domingo, 12 de maio de 2013

BENTO XVI E A ASCENSÃO DO SENHOR No livro "JESUS DE NAZARÉ", segundo volume, oferecido pelo papa BENTO XVI um ano antes de sua renúncia,leio nas páginas finais (a partir de 256) comentários aplicáveis à festa litúrgica da ASCENSÃO do SENHOR ontem comemorada. Ensina-nos, primeiro, que o "subir aos céus" deve-se tomar no sentido não de "um percurso de caráter cósmico-geográfico, mas no de uma "navegação espacial" do coração humano que conduz da dimensão da reclusão em nós mesmos para a dimensão nova do amor divino que abraça o universo", não significa um movimento para outro lugar cósmico, mas sua assunção no próprio ser de Deus, sua participação no seu poder de presença no mundo". Em segundo lugar as palavras dos dois homens vestidos de branco (At.1,11) confirmam nossa fé no dogma do regresso de Cristo, para que, chamando todo o mundo a entrar nos braços abertos de Deus, Deus se torne tudo em todos e o Filho entregue ao Pai o mundo inteiro congregado nele (cf.1 Cor. 15,20-28). E mais: Bento XVI lembra aqui o Apocalipse "que se encerra com a promessa do regresso do Senhor no fim dos tempos e com a súplica para que Ele se realize (22,20): "Aquele que atesta estas coisas diz: Sim, venho muito em breve! Amém. Vinde, Senhor Jesus! O que a comemoração da Ascensão nos pede está contido nessa súplica: "VINDE,SENHOR JESUS!"(Marana-tha). São Bernardo nos diz que existe uma tríplice VINDA do Senhor: vinda do Senhor no Natal, vinda do Senhor no fim dos tempos, e vinda do Senhor entre estas duas vindas, uma "uma vinda intermediária", sendo múltiplos os modos dessa vinda intermediária: ou através da Palavra de Cristo, ou pelos Sacramentos, sobretdo da Eucaristia, ou vinda que penetra na nossa vida por meio de palavras, exemplos ou acontecimentos. Além destas vindas, há MODOS EPOCAIS da vinda do Senhor. Nos séculos XII e XIII "o agir de São Francisco de Assis e de São Domingos foi o modo de Cristo entrar novamente na história, um modo de Cristo renovar a Igreja e orientar a história para si. O "Vinde, Senhor!"tem portanto a amplitude do que pedimos no Pai-Nosso: "Venha a nós o vosso reino!"Vinde, Senhor Jesus!" São Lucas (24,50-51) escreve que "erguendo as mãos Jesus abençoou os discípulos e se distanciou deles e era elevado aos céus". "VINDE, SENHOR JESUS!"

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