quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ALCEU    FILHO    SOBRE   ALCEU   PAI

Na apresentação do "DIÁRIO  DE  UM  ANO  DE  TREVAS", recém nascido, eis o que ALCEU  filho  escreveu sobre ALCEU pai: "Então, ao chegarmos a 1970, ALCEU, que se aproximava dos 80 anos,  entrou numa fase de tristeza e desânimo e foi deixando para trás a esperança de ainda vivo poder ver o Brasil de novo livre e democrático, e começou a vislumbrar mais de perto que, realmente, "serão 20 anos de ditadura, no dizer de seu amigo Santiago Dantas, profeticamente, em telefonema de 1 de abril de 1964. Aliás, Deus quis que realmente ele não mais vivesse  num Brasil democrático, pois, ao morrer, em agosto de 1983, ainda não tinha acontecido a volta à democracia.  Furam anos de luta ao lado de pessoas que sofriam,  que apelavam para a figura imensa do Tristão, que intercedia por muitos,  falava o que podia,  escrevia o que lhe permitiam publicar, mas que nunca se calou diante do "assalto"(palavra usada recorrentemente nas cartas)  que os ditadores perpetraram  contra a liberdade política no país e que durou pelo menos até 1985. Como disse Antônio De Franceschi no prefácio do primeiro livro, "mais uma etapa" dessa autobiografia está sendo agora entregue ao público; será que poderemos publicar em algum momento no futuro, os mais 10 anos, pelo menos - já que escreveu para TUCA até muito pouco tempo antes da sua viagem para a eternidade, como disse acima, em 14 de agosto de 1983? O que se pode prever é um ALCEU  navegando na FÉ e na ESPERANÇA, e cada vez mais se enamorando pela CARIDADE, ("só a CARIDADE, isto é, o AMOR, perdura pela eternidade afora" (cf "Tudo é mistério"), singrando os mares da vida, empurrado pelos remos do TUCA, suas conversas em Santa Maria e mais cartas e mais cartas, até chegar ao porto seguro de onde ele saiu quando de sua conversão, para o alto mar da luta pela FÉ e pela palavra de Cristo, e para onde terá voltado agora, depois de "combater o bom combate!...", qual São Paulo Apóstolo. A famosíssíma caligrafia de Alceu é um obstáculo a termos "outra etapa", agora que TUCA ( sua filha, 1929-2011)) não mais está conosco: procura-se um farmacêutico, dizem alguns, formado em paliografia, segundo outros,  que possa decifrar as cartas de 1970 até quando ele escreveu, o que significa mais 10 anos no mínimo; será que algum dia as leremos e ouviremos?

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