quarta-feira, 22 de julho de 2015

OUTRO  TIPO  À  PARTE - ALCEU  A.  LIMA"

TRISTÃO DE ATHAYDE, pseudônimo de Alceu  Amoroso  Lima. Nascido no Rio, 11/12/1893, aí estudou preparatórios e se formou em direito. Na juventude abandonou a religião católica. Por felicidade, em 1928 voltou a essa religião de que já sentia saudades. Em 1929 tomou a direção  da revista A ORDEM. Em 11/12/35 por sugestão do cardeal dom Dom Leme foi recebido na Academia Brasileira de Letras por Fernando de Magalhães. Nos primeiros anos de escritor, chefiou a escola espiritualista, quando empregou sua atividade literária na defesa da verdade católica e na elucidação das magnas questões  nacionais, sociais e filosóficas pela centelha de sua fé esclarecida. Jornalista, crítico literário, pensador, doutrinador, foi um reabilitador da crítica literária que, com ele, passou a exercer sua verdadeira função apreciadora, construtiva e criadora. A boa crítica de jornal começou com ele no Brasil e escreveu ensaios dignos da França   ("Arte da Composição e do Estilo", padre Antônio da Cruz). Recomenda-se a leitura de duas das últimas obras de Tristão: "Cartas do Pai" e "Diário de Um Ano de Trevas". Com a liberdade  que não tinha nos textos publicados na imprensa, cerceado pela ditadura, o autor  traça um percurso de crescente desilusão e desânimo. "Diário de Um Ano de Trevas" apresenta o retrato desse período conturbado pela óptica de um dos brasileiros, segundo Frei Beto, "mais cultos, coerentes e solidários às vítimas do arbítrio no século". Faleceu em Petrópolis em 14/08/1983, sepultado no mosteiro de São Bento no Rio.

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