sexta-feira, 14 de novembro de 2014

GORBATCHOV  e  FRANCISCO   contra  
TODOS   OS   MUROS

Dois  memoráveis pronunciamentos pelos 25  anos da QUEDA (09/11/1989) do MURO  de  BERLIM. Na manhã de domingo, 02/11/14, o Papa  FRANCISCO, falando aos fieis na praça do Vaticano, encerrou suas breves palavras afirmando que "o mundo precisa  mais de PORTAS do que de MUROS". Por sua vez MIKHAIL  GORBATCHOV, EM MEADOS DE 1989, perguntado sobre o muro dissera o seguinte: "Nada é eterno, ele poderá deixar de existir quando desaparecerem as premissas que o criaram".  Poucos meses depois, "certamente nem eu nem Helmut Kohl esperávamos, no verão de 1989, que tudo acontecesse tão rápido. A história acelera  seu movimento. Ela pune aqueles que se atrasam.  Mas pune ainda mais aqueles que tentam embaraçar seu caminho. Seria um grande erro ficar agarrado à Cortina de Ferro. Por isso de nossa parte não houve pressão sobre  o governo  da RDA (República Democrática Alemã).Quando os acontecimentos começaram a se desenvolver a uma velocidade inesperada,  a classe governântica soviética decidiu por unanimidade não interferir nos processos internos que estavam acontecendo na RDA. Decidimos que nossas tropas não iriam deixar suas guarnições. Até hoje tenho  certeza de que tomamos a decisão correta".    O  artista russo DMITRI  VRUBEL produziu inúmeras obras, mas seu destino foi decidido pela  última pintura que pintou no muro de Berlim em 1990: "O beijo de Brejnev e Honecker (último governador da Alemanha Oriental) que traz a inscrição: "Meu Deus, ajude-me a sobreviver a este amor fatal. Esse beijo se tornou um símbolo tão universal e sobreviveu a seu tempo", diz Vrúbel (Folha de São Paulo, 12/11/14).

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