quarta-feira, 25 de abril de 2012

QUE FIM TIVERAM OS PAPAS CISMÁTICOS?

Conhecido o desfecho da confusão na Igreja Católica com o cisma surgido com a eleição de dois papas regendo os negócios pontifícios, resultado obtido graças à convocação do CONCÍLIO GERAL DE CONSTANÇA (1414-1418), perguntamo-nos que fim tiveram os pontífices envolvidos no "imbroglio". JOÃO XXIII, confiado à guarda do imperador da Alemanha, Sigismond, recuperando a liberdade, pediu perdão ao papa reinante, MARTIM V, e faleceu em 1419. GREGÓRIO XII morreu dois anos após abdicar. Apesar de considerado um sábio e virtuoso, não passou de um papa medíocre por ter sido um administrador sem energia. BENTO XII, embora reconhecido até o fim da vida como papa pastoreando cerca de duas mil almas, morreu com cem anos em 1424. Permaneceu no castelo de Peniscola que ele comparava com a arca de Noé onde a humanidade outrora se abrigou: do mesmo modo toda a cristandade estava com ele no rochedo de Peniscola, como declarara aos deputados do Concílio de Constança. Sabe-se que quatro cardeais lhe deram um sucessor, quando de seu falecimento, na pessoa de MUNHOZ, cônego de Barcelona, com o nome de CLEMENTE VIII, que se submeteu em 1429, assim como três de quatro eleitores; o quarto, num cisma dentro do cisma, nomeou sozinho sob a proteção do conde de ARMAGNAC o sacristão da catedral de RODEZ como seu sucessor, que tomou o nome de BENTO XIV, e desapareceu ignorado pela história. Diante de tais abusos ocorridos, o CONCÍLIO DE CONSTANÇA prescreveu a convocação de concílios gerais: o primeiro, dentro de 5 anos; o segundo, 7 anos depois, e os demais de 10 em 10 anos. O PAPA MARTIM V reuniu um concílio em PAVIA (1423), interrompido com o advento de uma peste e transferido para SIENNA. Por questões políticas, com poucos bispos presentes, esse concílio foi dissolvido (1424), designando-se outro para BASILEIA, cidade neutra, a realizar-se 7 anos depois.

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