domingo, 10 de abril de 2011

POLÍTICA EM JULGAMENTO - 2

No blogue de ontem, POLÍTICA EM JULGAMENTO, por negligência imperdoável pulei uma importante parte da citação do pensamento de Simone Weil. Por favor, na oitava linha, contada de baixo para cima, depois da palavra "LUCIDEZ..." encaixe o seguinte: "A ordem social, embora necessária, é essencialmente má, qualquer que seja. Não se pode acusar aqueles que ela esmaga de miná-la tanto quanto podem; quando eles SE RESIGNAM, não é por virtude, mas, ao contrário, é pelo efeito de UMA HUMILHAÇÃO que extingue neles as VIRTUDES VIRIS. NÃO SE PODE TAMBÉM ACUSAR ÀQUELES QUE A ORGANIZAM DE DEFENDÊ-LA, NEM REPRESENTÁ-LOS COMO FORMANDO UMA CONJURAÇÃO CONTRA O BEM GERAL. AS LUTAS ENTRE CONCIDADÃOS NÃO RESULTAM DE UMA FALTA DE COMPREENSÃO OU DE BOA VONTADE; ELAS TÊM A VER COM A NATUREZA DAS COISAS E NÃO PODEM SER APAZIGUADAS, MAS APENAS ABAFADAS PELO CONSTRANGIMENTO. Para qualquer um que ame a LIBERDADE, não é desejável que aquelas desapareçam, mas somente que PERMANEÇAM AQUÉM DE UM CERTO LIMITE DE VIOLÊNCIA" (Simone Weil em "Impressão e Liberdade", pp.181). É de SIMONE o pensamento seguinte expresso numa carta de 1938 a Georges Bernanos: "Je ne suis pas catholique, bien que rien de catholique, rien de chrétien ne màit jamais paru étranger. Tenho -me dito algumas vezes que se por acaso se fixasse nas portas das igrejas que a entrada nelas estivesse proibida à pessoa que auferrisse uma renda superior a tal ou tal importância, pouco elevada, eu me converteria imediatamente". No início dessa declaraçào, SIMONE esclarecera: "O que eu vou dizer deve sem dúvida parecer presunçoso a qualquer católico, saído da boca de um não-católico, mas eu não posso exprimir-me de outra maneira" ("OEUVRES", Simone Weil, pp.403).

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