sexta-feira, 14 de junho de 2013

AVISO   AOS   NAVEGANTES

As  7 postagens anteriores a esta giraram em torno de um artigo publicado na FOLHA de SÃO  PAULO, dia 04/06/13, escrito por Carlos Heitor Cony, sob o título  MEA  CULPA. Se você me lê e continua a ter paciência, vou resumi-lo: "Muitos ficaram chocados com a declaração do papa Francisco, que confessou  a sua  condição de pecador...Admitindo que é um pecador, o papa seria um pedófilo ou um ladrão dos bens religiosos? E aí? Seria o fim, o fim finalmente final da Igreja Católica Romana? ... Não se trata de uma humildade ritual, mas de uma decorrência da condição humana, expressa pelo próprio Cristo na única oração que ousou ensinar a seus discípulos: "Livrai-me de todo o mal". Muitos devotos pensam que o "mal" em questão é o câncer, o desemprego, a morte.  Nos Evangelhos há aquela passagem no horto das oliveiras em que Jesus, suando sangue,  sentiu na carne  o sacrifício que ia fazer e pediu que o Senhor o livrasse daquele "cálice". Foi seguramente a única ocasião em que a sua condição humana se comtrapôs à sua condição divina. Em certo sentido, um pecado que tornaria inútil toda a Redenção, inútil todo o projeto da Salvação. Se o próprio Cristo pecou por hesitação, covardia e traição ao plano divino,  não seria um mero papa que se colocaria acima do desígnio de Deus.  Todo e qualquer católico sabe  o que faz quando bate no peito  e confessa a culpa que é só sua, "mea culpa, mea maxima culpa". Confesso com satisfação que Cony, que vez ou outra, em escritos na Folha se declara descrente de Deus, nesse que acima transcrevi parece provar-me pelo menos admitir valores da religião católica, ignorados pela maioria de nós católicos.

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