segunda-feira, 23 de maio de 2011

MEDIDAS CULTUAIS

c) é preciso, pois, crer que a Igreja é assistida po Cristo quando legisla para a salvaçào comm dos fiéis. De que maneira? Não se pode tratar da assistência que lhe permite definir de uma maneura absoluta e irrevogável tal ponto do depósito revelado relativo a coisas a serem cridas ou a se fazerem. Medidas tomadas pela Igreja pela sua própria autoridade nào são irrevogáveis; elas mudam com o tempo e com os homens. Trata-se de uma assistência que assegura, de uma maneira por certo infalível, a bondade simplesmente prática, prudencial, de tal medida pela qual a Igreja prescreve a seus filhos o que é preciso, em tal momento do tempo, cumprir ou evitar-se, aceitar como verdade ou rejeitar como falsidade. Oponhamos, pois, à infalibilidade em matéria absoluta e irreformável a infalibilidade em matéria prudencial e reformável. É a BONDADE PRUDENCIAL DAS LEIS UNIVERSAIS DA IGREJA que é divinamente garantida por aquele que prometeu ligar e desligar no céu...etc. d) como se deve entender ESSA BONDADE PRUDENCIAL? Pelo menos de uma maneira NEGATIVA: leis universais da Igreja jamais ordenarào o que for imoral ou contrário ao direito natural ou evangélico. Mas também de uma maneira POSITIVA. Se as leis universais, no que se refere nào às suas aplicações, mas à sua substância mesma, poderiam ser, não, digamos, iníquas, imorais, mas pelo menos vãs, indiscretas, supérfluas, seria preciso convir que elas são por outro lado imprudentes, prejudiciais, contrárias à prescrição do Direito Canônico. Mas como a Igreja Universal poderia promulgar ou manter em vigor, sem permitir que o costume pudesse legitimamente abrogar medidas legislativas próprias a entravar em vez de promover a saúde espiritual do conjunto das almas? Digamos, pois, sem hesitar que as leis univesais da Igreja têm uma BONDADE POSITIVA. Sem ser necessariamente o mais prudente possível (tal medida, excelente quando de sua promulgação, pode-se achar com o tempo menos adaptada que outra que, com efeito, lhe será logo substituída), elas são, contudo, enquanto não tenham sido regularmente abolidas, prudentes e úteis ( continua : letra d): distinguiremos duas sortes de assistências infalíveis...).

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