quinta-feira, 29 de abril de 2010

CURIOSIDADES

Curiosidade: diante da leitura do cânon 964, do C.D.C., e das normas aprovadas pela C.N.B. referentes a esse cânon, estranho, e muitos fiéis comigo, a supressão do uso do confessionário, naquelas normas estabelecido, para normal atendimento de quem queira confessar-se. Em parte não poderia ser esta a causa de tão pouca aproximação dos católicos do sacramento da confissão? E mais: por que atualmente desapareceu a disponibilidade de sacerdotes para o atendimento de confissões? Tempos atrás, antes das celebrações da eucaristia, via-se o padre no confessionário, quase sempre sem ser solicitado, aguardando como bom pastor aqueles que queriam reconciliar-se com o Pai do Céu. Parece-me haver tanta implicação psicológica na resolução da vontade de alguém de se aproximar-se de um confessionário! Em tempo: em caso de absolvições coletivas, cumprem os absolvidos o dever de posteriormente acusarem na confissão as suas faltas? E se não cumprirem isto? E mais: como me parece estranho e por vezes ridículo o atendimento de confissões fora do lugar apropriado, do confessionário,  dentro do templo, à vista de todos?  Sugeriria, se não fosse eu mal interpretado, se procedesse a uma enquete entre os católicos para se conhecer o que se pensa a respeito do que acima comentei e de outras dúvidas por certo existentes em torno do assunto. O espaço não me permite alongar-me. Talvez volte ao tema posteriormente.  

terça-feira, 27 de abril de 2010

PIO 11 AO CARDEAL CEREJEIRA

A recomendação feita ao clero pelo Sumo Pontífice no sentido de aproveitar os "blogs" como eficazes e eficientes meios de se comunicar com os rebanhos lembrou-me palavras do Papa Pio XI, escritas ao Cardeal Cerejeira, de Lisboa, no longinquo 10 de novembro de 1933: "Que aqueles de nossos filhos que passaram às hostes socialistas (comunistas) jamais ousem alegar, em sua desculpa, que os ricos são favorecidos pela Igreja; que não se faz caso dos operários, nem deles se ocupam; e que , por esse motivo, tiveram de entrar e enfileirar nas hostes socialistas, para tratarem dos seus interesses. Para atingir tão nobre fim, torna-se preciso que às grandes massas populares, as quais tantas vezes, por ignorância religiosa facilmente se confiam a hábeis e turbulentos agitadores, se lhes mostre, sempre e cada vez mais clara, a luz e eficácia da verdade cristã, para mitigar todas as dores, resolver as dúvidas, nobilitar as obras e trabalhos de misericórdia e caridade, e apontar a todas as almas livres os caminhos planos e desembaraçados da esperança e virtude cristã. A ninguém passa despercebido qual e quanta seja a eficácia da leitura dos bons livros e periódicos para a educação doméstica e civil do povo. São de todos conhecidos os males que a má imprensa vai semeando, sobretudo entre os jovens, verificando-se ainda aqui a palavra de Cristo: Ös filhos deste século são mais prudentes que os filhos da luz" (Luc.16,8). Que se lembre o antigo ditado: "contraria contrariis curantur", é necessário que à imprensa má ou neutra se oponha a boa imprensa.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

TIRADENTES - 21 de abril - LIBERDADE

"A LIBERDADE, que favoravelmente olhara a velhice langorosa do Brasil, TARDIAMENTE contudo, é verdade, acabou por adotá-lo, quando a barba já branca lhe caía sob os golpes da navalha. O certo, porém, é que o CONQUISTOU, depois de uma tão longa espera!" "Libertas: quae, sera, tamen respexit inertem, candidior postquam tondendi barba cadebat; respexit tamen et LONGO POST TEMPORE VENIT", como cantou Publius Virgilius Maronis numa de suas éclogas. E assim a L I B E R D A D E, inconfidentemente planejada nas Minas Gerais, no dia 21 de abril de 1792 com o sacrifício cruento de JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER de tal modo se aninhou nas mentes brasileiras que o resultado outro não seria senão o grito de INDEPENDÊNCIA OU MORTE de 7 de setembro de 1822. Eis como HENRIQUETA LISBOA,"voz a mais pura das montanhas de Minas que ecoou por todo o Brasil" (Vivaldi Moreira), ergueu a taça de sua louvação à DEUSA LIBERDADE, pedagogicamente encerrando sua obra "O MENINO POETA": "Firma-se em cada construção o alicerce da LIBERDADE. Fica na colina do centro o PALÁCIO da LIBERDADE. Abrem-se para os quatro cantos as janelas da LIBERDADE. Todos os caminhos circulam em demanda da LIBERDADE. Trêmulos arbustos se inclinam diante da flor da LIBERDADE. Espáduas humanas sustentam os mármores da LIBERDADE. Palpita em cada coração o pássaro da LIBERDADE. Auréolas pairam sobre a cruz na escalada da LIBERDADE". Só nos restando a sugestão do Tenente Brigadeiro Eduardo Gomes: "O preço da LIBERDADE é a ETERNA VIGILÂNCIA!" Eduardo Gomes foi candidato a presidente da república por duas vezes seguidas, sem êxito, depois da ditadura de Getúlio Vargas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

EM TEMPO

"ETIAM HOMERUS ALIQUANDO DORMITAT". DOIS COCHILOS deste velho blogueiro": no seguinte blog,na sétima linha de baixo para cima, intrometeu-se, sem ser convocada, a palavra Juscelino. Apague-a! E quando escrevo sobre Escotismo no blog do dia 11 faltou num dos períodos o sujeito do verbo. QUE só pode ser o JOÃOZINHO DE FREITAS. NO MAIS, SAUDAÇÕES.

JUSCELINO E BRASÍLIA = 50 ANOS

Se a Sào João Bosco foi revelado o local atual do Distrito Federal, ao poeta latino Quintus Horatius Flaccus (65-8 antes de Cristo) coube, num momento de providencial inspiração, imortalizar a memória do construtor de BRASÏLIA, JUSCELINO KUBITSCHECK. "ERGUI UM MONUMENTO mais duradouro do que o bronze! Mais alto do que as pirâmides dos reis! Jamais poderá destruí-lo ou a voracidade das ondas, ou a fúria do Aquilão ou o curso dos anos ou o choque torrencial dos séculos! Não morrerei por inteiro! A parte mais nobre de meu ser triunfará da morte! Minha glória sempre renovada crescerá sem cessar por todo o tempo em que o pontífice ao lado da vestal silenciosa subir ao Capitólio! Sobre as margens do impetuoso Aufide nos áridos campos em que Daunus, do alto de sua humilde fortuna, JUSCELINO governou povos agrestes, dir-se-á que fui o primeiro a unir ao ritmo italiano a lira melodiosa dos gregos. Ó Musa! Revista-te de justo orgulho e vem sorrindo cingir-me a fronte com a imortal coroa!"( Livro Terceiro, XXX terceira ode, HORÄCIO).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESCOTISMO 100 ANOS NO BRASIL

Acabo de ler que o ESCOTISMO está comemorando 100 anos de sua entrada no Brasil. E me lembro com certa nostalgia de que fui escoteiro. Em Bonfim, Minas Gerais. Foi no ano de 1939/40, no tempo da Segunda Guerra Mundial. Numa cidade outrora influente na política mineira, mas então numa triste fase de decadência pela má administração e pela divisão da população por causa da politicagem dominante, em duas facções rivais: Piriquitos e Joões-de-barro. Quando passei a ser gente, soube pelo Jesus do Abdon que a única exportação da cidade era de gente: crianças nasciam e, mal alfabetizadas - quando isto acontecia! - demandavam a capital promissora de um futuro sob a administração de Juscelino, de Benedito Valadares, de Gustavo Capanema, de Helena Antipoff na Fazenda do rosário,etc. Gravou-se-me com peso de luto a mudança repentina para Belo Horizonte da família do Nenén e da Maria Augusta, lá do Serrado, arrastando consigo nossa costureira e confidente de minha mãe, além de seus três filhos homens, Isaltino, o mais velho, o do meio...foi-se-me seu nome!...e o José, de minha turma de descobridores da vida e do mundo, que um pouco mais tarde se tornaria humorista famoso da Rádio Inconfidência de Minas Gerais. Foi então que o jovem advogado Joãozinho de Freitas criou na cidade o movimento escotista. E entre os arrebanhados rapidamente estávamos eu e meu irmão, o Luiz. Meus pais, creio que mais minha mãe, como já o tinham feito quando abracei sem meu conhecimento e aprovação a Congregação Mariana, logo mandaram vir da capital todo o enxoval necessário: camisa azul, calça jeans (não com esse epíteto!), gravata apropriada ou lenço, parece-me, tênis preto, ou chuteira? meias cinzas, bastão, apito, alcantil, chapéu próprio, etc. E o nosso Joãozinho de Freitas surgiu comandando o pequeno batalhão de uns quinze garotos, divididos entre Lobinhos, de 7 a 10 anos, e Escoteiros, de 11 a 14 anos. Meninas, nem pensar! E logo por encanto surgiu uma sede: no local hoje funciona o Posto de Saúde. Enfileirados, ordenadamente, as ruas empoeiradas, famílias nas janelas ao som do tarol e do hino dos Escoteiros: "Rataplam do arrebol, Escoteiros vede a luz! Rataplam olhai o sol do Brasil que nos conduz!", lépido nos seus trinta e poucos anos comandava o grupo de cidade adianatada num humilde burgo mineiro , um remendo novo num pano velho, trajando garbosamente todo o equipamento usado pelos componentes do grupo. Havia competições esportivas, partidas de futebol contra o time dos meninos da rua, excursões, palestras, marchas pelas ruas nas data cívicas, etc. Mas, um dia, de repente, a presença de um militar, destacado para orientar o movimento, tudo pôs a perder. Menino, só mais tarde OFICIALMENTE fiquei inteirado do fato. Restou-me a saudade acompanhada de minha profunda admiração e gratidão pela coragem do jovem advogado que nunca mais vi! Que pena a maioria de nossos políticos não terem tido a oportunidade de serem escoteiros! Lá entre os artigos da LEI do ESCOTISMO estavam o compromisso com a palavra, a lealdade, a cortesia e a alegria! ("Folhateen - Folha de São Paulo, 12 de abril de 2010).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

QUE É VULGATA?

A BÍBLIA CATÓLICA compõe-se de 74 livros, escritos por diversos autores, uma parte em hebraico, outra em aramaico e outra, menor, em grego. A palavra "BÍBLIA" é a tradução de uma palavra grega, no plural, que significa "livros". Desde quando aqueles 74 livros do Antigo e do Novo Testamento foram declarados pela Igreja "inspirados", passaram a ser apresentados num só volume, numa espécie de "obras completas" do Espírito Santo, tomando o nome de "BÍBLIA", isto é, o LIVRO POR EXCELÊNCIA. "Pela falta de exatidão das velhas versões dos livros que a compõem, pela extrema diversidade e pelo estado de corrupção dos exemplares que existiam, tornando urgente, no século IV, uma revisão profunda sobre os textos originais, a conselho do Papa Dâmaso São Jerônimo (347/349 - 420) tomou a peito um gigantesco trabalho bíblico que marcou a Idade Média e a civilização ocidental: traduziu para o latim diretamente do hebraico os livros do Antigo Testmento. Quanto aos do Novo Testamento, ele retocou a tradução latina que já existia em seu tempo. Dessa forma, o novo texto da Bíblia apresentado aos cristãos em breve se tornou de uso comum, donde o nome "VULGATA" ( em latim "vulgus"= povo), originario da expressão "VULGATA EDITIO" ou edição divulgada. No século XVI Martinho Lutero traduziu a Bíblia do latim para o alemão. Como os seguidores desse monge passassem a usar a Bíblia como arsenal de seus argumentos contra o catolicismo, no Concílio de Trento (1545-1563) a tradução de São Jerônimo, ou a vulgata, foi considerada autêntica, mas foi proibida aos fiéis a leitura de traduções vernáculas da Bíblia que não fossem acompanhadas de notas explicativas conformes à doutrina católica. Nasceu assim e se espalhou o boato, tanto entre os católicos, fruto da ignorância, como dos protestantes, por esperteza, de que a Igreja Católica proibira a leitura da Bíblia aos católicos. "Após o Concílio do Vaticano II, o Papa Paulo VI determinou fosse refeita a tradução latina dos livros sagrados (da Vulgata), que, pronta, é chamada a "Neo-Vulgata" (Escola "Mater Ecclesiae", Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.).