quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

COMUNHÃO DOS SANTOS - 2

Em COMUNHÃO DOS SANTOS" 1, vimos que o termo "SANTOS" designa todos os seres humanos, resgatados que foram pelo FILHO de DEUS feito homem, Jesus Cristo, através de sua Encarnação, Paixão e Morte de Cruz. Sentido do termo "COMUNHÃO": "COMUNHÃO" vem de "communicare", "communicatio" em latim = confraternidade íntima, solidariedade, "comunhão" (dá-se também o nome de "comunhão" ao ato de alguém receber a Hóstia Consagrada) entre todos os verdadeiros crentes da Igreja Católica, vivos e falecidos. Os VIVOS constituem a Igreja MILITANTE, os mortos já recebidos no céus pertencem à Igreja TRIUNFANTE, e os mortos na paz com Deus mas devedores ainda à justiça divina por faltas não graves estão no purgatório, preparando-se para o Céu, formando a igreja PADECENTE. Longe de viverem ilhados no individualismo, Cristo, na alegoria da videira (João, cap. 15,1-17) quis que seus fiéis constituíssem um organismo sobrenatural. Por isto é que o apóstolo São Paulo compara a Igreja com o corpo humano, sendo os fiéis os membros desse corpo. Em 1.Cor. 12, 25-26, ele indica a estreita solidariedade que une os membros da Igreja (nos 3 estágios: Militante, Padecente e Triunfante) e a maneira pela qual as atividades de cada fiel repercutem sobre os demais, de modo que os membros tenham os mesmos cuidados uns pelos outros; se um membro sofre, todos os membros sofram com ele; se um membro recebe glória, todos os demais se regozijam com ele, etc,. A leitura da primeira carta paulina aos habitantes de Corinto, cap. 12, merece uma leitura atenta. Esta noção pregada por São Paulo, de uma Igreja Invisível, difere da outra noção, também válida, que compara a Igreja a um reino, destacando-se então sobretudo o caráter visível, social e hierarquizado dela, lembrando-se, porém, que é um reino de Deus, de caráter religioso, espiritual, não um reino deste mundo, mas um reino que está dentro de nós (Lc 17,21). Distingue-se também da noção de que a Igreja é o "corpo místico" de Cristo. Esta noção, igualmente válida, põe em relevo as relações dos seus membros com a Divina Cabeça de Jesus Cristo; por estarem unidos a Cristo é que os membros da Igreja estão unidos entre si. Próxima vez: " Comunhão dos Santos" - 3.

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