Sempre me acompanha a memória de um poema, feito por um colega, há 3 anos no céu, para meditação de quem se encontrar no meu modesto caminhar.
"AS MÃOS DO PADRE".
QUANDO MORRE UM PADRE, a gente / devia piedosamente/ CORTAR-LHE DO BRAÇO A MÃO / e depô-la, qual tesouro, / num RELICÁRIO de ouro, / exposta à VENERAÇÃO!
Quantas almas, indefesas, / sem Batismo, gemem presas / do demônio tentador... / PADRE, vossas MÃOS sagradas / delas vão fazer moradas para DEUS NOSSO SENHOR!
Se, porém, pelo PECADO / Deus das almas for DEIXADO, / vós o célico PERDÃO / fareis que sobre eles desça, / lhes traçando na cabeça, / uma CRUZ com vossa MÃO!
E, se fracas, titubeantes, / VÊM as almas, suplicantes, / pedir força, alívio, e LUZ, / PADRE, vossa MÃO ungida / dar-lhes-á o PÃO da VIDA / na HÓSTIA SANTA: JESUS!
SOB A BÊNÇÃO PRECIOSA / de vossa MÃO carinhosa / é que se funda o LAR, / onde JESUS vai um dia, / radiante de alegria, / colher FLORES para o altar...
E as almas a vós confiadas / são também abençoadas // pela VOSSA santa MÃO, / quando ao leito do doente / vos levar o ZELO ardente, / para dar a EXTREMA UNÇÃO.
Que DEUS deite em vossa vida / a sua bênção querida, / bênção do MELHOR dos pais, / para que vossas MÃOS SAGRADAS,/ PADRE, verguem cumuladas / de riquezas celestiais.../
QUANDO MORRE UM PADRE, a gente / devia PIEDOSAMENTE / CORTAR-LHE do braço a MÃO, / e depô-la qual TESOURO, / num RELICÁRIO DE OURO, / EXPOSTA À VENERAÇÃO..."
Autor: Nélio da Silva, tradutor do Português para o Latim de alguns poemas de nosso Carlos Drumond de Andrade e de Fernando Pessoa.
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