Enfim em mãos o segundo livro de cartas de ALCEU AMOROSO LIMA! Que prato cheio, diria talvez o papa Francisco! Ele que nunca se esquece de desejar aos que o ouvem na Praça São Pedro aos domingos: "Um bom prato!" As cartas de Tristão a sua filha monja beneditina, abadessa Maria Teresa... - e só há pouco na Apresentação do livro seu irmão me conta que ela falecera no dia 01/07/11 - vão de janeiro de 1969 a fevereiro de 1970. Trata-se de "missivas menos religiosas e mais políticas", escreve Frei Beto no PREFÁCIO. Uma "espécie de diário de bordo de quem atravessa uma época conturbada tanto na vida nacional, devido ao endurecimento da ditadura militar a partir do Ato Institucional 5 (1968), quanto na Igreja Católica, encabeçada pelo papa Paulo VI, fragilizado em seu propósito de levar à prática as decisões renovadoras do Vaticano II. Um documento, a projetar o autor, homem de profunda convicção cristã, como um dos brasileiros mais cultos, coerentes e solidários às vítimas do arbítrio no século XX". Procurem logo adquiri-lo! Edição de mil exemplares apenas! Quando abordo um livro desejado, lançado um olhar curioso e rápido no começo, parto para o final e nesse que leio? Última carta, 28/02/1970: "Enquanto é possivel ainda escrever ou pensar alguma coisa nesta missão florida em que a hipocrisia e a impostura do militarismo nos colocou, vamos fazendo o possível... vamos aproveitando o pouco de luz e de liberdade atribuída ao homem, que ainda existe, e vamos trabalhando para Deus, já que os homens são realmente tão mesquinhos. Ainda se as mulheres pudessem nos governar, seriam certamente melhores que os uniformizados..."
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
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