quarta-feira, 25 de setembro de 2013

AINDA   SOBRE   O   DISCERNIMENTO    DO    PAPA   FRANCISCO

Inquirido se na Companhia se lembrava de jesuítas que o tivessem impressionado de modo especial, o papa citou primeiro o Padre Arrupe, superior geral da congregação, homem de oração que um dia encontrou rezando sentado no chão como os japoneses. Daí suas decisões corretas. Outros jesuítas: Inácio, Francisco Xavier e o Beato Pedro Fabro (1506-1646), da Saboia. Francisco Xavier já beatificado em 1872.   Francisco cita o seu Memorial, editado aos cuidados do jesu'ta especializado Michel de Certeau. Fabro o impressionou pelo diálogo com todos, sem discriminação, pela piedade simples, pela disponibilidade imediata,  pelo atento DISCERNIMENTO interior, homem de grandes e fortes decisões, capaz ao mesmo tempo de muita doçura. Concluiu o entrevistador que o Padre Fabro foi o modelo de vida de Francisco que o definiu como o "padre reformado", para quem a experiência interior, a expressão dogmática e a reforma estrutural foram intimamente indissociáveis.  Parece que o papa se inspira nesse gênero de reforma, descrevendo-lhe a figura como como a de um místico, não um asceta, não gostando, porém,  que defendam serem os "Exercícios Espirituais"inacianos apenas por terem sido feitos em silêncio, quando na verdade podem ser perfeitamente inacianos também  na vida corrente e sem o silêncio. O papa pertence à corrente mística de Lallemant e de Surin. Fabro era um místico.

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