sábado, 9 de abril de 2016

CARAÇA!  SEMPER   NOBISCUM!  


75 ANOS CORRIDOS desde que pulei dos braços de minha mãe  mineira para o amparo celestial da Senhora Mãe dos Homens do Caraça. E quanto mais me distancio do convívio em família, mais  perto me sinto do segundo berço: CARAÇA.  Daí a gratidão pelo   privilégio da dupla proteção que me embalou a infância e a adolescência! Daí também reviver  a presença da doce ermida do Caraça nos minutos passados diariamente quase no silêncio da igreja da Imaculada Conceição na Praia de Botafogo. Não se admire, pois, meu agradecimento pela mensagem alvissareira de anteontem vinda do Caraça. Além da curta vivência nossa na Tebaida Mineira, nossa residência no Rio por duas décadas  nos proporcionou  um quase convívio fraterno. Daí minha satisfação por esse  recente encontro epistolar e meu desejo de compartilhar com possíveis  leitores caracenses as seguintes novidades que me trouxe: "Estamos com boas chuvas até agora, este ano. Ontem por pura sorte a tarde foi bem limpa e pude ver novamente aquele espetáculo de o Sol, no momento de sumir no horizonte, iluminar diretamente o Sacrário da Igreja como acontece no dia 7 de setembro.  Tentara saber neste primeiro semestre em que dia se renovava o espetáculo, mas março e abril em geral têm as tardes nubladas. Ontem deu para ver. Já recebemos visitantes e hóspedes de 29 países este ano,  com muitos cientistas e pesquisadores, do Brasil e de fora, que dão contribuições para nossos estudos e  documentos. Achei curioso ver uns técnicos da Embrasa procurando um  minhocussu que chega a 2 metros e 10 centímetros de comprimento... E o rapaz  foi procurá-lo com enxada e pá no alto da Carapuça... Pensava que deveria ser em brejos. É uma espécie dada oficialmente por extinta, encontrada em Belo Horizonte em 1918 e depois nunca mais... Consegui do Luiz Lara Rezende os dois volumes  das memórias do velho Lara Resende. Disse-me que está trabalhando  nas memórias do pai no estilo que Alexandre  Eulálio usou para trabalhar as memórias do Joaquim Salles ("Se não me falha a memória", edição do Instituto Moreira Sales)". Que o boníssimo missivista me perdoe a invasão de seu gabinete, subtraindo-lhe notícias  muito oportunas e agradáveis a nós caracenses.  Um grande abraço!            

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