos mais acessíveis iam-se espalhando pelos burgos mineiros. O Caraça transformou-se, ou melhor,  confinou-se,  a partir de 1912, à Escola Apostólica, ainda hoje florescente e frequentada por duas centenas de jovens com inclinação para o estado eclesiástico. Ao final dos estudos, alguns poucos se encaminham  para o sagrado ofício" ("Montanha Viva -  Caraça", de Henriqueta Lisboa). Observação: o colégio oficial encerrou-se no dia 28/05/1968 com um incêndio no prédio dos alunos.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

23 de maio de 1906: natal de "VOVÔ  FELÍCIO

Foi nesse dia que no Estado de Minas ("Um Coração de ouro  num peito de ferro")  nascia em  CORDISBURGO , "só quase lugar, mas tão de repente bonito" (JGR), VICENTE  GUIMARÃES, o tio de  João Guimaraes Rosa, genial escritor de "Grande Sertão; veredas". Descobri-o EM 1939 VENDENDO EM MEU TORRÃO NATAL, BONFIM, MINAS,  o jornal católico "O DIARIO".  Este quinzenalmente levava acoplado um "SUPLEMENTO  INFANTIL", isca apetitosa para os nove verdes anos meus e  de seis dos onze outros  irmàos em idade escolar. Pouco tempo durou, pois vistosa revista  "ERA  UMA  VEZ" logo ocupou-lhe o lugar. Providencial adjutório ao nosso aprendizado, incentivado pelos nossos genitores. Chamava-se  "VOVÔ  FELÍCIO" o seu diretor.O pseudônimo resultou de escolha dos leitores mirins, convocados a encontrarem um nome bonito. Das cartas recebidas a maioria cravou o carinhoso apelativo "VOVÔ". O "FELÍCIO" resultou do conteúdo de uma cartinha, dos já então "netinhos", que contara ter perdido o avô naqueles dias, donde a troca do nome "VICENTE" por "VOVÔ  FELÍCIO". A  "E RA UMA VEZ"  na década de 40 cedeu o lugar ao "SESINHO" com a mudança do VOVÔ para o Rio. Acompanhei a trajetória da vida de Vovô Felício até o dia de sua entrada no céu, no dia 02/06/1981. Muitos de seus netinhos certamente vivemos ainda, sendo-lhe gratos pelas lições de civismo, de amor à leitura e à pátria. Quem não se recorda do "Pequeno Pedestre"? Abriu-me o mundo do lado de lá do "Morro da Forca", ensinando-me com desenhos artísticos e em versos coisas nunca imaginadas: bondes, sinais luminosos, como caminhar nas calçadas... Foi um inesquecível mestre e  amigo de nossa infância e adolescência passadas no período da guerra mundial  e nos anos subsequentes, no amanhecer de um mundo novo.  Por tudo isto e pela idolatria que lhe votamos, nossos parabéns pelos seus 110 anos!















AVOVO  FELECIO  É  IMORTAL

23 DE MAIO DE 1906. NO ESTADO  BRASILWIRO APELIDADO POR FRANCISCO IGLESIAS "UM CORAÇAP DE OURO NUM PEOTO DE FERRO corria de boca em boca a noticia do nascimento de VICENRE DE PAULO GUIMARAES, ANOS DEPOIS 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

DOIS   HOMENS   PARA   O   SEU   TEMPO

TRISTÃO, há 50 anos, em artigo no JB, afirmou: THOMAS MÉRTON, passando da Revolução à Revelação, foi uma incomparável testemunha da vigilância de Deus sobre as tempestades da História". E depois de lhe traçar a biografia, concluiu: "Esse seu maior testamento. Como síntese do homem para o seu tempo e não do homem do seu tempo. Não conheço escritor mais completo nos dias de hoje do que Thomas Mérton. Há sem dúvida personalidades maiores como teólogos, como filósofos, como poetas, como romancistas ou como críticos. Mas como escritor que reúne ao mesmo tempo um pouco de tudo isto, como filósofo, sociólogo, poeta, prosador, e consiga integrar todas essas facetas numa personalidade que sabe dizer o que deve ser dito, com uma agudeza perfeita de estilo, no momento conveniente, tanto para os mais requintados no malabarismo intelesctual, como para os que procuram paz de espírito e a claridade da  eterna Sabedoria - não  conheço igual. O que escrevi há 20 anos (1980) confirmo hoje. Todos envelhecemos ou morremos.  Mas sua obra está cada vez mais jovem. Há mortes que são irreparáveis, para cada um de nós em particular. Outras o são para todos em geral. A de Thomas Mérton, em 1968,  colhida em plena maturidade de espírito e de corpo foi uma destas".

quinta-feira, 19 de maio de 2016

UMA  FILHA  DA  CARIDADE  VICENTINA

JOANA  DALMAGNE  em 1641 tratava de uma pobre moça repleta de escrófulas purulentas, exalando um cheiro tão nauseabundo que ninguém ousava aproximar-se dela.  Os moradores do lugar tinham nojo até de chegar junto de sua mãe.  Duas vezes por dia JOANA limpava suas chagas, apesar das náuseas e vômitos que isso lhe ocasionavam. Muito cedinho, antes que a mãe e a filha se levantassem,  lá estava ela  à porta com suas esmolas e seus remédios, temendo que mais tarde lhe faltassem forças para prodigar-lhes seus cuidados.  No hospital catequisava os pobres e os mendigos. Um deles, tendo-lhe pedido um pão, ela foi pedi-lo à sua superiora. Esta deu-lhe um pão duro que tinha à mão. "Não, este não serve, minha irmã,  eu o comerei; não se deve dar a Deus senão o que é bom"! Os pobres, os primeiros servidos... não são  eles   as imagens do Cristo sofredor? A espiritualidade peculiar de São Vicente está toda resumida nesta fórmula: viver Jesus Cristo para levá-lo aos outros: nada mais, nem nada menos!" (Canitrot).

segunda-feira, 16 de maio de 2016

TRISTÃO,   BLOY,   RAÍSSA e MARITAIN

 ESCREVE  Tristão de Athayde (1893-1983) em "Companheiros de Viagem" que "um jovem casal de estudantes lera num artigo de  Maeterlinck uma definição de gênio por um desconhecido, certo Léon Bloy (1846-1917). Eram estudantes de filosofia, à procura angustiada da verdade. Indagaram quem seria  esse estranho simbolista  citado pelo autor de "Oiseau Bleu". Escreveram-lhe. E logo à primeira carta o implacável "Peregrino do Absoluto" neles reconhece uma vocação luminosa. "Lumineuse" é mesmo  o epíteto que Bloy encontra para Raíssa (1883-1960) ao conhecê-la. E dela traça, no seu diário de 25 de julho de 1905, esse retrato deslumbrado: "Que aventura sobrenatural, que bênção para nós, esses dois amigos enviados a 20 de junho, e que vemos se perderem , com tanto amor,  em nossa caverna! O moço é um desses idealistas ignorantes de Deus, que se deixam arrastar pelos cabelos ou pelos pés, na escada da Luz. A mocinha é uma judia russa, pequenina. Faz-me pensar num "muguet" dos bosques, que um raio de sol, pesado demais, fizesse inclinar sobre a própria haste.  Nesse ser encantador e tão frágil habita uma alma capaz de ajoelhar carvalhos. Desde  o primeiro dia me desconcertou sua inteligência". E Tristão comenta: "Eis um retrato de corpo inteiro desse tênue "fil de la vierge", dessa fragilíssima teia de aranha que iria ser por meio século o mais forte sustentáculo e colaborador do maior filósofo católico dos nossos tempos". Bloy: " Não é nattural ter amigos como vocês, sobretudo quando por 30 anos se trabalha para ter inimigos... Parece que nada há de mais espantoso que a sua amizade, Jacques e Raíssa. Este tempo é para nós, do ponto de vista da amizade, o que  os Atos dos Apostolos são para o Cristianismo".

domingo, 15 de maio de 2016

CATÓLICO!  CONHEÇA   SUA   RELIGIÃO!

A  ENCARNAÇÃO  não afeta somente a natureza humana de cada um de nós, a qual JESUS CRISTO assumiu no seio de  Nossa Senhora, mas repercute  sobre a HUMANIDADE inteira através dos séculos. A  ENCARNAÇÃO  repercute sobre toda a espécie humana.  Mas, atenção! O  CORPO  HUMANO  recebera em ADÃO O DOM GRATUITO  DA  IMORTALIDADE. COM O PECADO ORIGINAL  perdeu-se tal prerrogativa,  ficando assim nosso corpo fadado a se dissolver para sempre! É verdade, porém, que Cristo,  não tendo embora prometido restituir   a IMORTALIDADE aos homens, DEU-lhe o dom de ressuscitar como ELE ressuscitou   (1Cor.15,12ss). Portanto até as criancinhas mortas no seio materno (que não puderam receber a "graça santificante")  RESSUSCITARÃO  em virtude da conformidade de sua natureza com CRISTO.

sábado, 14 de maio de 2016

TRISTÃO   À   PORTA   DA   IGREJA

São Lourenço, 10 de julho de 1960.
(...)
Nesse tempo, em 1914, e nessa excursão (em Veneza),   entrei nas igrejas como simples turista à procura de belezas artísticas. Estava então em pleno...culturalismo. E as conversas com o E.(refere-se ao amigo Eddy Macedo que tentou convertê-lo) não me haviam em nada abalado as... descrenças. Só mesmo o  choque  do encontro com o Jackson de Figueiredo ia sacudir essa lerdeza", isto mesmo tão pouco profundamente que até hoje,  cada dia,  me queixo de mim mesm e desse relaxamento de fibras interiores que os vinte anos do estado de espírito de então me deixaram. E de que o pequeno episódio do Hotel Danieli, de um jovem de 20 anos, no fim do mundo antigo (século XIX), segurando, em Veneza, nervosamente,  a cabeça entre as mãos, à procura de si mesmo e de sua unidade interior perdida. E no entanto foi por essa época, ou antes (?) ou depois (?), que li  o Dominique, de Fromentin (escritor e pintor   francês; a frase inicial de Domenique quer dizer: "Pus-me  de acordo comigo mesmo), um dos livros que me impressionaram na minha mocidade, e senti, como se fosse minha, a frase inicial que tantas vezes tenho repetido: "Je me suis mis dacord avec moi même". Em Veneza eu queria segurar com as mãos não apenas a testa, mas as idéias dispersas que me puxavam  de um lado para o outro, sem que eu soubesse ao certo "quem era o meu eu verdadeiro". Mas ao mesmo tempo, ou pouco depois, o acordo que eu julgava ter feito comigo mesmo era o do "diletantismo". E como sibarita de formas e de idéias, é que passei pela Itália, suas igrejas e seus museus, em 1914" ( Carta de 10/07/1960 à sua filha Maria Teresa). 

tristao a porta da Igreja

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A   NOSSA  SENHORA  DE  FÁTIMA

Abençoa,  Ó MÃE,  eata tua nobre nação lusitana que escolheste  para novo santuário das tuas maravilhas e que chamaste em primeiro lugar a usufruir  os benefícios da tua proteção. Abençoa a Europa inteira, hoje mais que nunca atormentada por profundas divisões entre os que pensam poder edificar um mundo novo sem o teu FILHO, que do mundo é o SALVADOR, o caminho, a verdade, a vida,  sem permanecerem fiéis à gloriosa tradição dos antepassados.  Das tuas praias partiram, nos séculos passados,  os nobres e cristãos exploradores e conquistadores, que foram os primeiros a comunicar a mensagem de CRISTO e da sua paz,  então desconhecidas, às terras onde agora o querido e prodigioso nome de FÁTIMA é venerada. Não esqueças também, ó MÃE, ó Rainha de todas as terras e de todos os mares, este humilde servo da Santa Igreja que hoje goza do grande privilégio de te honrar aqui. O seu título de Patriarca de VENEZA valhe-lhe uma comunhão amável e fraterna de crença e de confiança na vocação de FÁTIMA com o Patriarca de Lisboa, tão amável ao acolhê-lo, juntamente com o Patriarca de Leiria e os digníssimos  prelados do episcopado português (oração do Patriarca de VENEZA ( João XXIII), em  FÁTIMA,  no dia 13/05/1956 (60 anos atrás) no 25 ano da consagração de Portugal ao Coração Imaculado de MARIA). 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A

domingo, 8 de maio de 2016

D I A    D A S    MÃES

A americana ANNE  JARVIS, tendo perdido a mãe em maio de 1905, combinou com  outras mães, com a finalidade de reforçar os laços familiares e ensinar às crianças a importância  da figura da MÃE, combinou DEDICAR  anualmente  uma homenagem especial às MÃES de todas as crianças do lugar no SEGUNDO DOMINGO  DE  MAIO. "Historicamente sabe-se que já antigamente há relatos de rituais festivos em torno da figura das genitoras; e na Idade Média não faltam referências a respeito da figura da MÃE COMO SIMBOLISMO judaico-cristão com as figuras bíblicas de EVA e de MARIA SANTÍSSIMA". A idéia espalhou-se nos Estados Unidos, ultrapassando  as fronteiras do país. Assim, em 1914 o presidente do país, WILSON WOOROW, propôs fosse o dia comemorado nacionalmente no SEGUNDO  DOMINGO  do  MÊS de maio. No BRASIL a introdução da novidade ocorreu em 12 de maio de 1918 por iniciativa da Associação Cristã de Moços de PORTO ALEGRE, RGS. Todo o país passou a celebrar ANUALMENTE a homenagem às MÃES somente a psrtir de 1932, no governo de GETÚLIO VARGAS". Trechos de uma poesia de CARLOS DRUMOND DE ANDRADE:

"Por que Deus permite
Que as MÃES vão-se embora?
MÃE não tem limite
É tempo sem demora
Luz que se apaga!
Fosse eu rei do mundo
Baixava uma LEI:
MÃE  NÃO  MORRE   NUNCA,
MÃE  FICARÁ  PARA SEMPRE!
MÃE  FICARÁ  SEMPRE
JUNTO   DE   SEU   FILHO!
E  ELE,  VELHO  EMBORA,
SERÁ  PEQUENINO
FEITO  GRÃO  DE  MILHO".




sexta-feira, 6 de maio de 2016

À  falta ainda  do  "PEQUENO  PEDESTRE" 


Complementando o blog anterior: O CÓDIGO BRASILEIRO DE TRÂNSITO ainda nos pode ajudar a andar nas calçadas: 
1 - Art.26, II: abster-se de obstruir o trânsito ou de torná-lo perigoso, ATIRANDO, DEPOSITANDO ouABANDONANDO NA VIA (CALÇADAS)  OBJETOS OU SUBSTÂNCIAS, ou nela criando qualquer outro obstáculo:
2 - Art. 28:o PEDESTRE deverá ter domínio sobre si mesmo, andando com atenção e cuidados indispensáveis;
3 - Art. 29, 1: a circulação (O CAMINHAR) far-se-á PELO  LADO  DIREITO  da calçada, observando-se as exceções existentes;
4 - Art. 29, VII, b: os pedesgtres, ao ouvir o alarme sonoro deverão aguardar na calçada, só atravessando a via quando o veículo  já tiver passado pelo local.
5 - Art. 30: 1: Todo PADESTRE, AO PERCEBER QUE outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: 1: se estiver caminhando erradamente pelo lado direito ou esquerdo, deverá deslocar-se para o lado correto, dando passagem. 
6 - O pedestre, II, ao sair da sua faixa para entrar num prédio ou deixar a calçada, à direita ou á esquerda, durante a manobra deverá ceder passagem  aos pedestres e ciclistas que transitarem  em sentido contrário ao dele , respeitando as normas de preferência.
7 - Art. 68. 1: O ciclista DESMONTADO empurrando a bicicleta se equipara ao pedestre  em direitos e deveres (observando-se nos  parágrafos 2,3,4,5,6, do artigo acima, os direitos dos PEDESTRES).

quinta-feira, 5 de maio de 2016

quarta-feira, 4 de maio de 2016

FALTA-NOS   UM   "PEQUENO  PEDESTRE"

Residindo a 15 minutos do apartamento de um dos filhos na rua Assunção, diariamente vou até lá colaborar com os afazeres da nora e da neta de 6 anos que estuda num bairro distante. Como velho encarquilhado, caminho meio cuidadoso pelas calçadas. Não procurando a sepultura, peço a Deus me espere, até que meus netos não necessitem de minhas atenções. Mas evitando desníveis traiçoeiros das calçadas e de modo especial de obstáculos orgânicos, gratuitamente espalhados pelos nossos irmãos caninos, com a incivil  coadjuvação de irmãos outros nossos, também filhos de Deus... Coitados! tivessem sido educados no meado de século XX em cidades do interior de Minas Gerais; e tivessem (como de fato não tiveram) aprendido maneiras de andar, de caminhar, de  proceder em cidades como as do Rio, ao invés de sujar as ruas, você estaria dispensado de ler este blog. Falo asssim, porque, em 1938, o grupo escolar de minha terra natal mineira, Bonfim, recebeu da Caixa Econômica do Estado o livrinho escrito pelo tio de Guimarães Rosa, Vicente Guimarães,  intitulado "O PEQUENO PEDESTRE". VELHINHO, carrego-o comigo!  Bem verdade, o objetivo dele era instruir o mineirinho a portar-se nas ruas de uma cidade cosmopolita. Menino, num manual ilustrado a cores, escrito metade em versos metade em  prosa, li e aprendi o que era bonde, sinal luminoso, o modo de funcionar e de se portar neles, e outras coisinhas mais, não muitas, A MANEIRA DE SE CAMINHAR EM PASSEIOS  OU  CALÇADAS, e como conservar as ruas de  nossas cidades! Tivesse eu esquecido tudo isto, estando a ganhar a vida em cidades tais como BeloHorizonte, Petrópolis e Rio, etc., recorreria ao meu mestre de trânsito em calçadas! Entristeci-me, contudo: o livro original, obtido em colaboração na "ERA UMA VEZ", revista infantil dirigida pelo "VOVÔ  FRLÍCIO",  era um clone da primitiva obra que, de mãos em mãos dos filhos de minha mãe, evaporara, conseguindo eu uma xerox, fraternal presenteada pelo filho do autor, VICENTE GUIMARÃES. Manhã de hoje, voltando ao apartamento, um senhor me disse: cuidado, ali adiante alguém não apanhou o resto do cachorro! COMO ME SATISFAZ  ENCONTRAR GENTE QUE SE PREOCUPA COM OS COIRMÃOS FILHOS DE DEUS E DA CIDADE MARAVILHOSA! Bom que se levantasse um ex-aluno de nossa cidade e publicasse um manual moderno, atualizado, com dicas, com a SIMPLES  REGRA para não se chocar com quem vem em SENTIDO CONTRÁRIO AO SEU  numa calçada.  Em resumo: 1 - Sua DIREITA  (LADO DIREITO) em caso de ter que ceder caminho numa calçada para quem vem ULTRAPASSAR você, SEU BRAÇO DIREITO deve FICAR  OU do lado da rua,  OU do lado dos prédios; 2 -  E MAIS:  a sua ESQUERDA, não vindo alguém em seu sentido, isto é, em sua direção,  NÃO PRECISA  FORMAR UM  PARALELO com o MEIO-FIO ou com os PRÉDIOS; 3 -  Resumindo: as regras do trânsito de pessoas nas calçadas são as mesmas regras do Código de Trânsito Brasileiro nas estradas (artigo 35).