sexta-feira, 10 de julho de 2015

BANDA   PADRE   BOAVIDA

"Corria o ano de 1955". Assim tem início a notícia do jornal informativo da AEALAC "PORTA  DO CEU", junho de 2015. E prosseguia: "a  Banda Padre Boavida estava pronta para retomar seu lugar de destaque, somando acordes..." Depois de louvar o esforço do  Pantoja que conseguira reformar os instrumentos musicais, escreve que, "montada a banda, carecia de um comandante". E este, um lazarista recém ordenado, PADRE  JOSÉ  FERNANDES  DA  SILVA, nomeado professor no Caraça (1955),  competente e entusiasmado, se pôs logo a fazer funcionar a "FURIOSA"  que, certamente, alegrou o Caraça até o incêndio que destruiu parte importante do prédio, em 1968. Do mesmo modo  como o  Pantoja se espantou com o abandono, num dos quartos do Caraça, em 1955, de vários instrumentos musicais totalmente esquecidos, da mesma maneira  alunos, como eu, ingressados no Caraça em 1941, convivemos durante nossos dois primeiros anos com o mistério,  guardando num quarto sempre trancado uma série de instrumentos musicais.  Parede-meia com outro quarto que em 1943 se tornou "quarto da direção espiritual". Em 1943 o Padre Egídio Ribeiro de Aquino, recém ordenado, assumiu  no Caraça o cargo de professor de Geografia e História. E logo se entusiasmou  com a idéia de levantar do pó a Banda Padre Boavida, na boca dos alunos a "FURIOSA". Creio que a última notícia que se tinha dela datava  de 1912 ("Caraça, Ex-Alunos e Visitantes", Padre Tobias Zico, pp. 168). Daí  fiquei sabendo que entre os componentes dela, na época,  dois foram meus professores: um no Caraça, Padre Manoel Torres, outro em Petrópolis, Padre Delile Ribeiro.    O Padre Egídio deparou-se com um árduo trabalho:  salvo engano, o sono  da "Furiosa" durara pelo menos trinta anos! Recordo os nomes de alguns de seus componentes, a partir de 1943: os dois irmãos Sinfrônio e Batista; os dois irmãos José Braga Martins e Francisco; o José Dias de Castro e este que lhes fala, que tocava bombardino. Como deixei o Caraça em novembro de 1946, e tendo-se retirado do colégio o Padre Egídio, julgo que de novo foi  autor de sua segunda reincarnação o Padre Fernandes, em 1955, tendo  encontrado o caminho preparado pelo  João Pantoja.  ir.lea@gmail.com

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