sexta-feira, 13 de maio de 2011

LEMBRANDO JACQUES MARITAIN

JACQUES MARITAIN, filósofo e teólogo católico, nascido em Paris em 1882 e falecido em Toulouse em 1973, pouco antes de morrer deixou-nos o livro "A IGREJA DE CRISTO". Eis o que aí lemos na página 113, sobre "algumas questões indiscretas". Quanto ao modo de se tratarem as pessoas constituídas em certas funções eclesiásticas, que se abandone o que serve para colocar as pessoas de Cristo acima dos outros homens: em vez de "Vossa Eminência" digamos "Senhor Cardeal". Eliminem-se as "Excelências". Há tempos um bispo era "Vossa Grandeza". Por que "O Sacro Colégio", em vez de "O Colégio Cardinalício"? Por que "A Santa Sé" em vez de "A Sé Apostólica" Por que chamar o Papa de "Sua Santidade" em vez de, por exemplo, "O Venerável Vigário de Cristo" como usou o Papa Paulo VI? A Igreja Oriental chama o seu Patriarca de "Sua Beatitude!" Até aqui Maritain falou de coisas que afetam os ouvidos, continuando: "Que dizer dos miseráveis cânticos que expulsam de nossas igrejas o espírito de oração e dão saudades do canto gregoriano? Compreendo que os jovens pendam para o jazz que infelizmente em nada contribui para o recolhimento. Pode-se encontrar uma preciosa fonte de inspiração no tesouro bizantino!" Como fecho de seu livro, disse o seguinte: O que eu me esforço por trazer aqui é o último testemunho de um velho solitário ajudado em sua fraqueza por aquela que sempre inspirou o seu trabalho. Como escrevi mais acima, penso que hoje ele desagradaria a muitos. Mas quem sabe? Dentro de uns 50 anos verificar-se-á talvez que isso foi muito mal expresso, mas que, apesar de tudo, não era tão estúpido!".

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