"
O CONCÍLIO DA ÚLTIMA CHANCE"
Em seu livro "Paz na era pós-cristã" Thomas Merton conta que, tão logo se pensou nos preparativos do Concílio Vaticano II, a Revista Francesa "Realités" apelidou-o num artigo repleto de intuições perspicazes de "O Concílio da Última Chance". Meio século passado constatamos que esse título provocativo talvez tenha até encorajado os católicos a se entregarem ao grande movimento de renovação que o Papa João XXIII inaugurou com a abertura das janelas do Vaticano. Verdade é que propósitos ali elaborados encontraram obstáculos através dos caminhos percorridos, o que não é novidade pois a Igreja, embora divina, é constituída de seres humanos. Felizmente, para "gaudium magnum"o que no presente momento se vê é uma sadia conexão daquilo que o papa Francisco vai realizando franciscanamente com o pensamento do papa João XXIII que se diria "reincarnado" no atual papa. Seja como for, escreve Tristão (carta de 07/06/1963): "o que fez o nosso João XXIII ninguém poderá desfazer. Foi um novo Pio X mas voltado para o futuro e não para o passado. UM SANTO QUE ABRIU O SÉCULO XXI! E que deu a nota, o LÁ, para os sucessores, se quiserem ser fieis ao que ficou demonstrado ser a GRANDE VIA DA IGREJA no mundo moderno, a da SANTIDADE com todas as suas implicações de participação na vida e não de evasão". A propósito: quão distante ficou desse pensamento profético de TRISTÃO a frase que ele deixou gravada em carta sua de 16/06/1963 pronunciada pelo cardeal Siri de Gênova sobre o pontificado de JOÃO XXIII: "Serão precisos 40 anos para a Igreja recuperar o que perdeu em 4!" Comentário de Tristão (idem, ibidem): "Quando ouço uma frase dessas compreendo que esforço infinito é preciso para não odiar o próximo... E para cumprir a palavra e a lição de Jesus e de seu servo JOÃO... " O certo é que 40 anos se contam entre a época da morte de JOÃO XXIII e a eleição do nosso papa FRANCISCO!
domingo, 24 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
49 ANOS SEM KENNEDY e SEM JÂNIO
Rio, 20/01/1964. Eis o que escreveu à filha TRISTÃO de ATHAYDE dois meses depois da morte de Kennedy: "Na data de hoje (20/01/1964), no ano de 1961, foi a posse de KENNEDY e foi também o dia da chegada do JÂNIO, que iria tomar posse no dia 31! Que coincidência! E eu escrevi no meu diário nesse dia apenas a palavra "ESPERANÇA", duas vezes, assim: "Posse Kennedy! Esperança!!""Chega JÂNIO! Esperança!" Tenho até um arrepio quando, apenas três anos depois, penso em tudo o que houve. Kennedy assassinado, Jânio deposto por si mesmo (na frase que tanto irritou o meu eminente ex-amigo (Corção), hoje no Index...): "Por terra as duas grandes esperanças desse dia 20 de janeiro de 1961! "Que tremenda lição! Lição de revolta ou de conformidade? Evidentemente nem uma nem outra. Lição de aceitação plena da vontade de Deus e consciência de que todas as "esperanças" terrenas são frágeis e vãs como nuvens sem chuva... Tudo vão, vão, inútil. Por terra. O vento passou, a morte e a loucura levaram as duas esperanças políticas do dia 20 de janeiro de 1961 e aqui estamos a 20 de janeiro de 1964, com os dois sucessores constitucionais dessas duas grandes esperanças políticas, ambos medíocres, ambos legais, ambos vulgares, ambos de boa vontade, males menores - se quisermos - mas sem nada, nada, nada daquilo que, nos horizontes universais, despertou o KENNEDY, com toda a sua juventude aberta e solar. E, no plano nacional, esse moralizador imoral, que no auge da luta é apeado pelo clamor dos seus partidários da véspera, que esperavam nele um aliado a serviço dos seus ideais retrógados e o desceram do pedestal onde ele não teve coragem de ficar, mostrando que realmente nào tinha a fibra que o jovem assassinado de ontem tinha para dar! Tudo isso é o veu da decepção que desceu sobre este meu fim de vida e só não altera a minha equanimidade porque há já muito (desde 1928) que não espero nada nem dos homens nem das instituições humanas e por isso mesmo vivo em perpétua disponibilidade e numa paz interior que me consola do afastamento total de todos os meus amigos de outrora, sem contrair novos (essa última frase taalvez seja exagerada e pessimista e portanto deve ser riscada). O que quis dizer é que, abandonando os meus amigos da direita (ou sendo por eles abandonado), colocando-me (como quero colocar-me) acima da direita e da esquerda, não me incorporei a nenhum grupo de esquerda. E prefiro ser acusado - como foi Romain Rolland, quando em 1914 se declarou "au dessus de la mêlée" - de diletantismo ou de pilatismo (lavar as mãos) do que de me deixar infiltrar pelo fanatismo! E todas essas decepções, na realidade, só o são da boca pra fora, pois realmente nunca esperei nada do mundo e das coisas do mundo, ao menos desde 1928. E todas essas decepções, desde o Centro Dom Vital até o Kennedy, tudo só faz confirmar, e de vez em quando atiçar o fogo autêntico da Fé, que me ensina a só esperar de Deus. E Ele nos alimenta a Fé, precisamente com a lenha das decepções humanas".
Rio, 20/01/1964. Eis o que escreveu à filha TRISTÃO de ATHAYDE dois meses depois da morte de Kennedy: "Na data de hoje (20/01/1964), no ano de 1961, foi a posse de KENNEDY e foi também o dia da chegada do JÂNIO, que iria tomar posse no dia 31! Que coincidência! E eu escrevi no meu diário nesse dia apenas a palavra "ESPERANÇA", duas vezes, assim: "Posse Kennedy! Esperança!!""Chega JÂNIO! Esperança!" Tenho até um arrepio quando, apenas três anos depois, penso em tudo o que houve. Kennedy assassinado, Jânio deposto por si mesmo (na frase que tanto irritou o meu eminente ex-amigo (Corção), hoje no Index...): "Por terra as duas grandes esperanças desse dia 20 de janeiro de 1961! "Que tremenda lição! Lição de revolta ou de conformidade? Evidentemente nem uma nem outra. Lição de aceitação plena da vontade de Deus e consciência de que todas as "esperanças" terrenas são frágeis e vãs como nuvens sem chuva... Tudo vão, vão, inútil. Por terra. O vento passou, a morte e a loucura levaram as duas esperanças políticas do dia 20 de janeiro de 1961 e aqui estamos a 20 de janeiro de 1964, com os dois sucessores constitucionais dessas duas grandes esperanças políticas, ambos medíocres, ambos legais, ambos vulgares, ambos de boa vontade, males menores - se quisermos - mas sem nada, nada, nada daquilo que, nos horizontes universais, despertou o KENNEDY, com toda a sua juventude aberta e solar. E, no plano nacional, esse moralizador imoral, que no auge da luta é apeado pelo clamor dos seus partidários da véspera, que esperavam nele um aliado a serviço dos seus ideais retrógados e o desceram do pedestal onde ele não teve coragem de ficar, mostrando que realmente nào tinha a fibra que o jovem assassinado de ontem tinha para dar! Tudo isso é o veu da decepção que desceu sobre este meu fim de vida e só não altera a minha equanimidade porque há já muito (desde 1928) que não espero nada nem dos homens nem das instituições humanas e por isso mesmo vivo em perpétua disponibilidade e numa paz interior que me consola do afastamento total de todos os meus amigos de outrora, sem contrair novos (essa última frase taalvez seja exagerada e pessimista e portanto deve ser riscada). O que quis dizer é que, abandonando os meus amigos da direita (ou sendo por eles abandonado), colocando-me (como quero colocar-me) acima da direita e da esquerda, não me incorporei a nenhum grupo de esquerda. E prefiro ser acusado - como foi Romain Rolland, quando em 1914 se declarou "au dessus de la mêlée" - de diletantismo ou de pilatismo (lavar as mãos) do que de me deixar infiltrar pelo fanatismo! E todas essas decepções, na realidade, só o são da boca pra fora, pois realmente nunca esperei nada do mundo e das coisas do mundo, ao menos desde 1928. E todas essas decepções, desde o Centro Dom Vital até o Kennedy, tudo só faz confirmar, e de vez em quando atiçar o fogo autêntico da Fé, que me ensina a só esperar de Deus. E Ele nos alimenta a Fé, precisamente com a lenha das decepções humanas".
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
50 ANOS SEM KENNEDY
Rio, 23/11/1963. "Ando aniquilado pela tragédia de ontem (o assassinato de JOHN F.KENNEDY em Dallas, no Texas), que em um segundo varreu do mundo um homem que eu só comparo a outro, JOÃO XXIII. Apenas este tinha 83 (?) anos e Kennedy, pouco mais da metade, 46, e poderia fazer tanto pelo mundo se... não pensássemos... na idade de NOSSO SENHOR. Em 33 anos Ele fez mais pelo mundo do que outro qualquer filho do mundo. E o nosso velho JOÃO o fez em 5 anos. De modo que o tempo em densidade compensa o tempo em extensão. Em 3 anos de governo e mais nos que os precederam, esse rapaz - com sua carinha de universitário garoto - fez mais pelos Estados Unidos do que qualquer outro presidente, equiparando-se a homens como Lincoln, Roosevelt, Washington - os maiores - e fatalmente seria reeleito. E para o mundo então?! Minha profunda consternação não é tanto ver morrer em plena mocidade uma flor humana como essa, ao lado da sua Jacqueline, que parece uma aluna do colégio Bennet, e com aquelas duas crianças maravilhosas de frescura, - é ver desaparecer 0 ÚNICO campeão POLÍTICO daquelas mesmas ideias que, no plano espiritual, JOÃO XXIII lançou ao mundo. E vê-lo morrer assassinado por aqueles que representam exatamente os ideais... opostos - do ódio, da intolerância, do racismo, da violência. É isso que me deixa aniquilado e só me consolo com o "nisi granum..." E a única explicação é essa. Para que os grandes ideais triunfem é preciso que os seus portadores diminuam, desapareçam, apodreçam, tenham eles 80 ou 40 anos. Uma vez lançada a semente, a planta morre, ou pelo menos a flor morre. Está cumprida a sua missão. Será que aos olhos de Deus estava cumprida a missão desse jovem e autêntico líder do mundo livre? Aos olhos de Deus pode ser. Aos nossos, não! E ao nosso coração, então, como à nossa inteligência e às nossas convicções sociais é um abismo que se abre e é o caminho aberto à entrada do pior monstro que ameaça o nosso mundo: o FANATISMO. Kennedy foi vítima do fanatismo conservador e é esse fanatismo que encontra agora o caminho livre, sem ter pela frente esse jovem Siegfried da liberdade, da coragem, do diálogo, da simpatia e da inteligência irradiantes que ele encarnava como ninguém" (carta de Tristão de Athayde à filha freira Maria Teresa).
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
UMA SENZALA NO CARAÇA
Neste DIA da CONSCIÊNCIA NEGRA, aprecie por oportuno este poema do PADRE PEDRO SARNEEL:
"Olhando do patamar da igreja para a Casa das Sampaias vê-se no alto do seu quintal, que já foi delicioso pomar, uma RUÍNA. Um fragmento de muro da antiga SENZALA DO CARAÇA. Contempla, romeiro, aquele destroço da escravidão. Lembra o passado. E canta um hino de louvor e gratidão aos NEGROS fortes e espadaúdos que deixaram saudosos a costa da África, atravessaram, entulhados em porões, o imenso Atlântico. E vieram trabalhar e suar na construção do SANTUÁRIO da SENHORA MÃE dos HOMENS. Moravam lá onde ficou até hoje aquele alto e longo paredão que, graças a Deus, o tempo não desmoronou de todo, para que nos faça lembrar ainda e cantar sempre a humilde mas real colaboração de piedosos escravos na formação e perpetuidade do monumento nacional que é o CARAÇA. Tinham vindo de Angola e Bengala. Chamavam-se os primeiros Mamede e Mateus, João Pequeno e João Velho. E depois destes vieram outros. E todos trabalharam muito. E a todos - narra o mais antigo cronista do Caraça - os padres do caridoso São Vicente de Paulo deram LIBERDADE. Repousam seus ossos onde estás pisando agora. À direita descansam os homens. À esquerda dormem as mulheres. Adro sagrado da igreja serve-lhes de cemitério, ou antes de SENZALA bendita de onde hão de ressurgir um dia para irem ao encontro do Cristo Libertador, em companhia de seus irmãos, os santos escravos Porfírio, Agrícola, Felicidade e Blandina. Canta, bom peregrino, canta! São tão poucos os que celebram as glórias dos ESCRAVOS e lhes agradecem as obras. Canta ainda, romeiro, e ouve debaixo de teus pés as ossadas que se agitam, estremecendo de alegria... no gozo de sua LIBERTAÇÃO! ("GUIA SENTIMENTAL DO CARAÇA", PP. 178-179).
Neste DIA da CONSCIÊNCIA NEGRA, aprecie por oportuno este poema do PADRE PEDRO SARNEEL:
"Olhando do patamar da igreja para a Casa das Sampaias vê-se no alto do seu quintal, que já foi delicioso pomar, uma RUÍNA. Um fragmento de muro da antiga SENZALA DO CARAÇA. Contempla, romeiro, aquele destroço da escravidão. Lembra o passado. E canta um hino de louvor e gratidão aos NEGROS fortes e espadaúdos que deixaram saudosos a costa da África, atravessaram, entulhados em porões, o imenso Atlântico. E vieram trabalhar e suar na construção do SANTUÁRIO da SENHORA MÃE dos HOMENS. Moravam lá onde ficou até hoje aquele alto e longo paredão que, graças a Deus, o tempo não desmoronou de todo, para que nos faça lembrar ainda e cantar sempre a humilde mas real colaboração de piedosos escravos na formação e perpetuidade do monumento nacional que é o CARAÇA. Tinham vindo de Angola e Bengala. Chamavam-se os primeiros Mamede e Mateus, João Pequeno e João Velho. E depois destes vieram outros. E todos trabalharam muito. E a todos - narra o mais antigo cronista do Caraça - os padres do caridoso São Vicente de Paulo deram LIBERDADE. Repousam seus ossos onde estás pisando agora. À direita descansam os homens. À esquerda dormem as mulheres. Adro sagrado da igreja serve-lhes de cemitério, ou antes de SENZALA bendita de onde hão de ressurgir um dia para irem ao encontro do Cristo Libertador, em companhia de seus irmãos, os santos escravos Porfírio, Agrícola, Felicidade e Blandina. Canta, bom peregrino, canta! São tão poucos os que celebram as glórias dos ESCRAVOS e lhes agradecem as obras. Canta ainda, romeiro, e ouve debaixo de teus pés as ossadas que se agitam, estremecendo de alegria... no gozo de sua LIBERTAÇÃO! ("GUIA SENTIMENTAL DO CARAÇA", PP. 178-179).
terça-feira, 19 de novembro de 2013
DOUTRINA MONROE
Em razão dos tumultos que explodiam por toda a AMÉRICA LATINA a partir de 1830, ocasionados pelas insurreições nativistas que buscavam a independência de suas regiões do domínio do império espanhol e português, o CONGRESS0 NORTE AMERICANO aprovou em 1823 UM DOCUMENTO, conhecido como "A DOUTRINA MONROE", pelo qual o então presidente dos Estados Unidos, JAMES MONROE (1817-1825), defendia "A MÉRICA PARA OS AMERICANOS". Finalidade: impedir toda colonização europeia, promovendo assim a hegemonia dos EUA na região. Claramente ela se opunha à coligação ultra conservadora, plenejada no Congresso de Viena de 1815, constituindo-se numa ameaça sobre a América convulsionada em luta pela emancipação política. Ontem, 19/11/13, o secretário de Estado dos EUA, JOHN KERRY, discursando na sede da ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS declarou que a era da DOUTINA MONROE não existe mais. Acrescentou que os vizinhos hoje fazem "decisões como parceiros". Se, pela DOUTRINA MONROE, os "Estados Unidos se declararam protetores da região, exercendo sua influência para se opor à influência europeia, no longo discurso Kerry salientou que essa era acabou. Finalizando, o secretário de Estado americano lembrou que, quando menos esperamos, a vida nos colocou um desafio para testar nossa coragem e nossa vontade de mudar, perguntando: "Teremos a coragem das escolhas duras e vontade de mudar?"
Em razão dos tumultos que explodiam por toda a AMÉRICA LATINA a partir de 1830, ocasionados pelas insurreições nativistas que buscavam a independência de suas regiões do domínio do império espanhol e português, o CONGRESS0 NORTE AMERICANO aprovou em 1823 UM DOCUMENTO, conhecido como "A DOUTRINA MONROE", pelo qual o então presidente dos Estados Unidos, JAMES MONROE (1817-1825), defendia "A MÉRICA PARA OS AMERICANOS". Finalidade: impedir toda colonização europeia, promovendo assim a hegemonia dos EUA na região. Claramente ela se opunha à coligação ultra conservadora, plenejada no Congresso de Viena de 1815, constituindo-se numa ameaça sobre a América convulsionada em luta pela emancipação política. Ontem, 19/11/13, o secretário de Estado dos EUA, JOHN KERRY, discursando na sede da ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS declarou que a era da DOUTINA MONROE não existe mais. Acrescentou que os vizinhos hoje fazem "decisões como parceiros". Se, pela DOUTRINA MONROE, os "Estados Unidos se declararam protetores da região, exercendo sua influência para se opor à influência europeia, no longo discurso Kerry salientou que essa era acabou. Finalizando, o secretário de Estado americano lembrou que, quando menos esperamos, a vida nos colocou um desafio para testar nossa coragem e nossa vontade de mudar, perguntando: "Teremos a coragem das escolhas duras e vontade de mudar?"
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
SONO - GRANDE AMIGO DO CÉREBRO
O funcionamento normal do cérebro EXIGE a presença de SONO, e deteriora, quanto mais tempo se passe ACORDADO. O sono é necessário para que os produtos do metabolismo potencialmente TÓXICOS do cérebro sejam eliminados. O cérebro adormecido tem como que uma torneirinha aberta pela qual as toxinas se espalham rapidamente pelo espaço intersticial: o volume situado do lado de fora das células por onde circula o líquido que banha as células recebe e expulsa tudo aquilo que elas excretam. Experiência demonstrou que a circulação de líquido no espaço intersticial é MÍNIMA, é reduzida. Mas a transição para o SONO leva a um aumento de 60% desse espaço, aumentando muito a circulação do líquido intersticial. Resultado: a remoção de TOXINAS produzidas pelo FUNCIONAMENTO das células só acontece DURANTE O SONO. Em vigília, com pouca circulação as TOXINAS vão se ACUMULANDO. DORMIR, portanto, após horas acordado, deixa o CÉREBRO PRONTO, preparado, para começar tudo de novo, com a expulsão das TOXINAS, graças ao aumento da circulação do líquido intersticial que banha as células. Ausência de SONO suficiente produz fadiga mental, más decisões, dificuldades de aprendizado, crises de enxaqueca, etc. (Folha de São Paulo, 12/11/13, "Faxina noturna").
O funcionamento normal do cérebro EXIGE a presença de SONO, e deteriora, quanto mais tempo se passe ACORDADO. O sono é necessário para que os produtos do metabolismo potencialmente TÓXICOS do cérebro sejam eliminados. O cérebro adormecido tem como que uma torneirinha aberta pela qual as toxinas se espalham rapidamente pelo espaço intersticial: o volume situado do lado de fora das células por onde circula o líquido que banha as células recebe e expulsa tudo aquilo que elas excretam. Experiência demonstrou que a circulação de líquido no espaço intersticial é MÍNIMA, é reduzida. Mas a transição para o SONO leva a um aumento de 60% desse espaço, aumentando muito a circulação do líquido intersticial. Resultado: a remoção de TOXINAS produzidas pelo FUNCIONAMENTO das células só acontece DURANTE O SONO. Em vigília, com pouca circulação as TOXINAS vão se ACUMULANDO. DORMIR, portanto, após horas acordado, deixa o CÉREBRO PRONTO, preparado, para começar tudo de novo, com a expulsão das TOXINAS, graças ao aumento da circulação do líquido intersticial que banha as células. Ausência de SONO suficiente produz fadiga mental, más decisões, dificuldades de aprendizado, crises de enxaqueca, etc. (Folha de São Paulo, 12/11/13, "Faxina noturna").
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
BENDITO SEJA O NOME DE DEUS!
Falei aqui ontem de uma carta escrita há exatos 4 anos, 08/11/09, pelo caracense, ONOFRE DE FREITAS, poeta, professor universitário, membro da Academia Mineira de Letras, ser humano invejável, organizador da antologia "CARAÇA - NINHO DE ÁGUIAS". Poucos dias depois de anunciar para breve o parto da antologia, o bom Deus como a Elias o subtraiu da terra. E nada mais se sabe a respeito! Abro agora as "AS CARTAS do PAI" do Tristão... que achado me traz esta "Beata solitudo"! Um artigo do Jornal do Brasil, de 08/11/83, escrito pelo recém falecido LUIZ PAULO HORTA: "Cartas íntimas, cheias de dor, do alegre ALCEU"! Sob vários aspectos, alguém, tecendo o necrológio do Tristão, julgou PAULO HORTA o único católico brasileiro dotado no momento da capacidade de substituir o nosso ALCEU. Nas FILIPINAS uma fotografia do que foi o dilúvio narrado na Sagrada Escritura, dizimando as FILIPINAS e ceifando milhares de irmãos nossos na fé - Filipinas são o país mais católico do mundo! E neste nosso Estado um casal que perdera duas filhas de doze e sete anos soterradas nos temporais de Angra dos Reis há quatro anos, em substituição da Gabriela e da Giovanna embala no berço duas meninas e um menino! "DOMINUS DEDIT DOMINUS ABSTULIT, SIT NOMEN DOMINI BENEDICTUM!!!
Falei aqui ontem de uma carta escrita há exatos 4 anos, 08/11/09, pelo caracense, ONOFRE DE FREITAS, poeta, professor universitário, membro da Academia Mineira de Letras, ser humano invejável, organizador da antologia "CARAÇA - NINHO DE ÁGUIAS". Poucos dias depois de anunciar para breve o parto da antologia, o bom Deus como a Elias o subtraiu da terra. E nada mais se sabe a respeito! Abro agora as "AS CARTAS do PAI" do Tristão... que achado me traz esta "Beata solitudo"! Um artigo do Jornal do Brasil, de 08/11/83, escrito pelo recém falecido LUIZ PAULO HORTA: "Cartas íntimas, cheias de dor, do alegre ALCEU"! Sob vários aspectos, alguém, tecendo o necrológio do Tristão, julgou PAULO HORTA o único católico brasileiro dotado no momento da capacidade de substituir o nosso ALCEU. Nas FILIPINAS uma fotografia do que foi o dilúvio narrado na Sagrada Escritura, dizimando as FILIPINAS e ceifando milhares de irmãos nossos na fé - Filipinas são o país mais católico do mundo! E neste nosso Estado um casal que perdera duas filhas de doze e sete anos soterradas nos temporais de Angra dos Reis há quatro anos, em substituição da Gabriela e da Giovanna embala no berço duas meninas e um menino! "DOMINUS DEDIT DOMINUS ABSTULIT, SIT NOMEN DOMINI BENEDICTUM!!!
sábado, 9 de novembro de 2013
O PILOTO DESAPARECEU!
"Belo Horizonte, 10/11/2009. Finalmente, concluímos a revisão de nossa antologia. O que nos preocupa agora é a edição gráfica do livro. Estamos trabalhando para isso. Havendo notícia positiva, comunicaremos com a máxima alegria. Aguardem. Desejo a todos Boas Festas. Feliz Natal e Próspero Ano Novo extensivo a todos os seus Familiares! Cordialmente, Onofre de Freitas". Sempre que abro a gaveta à minha direita, o livro "CARAÇA - NINHO DE ÁGUIAS", alvissareiramente encadernado, me parece interrogar: "O Piloto continua desaparecido?" Em carta de 10/11/o9, poucos dias antes de falecer, através de modestíssima apresentação, ONOFRE DE FREITAS comunica que chegou ao fim a "grande obra"("grande opus feci"). Que, ocultando-se tímida e vicentenamente, confiou ao filho Sérgio Fernando de Freitas justificar a edição dessa antologia de temas caracenses, "destinada a constituir um lugar para o reencontro virtual de vários colegas , os quais guardam na saudade os momentos mágicos de uma felicidade que não se repete. O caracense terá aqui um reencontro com o passado; o leitor sem experiência vivida no Caraça fará uma descoberta. Assim o desejamos; assim o esperamos por resultado dessa ousadia editorial de meu pai - o idealizador e organizador desta antologia". Não quererá o filho de pai tão prendado das virtudes vicentinas ofertar aos mineiros essa antologia "Caraça - Ninho de Águias", o canto de cisne paterno, que cumprirá assim seu destino de pontuar o pouso onde vivem os ex-alunos e os amigos do Caraça, referência na saudade juvenil de várias gerações e convergência de valores morais e intelectuais que sedimentam o que se pode chamar de nossa "mineiridade"? Assim quem ousará dizer que as Musas não visitam mais aquelas montanhas?
"Belo Horizonte, 10/11/2009. Finalmente, concluímos a revisão de nossa antologia. O que nos preocupa agora é a edição gráfica do livro. Estamos trabalhando para isso. Havendo notícia positiva, comunicaremos com a máxima alegria. Aguardem. Desejo a todos Boas Festas. Feliz Natal e Próspero Ano Novo extensivo a todos os seus Familiares! Cordialmente, Onofre de Freitas". Sempre que abro a gaveta à minha direita, o livro "CARAÇA - NINHO DE ÁGUIAS", alvissareiramente encadernado, me parece interrogar: "O Piloto continua desaparecido?" Em carta de 10/11/o9, poucos dias antes de falecer, através de modestíssima apresentação, ONOFRE DE FREITAS comunica que chegou ao fim a "grande obra"("grande opus feci"). Que, ocultando-se tímida e vicentenamente, confiou ao filho Sérgio Fernando de Freitas justificar a edição dessa antologia de temas caracenses, "destinada a constituir um lugar para o reencontro virtual de vários colegas , os quais guardam na saudade os momentos mágicos de uma felicidade que não se repete. O caracense terá aqui um reencontro com o passado; o leitor sem experiência vivida no Caraça fará uma descoberta. Assim o desejamos; assim o esperamos por resultado dessa ousadia editorial de meu pai - o idealizador e organizador desta antologia". Não quererá o filho de pai tão prendado das virtudes vicentinas ofertar aos mineiros essa antologia "Caraça - Ninho de Águias", o canto de cisne paterno, que cumprirá assim seu destino de pontuar o pouso onde vivem os ex-alunos e os amigos do Caraça, referência na saudade juvenil de várias gerações e convergência de valores morais e intelectuais que sedimentam o que se pode chamar de nossa "mineiridade"? Assim quem ousará dizer que as Musas não visitam mais aquelas montanhas?
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
A MAIS VELHA IGREJA de MINAS
"Em 1704, na povoança de Raposos, ribeirinha do Guaicuí, perto do local onde canta o rumoroso ribeirão da Prata, na região do Sabará-Bussu, iniciou-se o levantamento da igreja de Nossa Senhora da Conceição, o MAIS ANTIGO templo de Minas, segundo Nelson de Sena. Como que se refletia na igreja levantada em pleno sertão na nossa terra na estrada mais batida dos mineiros de Sabará e de Caeté o fausto deslumbrante e que culminava na esplêndida magnificência da basílica da Mafra e outros templos suntuosos. A quadra era de abundância e de riqueza e os crentes eram liberais e generosos. E tudo era belo na igreja. E a bela matriz triunfou na suntuosidade das missas pomposas e das festas deslumbrantes. O rodear dos anos, porém, trouxe a decadência do templo admirável. Desfizeram-se os ornamentos, abriram-se as paredes da matriz, seus altares se despovoaram. Era a derrocada de um encólpio venerando em cujos restos foi-se abrigar a poesia melancólica das ruínas. Ainda bem que não desapareceu completamente a igreja anciã. Restauraram-na os esforços de distintos sacerdotes e de moradores do lugar, como João Sabarense. A igreja de Raposos fala da quadra opulenta de outrora. Evoca a audácia esplêndida, a coragem quase mítica dos sertanistas bandeirantes. Lembra a crença inconcutível da geração antiga e em seus nichos, naves e abóbadas, refugindo ao tumulto em poesia da vida moderna, como que se esconde e plange de manso "a grande alma triste do passado". OROSIMBO NONATO.
"Em 1704, na povoança de Raposos, ribeirinha do Guaicuí, perto do local onde canta o rumoroso ribeirão da Prata, na região do Sabará-Bussu, iniciou-se o levantamento da igreja de Nossa Senhora da Conceição, o MAIS ANTIGO templo de Minas, segundo Nelson de Sena. Como que se refletia na igreja levantada em pleno sertão na nossa terra na estrada mais batida dos mineiros de Sabará e de Caeté o fausto deslumbrante e que culminava na esplêndida magnificência da basílica da Mafra e outros templos suntuosos. A quadra era de abundância e de riqueza e os crentes eram liberais e generosos. E tudo era belo na igreja. E a bela matriz triunfou na suntuosidade das missas pomposas e das festas deslumbrantes. O rodear dos anos, porém, trouxe a decadência do templo admirável. Desfizeram-se os ornamentos, abriram-se as paredes da matriz, seus altares se despovoaram. Era a derrocada de um encólpio venerando em cujos restos foi-se abrigar a poesia melancólica das ruínas. Ainda bem que não desapareceu completamente a igreja anciã. Restauraram-na os esforços de distintos sacerdotes e de moradores do lugar, como João Sabarense. A igreja de Raposos fala da quadra opulenta de outrora. Evoca a audácia esplêndida, a coragem quase mítica dos sertanistas bandeirantes. Lembra a crença inconcutível da geração antiga e em seus nichos, naves e abóbadas, refugindo ao tumulto em poesia da vida moderna, como que se esconde e plange de manso "a grande alma triste do passado". OROSIMBO NONATO.
O ESTADO DO ACRE e AFONSO PENA
GUSTAVO FARNEZE, um dos juízes nomeados pelo presidente da Repúblca AFFONSO PENNA (1906-1909), quando da organização, em 1907, da justiça federal do ACRE, para aí se transferiu juntamente com sua genitora. Desta "partiu a lembrança singela da oferta da Imagem do Crucificado à primeira igreja do ACRE. A colocação no altar-mor da igreja de N. Senhora da Conceição realizou-se em 1908 com a bênção de Monsenhor Fernandes Távora, irmão de Dom Carloto Távora, bispo de Caratinga, MG. A essa homenagem seguiu-se outra. Depois da morte de AFFONSO PENNA a família do pranteado ofereceu ao juiz FARNEZE um dos retratos do ilustre ex-aluno do Colégio do Caraça, o qual foi inaugurado no salão de honra dos despachos e audiências do Juízo Federal. Presidiu a essa festa de gratidão e saudade Dom Frederico Costa, bispo do Amazonas e Acre, então em viagem pastoral no Território" ("Album Catholico do Estado de Minas Gerais" - 1918, 1923). Em tempo: Affonso Pena, quando presidente do Estado de Minas (1892-1894) assistiu, no dia 20/11/1893, 120 anos atrás, à inauguração da luz elétrica e do telefone no Colégio do Caraça. O primeiro telegrama foi assim redigido para Ouro Preto, Capital do Estado: "À Redação do "Estado de Minas". Comunico-vos que hoje, às 11 horas da manhã foi inaugurada a estação telegráfica do CARAÇA, assistindo desta estação o Exmo. Sr. Conselheiro, Presidente do Estado"("Caraça Ex-alunos e Visitantes", 1979, Pe. José Tobias Zico,C.M.).
GUSTAVO FARNEZE, um dos juízes nomeados pelo presidente da Repúblca AFFONSO PENNA (1906-1909), quando da organização, em 1907, da justiça federal do ACRE, para aí se transferiu juntamente com sua genitora. Desta "partiu a lembrança singela da oferta da Imagem do Crucificado à primeira igreja do ACRE. A colocação no altar-mor da igreja de N. Senhora da Conceição realizou-se em 1908 com a bênção de Monsenhor Fernandes Távora, irmão de Dom Carloto Távora, bispo de Caratinga, MG. A essa homenagem seguiu-se outra. Depois da morte de AFFONSO PENNA a família do pranteado ofereceu ao juiz FARNEZE um dos retratos do ilustre ex-aluno do Colégio do Caraça, o qual foi inaugurado no salão de honra dos despachos e audiências do Juízo Federal. Presidiu a essa festa de gratidão e saudade Dom Frederico Costa, bispo do Amazonas e Acre, então em viagem pastoral no Território" ("Album Catholico do Estado de Minas Gerais" - 1918, 1923). Em tempo: Affonso Pena, quando presidente do Estado de Minas (1892-1894) assistiu, no dia 20/11/1893, 120 anos atrás, à inauguração da luz elétrica e do telefone no Colégio do Caraça. O primeiro telegrama foi assim redigido para Ouro Preto, Capital do Estado: "À Redação do "Estado de Minas". Comunico-vos que hoje, às 11 horas da manhã foi inaugurada a estação telegráfica do CARAÇA, assistindo desta estação o Exmo. Sr. Conselheiro, Presidente do Estado"("Caraça Ex-alunos e Visitantes", 1979, Pe. José Tobias Zico,C.M.).
terça-feira, 5 de novembro de 2013
ESCOTISMO E VICENTISMO
05/11/13. Tarde em busca de seus coloridos cariocas. Como que velando ainda aqueles dos moradores do Rio que se foram, o ambiente citadino nos envolve num gélido vento atemporal, ocultando-nos a face de nosso Redentor num bloco de espessas nuvens. Foi-se o inverno? chegou o verão? O centro da cidade em convulsão! Preparam-lhe uma face moderna... e em tempo, antes da presença da copa do mundo e das olimpíadas. Na minha caminhada matutina, na Rua Assunção entrei no edifício "DES ARTS", confiando ao simpático porteiro o recado seguinte: "Diga ao filho que lhe furtei o jornal! "E de um salto galguei as montanhas de Minas e do pico das Alterosas lhe perguntei se conhecia o movimento dos Escoteiros. Antes que me respondesse, confessei-lhe: "A um escoteiro compete realizar todo dia uma boa ação! Hoje fiz a minha: roubei o jornal do meu filho!" Logo o Naldo abriu um sorriso buscado lá nos idos de uma infância saudosa, e me disse que também fora escoteiro. E juntos voltamos, a uns 70 anos eu, a uns 30 no máximo ele. E crianças entoamos, para em seguida revivermos pedaços de um passado levado pelo tempo: "Ra-tá-plan do arrebol, Escoteiros vede a luz! Ra-tá-plan olhai o sol do Brasil que nos conduz!" Escotismo e Vicentismo! Duas sementes incrustadas no ser humano ao ser criado. Ditosos nossos pais que cedo nos despertaram e incentivaram o amor à justiça no seu aspecto geral: dar à sociedade, à pátria, o que lhe devemos: o patriotismo, e no seu aspecto particular: a caridade, que regula os direitos e deveres dos cidadãos entre si.
05/11/13. Tarde em busca de seus coloridos cariocas. Como que velando ainda aqueles dos moradores do Rio que se foram, o ambiente citadino nos envolve num gélido vento atemporal, ocultando-nos a face de nosso Redentor num bloco de espessas nuvens. Foi-se o inverno? chegou o verão? O centro da cidade em convulsão! Preparam-lhe uma face moderna... e em tempo, antes da presença da copa do mundo e das olimpíadas. Na minha caminhada matutina, na Rua Assunção entrei no edifício "DES ARTS", confiando ao simpático porteiro o recado seguinte: "Diga ao filho que lhe furtei o jornal! "E de um salto galguei as montanhas de Minas e do pico das Alterosas lhe perguntei se conhecia o movimento dos Escoteiros. Antes que me respondesse, confessei-lhe: "A um escoteiro compete realizar todo dia uma boa ação! Hoje fiz a minha: roubei o jornal do meu filho!" Logo o Naldo abriu um sorriso buscado lá nos idos de uma infância saudosa, e me disse que também fora escoteiro. E juntos voltamos, a uns 70 anos eu, a uns 30 no máximo ele. E crianças entoamos, para em seguida revivermos pedaços de um passado levado pelo tempo: "Ra-tá-plan do arrebol, Escoteiros vede a luz! Ra-tá-plan olhai o sol do Brasil que nos conduz!" Escotismo e Vicentismo! Duas sementes incrustadas no ser humano ao ser criado. Ditosos nossos pais que cedo nos despertaram e incentivaram o amor à justiça no seu aspecto geral: dar à sociedade, à pátria, o que lhe devemos: o patriotismo, e no seu aspecto particular: a caridade, que regula os direitos e deveres dos cidadãos entre si.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
O DIES IRAE em MELHOR LATIM
Plange, plange, luctuosa Turba moesta naenia! Iam videbis lacrymosa Drammatis proscenia.
Ecce prodit ipse judex, Judicum ter maximus, Et tubarum clangor, index Et sonus novissimus. Surge turba clausa bustis, Iam tribunal panditur. Inde pravis, inde justis Digna merces redditur. En refulget Crux, Sionis Judicis praenuntia: En utrinque passioni Promicant insignia. State cuncti, tu sinistram Hoede turpis occupa: Vos oves adite dextram, Nulla jam saevit lupa. State sontes, state sancti Judicanti splendide. Ecce sedit in micanti Praetor altus sede Clara cujus ora fulgur, Verba sunt tonitrua Iam sonabit grande murmur Justa redens singulis. Stipat ala multa primi Praesidis subsellium; Quin verentur hunc et imi Ordines rebellium. Hic volumen proferetur, Quod patebit omnibus. Quantus horror, cum legetur Clausa nova cordibus! Noxa tristis, noxa dira, Nctis atra filia, Quam Tonantis plectet ira Ima torquens illa.In bilance nam severa Ponderabit crimina. Moxque ponet sorte vera Omnium discrimina. Lucis hujus dum recordor Palleo supplex reus: Ad tribunal dum vocabor Parce, Quaesitor Deus. Contremiscam te sedente, Causa dum tractabitur. Res agetur me tacente, Quae dein vulgabitur Rite causa quid peracta Sit futurum nescio. Namque Judex lite dicta Proferet sententiam. Ite, dicet criminosis, Ad profunda tartara. At venit - gloriosis - Ad suprema sidera (Carolus Verpaeus - in Dominus Tecum, curso alegre de latim).
Plange, plange, luctuosa Turba moesta naenia! Iam videbis lacrymosa Drammatis proscenia.
Ecce prodit ipse judex, Judicum ter maximus, Et tubarum clangor, index Et sonus novissimus. Surge turba clausa bustis, Iam tribunal panditur. Inde pravis, inde justis Digna merces redditur. En refulget Crux, Sionis Judicis praenuntia: En utrinque passioni Promicant insignia. State cuncti, tu sinistram Hoede turpis occupa: Vos oves adite dextram, Nulla jam saevit lupa. State sontes, state sancti Judicanti splendide. Ecce sedit in micanti Praetor altus sede Clara cujus ora fulgur, Verba sunt tonitrua Iam sonabit grande murmur Justa redens singulis. Stipat ala multa primi Praesidis subsellium; Quin verentur hunc et imi Ordines rebellium. Hic volumen proferetur, Quod patebit omnibus. Quantus horror, cum legetur Clausa nova cordibus! Noxa tristis, noxa dira, Nctis atra filia, Quam Tonantis plectet ira Ima torquens illa.In bilance nam severa Ponderabit crimina. Moxque ponet sorte vera Omnium discrimina. Lucis hujus dum recordor Palleo supplex reus: Ad tribunal dum vocabor Parce, Quaesitor Deus. Contremiscam te sedente, Causa dum tractabitur. Res agetur me tacente, Quae dein vulgabitur Rite causa quid peracta Sit futurum nescio. Namque Judex lite dicta Proferet sententiam. Ite, dicet criminosis, Ad profunda tartara. At venit - gloriosis - Ad suprema sidera (Carolus Verpaeus - in Dominus Tecum, curso alegre de latim).
DIES IRAE em Melhor Latim
Chora, chora, ó turba triste, com lutuoso lamento. Já verás o lacrimável teatro do drama. Eis avança o próprio juiz, três vezes o maior dos juízes. E o clamor indicativo das trombetas e o som último. Surge multidão encerrada nos sepulcros, já se abre o tribunal. Daí aos maus, daí aos justos, digna recompensa se dá. Eis refulge a Cruz, prenúncio do juiz de Sião. Eis a um e outro lado brilham à frente as insígnias da Paixão. Surgi, todos, tu, carneiro torpe, ocupa o lado da esquerda. Vós, ovelhas, ide para a direita, já nenhum lobo vos ataca. Surgi, pecadores, surgi santos em plena luz ao que está julgando. Eis que está assentado em um assento brilhante o alto Pretor. Cujo claro rosto é raio e as palavrs são trovões. Já soará um grande rumor, dando a cada um justas recompensas. Uma ala numerosa se aglomera junto do assento do supremo Presidente. Mais ainda, temem-no também as ordens inferiores dos rebeldes. Aqui então será apresentado um livro, que estará patente a todos. Quanto horror, quando for lida a culpa oculta nos corações! A culpa triste, a culpa cruel, filha escura da noite, que a ira de Deus atingirá oprimindo os íntimos flancos. Porque numa balança severa pesará os crimes. E logo estabelecerá com justo quinhão as diferentes responsabilidades de todos. Quando me lembro desse dia empalideço como um réu suplicante. Quando for chamado ao tribunal, perdoa, Deus investigador. Estremecerei todo quando estiverdes sentado, quando se fizer o juízo. Uma causa se tratará, estando eu calado, que depois se divultigará. Ao certo o que há de ser, terminada a causa, não o sei. Porque o juiz, exposta a questão, proferirá a sentença. Ide, dirá aos criminosos, para os profundos infernos. Mas vinde, dirá aos gloriosos, para os supremos astros (Dominus tecum).
Chora, chora, ó turba triste, com lutuoso lamento. Já verás o lacrimável teatro do drama. Eis avança o próprio juiz, três vezes o maior dos juízes. E o clamor indicativo das trombetas e o som último. Surge multidão encerrada nos sepulcros, já se abre o tribunal. Daí aos maus, daí aos justos, digna recompensa se dá. Eis refulge a Cruz, prenúncio do juiz de Sião. Eis a um e outro lado brilham à frente as insígnias da Paixão. Surgi, todos, tu, carneiro torpe, ocupa o lado da esquerda. Vós, ovelhas, ide para a direita, já nenhum lobo vos ataca. Surgi, pecadores, surgi santos em plena luz ao que está julgando. Eis que está assentado em um assento brilhante o alto Pretor. Cujo claro rosto é raio e as palavrs são trovões. Já soará um grande rumor, dando a cada um justas recompensas. Uma ala numerosa se aglomera junto do assento do supremo Presidente. Mais ainda, temem-no também as ordens inferiores dos rebeldes. Aqui então será apresentado um livro, que estará patente a todos. Quanto horror, quando for lida a culpa oculta nos corações! A culpa triste, a culpa cruel, filha escura da noite, que a ira de Deus atingirá oprimindo os íntimos flancos. Porque numa balança severa pesará os crimes. E logo estabelecerá com justo quinhão as diferentes responsabilidades de todos. Quando me lembro desse dia empalideço como um réu suplicante. Quando for chamado ao tribunal, perdoa, Deus investigador. Estremecerei todo quando estiverdes sentado, quando se fizer o juízo. Uma causa se tratará, estando eu calado, que depois se divultigará. Ao certo o que há de ser, terminada a causa, não o sei. Porque o juiz, exposta a questão, proferirá a sentença. Ide, dirá aos criminosos, para os profundos infernos. Mas vinde, dirá aos gloriosos, para os supremos astros (Dominus tecum).
TRISTÃO DE ATHAYDE E O CELIBATO SACERDOTAL
Não se supõe mais proibido discutir-se, hoje em dia, sobretudo após a elevação de Francisco à sede episcopal de Roma, sobre o celibato sacerdotal. Confesso que, leitor assíduo e cativo de Tristão de Athayde, só encontrei entre seus escritos um trecho em que toca no assunto. E no caso para recriminar quem em nosso país ousou encabeçar um movimento em favor da abolição do voto de castidade como condição para um homem ordenar-se sacerdote. Numa carta de 23/07/1928, dois meses antes de se converter ao catolicismo, eis o que disse a Jackson de Figueiredo, seu mentor espiritual: "É curioso, eu me sinto mais católico, quando leio essas revistas que me seduzem doidamente ( refere-se à revista "cultura", de um filho "rubro leninista"de João Mangabeira), do que quando leio jornais católicos "nossos". Se minha volta à Igreja se tivesse dado 10 anos atrás, quando eu era só, sem compromissos, sem encargos, sem responsabilidades, talvez pudesse fazer mais por ela". E revoltoso, parece-me: "E o Padre FEIJÓ queria suprimir o celibato! Que criminoso! E como é sábio o Vaticano! Só o homem solitário pode ser heroico e santo mesmo!" Talvez espante hoje o pensar então do nosso mestre Alceu. Que pouco antes de deixar-nos assim aquietou Geneton numa entrevista: "...foi Chesterton o primeiro escritor depois de minha conversão...eu vivia ainda sob o signo da autoridade que marcou aquela conversão. Só descobri a minha liberdade depois de minha re-conversão. Converti-me pela mão de um autoritário que era JACKSON DE FIGUEIREDO, um autoritário que se dizia reacionário, mas era no fundo um revolucionário às avessas. Mas logo em seguida, entre 1928 e 1938, passei a ver na Igreja, não uma mestra de autoridade, mas um estímulo à Liberdade. Eu me converti sob o signo da autoridade e me reconverti a partir de 1940 a um espírito de liberdade". Amanhã, FINADOS, no São João Batista, no Rio, à porta da arca sagrada que lhe vela o corpo à espera da re-união com sua santa alma, gostaria de ouvir sua opinião sobre o CELIBATO SACERDOTAL.
Não se supõe mais proibido discutir-se, hoje em dia, sobretudo após a elevação de Francisco à sede episcopal de Roma, sobre o celibato sacerdotal. Confesso que, leitor assíduo e cativo de Tristão de Athayde, só encontrei entre seus escritos um trecho em que toca no assunto. E no caso para recriminar quem em nosso país ousou encabeçar um movimento em favor da abolição do voto de castidade como condição para um homem ordenar-se sacerdote. Numa carta de 23/07/1928, dois meses antes de se converter ao catolicismo, eis o que disse a Jackson de Figueiredo, seu mentor espiritual: "É curioso, eu me sinto mais católico, quando leio essas revistas que me seduzem doidamente ( refere-se à revista "cultura", de um filho "rubro leninista"de João Mangabeira), do que quando leio jornais católicos "nossos". Se minha volta à Igreja se tivesse dado 10 anos atrás, quando eu era só, sem compromissos, sem encargos, sem responsabilidades, talvez pudesse fazer mais por ela". E revoltoso, parece-me: "E o Padre FEIJÓ queria suprimir o celibato! Que criminoso! E como é sábio o Vaticano! Só o homem solitário pode ser heroico e santo mesmo!" Talvez espante hoje o pensar então do nosso mestre Alceu. Que pouco antes de deixar-nos assim aquietou Geneton numa entrevista: "...foi Chesterton o primeiro escritor depois de minha conversão...eu vivia ainda sob o signo da autoridade que marcou aquela conversão. Só descobri a minha liberdade depois de minha re-conversão. Converti-me pela mão de um autoritário que era JACKSON DE FIGUEIREDO, um autoritário que se dizia reacionário, mas era no fundo um revolucionário às avessas. Mas logo em seguida, entre 1928 e 1938, passei a ver na Igreja, não uma mestra de autoridade, mas um estímulo à Liberdade. Eu me converti sob o signo da autoridade e me reconverti a partir de 1940 a um espírito de liberdade". Amanhã, FINADOS, no São João Batista, no Rio, à porta da arca sagrada que lhe vela o corpo à espera da re-união com sua santa alma, gostaria de ouvir sua opinião sobre o CELIBATO SACERDOTAL.
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