segunda-feira, 23 de maio de 2011

ANTES QUE ANOITEÇA!

Abri agora a Folha, que só pode ser a de São Paulo, e nela morri, por enquanto. Mais uma vez explico-me. Tinha um escritório em Belo Horizonte, apenas cinco décadas atrás. Da janela do décimo segundo andar onde apreciava à tarde o desfilar militarmente em dupla, ecologicamente tranquilizador, dos ex-ficus-benjamins da Avenida Afonso Pena (crime inafiançável, roubaram-nos!) de repentemente um susto humano me cai do alto a menos de um metro de meu rosto. Num átimo, por instinto por certo, reconhecendo na sombra quem podia ser, grito-lhe bem forte: "Como vai, Castro!" E a resposta otimista outra não era. Era mesmo do Castro: "Por enquanto vou bem, Jair! E da "Especial" da Folha de 23/05/11 pulei para o computador, só para tirar o boné e saudar o RUY DE CASTRO pela oportuna recordação do 25/01/1985. E pelo cívico amor dos seus colegas de redação e pela pitoresca narração que nos traz nesta fria manhã carioca, banhada de sol de montanha, descobrindo-nos uma face para mim desconhecida, quando, sentindo-se observado, levantou os olhos e viu na porta da agência, de pé ( ou em pé? ) a 2 metros de você, nada menos que "seu" Frias - Octavio Frias de Oliveira, o publisher do jornal. Meio em pânico, pois violava norma sagrada contra seminudez na redação, você se virou de costas e, a 3 fileiras de mesas atrás, RICARDO KOTSCHO, o número 1 do jornal, a grande admiração de "seu Frias" estava também de peito nu. E você encerrou dizendo elegantemente que, ao se endireitar na cadeira, do Frias nem mais sombra, mas "apesar dos repórteres impertinentes, uma nova FOLHA nasceu da edição das diretas". E para mim a descoberta no Frias de uma invejável qualidade, peregrina, hoje em dia, em tantos chefes de serviços ou DIRETORES de EMPRESAS: GRANDEZA DE ALMA!

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