INCÊNDIO NO COLÉGIO DO CARAÇA
No dia 28/05/1968 chegou ao Rio a notícia de incêndio no Colégio do CARAÇA. Alguém dos alunos teria deixado , por esquecimento, um aquecedor elétrico ligado, durante a noite. Isto provocou o incêndio no quarto da encadernação, no andar térreo. Alunos na enfermaria despertaram, deram o alarme que acordou os alunos do dormitório no andar superior, que conseguiram salvar-se, embora tenham perdido grande parte de suas roupas e outros pertences. O fogo se alastrou rapidamente e destruiu totamente o grande prédio da parte esquerda da igreja. No dia seguinte cedo tomei o avião até Belo Horizonte, seguindo imediatamente para o Caraça, aonde cheguei antes do meio dia. Logo após o incêndio, os coirmãos que ficaram no Caraça enviaram todos os alunos para suas famílias, encerrando defitivamente o funcionamento da Escola Apostólica do Caraça. Diante do fato consumado, nada restava senão pensar como, no ano seguinte, retomar, se possível, em outros moldes, a formação inicial de candidatos ao sacerdócio. Aliás surgiu naturalmente em meu espírito a interrogação: para que serviria a Escola Apostólica do Caraça? Pois desde o ano precedente tinha-se fechado o Seminário de Petrópolis. Os estudantes foram enviados para Belo Horizonte sob a liderança dos padres Argemiro Moreira Leite e Geraldino Ferreira. Após certo tempo fui a Belo Horizontee, e depois de conversar com os estudantes e com o padre Argemiro, resolvi dar-lhes a liberdade de deixarem a Congregação da Missão (esta foi a narração dos fatos, no livro "RECORDAÇÕES", escrito pelo Padre José Paulo Salles Junior, C.M. então provincial da PBCM). "Durante 63 anos a Escola Apostólica do Caraça abrigou 2.322 alunos, dos quais 178 chegaram ao Sacerdócio (8%), e os outros 92% exercem hoje atividades as mais diversas. Alguns ex-alunos mais agradecidos e sensíveis aos problemas da Escola Apostólica fundaram em 1945 a Associação dos Ex-alunos dos Lazaristas e Amigos do Caraça (AEALAC). A Asssociação prestou relevantes serviços na melhoria da Casa e no auxílio a seminaristas pobres". Um dia, porém, senhores... 28 de maios de 1968 pavoroso incêndioa destruía o prédio destinado aos alunos, fechando assim as portas do CARACA. Era o educandário mais antigo e duradouro de quantos existiram no País, com 150 anos de serviço a Deus e à Pátria"("Nossa Senhora e a História do Colégio", pe. José Tobias Zico, C.M.). Fato muito sensível ao coração de todo ex-aluno do Caraça: "Passando pelo sótão da igreja padres e alunos aparecem no dormitório dos pequenos, jogando água nas escadas, enquanto outros lançam pela janela colchões, cobertores, lençois e camas. POR MEIO DE CORDAS CONSEGUEM DESCER DO DORMITÓRIO A BELA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, aos gritos dos que se acham em baixo". Aos pés dessa imagem todo aluno, ajoelhado, confiava seu sono reparador à SENHORA MÃE DOS HOMENS do CARAÇA, DEPOIS DE LHE BEIJAR OS PÉS.
terça-feira, 28 de maio de 2013
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