MÃOS LIMPAS - LAVA-JATO
LAVA-JATO na surdina começa a apresentar resultados de sua passagem no Estado do Rio. CARLOS MINC, deputado estadual e ex-ministro do PT, às vésperas das eleições municipais de Niterói, abandonou a prefeitura da capital da cidade, em seguida à desfiliação semana passada do PT do prefeito da cidade, RODRIGO NEVES que ingressou no PV. Noticia-se que a bancada petista da Assembléia Legislativa do Rio ficou reduzida à metade e as prefeituras caíram de onze para sete. Além destas duas notícias de O GLOBO de 27/03/16, este jornal revelou que SÉRGIO MORO, dez anos antes, previra um capítulo da História Brasileira em que ele mesmo exerceria papel de destaque, quando em 2004 escreveu um artigo sobre a Operação Mãos Limpas, levada a efeito na Itália. Nesse artigo MORO aponta elementos que iriam possibilitar uma reprodução brasileira do caso italiano, como a deslegitimação da classe política. No artigo MORO chamava a atenção para dois fatores que se entrelaçavam: o apoio da sociedade e a cobertura intensa da mídia. Sente-se que devagar vem despontando uma plêiade de cabeças jovens em nosso país, dispostas e prometendo varrer de nossa política uma mentalidade deformada nos resquicios da ditadura de 64, movimento que deixou um ranço difícil de desaparecer.
domingo, 27 de março de 2016
SERMÃO DE SANTO AGOSTINHO
"CANTAI AO SENHOR DEUS UM CANTO NOVO, E O SEU LOUVOR NA ASSEMBLÉIA DOS FIÉIS (SL 149,1). Somos convidados a cantar um canto novo ao Senhor. O homem novo conhece o canto novo. O canto é uma manifestação de alegria e, se examinarmos bem, é uma expressão de amor. Quem, portanto, aprendeu a amar a vida nova, aprendeu também a cantar o canto novo. É, pois, pelo canto novo que devemos reconhecer o que é a vida nova. Tudo isso pertence ao mesmo Reino: o homem novo, o canto novo, a aliança nova. Não há ninguém que não ame. A questão é saber o que se deve amar. Não somos, por conseguinte, convidados a não amar, mas sim a escolher o que havemos de amar. Mas o que podemos escolher, se antes no formos escolhidos? Porque não conseguiremos amar, se antes não formos amados. Escutai o apóstolo João: Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (cf. 1Jo ,10).Procura saber como o homem pode amar a Deus; não encontrarás resposta, a não ser esta: Deus o amou primeiro. Deu-se a si mesmo aquele que amamos, deu-nos a capacidade de amar. Como ele nos deu esta capacidade, ouvi o apóstolo Paulo que diz claramente: "O amor de Deus foi derramado em nossos corações". Por quem? Por nós talvez? Não. Então por quem? "Pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5). Tendo portanto uma grande certeza, amemos a Deus com o amor que vem de Deus. Escutai ainda mais claramente o mesmo São João: "Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele (1Jo 4,16). É bem pouco afirmar:"O amor vem de Deus (1Jo,4,7). Quem de nós se atreveria a dizer: Deus é amor? Disse-o quem sabia o que possuía. Deus se oferece a nós pelo caminho mais curto. Clama para cada um de nós: Amai-me e me possuireis; porque não podeis amar-me se não me possuirdes. Cantai com a voz, cantai com o coração, cantai com os lábios, cantai com a vida: Cantai ao Senhor Deus um canto novo. Queres saber o que cantar a respeito daquele a quem amas? Sem dúvida é acerca daquele a quem amas que desejas cantar. Queres saber então que louvores irás cantar? Já o ouviste: Cantai ao Senhor Deus um canto novo. Que louvores? Seu louvor na assembléia dos fiéis. O louvor de quem canta é o próprio cantar. Queres cantar louvoures a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente!"
"CANTAI AO SENHOR DEUS UM CANTO NOVO, E O SEU LOUVOR NA ASSEMBLÉIA DOS FIÉIS (SL 149,1). Somos convidados a cantar um canto novo ao Senhor. O homem novo conhece o canto novo. O canto é uma manifestação de alegria e, se examinarmos bem, é uma expressão de amor. Quem, portanto, aprendeu a amar a vida nova, aprendeu também a cantar o canto novo. É, pois, pelo canto novo que devemos reconhecer o que é a vida nova. Tudo isso pertence ao mesmo Reino: o homem novo, o canto novo, a aliança nova. Não há ninguém que não ame. A questão é saber o que se deve amar. Não somos, por conseguinte, convidados a não amar, mas sim a escolher o que havemos de amar. Mas o que podemos escolher, se antes no formos escolhidos? Porque não conseguiremos amar, se antes não formos amados. Escutai o apóstolo João: Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (cf. 1Jo ,10).Procura saber como o homem pode amar a Deus; não encontrarás resposta, a não ser esta: Deus o amou primeiro. Deu-se a si mesmo aquele que amamos, deu-nos a capacidade de amar. Como ele nos deu esta capacidade, ouvi o apóstolo Paulo que diz claramente: "O amor de Deus foi derramado em nossos corações". Por quem? Por nós talvez? Não. Então por quem? "Pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5). Tendo portanto uma grande certeza, amemos a Deus com o amor que vem de Deus. Escutai ainda mais claramente o mesmo São João: "Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele (1Jo 4,16). É bem pouco afirmar:"O amor vem de Deus (1Jo,4,7). Quem de nós se atreveria a dizer: Deus é amor? Disse-o quem sabia o que possuía. Deus se oferece a nós pelo caminho mais curto. Clama para cada um de nós: Amai-me e me possuireis; porque não podeis amar-me se não me possuirdes. Cantai com a voz, cantai com o coração, cantai com os lábios, cantai com a vida: Cantai ao Senhor Deus um canto novo. Queres saber o que cantar a respeito daquele a quem amas? Sem dúvida é acerca daquele a quem amas que desejas cantar. Queres saber então que louvores irás cantar? Já o ouviste: Cantai ao Senhor Deus um canto novo. Que louvores? Seu louvor na assembléia dos fiéis. O louvor de quem canta é o próprio cantar. Queres cantar louvoures a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente!"
sexta-feira, 25 de março de 2016
VOCÊ SABIA DISTO ???
Sofrendo com CRISTO colaboramos com a obra REDENTORA de nossa Cabeça (CRISTO). Eis a função APOSTÓLICA do SOFRIMENTO de cada cristão, segundo a misteriosa palavra de SÃO PAULO: "NESTE MOMENTO ENCONTRO MINHA ALEGRIA NOS PADECIMENTOS QUE SOFRO POR VÓS, E COMPLETO EM MINHA CARNE O QUE FALTA NOS SOFRIMENTOS DE CRISTO, PELO SEU CORPO, QUE É A IGREJA" (Col.1,24). Não é que os sofrimentos sejam insuficientes, mas que CRISTO e sua IGREJA, formando uma só pessoa mística, PAULO completa, com seus sofrimentos, o que falta à PAIXÃO de toda a IGREJA cuja Cabeça é CRISTO. Faltava com efeito que os sofrimentos que CRISTO padecera na sua carne ele os padecesse em SÃO PAULO, e nos demais membros da Igreja, Corpo de Cristo. E PAULO sofre pela IGREJA, porque ela foi remida pelos sofrimentos de CRISTO que se dignou de associar aos seus os sofrimentos dos seus membros que constituem a IGREJA. Os padecimentos da CABEÇA (CRISTO) e os padecimentos dos MEMBROS entrelaçam-se para formarem um só instrumento de salvação. Sendo a PAIXÃO de CRISTO, em relacão à justificação dos homens, causa SATISFATÓRIA (porque expia nossos pecados) e causa MERITÓRIA (porque nos vale a graça), segue-se que a PAIXÃO dos MEMBROS de CRISTO participa de ambas as causalidades, de maneira longínqua, já se vê. Quanto ao principal, a PAIXÃO está terminada, nosso parco "completar" só cobra valor por nossa solidariedade com CRISTO; por sermos membros seus, recebendo a cada instante o eficaz influxo da CABEÇA MÍSTICA (CRISTO). Nesse sentido secundário e dependente não resta dúvida que o sofrimento do cristão tem valor EXPIATÓRIO e MERITÓRIO, não só para o que sofre, senão também para todos aqueles que misticamente lhe estão unidos, pois é ainda CRISTO que sofre, expia, merece, nesse seu MEMBRO, pelos outros membros seus. "Tremendo mistério nunca assás meditado: que a SALVAÇÃO de muitos depende também das orações e dos sacrifícios VOLUNTÁRIOS FEITOS COM ESSA INTENÇÃO, pelos membros do CORPO MÍSTICO de JESUS CRISTO. Tremendo, sim, porém MISTÉRIO de infinito AMOR! Vejamos pois nos nossos SOFRIMENTOS, além de uma pena, de um castigo, um CHAMADO a colaborar na OBRA REDENTORA de nossa CABEÇA (CRISTO). Em vez de revolta ou de queixumes - AMOR! ("O MISTÉRIO DE CRISTO", PADRE PENIDO).
Sofrendo com CRISTO colaboramos com a obra REDENTORA de nossa Cabeça (CRISTO). Eis a função APOSTÓLICA do SOFRIMENTO de cada cristão, segundo a misteriosa palavra de SÃO PAULO: "NESTE MOMENTO ENCONTRO MINHA ALEGRIA NOS PADECIMENTOS QUE SOFRO POR VÓS, E COMPLETO EM MINHA CARNE O QUE FALTA NOS SOFRIMENTOS DE CRISTO, PELO SEU CORPO, QUE É A IGREJA" (Col.1,24). Não é que os sofrimentos sejam insuficientes, mas que CRISTO e sua IGREJA, formando uma só pessoa mística, PAULO completa, com seus sofrimentos, o que falta à PAIXÃO de toda a IGREJA cuja Cabeça é CRISTO. Faltava com efeito que os sofrimentos que CRISTO padecera na sua carne ele os padecesse em SÃO PAULO, e nos demais membros da Igreja, Corpo de Cristo. E PAULO sofre pela IGREJA, porque ela foi remida pelos sofrimentos de CRISTO que se dignou de associar aos seus os sofrimentos dos seus membros que constituem a IGREJA. Os padecimentos da CABEÇA (CRISTO) e os padecimentos dos MEMBROS entrelaçam-se para formarem um só instrumento de salvação. Sendo a PAIXÃO de CRISTO, em relacão à justificação dos homens, causa SATISFATÓRIA (porque expia nossos pecados) e causa MERITÓRIA (porque nos vale a graça), segue-se que a PAIXÃO dos MEMBROS de CRISTO participa de ambas as causalidades, de maneira longínqua, já se vê. Quanto ao principal, a PAIXÃO está terminada, nosso parco "completar" só cobra valor por nossa solidariedade com CRISTO; por sermos membros seus, recebendo a cada instante o eficaz influxo da CABEÇA MÍSTICA (CRISTO). Nesse sentido secundário e dependente não resta dúvida que o sofrimento do cristão tem valor EXPIATÓRIO e MERITÓRIO, não só para o que sofre, senão também para todos aqueles que misticamente lhe estão unidos, pois é ainda CRISTO que sofre, expia, merece, nesse seu MEMBRO, pelos outros membros seus. "Tremendo mistério nunca assás meditado: que a SALVAÇÃO de muitos depende também das orações e dos sacrifícios VOLUNTÁRIOS FEITOS COM ESSA INTENÇÃO, pelos membros do CORPO MÍSTICO de JESUS CRISTO. Tremendo, sim, porém MISTÉRIO de infinito AMOR! Vejamos pois nos nossos SOFRIMENTOS, além de uma pena, de um castigo, um CHAMADO a colaborar na OBRA REDENTORA de nossa CABEÇA (CRISTO). Em vez de revolta ou de queixumes - AMOR! ("O MISTÉRIO DE CRISTO", PADRE PENIDO).
segunda-feira, 21 de março de 2016
MEDITAÇÃO PASCAL
Assim como o NATAL é o centro da história do mundo, é a PÁSCOA o centro da história sobrenatural do homem. Toda a filosofia da vida do Cristianismo está contida ENTRE ESSAS DUAS DATAS: do NASCIMENTO e da RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO, DEUS feito homem, para que o homem possa divinizar-se. É nesse duplo movimentto da DESCIDA de DEUS ao homem, representada pela Festa da Natividade, e da SUBIDA do homem a DEUS, representada pela festa da Passagem (Páscoa), QUE SE PROCESSA O ESSENCIAL DA NOSSA HISTÓRIA NA TERRA. ESTAMOS VIVENDO NO PRÓXIMO DOMINGO UM DOS DOIS MOMENTOS SUPREMOS DO NOSSO ANO NATURAL E SOBRENATURAL. É uma meditação em torno do sentido atual desta grande DATA , para nossa vida intelectual e social - cada vez mais associada entre si - que dedico o presente trabalho. Primeiro ensinamento deste DIA: o Cristianismo, longe de ser uma evasão como por vezes se apregoa, é uma visão da INFINITA DIGNIDADE da vida humana. A vida vale a pena ser vivida a despeito de toda a soma imensa de atribulações que ela arrasta consigo e torna muitas vezes o seu peso realmente intolerável. Segundo ensinamento: Essa vida tão digna de ser vivida é ao mesmo tempo uma LUTA e uma paz. O cristão luta sempre, tem de ser sempre um combatente. Nunca pode cessar sua vigília. Toda a sua vida tem de ser um combate perene. Se o seu clima é o da luta, seu espírito é o da PAZ e do AMOR. Toda violência é anticristã. Donde (bênção do Fogo no Sábado Santo): "Ó NOITE, verdadeiramente bem-aventurada, única que teve o mérito de conhecer o tempo e a hora em que CRISTO ressurgiu dos mortos! Noite que dissipa os ódios, restabelece a concórdia e dobra os impérios!" (Tristão de Athayde, Rio, o1/04/1945).
Assim como o NATAL é o centro da história do mundo, é a PÁSCOA o centro da história sobrenatural do homem. Toda a filosofia da vida do Cristianismo está contida ENTRE ESSAS DUAS DATAS: do NASCIMENTO e da RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO, DEUS feito homem, para que o homem possa divinizar-se. É nesse duplo movimentto da DESCIDA de DEUS ao homem, representada pela Festa da Natividade, e da SUBIDA do homem a DEUS, representada pela festa da Passagem (Páscoa), QUE SE PROCESSA O ESSENCIAL DA NOSSA HISTÓRIA NA TERRA. ESTAMOS VIVENDO NO PRÓXIMO DOMINGO UM DOS DOIS MOMENTOS SUPREMOS DO NOSSO ANO NATURAL E SOBRENATURAL. É uma meditação em torno do sentido atual desta grande DATA , para nossa vida intelectual e social - cada vez mais associada entre si - que dedico o presente trabalho. Primeiro ensinamento deste DIA: o Cristianismo, longe de ser uma evasão como por vezes se apregoa, é uma visão da INFINITA DIGNIDADE da vida humana. A vida vale a pena ser vivida a despeito de toda a soma imensa de atribulações que ela arrasta consigo e torna muitas vezes o seu peso realmente intolerável. Segundo ensinamento: Essa vida tão digna de ser vivida é ao mesmo tempo uma LUTA e uma paz. O cristão luta sempre, tem de ser sempre um combatente. Nunca pode cessar sua vigília. Toda a sua vida tem de ser um combate perene. Se o seu clima é o da luta, seu espírito é o da PAZ e do AMOR. Toda violência é anticristã. Donde (bênção do Fogo no Sábado Santo): "Ó NOITE, verdadeiramente bem-aventurada, única que teve o mérito de conhecer o tempo e a hora em que CRISTO ressurgiu dos mortos! Noite que dissipa os ódios, restabelece a concórdia e dobra os impérios!" (Tristão de Athayde, Rio, o1/04/1945).
OCORREU NO DIA 21/O5/1941
Dizem que, enquanto os alemães estavam profanando uma igreja em certa localidade da Polônia, um sargento alemão, enfunado pelo espetáculo excitante, plantou-se diante do altar e berrou: "Se acaso Deus existe, prove sua existência liquidando aqui mesmo um sujeito tão arrogante e importante e tremendo como eu!" Deus não o liquidou. O sujeito saiu dali muito agitado e sentindo-se o homem mais infeliz provavelmente do mundo": Deus não tinha agido como um nazista! Deus não era de fato um nazista e a Justiça de Deus (que todo mundo conhece obscuramente no fundo da alma por mais que não consiga exprimi-la) é substancialmente diversa da brutal e sanguinolenta vingança dos nazistas. A Paixão e a Ressurreição de Cristo são maiores do que todo milagre que possamos imaginar. A transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo é muito mais milagrosa do que a execução por Deus daquele que comete um sacrilégio contra o Santíssimo Sacramento. O fato mais terrível que ocorreu no Calvário não foi a terra ter estremecido até os seus fundamentos, e sim aquele grito do FILHO de DEUS: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?" (Nova York, 21/o5/1940, Thomas Mérton).
sexta-feira, 18 de março de 2016
QUEM VIU A HORA DE TEU TRIUNFO?
"Ninguém viu a hora de teu triunfo". Ninguém é testemunha do nascimento dum mundo. Ninguém sabe como a noite infernal de sábado deu lugar à luminosa manhã da Páscoa. Voando, fomos todos transportados, a dormir, sobre o abismo, e a dormir recebemos a graça pascal. E nenhum de nós sabe afinal o que, a ELE, lhe aconteceu; que mão acariciou a sua face, de forma a que o pálido mundo se revestisse subitamente de cores resplandescentes, e ELE, sem querer, tivesse de sorrir, pelo milagre que em si próprio se realizava? "Eu sou a Ressurreição e a VIDA. Aquele em quem eu tocar, que em mim crê e ouve o seu próprio nome da minha boca, esse vive e foi ressuscitado de entre os mortos. E é hoje o dia do teu aniversário, o mais novo, o mais jovem de todos os dias; para ti nunca haverá dia mais jovem do que o dia de hoje em que a VIDA eterna te chamou pelo teu nome!" (Hans Urs von Balthasar, "O Coração do Mundo")
"Ninguém viu a hora de teu triunfo". Ninguém é testemunha do nascimento dum mundo. Ninguém sabe como a noite infernal de sábado deu lugar à luminosa manhã da Páscoa. Voando, fomos todos transportados, a dormir, sobre o abismo, e a dormir recebemos a graça pascal. E nenhum de nós sabe afinal o que, a ELE, lhe aconteceu; que mão acariciou a sua face, de forma a que o pálido mundo se revestisse subitamente de cores resplandescentes, e ELE, sem querer, tivesse de sorrir, pelo milagre que em si próprio se realizava? "Eu sou a Ressurreição e a VIDA. Aquele em quem eu tocar, que em mim crê e ouve o seu próprio nome da minha boca, esse vive e foi ressuscitado de entre os mortos. E é hoje o dia do teu aniversário, o mais novo, o mais jovem de todos os dias; para ti nunca haverá dia mais jovem do que o dia de hoje em que a VIDA eterna te chamou pelo teu nome!" (Hans Urs von Balthasar, "O Coração do Mundo")
quarta-feira, 16 de março de 2016
A PAPISA JOANA
PERSONAGEM LENDÁRIA CUJA MAIS ANTIGA MENÇÃO REMONTA AO CRONISTA DOMINICANO JOÃO DE MAILLY (1250) que coloca o fato sem precisão de nome, no ano de mais ou menos 1100, e que encontrou sua narração mais acreditada na crônica um pouco posterior e tão popular de MARTIN O POLONÊS (MORTO EM 1278). POR OCASIÃO DA MORTE do papa Leão IV (855), uma mulher de origem inglesa, nascida em Mayence, formada em estudos de Atenas, regressara a Roma com vestes masculinas e, sob o nome de joão o inglês, depois de ter ensinado com brilho, teria sido eleita papa com o nome de JOÃO VIII. Com mais de 2 anos de papado ela teria traído seu sexo dando à luz em plena procissão. Segundo alguns, ela teria sido morta na praça, e segundo outros ela teria sido deposta e vivido algum tempo num estado de penitência. Aceita por muito tempo pelos católicos, a lenda encontrou seu primeiro opositor sério em DAVID BLONDEL "(1647) mas conservou por muito tempo o favor dos protestantes e dos inimigos do papado.
PERSONAGEM LENDÁRIA CUJA MAIS ANTIGA MENÇÃO REMONTA AO CRONISTA DOMINICANO JOÃO DE MAILLY (1250) que coloca o fato sem precisão de nome, no ano de mais ou menos 1100, e que encontrou sua narração mais acreditada na crônica um pouco posterior e tão popular de MARTIN O POLONÊS (MORTO EM 1278). POR OCASIÃO DA MORTE do papa Leão IV (855), uma mulher de origem inglesa, nascida em Mayence, formada em estudos de Atenas, regressara a Roma com vestes masculinas e, sob o nome de joão o inglês, depois de ter ensinado com brilho, teria sido eleita papa com o nome de JOÃO VIII. Com mais de 2 anos de papado ela teria traído seu sexo dando à luz em plena procissão. Segundo alguns, ela teria sido morta na praça, e segundo outros ela teria sido deposta e vivido algum tempo num estado de penitência. Aceita por muito tempo pelos católicos, a lenda encontrou seu primeiro opositor sério em DAVID BLONDEL "(1647) mas conservou por muito tempo o favor dos protestantes e dos inimigos do papado.
terça-feira, 15 de março de 2016
PÁSCOA E ASCENSÃO
A festa da PÁSCOA é a maior festa do ano cristão. Foi instituída para celebrar-se a RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO. CONVINHA QUE O MAGNÍFICO TRIUNFO DE JESUS sobre a morte fosse lembrado com solenidade especial. MOISÉS já havia estabelecido em memória da libertação dos JUDEUS, do Egito, a festa da PÁSCOA, RECORDANDO A PRIMEIRA VEZ QUE TINHAM COMIDO O CORDEIRO PASCAL, ATRAVESSANDO O MAR VERMELHO. Cada ano nesse mesmo dia deviam as famílias imolar e comer um cordeiro. Foi isto o símbolo de uma salvação mais perfeita e de outra Páscoa muito mais saudável. A festa cristã da PÁSCOA substituiu a Páscoa Judaica, tornando-se caro para os cristãos todo ano o aniversário da Ressurreição de Jesus celebrada logo depois da Páscoa Judaica. A respeito da data dessa celebração, observe-se que o ORIENTE queria conservar para isso o décimo quarto dia da lua de março como os Judeus. O OCIDENTE transferira a data da celebração da festa para o próximo domingo. Prevaleceu esta última prática desde o concílio de Nicéia em 325. O mesmo nome de PÁSCOA ficou sendo usado e o sentido desse vocábulo que quer dizer "passagem" quadra igualmente com a RESSURREIÇÃO: passagem da morte para a vida.
A festa da PÁSCOA é a maior festa do ano cristão. Foi instituída para celebrar-se a RESSURREIÇÃO de JESUS CRISTO. CONVINHA QUE O MAGNÍFICO TRIUNFO DE JESUS sobre a morte fosse lembrado com solenidade especial. MOISÉS já havia estabelecido em memória da libertação dos JUDEUS, do Egito, a festa da PÁSCOA, RECORDANDO A PRIMEIRA VEZ QUE TINHAM COMIDO O CORDEIRO PASCAL, ATRAVESSANDO O MAR VERMELHO. Cada ano nesse mesmo dia deviam as famílias imolar e comer um cordeiro. Foi isto o símbolo de uma salvação mais perfeita e de outra Páscoa muito mais saudável. A festa cristã da PÁSCOA substituiu a Páscoa Judaica, tornando-se caro para os cristãos todo ano o aniversário da Ressurreição de Jesus celebrada logo depois da Páscoa Judaica. A respeito da data dessa celebração, observe-se que o ORIENTE queria conservar para isso o décimo quarto dia da lua de março como os Judeus. O OCIDENTE transferira a data da celebração da festa para o próximo domingo. Prevaleceu esta última prática desde o concílio de Nicéia em 325. O mesmo nome de PÁSCOA ficou sendo usado e o sentido desse vocábulo que quer dizer "passagem" quadra igualmente com a RESSURREIÇÃO: passagem da morte para a vida.
QUE É A SEMANA SANTA?
A "SEMANA SANTA" é a que precede a festa da PÁSCOA (neste ano vai do dia 20 ao dia 27 de março: PÁSCOA). Chama-se SANTA por causa da santidade dos mistérios que nela se cumprem. Começa com a DOMINGA DE RAMOS (20/03). Antes da missa benzem-se os ramos que se distribuem aos fiéis que os levam na procissão. Esta cerimônia comemora a entrada triunfal de JESUS em Jerusalem alguns dias antes de sua PAIXÃO. O povo vem ao encontro dele. Cortavam-se galhos de árvores que se carregavam em sinal de alegria ao canto de "Hosana ao Filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!"A narração da PAIXÃO que se lê na missa diz claramente quais devem ser nossos pensamentos e afetos durante toda a semana santa. Nas Quarta, Quinta e Sexta-feira da semana santa temos de noite ofícios chamados TREVAS, porque se cantam ao cair da noite; no fim apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando JESUS morreu. Apagam-se as velas enquanto o ofício vai prosseguindo. A QUINTA-FEIRA SANTA é consagrada à memória da instituição da EUCARISTIA e do Sacerdócio Católico. Na missa há a bênção do óleo dos enfermos e dos catecumenos. A cerimônia termina com o Lava-Pés. A Sexta-feira Santa traz a lembrança da PAIXÃO, Crucifixão e Morte de Nosso Senhor. No SÁBADO SANTO há bênçào do Fogo Novo, do Círio Pascal, Leitura das Profecias e Bênção da Água Batismal. Às 19h: Vigília Pascal. No DOMINGO a maior festa do ano cristão: RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
A "SEMANA SANTA" é a que precede a festa da PÁSCOA (neste ano vai do dia 20 ao dia 27 de março: PÁSCOA). Chama-se SANTA por causa da santidade dos mistérios que nela se cumprem. Começa com a DOMINGA DE RAMOS (20/03). Antes da missa benzem-se os ramos que se distribuem aos fiéis que os levam na procissão. Esta cerimônia comemora a entrada triunfal de JESUS em Jerusalem alguns dias antes de sua PAIXÃO. O povo vem ao encontro dele. Cortavam-se galhos de árvores que se carregavam em sinal de alegria ao canto de "Hosana ao Filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!"A narração da PAIXÃO que se lê na missa diz claramente quais devem ser nossos pensamentos e afetos durante toda a semana santa. Nas Quarta, Quinta e Sexta-feira da semana santa temos de noite ofícios chamados TREVAS, porque se cantam ao cair da noite; no fim apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando JESUS morreu. Apagam-se as velas enquanto o ofício vai prosseguindo. A QUINTA-FEIRA SANTA é consagrada à memória da instituição da EUCARISTIA e do Sacerdócio Católico. Na missa há a bênção do óleo dos enfermos e dos catecumenos. A cerimônia termina com o Lava-Pés. A Sexta-feira Santa traz a lembrança da PAIXÃO, Crucifixão e Morte de Nosso Senhor. No SÁBADO SANTO há bênçào do Fogo Novo, do Círio Pascal, Leitura das Profecias e Bênção da Água Batismal. Às 19h: Vigília Pascal. No DOMINGO a maior festa do ano cristão: RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
segunda-feira, 14 de março de 2016
CRISTO DESCEU AOS INFERNOS, RESSUSCITOU DOS MORTOS NO TERCEIRO DIA.
As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais JESUS ressuscitou dentre os mortos (At 3,15; Rm 8,11), pressupõem, anteriormente à Ressurreição, que este tenha ficado na MORADA DOS MORTOS. Este é o sentido primeiro que a pregaçào apostólica deu à descida de JESUS aos INFERNOS. JESUS conheceu a morte e com sua alma esteve ali com eles. Mas para lá foi como SALVADOR, proclamando a BOA NOTÍCIA aos espíritos que ali estavam aprisionados, privados da VISÃO de DEUS. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos à espera do REDENTOR. São precisamente as ALMAS SANTAS que esperavam o seu LIBERTADOR no seio de ABRAÃO que JESUS libertou ao descer aos infernos. O CRISTO morto, na sua ALMA unida à sua Pessoa Divina, desceu à Morada dos Mortos. Abriu as PORTAS do CÉU aos JUSTOS que O haviam precedido. No terceiro dia depois da sua morte, JESUS ressuscitou dos mortos (At 13,32-33). A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa FÉ em CRISTO, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela TRADIÇÃO, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, juntamente com a CRUZ pregada como parte essencial do MISTÉRIO PASCAL. "Cristo Ressuscitou dos Mortos. Pela sua Morte venceu a Morte, aos MORTOS deu a VIDA".
As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais JESUS ressuscitou dentre os mortos (At 3,15; Rm 8,11), pressupõem, anteriormente à Ressurreição, que este tenha ficado na MORADA DOS MORTOS. Este é o sentido primeiro que a pregaçào apostólica deu à descida de JESUS aos INFERNOS. JESUS conheceu a morte e com sua alma esteve ali com eles. Mas para lá foi como SALVADOR, proclamando a BOA NOTÍCIA aos espíritos que ali estavam aprisionados, privados da VISÃO de DEUS. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos à espera do REDENTOR. São precisamente as ALMAS SANTAS que esperavam o seu LIBERTADOR no seio de ABRAÃO que JESUS libertou ao descer aos infernos. O CRISTO morto, na sua ALMA unida à sua Pessoa Divina, desceu à Morada dos Mortos. Abriu as PORTAS do CÉU aos JUSTOS que O haviam precedido. No terceiro dia depois da sua morte, JESUS ressuscitou dos mortos (At 13,32-33). A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa FÉ em CRISTO, crida e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela TRADIÇÃO, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, juntamente com a CRUZ pregada como parte essencial do MISTÉRIO PASCAL. "Cristo Ressuscitou dos Mortos. Pela sua Morte venceu a Morte, aos MORTOS deu a VIDA".
QUE SIGNIFICA "DESCEU AOS INFERNOS"?
"DESCEU AOS INFERNOS" quer dizer que, depois da morte de JESUS CRISTO, a alma dele desceu ao LIMBO onde os JUSTOS esperavam sua vinda para serem libertados. Os infernos aos quais se alude aqui não são o lugar de tormentos onde eternamente padacem os réprobos. Esse vocábulo ("limbo") designa lugares vulgarmente chamados LIMBOS, onde as almas dos justos mortos na graça de Deus aguardavam a sua LIBERTAÇÃO. Ali não sofriam. Desfrutavam até uma tal e qual ventura natural, porém não viam a DEUS. Ali é que deviam estar Noé, Abraão, Isaac, Jacó, os patriarcas, os profetas, numa palavra: todos os que tinham sido fiéis à lei, pondo no Messias prometido toda a esperança. Eram almas santas; o céu, todavia, estava fechado aos homens desde o pecado de Adão, e só Nosso Senhor Jesus Cristo havia de no-lo franquear, entrando nele primeiro. A chegada do Salvador àquele lugar de expectativa trouxe a todas as almas justas júbilo imenso, pois era o anúncio e o penhor de sua libertação próxima. Não é, contudo, nesse dia que elas entraram no céu: ali JESUS CRISTO as levaria somente no dia da ASCENSÃO, quarenta dias depois de sua RESSURREIÇÃO ("Curso de Instrução Religiosa" por Monsenhor Cauly).
"DESCEU AOS INFERNOS" quer dizer que, depois da morte de JESUS CRISTO, a alma dele desceu ao LIMBO onde os JUSTOS esperavam sua vinda para serem libertados. Os infernos aos quais se alude aqui não são o lugar de tormentos onde eternamente padacem os réprobos. Esse vocábulo ("limbo") designa lugares vulgarmente chamados LIMBOS, onde as almas dos justos mortos na graça de Deus aguardavam a sua LIBERTAÇÃO. Ali não sofriam. Desfrutavam até uma tal e qual ventura natural, porém não viam a DEUS. Ali é que deviam estar Noé, Abraão, Isaac, Jacó, os patriarcas, os profetas, numa palavra: todos os que tinham sido fiéis à lei, pondo no Messias prometido toda a esperança. Eram almas santas; o céu, todavia, estava fechado aos homens desde o pecado de Adão, e só Nosso Senhor Jesus Cristo havia de no-lo franquear, entrando nele primeiro. A chegada do Salvador àquele lugar de expectativa trouxe a todas as almas justas júbilo imenso, pois era o anúncio e o penhor de sua libertação próxima. Não é, contudo, nesse dia que elas entraram no céu: ali JESUS CRISTO as levaria somente no dia da ASCENSÃO, quarenta dias depois de sua RESSURREIÇÃO ("Curso de Instrução Religiosa" por Monsenhor Cauly).
segunda-feira, 7 de março de 2016
DESCEU AOS INFERNOS
"A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO contém superabundantemente a VERDADE para a época a que for dirigida. Mas somente A PODE CONTER EFICAZMENTE, se, caindo nos corações de fiéis a Deus, estes dela se apropriassem, pela reflexão sobre o NÚCLEO da VERDADE recebida de Deus. É muito simples o que queremos dizer, como simples é, aliás, o mistério divino que se encontra no fundo de toda palavra divina como veremos agora, ÀS VÉSPERAS DA PÁSCOA, meditando sobre o dogma da REDENÇÃO DA HUMANIDADE, conforme esta verdade tem sido entendida diversamente pelos fiéis da Igreja ORIENTAL e pelos fiéis da Igreja OCIDENTAL. A Igreja Oriental abraçou e conservou, por exemplo, focalizando especificamente o dogma da REDENÇÃO ("DESCEU AOS INFERNOS", isto é, AO LIMBO ONDE ESTAVAM as almas falecidas gozando da amizade de Deus) uma DETERMINADA TRADIÇÃO que a Igreja Ocidental bem mais cedo deixou escapar. A imagem da REDEENÇÃO (NO TOCANTE ao dogma "DESCEU AOS INFERNOS"), da IGREJA OCIDENTAL está centralizada na figura do GÓLGOTA: o CRUCIFICADO entre os dois ladrões, com a assistência de Maria, figura da Igreja, mãe dos fiéis, e de São João, o apóstolo do Amor a cuja guarda ela é confiada. É a imagem do homem DAS DORES (enquanto a divindade permanece escondida) e do aspecto terrível que o sofrimento CAUSA SOBRE AS PESSOAS. O fruto celeste permanece ainda mais oculto no simbolismo dos LADRÕES. Mas para A IGREJA ORIENTAL a imagem da REDENÇÃO está centralizada na DESCIDA DO CRISTO AOS INFERNOS (AO LIMBO), na abertura forçada da porta até então fechada, na mão do Redentor estendida ao primeiro ADÃO, que não ACREDITANDO NOS PRÓPRIOS OLHOS CONTEMPLA A LUZ PASCAL nas trevas da morte DO LIMBO. É assim que os PADRES ORIENTAIS sempre apresentaram a Redenção nas suas pregações, assim que os Bizantinos e os Russos figuram o acontecimento redentor do outro lado. Deixemos a palavra a um dentre eles para nos abituarmos ao som de sua voz: "Que é isto? Um grande silêncio reina hoje sobre a terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o rei dorme. A terra tremeu e se acalmou, porque Deus adormeceu na carne e porque ele foi despertar aqueles que dormiam desde séculos. Deus está morto na carne e os infernos estremeceram. Deus adormeceu por um lapso de tempo e despertou do sono aqueles que descansavam nos infernos ("DIEU", Hans URS VON BALTHASAR).
"A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO contém superabundantemente a VERDADE para a época a que for dirigida. Mas somente A PODE CONTER EFICAZMENTE, se, caindo nos corações de fiéis a Deus, estes dela se apropriassem, pela reflexão sobre o NÚCLEO da VERDADE recebida de Deus. É muito simples o que queremos dizer, como simples é, aliás, o mistério divino que se encontra no fundo de toda palavra divina como veremos agora, ÀS VÉSPERAS DA PÁSCOA, meditando sobre o dogma da REDENÇÃO DA HUMANIDADE, conforme esta verdade tem sido entendida diversamente pelos fiéis da Igreja ORIENTAL e pelos fiéis da Igreja OCIDENTAL. A Igreja Oriental abraçou e conservou, por exemplo, focalizando especificamente o dogma da REDENÇÃO ("DESCEU AOS INFERNOS", isto é, AO LIMBO ONDE ESTAVAM as almas falecidas gozando da amizade de Deus) uma DETERMINADA TRADIÇÃO que a Igreja Ocidental bem mais cedo deixou escapar. A imagem da REDEENÇÃO (NO TOCANTE ao dogma "DESCEU AOS INFERNOS"), da IGREJA OCIDENTAL está centralizada na figura do GÓLGOTA: o CRUCIFICADO entre os dois ladrões, com a assistência de Maria, figura da Igreja, mãe dos fiéis, e de São João, o apóstolo do Amor a cuja guarda ela é confiada. É a imagem do homem DAS DORES (enquanto a divindade permanece escondida) e do aspecto terrível que o sofrimento CAUSA SOBRE AS PESSOAS. O fruto celeste permanece ainda mais oculto no simbolismo dos LADRÕES. Mas para A IGREJA ORIENTAL a imagem da REDENÇÃO está centralizada na DESCIDA DO CRISTO AOS INFERNOS (AO LIMBO), na abertura forçada da porta até então fechada, na mão do Redentor estendida ao primeiro ADÃO, que não ACREDITANDO NOS PRÓPRIOS OLHOS CONTEMPLA A LUZ PASCAL nas trevas da morte DO LIMBO. É assim que os PADRES ORIENTAIS sempre apresentaram a Redenção nas suas pregações, assim que os Bizantinos e os Russos figuram o acontecimento redentor do outro lado. Deixemos a palavra a um dentre eles para nos abituarmos ao som de sua voz: "Que é isto? Um grande silêncio reina hoje sobre a terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o rei dorme. A terra tremeu e se acalmou, porque Deus adormeceu na carne e porque ele foi despertar aqueles que dormiam desde séculos. Deus está morto na carne e os infernos estremeceram. Deus adormeceu por um lapso de tempo e despertou do sono aqueles que descansavam nos infernos ("DIEU", Hans URS VON BALTHASAR).
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