terça-feira, 31 de maio de 2011

LUIZ VAZ DE CAMÕES

Foi CAMÕES que me levou a falar dias atrás sobre Autran Dourado, Caraça e Artinha do Padre Cruz. De LUIZ VAZ DE CAMÕES (1524/1580), autor português de "OS LUSIADAS", escreve o PADRE CRUZ, na sua "ARTE DA COMPOSIÇÃO E DO ESTILO": "Camões é por si só uma literatura inteira, no dizer de SCHLEGEL. Irmão pelo gênio de HOMERO e VIRGÏLIO, Camões simboliza as aspirações, a glória e o valor do país que o viu nascer. A literatura portuguesa gira em volta de seu nome. Dá o nome a um povo. Diz-se a pátria de Camões, como se diz a pátria de Homero. Dá o nome a uma época. Diz-se a Renascença produziu CAMÕES. Os LUSIADAS são uma das quatro ou cinco grandes epopeias do mundo. Seu assunto é o descobrimento do caminho marítimo da India e a primeira viagem de Vasco da Gama. Com o nobre e patriótico empenho de cantar os feitos de sua pátria, Camões tomou um título coletivo para o seu poema, apelidando-o de "LUSIADAS". Primeiro poema regular na literatura da Renascença, atinge o sublime nos episódios de Inês de Castro, do Adamastor, da partida da frota portuguesa, nas descrições de cenas do mar e de combates, na cena da Ilha dos Amores. A vida de Camões foi um tecido de aventuras. Em 1547 perde em Ceuta o olho direito numa escaramuça com os mouros. Voltando a Portugal em 1550, tem duelos, rixas, fere um servidor do paço, ficando preso por um ano, quando compôs o primeiro canto dos LUSIADAS. Em 1553 vai para Goa, tomando parte em expedições militares. Da Índia parte para Macau, onde escreve mais seis cantos do poema. Voltando a Goa, naufraga na costa do Camboja e salva-se nadando com um braço e erguendo com o outro , acima das vagas, o manuscrito dos LUSIADAS. Preso em Goa, consegue justificar-se de acusações caluniosas mas é preso de novo. Conseguida a liberdade, em 1569 regressa a Lisboa. Em 1572 sai a lume a primeira edição dos LUSIADAS. Seus últimos dias de vida foram amargurados pelas enfermidades e pela miséria. Um escravo jau salvou-o de morrer de fome, indo de noite esmolar para ele, que o ignorava, pelas ruas de Lisboa. Em 10/08/1580 expirou numa enxerga miserável um dos maiores poetas que a humanidade tem produzido" ("ARTE DA COMPOSIÇÃO E DO ESTILO", PP.158, sexta edição).

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