segunda-feira, 11 de abril de 2016

POLÍTICOS   DE   ONTEM   E   DE   HOJE


Em seu livro, "Se não me falha a memória",  o deputado mineiro Joaquim de Salles (p.191) conta que, um dia ( essa conversa se deu na década de 30 ou 40 do século passado), falando  a um amigo deputado  sobre a conveniência de frequentar assiduamente a Câmara, sobretudo nos 2 meses antes das eleições gerais, obteve a seguinte resposta: "Sempre exerci meu mandato em...(localidade) e há longos anos. Com esse método parece estarem contentes meus eleitores. Não frequentando a Câmara sou sempre reeleito. Frequentando-a, pode ser que venha a desgostar os meus "cabos". O prudente é não mudar de processo..." E prossegue Joaquim Salles: "Prometendo, tapeando, não servindo, Calógeras  foi sempre reeleito. Para que se incomodar subindo as escadas dos ministérios? A sua  missão era outra: trabalhar nas comissões, estudar e resolver os problemas mais graves da Nação. Nisso  ele foi exemplar e isso foi o que lhe deu realce e benemerência. Na partilha dos deveres partidários,  escolheu a melhor porção: "meliorem partem sibi elegit"... E desempenhou-os com o máximo brilho, durante um labor que começava de manhã e entrava pela noite a dentro, em dias consecutivos. Isso realmente o dispensava (a politica então se fazia na base de quem indicasse...do "padrinho")... Para tais funções não faltava, na bancada,  pessoal numeroso e habilitado". ISTO  OCORRIA  FAZ  CEM   ANOS! Alguma semelhança com o presente? FREI FRANCISCO DE MONTE ALVERNE, lembra-me a introdução de um sermão teu, cem anos atrás: "TRISTE... É  TRISTE... MUITO  TRISTE!

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