sábado, 11 de maio de 2013

FESTA   DA   ASCENSÃO   DO   SENHOR


Eis  uma  comemoração da passagem de JESUS CRISTO pelo nosso planeta que, meditada, analisada, nos leva a concluir que está conectada com duas outras datas importantes da vida de nosso Deus Encarnado. Como reza o evangelho de amanhã, 40 dias depois de sua Ressurreição, Jesus subiu aos céus,  ascendeu, diferentemente de Maria, sua Mãe, que foi assunta, levada ao céu.  Acontece que sua ascensão ao céu estava intimamente ligada: primeiro, à instituição da Eucarista, na quinta-feira santa, quando Jesus pela transubstanciação do pão e do vinho misteriosamente comunicou que não permaneceria na terra depois de cumprida plenammente sua missão do mais  acendrado amor: nossa redenção. Esta se daria por acabada, realizada no dia de sua Ressurreição.  Em segundo lugar,  Jesus, vencedor da morte, continuou na terra, tendo-se manifestado aos apóstolos algumas vezes.  Por fim, subiu aos céus à vista de seus mais íntimos amigos, o que rememoramos amanhã.  A missão redentora de Cristo tendo atingido sua plenitude,  Jesus se despediu, mas  cumprindo,  como o fizera, a promessa de não nos  deixar órfãos. Na quinta-feira santa, instituindo o sacerdócio,  dando aos sacerdotes  o poder de transubstanciar o pão e o vinho no seu corpo e no seu sangue,  continuaria presente entre nós, invisível mas realmente, escondido verdadeirammente sob as espécies do pão e do vinho: "Adoro te devote, latens deitas, quae sub his figuris vere latitas".   Um feito divino, "o  res mirabilis",  planejado, se assim se pode dizer, no seio da Santíssima Trindade e culminado no dia da Ascensão. Jesus subiu aos céus, sim,  mas continuou conosco,  ó emanuel! ou Deus conosco! no Sacramento Eucarístico, pelo milagre da transubstanciação, deixando-nos,  ademais,  como alimento espiritual e real,  o poder de receber pela comunhão sacramental o seu corpo, sangue, alma e divindade como está no céu. "O felix culpa, exclamava Santo Agostinho, quae talem ac tantum meruit habere Redemptorem!" Pena é que talvez não saibamos penetrar na profundidade desse mistério de valor infinito! Um Deus que se faz homem, que assume nossa natureza por ele criada,  e que, depois de nos redimir, ainda permanece sob nossos tetos, no sacramento eucarístico, para não nos deixar órfãos e também para ser alimento de nossas almas. 

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