quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O  SENHOR  OUVIU  O  PAPA  FRANCISCO  E  SEU  REBANHO

Dia primeiro de setembro, às sete horas da manhã, desde que FRANCISCO é papa, lá estava eu diante  da TV aguardando abrir-se a cortina e surgir aos gritos dos fieis, numa das janelas do palácio do Vaticano a figura do vovô feliz da multidão católica e turística. Seu rosto naquela manhã, porém, me surpreendeu após o paterno bom dia. Sem preâmbulos, atacou de cheio o assunto: os ecos dos trovões trazidos pelos ventos do Oriente Médio. Pediu orações, jejuns, para aquele próximo sábado, dia sete. Só os céus seriam a proteção contra a ameaça de um conflito. E a multidão entendia e aplaudiu no final dos suculentos e curtos minutos da fala paterna, penetrante, do Pastor nosso sul-americano e universal, que, após a bênção final, abriu aquele sorriso e desejou a todos um "bom prato"! E fui a um passado distante e me vi no consistório da igreja paroquial, ouvindo o Sô Chiquinho, diretor da Congregação Mariana,  recomendando rezar  pois a guerra tinha rompido na Europa. Era setembro de 1939.  Menino sem horizontes pouco entendia dos comentários que fazia sobre a guerra de 1914 que ele viveu como pôde nos grotões das Gerais, e descreveu me atordoando a alma. E me veio a figura do Padre Antônio.   Como era devoto dos terços cantados em procissão, só na Rua de Cima, invocando a pedido de devotos o auxílio dos céus, ou para dar-nos a paz, ou que a chuve caisse, ou para afastar uma peste, etc. Dias poucos depois, o Papa envia uma carta ao chefe da Rússia.  E tudo enchia o mundo de inquietação. E fui ao Caraça. A liturgia na época celebrava as Rogações: antes da Ascensão e de Corpus-Christi, com procissão em volta do casarão, manhã mal desperta, contornando os canteiros de hortaliças dos irmãos leigos, entre cânticos piedosos e súplicas cantadas, e repicar dos sinos, ou pedindo chuva sobre as matas incendiadas, ou pelo final de algum tormento no mundo. E há três dias ninguém me viu no sorriso espontâneo à notícia da  constatação da existência ainda do valor de uma prece. Sozinho acreditei: o papa FRANCISCO interiormente, em humilde silêncio, dava graças a Deus que ouvira as preces de seu rebanho. E até ao momento, pelo menos, o mundo respira aliviado. Está em caminho uma solução. Fruto das preces do papa e da humanidade. Pena que esquecemos de rezar! E pior, temos até vergonha de rezar! Coisas de gente inculta, supersticiosa. Como o Senhor deve passar boas horas se divertindo à custa da ignorância de suas Criaturas que ele divinizou criando-as e resgatando-as. E que se esquecem de rezar.  

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