segunda-feira, 27 de maio de 2013

TRISTÃO  DE  ATHAYDE   E   JOÃO   XXIII

Desde a ascensão de nosso vizinho, FRANCISCO, ao bispado de Roma, prendo-me bastante à releitura de "JOÃO  XXIII"pelo nosso teólogo leigo, ALCEU AMOROSO LIMA. Em carta à sua filha monja, escrita em 31/05/1963,  extraio o seguinte: "Como é que só agora é que falo nele ( João XXIII), em agonia, quando sua morte é para mim pessoalmente uma perda tão grande que hoje, ao voltar da cidade, de manhã, depois de ouvir pelo rádio que entrara em coma, surpreendi-me no volante, em plena Rua do Catete, com risco de me meter numa enrascada  qualquer, surpreendi-me ridiculamente, as lágrimas correndo pelo rosto abaixo, como uma criança infeliz aos 70 anos, na Rua do Catete!  Já se viu que coisa! E com tudo isso, aquela Paz,  aquela estranha Paz que me visita nas horas graves e peço a Deus que seja a que me assista na hora da morte. E no entanto, ao perder esse duplo Pai - do Coração e do Espírito - tenho lágrimas mas não tenho tristeza. Antes, de novo, aquela visita, a única que me alegra totalmente, a visita da Paz, como em Washington, em abril de 1951, dia primeiro, quando você (Maria Thereza) entrou para o mosteiro. Já temos por quem torcer, evidente. Não foi à toa que assistimos juntos, em Roma,  por 3 vezes sucessivas, dois olhos soltando chamas num amor de capelinha oval,  e cor de tijolo, em 1950. Como estará  vivendo estas horas o nosso Montini?  Por todos os motivos, vão com ele todas as minhas esperanças. Mas tenho... medo de pedir por ele. A tal frase supersticiosa me persegue: "Quem entra papa no conclave sai cardeal". E seja qual for o sucessor, nenhum será tão de casa como o que está se despedindo para a Grande Viagem! A DEUS  JOÃO!!!

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