domingo, 24 de novembro de 2013

" O   CONCÍLIO   DA   ÚLTIMA   CHANCE"

Em seu livro "Paz na era pós-cristã" Thomas Merton conta que, tão logo se pensou nos preparativos do Concílio Vaticano II, a Revista Francesa "Realités" apelidou-o num artigo repleto de intuições perspicazes de "O Concílio da Última Chance". Meio século passado constatamos que esse título provocativo talvez tenha até encorajado os católicos a se entregarem  ao grande movimento de renovação que o Papa João XXIII inaugurou com a abertura das janelas do Vaticano. Verdade é que propósitos ali elaborados encontraram obstáculos através dos caminhos percorridos, o que não é novidade pois a Igreja, embora divina, é constituída de seres humanos. Felizmente, para "gaudium magnum"o que no presente momento se vê é uma sadia conexão daquilo  que o papa Francisco vai realizando franciscanamente com o  pensamento do papa João XXIII que se diria "reincarnado" no atual papa. Seja como for, escreve Tristão (carta de 07/06/1963): "o que fez o nosso João XXIII ninguém poderá desfazer. Foi um novo Pio X mas voltado para o futuro e  não para o passado. UM SANTO  QUE  ABRIU O SÉCULO  XXI! E que deu a nota, o LÁ, para os sucessores, se quiserem ser fieis ao que ficou demonstrado ser a GRANDE  VIA  DA  IGREJA no mundo moderno, a da SANTIDADE com todas as suas implicações de participação na vida e não de evasão". A propósito: quão distante ficou desse pensamento profético de TRISTÃO a frase que  ele deixou gravada em carta sua de 16/06/1963 pronunciada pelo  cardeal Siri de Gênova sobre o pontificado de JOÃO XXIII:  "Serão precisos 40 anos para a Igreja recuperar o que perdeu em 4!" Comentário de Tristão (idem, ibidem): "Quando ouço uma frase dessas compreendo que esforço infinito é preciso para não odiar o próximo... E para cumprir a palavra e a lição de Jesus e de seu servo JOÃO... " O certo é que 40 anos se contam entre a época da morte de JOÃO  XXIII e a eleição do nosso papa FRANCISCO!

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