sábado, 7 de setembro de 2013

160    ANOS    SEM    FREDERICO   OZANAM

NO CENTENÁRIO  do falecimento de OZANAM, O8/09/1953,  ocorrido em Marselha,  TRISTÃO DE ATHAYDE, comemorando a data deixou gravado em seu livro "A Vida Sobrenatural e o Mundo Moderno" (pp.327-339) o seguinte: "A 08/09/1853 falecia em Marselha um desses homens que melhor realizaram em si o milagre da harmonia de que é capaz a natureza humana. Em poucos homens  se terá realizado como nele a convivência e a interpenetração harmoniosas entre a FÉ, a CIÊNCIA e a AÇÃO".  Rememorando HOJE , 08/09/13, a  volta à casa do Pai, 160 anos volvidos, do Fundador das Conferências Vicentinas,  nada de melhor julgo fazer do que recordar umas três pinceladas escritas por TRISTÃO,  que  desapareceu há 30 anos (1893-1983) no citado livro: "Ao calor da FÉ viveu a vida inteira de tal maneira que, meses antes de morrer aos 40 anos (23/04/1853) , dirigindo-se a Deus pôde escrever: 'Senhor, estou pronto a acudir a vosso chamado sem queixar-me.  Destes-me 40 anos de vida. Aceito vossa vontade sem amargura mas  com agradecimento. Se estas páginas fossem as últimas que escrevesse, sejam elas um hino à Vossa Bondade". E às vésperas de morrer  inquirido pela esposa qual dos dons mais agradeceria ao Senhor: "A paz da alma, porque tenho a certeza de haver trabalhado a vida toda para fazer triunfar a Boa Causa". Outro marco de sua existência foi a CIÊNCIA. Durante seis anos trabalhou na elaboração da tese sobre DANTE que, apresentada à SORBONNE, recolocou o poeta entre os gênios de primeira grandeza da humanidade. Donde sua conclusão no termo da Divina Comédia:  além de uma súmula filosófico-poética, constitui "a suma  literária e filosófica da Idade-Média, e Dante, o Santo Tomás da poesia, além de uma nova concepção da pessoa humana". E mais: "Avistamos o Verbo Eterno unido à natureza humana. Esta já não é apenas um resumo do universo. Ela enche o próprio universo, ultrapassa-o e perde-se no infinito"("Dante et la philosophie catholique"). Finalmente, a "FÉ, baseada na CIÊNCIA mas completada pela ACÃO, é que representou a harmonia humana de OZANAM. Não um homem de ação no sentido comum do termo. Queixava-se mesmo do contrário em suas cartas, que constituem para nós hoje o melhor testemunho das suas opiniões sobre si mesmo ou sobre seu tempo.  Mas a ironia da hitória é que foi, como homem de ação,  que chegou até nós. Se tivesse sido apenas um "scholar", teria ficado apenas como um nome na história das letras, apreciado  pelos especialistas das letras cristãs primitivas, da história dos bárbaros ou de DANTE.  Mas HOJE OZANAM é um nome POPULAR. Já se fala mesmo que um dia é provável que os nossos descendentes rezem a SANTO OZANAM. Milhares de homens simples em todos os recantos do mundo repetem  o seu nome. O que sabem é que OZANAM foi o AMIGO  DOS  POBRES Esse o seu grande título à gratidão da POSTERIDADE!" Salve o nosso BEM-AVENTURADO  ANTÔNIO   FREDERICO  OZANAM!

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