segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

EFEITOS DA DESOBEDIÊNCIA DE ADÃO E EVA

Toda falta contra as leis divinas consiste numa repulsa, num afastar-se de Deus e num apego desordenado às criaturas: pessoas, bens, etc,. Por causa desse apego desordenado às criaturas, mesmo quando a falta é perdoada, permanece um débito, um castigo ou pena que se apaga ou se paga por meio da SATISFAÇÃO que é uma reparação da injúria que nossas faltas causam a Deus ou do dano que causam ao próximo. Esta satisfação pode ser sacramental, se é imposta pelo sacerdote no confessionário; será voluntária, quando a impomos a nós mesmos em suplemento à satisfação sacramental. Quando alguém é batizado, não só se apaga a falta original como também a obrigação da satisfação, uma vez que sendo os merecimentos de Jesus Cristo de valor infinito, a satisfação ou reparação por ele efetuada foi usada na sua plenitude, donde o batizando, além de adquirir a graça santificante, fica isento da pena ou castigo decorrente da falta original. O mesmo pode ocorrer quando alguém é perdoado pela absolvição sacramental, pela confissão a um sacerdote, caso em que , porém, a aplicação da satisfação em virtude da paixão de Cristo dependerá das disposições do penitente. O sacramento da penitencia ou confissão não é, portanto, uma regeneração como é a do batismo em que se aplica na totalidade o mérito da paixão de Cristo, mas é como um remédio aplicado que tanto mais eficaz será quanto melhor for a disposição do penitente. A razão disto vamos buscar na história do que ocorreu, quando nossos primeiros pais ofenderam a Deus. Adão e Eva foram despojados da graça santificante e tiveram bastante enfraquecido o dom da integridade, que devia harmonizar perfeitamente os diversos elementos da natureza humana entre si e com o elemento superior, a saber, a justiça ou santidade. A integridade, que não é senão uma disposiçào para a graça santificante, sua descendência herdaria, mas bastante enfraquecida, pois herdaria o dever de suportar os efeitos da luta permanente contra os inimigos espirituais que são: a CONCUPISCÊNCIA, inimigo interior que trazemos sempre conosco, isto é, o amor desordenado dos prazeres dos sentidos; o MUNDO, isto é, o complexo daquelas pessoas que são opostas a Jesus Cristo e escravos da tríplice concupiscência, a saber: a CONCUPISCÊNCIA da carne, a CONCUPISCÊNCIA dos olhos e a SOBERBA da vida; e o DEMÔNIO, inimigos exteriores que atiçam o fogo da concupiscência. O demônio , sabemos, inimigo invejoso da felicidade de nossos primeiros pais, foi que os incitou ao mal.

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