quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

PARA...   PENSA...   SEGUE!

"Afinal de contas, a HISTÓRIA HUMANA parece um tecido de absurdos que não somente fazem morrer, mas, o que é infinitamente bem mais grave, fazem ESQUECER o VALOR DA VIDA.  Tudo se passa  como se uma má FATALIDADE tornasse os homens loucos.  Dizemo-nos, no entanto,  que o papel desempenhado por esses absurdos deve ter uma CAUSA, e efetivamente   ele tem uma CAUSA.  Há na vida humana  um absurdo radical, essencial,  para o qual não se vê nenhum remédio: É  A  NATUREZA  DO  PODER. A necessidade de um certo poder é bem real, porque a ORDEM  É INDISPENSÁVEL À EXISTÊNCIA, MAS A ATRIBUIÇÃO DO ,PODER é mais ou menos arbitrária, porque os homens são quase semelhantes, e a ESTABILIDADE do PODER repousa assim essencialmente sobre o PRESTÍGIO, ou, em outras palavras,  sobre a IMAGINAÇÃO. Se a razão é o que se mede, como o explicava Platão,  a imaginação é estranha a qualquer medida.  Traduzidos na linguagem do poder, todos os absurdos enumerados aqui parecem se trans- formar em VERDADES INCONTESTÁVEIS" (Simone Weil (1909-1943, figura singular da Filosofia Francesa, sempre em luta contra a violência praticada contra os fracos e oprimidos). 

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