sábado, 14 de setembro de 2013

AS   SETE   DORES   DE   MARIA   SANTÍSSIMA  -  15/09

A devoção ÀS  DORES  DE MARIA  SANTÍSSIMA  que a Igreja celebra dia 15/09 tem um fundamento bíblico extraído das palavras proféticas do velho Simeão: "Tua alma será traspassada por uma espada"(Lucas, II,35).  Bastante conhecida é a "sequência"de Jacopone da Todi (1230-1306), um jurista que enviuvando tornou-se padre franciscano que compôs inúmeros escritos laudatórios de inspiração religiosa considerados como  tendo sido a origem  do teatro sacro italiano. Uma destas peça, intitulada "STABAT MATER DOLOROSA" (EM PÉ A MÃE DOLOROSA) . A FESTA DE ONTEM, 14/09, EM CONTRASTE COM A DE HOJE, 15/09,  mostrando o lado humano sofredor de Cristo,  nos faz compreender, aproximando o outono,  a necessidade de unirmos nossos sofrimentos  aos de Cristo, em harmonia com um costume da Igreja: quanto mais um cristão se aproxima de Cristo, mais ele deve aproximar-se da cruz. Maria Santíssima, mais que outra pessoa qualquer, soube tomar parte na Paixão de Cristo, o que  muito nos consola. Nossa piedade , aliás, não deve consistir só  em rezar, observar os preceitos, devendo também o fiel oferecer seus sofrimentos suportados com resignação, em união com Cristo. O " Stabat Mater" é uma composição musical (canto gregoriano ou canto-chão) sobre a prosa de Frei Jacopone que desde séculos tem sido usada na Igreja. Dá-se-lhe o nome de "sequência"(continuação) que consiste em vocalizar, isto é, em continuar a música do "gradual"sobre uma ou mais sílabas da composição em prosa ou verso sem se nomear sinais musicais, usando-se as neumas. Atualmente existem apenas cinco sequências em uso na Igreja: na Páscoa, "Victimae Paschali Laudes; Em Pentecostes, "Veni, Creator":  em Corpus Christi, "Lauda Sion"; na festa de N.Sra, das Dores, "STABAT MATER"e em  FINADOS, "DIES IRAE". O papa Sixto III (432-440) restaurou a basílica liberiana e a consagrou a MARIA SSma. e aos mártires. No seu interior um mosaico celebra MARIA como Rainha dos Mártires. No século XVII começou-se a celebrar liturgicamente as duas festas das SETE DORES, uma na sesta-feira depois do domingo da Paixão (Sesta-feira das 7 Dores), a outra no terceiro domingo de setembro. A primeira tornou-se obrigatória universalmente em 1724 pelo papa Bento XIII. A segunda, em 1814, pelo papa Pio VII, em memória de seu regresso do cativeiro que lhe tinha sido imposto por Napoleão (Le Guide dans LANNÉE  Litturgique pelo padre Marcel Gautier, tome V).

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